Futebol
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0Gabigol, ícone da geração multicampeã do Flamengo e um dos maiores ídolos da história do clube, vestiu a camisa rubro-negra pela última vez no empate em 2 a 2 contra o Vitória, no último domingo, no Maracanã. A partida, marcada pela emoção da despedida, incluiu homenagens da torcida e um discurso comovente do atacante no vestiário para seus companheiros. O áudio foi divulgado primeiramente pelo GE. Confira:
“Eu gostaria de agradecer vocês pelo carinho, pelos momentos difíceis que também a gente passou. Como eu falei aquele dia lá na final, né? Os troféus vão ficar aí, vão lá para o museu. Talvez a gente nem veja mais os troféus, mas o que fica mesmo é a história. Dos treinos, das viagens, das brigas, dos títulos, das finais... É o que eu levo no meu coração. Só agradecer mesmo de coração. Todos, todos, todos. Foram seis anos, então, cada momento alguém me ajudou. Quando eu estava feliz, quando eu estava triste, quando eu estava bravo, quando eu estava revoltado... Em todos os momentos vocês me ajudaram. Eu sei que tinha ali bandeiras para mim, mas sem dúvida nenhuma, falando de todo meu coração, se não são vocês não existe o Gabriel, não existe o Gabigol. Isso é de coração mesmo”, declarou o camisa 99 para os companheiros.
A "FlaTV", canal oficial do Flamengo no YouTube, não publicou o tradicional vídeo de bastidores da partida, algo usual em vitórias, quando as imagens são divulgadas no dia seguinte. Segundo o portal ‘GE’, a ausência do conteúdo está relacionada às eleições presidenciais realizadas na segunda-feira. O último vídeo desse tipo foi publicado após a vitória contra o Criciúma, na penúltima rodada do Brasileirão.
“Sem vocês não existiria tudo que aconteceu comigo ali dentro. Fui muito feliz, muito feliz. Eu saio muito tranquilo porque vivi tudo que tinha para viver. Então, o que eu peço para vocês agora é: boa sorte, e como falei para o Gerson ali, aproveitem. Aproveitem cada treino, cada momento, para quando chegar o dia de vocês saírem ou irem embora vocês irem tranquilos como eu estou. Vivi tudo, vivi tudo. As melhores coisas, as piores coisas... E graças a Deus o que vou levar no meu coração não são os troféus, não são as bandeiras, são vocês. Então agora muito mais relaxado, muito mais tranquilo, o que precisar aí, de uma resenha, tomar uma cervejinha... (Risos) Tomar um negocinho, fazer um churrasco, galera fechada de fazer churrasco aí. O que precisarem de mim estou aqui”, completou o atacante.
Gabigol encerra sua passagem pelo Flamengo como o sexto maior artilheiro da história do clube, com 161 gols e 43 assistências em 308 partidas. Durante sua trajetória, conquistou 13 títulos: duas Libertadores, dois Brasileiros, duas Copas do Brasil, duas Supercopas do Brasil, uma Recopa Sul-Americana e quatro estaduais. Desde 2019 no clube, o atacante havia acertado a renovação de contrato por mais cinco anos. No entanto, a diretoria revisou o acordo e ofereceu apenas mais uma temporada, o que gerou insatisfação e levou Gabigol a anunciar sua saída para 2025. Ele já possui um acerto com o Cruzeiro e também atrai o interesse do Santos.
O ídolo do Mais Querido terá seu jogo de despedida neste domingo (15), no Maracanã, às 17h
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0Neste domingo (15) acontecerá no Maracanã "a última batalha de Imperador", despedida oficial de Adriano dos gramados. Desse modo, ao ser questionado sobre a importância do Flamengo em sua carreira, o ídolo abriu o coração e mandou um recado à Nação.
"(O Flamengo) é tudo, cara. É criação, infância… Comecei muito cedo no Flamengo, com sete anos no futebol de salão, e foi a base para minha vida. Eu subi com 17 anos e com 18 já era convocado para a Seleção com a camisa do Flamengo. Foi a base de tudo, onde eu consegui conquistar uma condição profissional e com 19 para 20 anos já estava na Itália. As coisas aconteceram muito rápido", disse Adriano.
"(A relação com a torcida) não tem explicação. É um carinho muito grande. Até hoje, quando eu vou na rua, eles me idolatram. Quando o Flamengo perde também, eles falam: “Poxa, Adriano, brincadeira”. Mas eu não estou nem jogando mais (risos). Para você ver como eles se identificam e esse sentimento é eterno", acrescentou o Imperador, em entrevista ao ‘GE’.
DESTAQUE NA CONQUISTA DO HEXA
Adriano conquistou quatro títulos pelo Flamengo: dois Cariocas, uma Copa dos Campeões e o hexa do Brasileirão, em 2009. Assim, para o ídolo do Mais Querido, nenhuma conquista é maior do que a histórica arrancada no Campeonato Brasileiro.
