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Apesar da vitória na estreia da Libertadores contra o Deportivo Táchira, o Flamengo apresentou uma de suas atuações mais discretas sob o comando de Filipe Luís. A falta de criatividade foi um dos pontos mais criticados por analistas e torcedores, especialmente diante da postura defensiva do adversário venezuelano.
O comentarista Carlos Eduardo Mansur analisou a dificuldade da equipe rubro-negra e apontou para um problema estrutural do elenco. Segundo ele, a questão vai além da definição das jogadas, afetando também a construção ofensiva.
hoje a discussão maior desse jogo é uma outra questão do elenco do Flamengo, que é a questão de montagem do elenco"
“Para mim a dificuldade se explica em parte, em boa parte, aliás, em boa medida, porque ao enfrentar um time que defendia mais atrás, como se chama, com o bloco mais baixo, obrigando o Flamengo a ficar com a bola e tentar construir, aparece muito uma discussão que a gente já falou muito aqui sobre a questão de falta de gol no Flamengo. Para mim, hoje a discussão maior desse jogo é uma outra questão do elenco do Flamengo, que é a questão de montagem do elenco”, destacou Mansur.
O jornalista ressaltou ainda que o Flamengo conta com um excesso de jogadores de velocidade e aceleração pelos lados do campo, mas carece de atletas que atuem pelo centro do ataque e na criação entre as linhas defensivas adversárias.
“Pelo amor de Deus, eu não estou dizendo aqui que o Flamengo tem um elenco ruim, que o Flamengo não vai disputar a Libertadores, que o Flamengo não vai disputar o Campeonato Brasileiro, não estou passando nem perto disso. Mas há uma questão de formação do elenco que o Flamengo tem em excesso jogadores de aceleração, de velocidade, com característica de pontas e não tem, além da dificuldade de jogadores que jogam pelo centro do ataque, claramente dificuldade de meias ofensivas capazes de jogar entre linhas, entre volantes e defensores adversários”, analisou o comentarista.
Mansur também destacou que os jogadores de lado de campo acabam sendo deslocados para funções que não são as suas, o que compromete o desempenho coletivo. Diante do Táchira, Luiz Araújo atuou mais centralizado, algo que Gonzalo Plata já fez na ausência de Arrascaeta.
“Esse papel está cabendo aos jogadores de aceleração de lado de campo que se sentem muito desconfortáveis ali”, concluiu.
Atualmente, Filipe Luís tem utilizado Bruno Henrique como centroavante e Juninho como principal peça de reposição. No setor de armação, Arrascaeta, que seria o titular absoluto, tem sofrido com problemas físicos, e suas ausências vêm sendo supridas por Plata e Luiz Araújo, ambos pontas de origem. O desafio do Flamengo, portanto, passa pela necessidade de encontrar soluções internas ou buscar reforços que equilibrem melhor o elenco para a sequência da temporada.
O ex-jogador do Mais Querido falou sobre o momento dos dois clubes e destacou que será uma partida bastante disputada pelo torneio
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O elenco do Flamengo está focado para o confronto decisivo contra o Chelsea (ING), nesta sexta-feira (20), pelo Mundial de Clubes. Desse modo, David Luiz, ex-zagueiro de ambos os times, projetou o duelo entre as equipes.
É o boxe, pai. Vai ser uma briga, vai ser uma briga (risos). Esse jogo vai ser uma briga", disse David Luiz sobre o confronto entre Flamengo x Chelsea.
O ex-zagueiro do Flamengo continuou: "O Flamengo pode surpreender muito nessa questão de intensidade e nesse plano de jogo bem definido, que muitos acho que talvez do Chelsea não conhecem ainda a maneira que o Flamengo vem jogando. E do Chelsea, é esse time já com identidade bem clara do (Enzo) Maresca desse jogo de posse, intenso, com jogadores de muita qualidade pelas bandas e um meio campo que sabe o que faz", destacou ele antes de completar.
"Um meio campo sul-americano, com Enzo (Fernández) e (Moisés) Caicedo, que conhecem bem o que é o futebol brasileiro também. Então, para mim vai ser um jogo muito, muito bonito de se ver e que ambas as equipes tenham a possibilidade de sair vencedora", disse David Luiz.
Com a vitória diante do Espérance, o Flamengo assumiu a liderança do Grupo D, seguindo pelo Chelsea que possui a mesma pontuação. No entanto, o Rubro-Negro leva vantagem na quantidade de cartões amarelos recebidos: um contra três da equipe inglesa. Já o time tunisiano e o Los Angeles FC (EUA) aparecem nas últimas colocações.