"Tive a oportunidade de voltar ao Flamengo e eu aceitei. Quando fui ver, já estava assinando com o Flamengo e foi aquela festa toda. Não tem como esquecer e no final ainda fomos campeões do Brasileiro depois de 17 anos. Deus tira uma coisa aqui e te dá outra lá na frente. Arrepia!", relembrou Adriano, que decidiu abandonar a Inter de Milão (ITA) por depressão e, meses depois, assinar com o Mengão.
DESPEDIDA DO IMPERADOR
Desse modo, Adriano Imperador fará sua última partida oficial neste domingo (15), quando entra em campo por Flamengo e Inter de Milão, no Maracanã. O jogo será às 17h, e reunirá seus ex-companheiros da época em que era jogador.
O ex-atleta é ídolo do Porto e contou sobre como viam o Mais Querido sendo comandado pelo técnico
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0O Flamengo de 2019 não teve repercussão somente no Brasil, como também ao redor do mundo. Desse modo, Pedro Emanuel, ex-jogador e ídolo do Porto (POR), revelou que o Mais Querido comandado por Jorge Jesus teve uma grande repercussão em Portugal.
"Teve, teve muita repercussão. Falava-se muito sobre isso. E a repercussão foi ainda maior por se tratar do Jorge Jesus, que também tem um nome muito forte em Portugal. Ele construiu uma carreira de sucesso ao longo dos anos, o que aumentou ainda mais a repercussão", disse Pedro Emanuel, em entrevista para a ‘ESPN Brasil’.
"Temos uma relação próxima, de colegas treinadores que se cruzam muitas vezes. No Campeonato Saudita, nos últimos anos, nos encontramos várias vezes. Temos uma noção exata. O que nos distingue, como treinadores que chegam ao futebol saudita, é a capacidade de lidar com campeonatos que têm uma realidade e uma cultura diferentes. Nós nos ajustamos e adaptamos rapidamente. Ele é um desses gênios. Chegou, montou a equipe que, de fato, é a melhor e faz a diferença", concluiu.
FLAMENGO AVASSALADOR
Jorge Jesus chegou ao Flamengo em 2019, logo após Abel Braga pedir demissão. Em pouco tempo, a equipe liderada pelo "Mister" mostrou sua força, goleando os adversários e conquistando a Libertadores e o Brasileirão do mesmo ano.
Assim, Jorge Jesus se tornou o primeiro português a vencer a Libertadores em toda a história. Pelo mais Querido, o técnico esteve à beira do campo em 58 jogos. No período, somou 44 vitórias, dez empates e quatro derrotas. Além disso, o Rubro-Negro marcou 143 gols e sofreu apenas 59.
O meia do Mais Querido falou sobre quando chegou ao clube e sobre sua época em que defendia o Cruzeiro
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0Desde sua chegada ao Flamengo em 2019, Arrascaeta evoluiu seu espírito de liderança dentro do vestiário rubro-negro. Desse modo, o meia uruguaio destacou a diferença de hoje para seis anos atrás, quando estava no Cruzeiro.
"Realmente, eu sempre sentia as coisas, mas não falava, não conseguia expressar, não tinha a força para levantar a mão e falar, e ser o exemplo. Eu sempre me omitia, não tinha essa força. Com a terapia, comecei a praticar tudo isso", disse, antes de finalizar:
"Foi difícil, mas treinando todos os dias eu tentei melhorar, melhorar, até o momento que comecei a falar com os companheiros. Não só no ambiente de futebol, mas também com outras pessoas, com minha família, com meus pais", concluiu.
DECLARAÇÃO DE THIAGO NEVES
Quando Arrascaeta chegou no Flamengo, Thiago Neves, que defendia o Cruzeiro na época, afirmou que o meia poderia não se dar bem no Mais Querido, já que ele era muito tímido.
"Ele é muito meu amigo e eu falei com ele depois que ele acertou. Ele é tímido, e isso pode atrapalhar no Flamengo. Lá a torcida gosta que vibre, que grite, coisas que não são muito da personalidade dele", disse.
Assim, Arrascaeta comentou sobre a fala do ex-companheiro e concordou em algumas partes da declaração. O meia do Mais Querido afirmou que perdeu um pouco da timidez após chegar ao Rubro-Negro.
"Ele não fez por maldade. Ele falou porque sinceramente me conhecia e era um dos caras com quem eu me dava melhor lá no Cruzeiro, ele mora no mesmo lugar que eu e vez ou outra mandamos mensagem. É um cara que me ajudou muito. Eu realmente hoje sou um cara totalmente diferente do que era antes", disse, em entrevista ao GE.
CAPITÃO DO ELENCO
Com as saídas dos principais líderes do elenco, Arrascaeta se tornou capitão da equipe. Atualmente, Gerson é quem usa a braçadeira e demonstra ser um grande líder, mas o camisa 14 ajuda os companheiros sempre que possível.