Com todos os jogadores à disposição, o Flamengo enfrenta o Chelsea na próxima sexta-feira (20), em confronto válido pela segunda rodada da fase de grupos do Mundial de Clubes. O jogo terá início às 15h (horário de Brasília), no Lincoln Financial Stadium, mesmo local que o Rubro-Negro encarou o Espérance (TUN), na Filadélfia.
Mengão encara os ingleses com atenção redobrada, entenda como a contagem pode beneficiar o time de Filipe Luís nas fases avançadas do torneio
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Com apenas um jogador pendurado para o confronto contra o Chelsea, o Flamengo chega à segunda rodada da Copa do Mundo de Clubes com uma vantagem discreta, mas estratégica. Enquanto os ingleses acumulam cartões e correm riscos, o Rubro-Negro pode usar o cenário a seu favor pensando não só no presente, mas também na gestão do elenco para a sequência da competição.
O Flamengo entra em campo nesta sexta-feira (20) para um confronto decisivo contra o Chelsea, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes. Mais do que uma partida que pode encaminhar a classificação, o duelo guarda outro elemento crucial: os cartões amarelos. Diferente do que ocorre no Brasileirão ou na Libertadores, o regulamento da competição prevê suspensão automática após o segundo cartão amarelo.
A contagem é zerada apenas depois das quartas de final. Isso obriga os clubes a calcularem cada dividida e cada reclamação principalmente em duelos de maior tensão, como o que se desenha no estádio nos EUA. Na vitória por 2 a 0 sobre o Espérance, da Tunísia, apenas Bruno Henrique foi advertido com cartão amarelo. Caso seja novamente punido nesta sexta, o camisa 27 será desfalque certo na última rodada da fase de grupos, diante do Los Angeles FC.
A boa notícia para Filipe Luís é que o restante do elenco está "limpo", o que permite certa tranquilidade na escalação e nas substituições ao longo da partida. A comissão técnica, no entanto, prega cautela e conversa com os atletas sobre a importância do controle emocional. O Chelsea, por sua vez, chega ao duelo pressionado não apenas pelo resultado, mas também pelo acúmulo de cartões.
Contra o LAFC, três jogadores receberam amarelo: os laterais Reece James e Marc Cucurella, além do zagueiro Tosin Adarabioyo. Todos correm risco de suspensão na rodada final contra o Espérance. A preocupação se estende ainda ao meio-campo. Moisés Caicedo e Enzo Fernández, pilares da equipe inglesa, são atletas com alto número de advertências na temporada europeia. O equatoriano recebeu 13 amarelos em jogos pelo Chelsea; o argentino, nove.
Estudo técnico detalha pontos vulneráveis da equipe de Enzo Maresca; rubro-negro deve explorar partes técnicas e erros na equipe inglesa
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Na preparação para o aguardado duelo entre Flamengo e Chelsea, a comissão técnica rubro-negra tem bons motivos para estudar minuciosamente os jogos da equipe inglesa sob comando de Enzo Maresca. Apesar de contar com nomes de peso, o time londrino apresenta vulnerabilidades claras especialmente no meio-campo e na saída de bola que podem ser determinantes caso o Flamengo consiga impor seu ritmo.
Um dos principais focos de atenção é o comportamento tático de Enzo Fernández. Embora tecnicamente acima da média, o argentino tem papel que o afasta das funções defensivas durante grande parte dos jogos. Isso ocorre especialmente porque Maresca dá liberdade para que o camisa 8 atue mais adiantado, se aproximando dos homens de frente.
Esse movimento abre um espaço considerável no meio, especialmente às costas do próprio Enzo, e deixa a linha de volantes exposta. Quando o Chelsea está em fase ofensiva, Enzo se alinha a Cole Palmer, enquanto Caicedo se descola e se junta ao lateral-direito. A recomposição exige muito fisicamente, e nem sempre é feita com eficácia.
O Flamengo pode explorar com inteligência os momentos em que Enzo Fernández sobe demais. Ao terminar jogadas muito avançado, o argentino precisa percorrer longas distâncias para retornar à linha média. Essa lacuna costuma ser ocupada de maneira improvisada, o que gera desorganização e dá margem para infiltrações rápidas pelo centro.
Jogadores como Arrascaeta ou até mesmo Gerson, com boa leitura e capacidade de aceleração, podem tirar proveito disso, principalmente com movimentações entrelinhas ou rompendo linhas com passes verticais. Outro aspecto que pode ser crucial a favor do Flamengo é a saída de bola do Chelsea. A equipe de Londres não apresenta consistência na construção desde a defesa. Zagueiros e laterais forçam passes arriscados e muitas vezes erram, oferecendo chances claras ao adversário.