Futebol
02 Jan 2025 | 08:41 |
Apresentado oficialmente em coletiva no Ninho do Urubu nesta segunda-feira (30), o novo diretor técnico do Flamengo, José Boto, já começou a implementar mudanças significativas na gestão do futebol rubro-negro. Antes mesmo da apresentação oficial, o português foi responsável por decisões importantes, como a manutenção de Filipe Luís como treinador e a não renovação de contrato com David Luiz.
Diagnóstico inicial: excesso de profissionais e jogadores
De acordo com informações do jornalista Venê Casagrande, Boto identificou um dos principais problemas do Flamengo: o excesso de profissionais, tanto no time principal quanto nas categorias de base.
O diretor técnico comparou o clube com equipes europeias e constatou que o Flamengo possui mais cargos e funcionários do que o necessário, com alguns desempenhando funções sem utilidade prática. A base rubro-negra também foi alvo da análise, com destaque para o número elevado de jogadores nas categorias inferiores, algo que será revisado nos próximos meses.
Regras mais rígidas no Ninho do Urubu
Boto já começou a implementar sua metodologia no CT Ninho do Urubu, restringindo o acesso de pessoas que não tenham ligação direta com o futebol. Segundo o jornal O Globo, visitas de familiares e amigos de jogadores dependerão de sua autorização. Funcionários pessoais, como motoristas, também terão a circulação limitada, podendo aguardar na entrada ou, no máximo, no refeitório.
Durante a coletiva de apresentação, Boto reforçou sua intenção de blindar o centro de treinamento e eliminar práticas que ele considera incompatíveis com um ambiente profissional:
"Uma das coisas que discuti com o Bap foi fechar o CT. Acabou a visita de gente que não tem nada a ver com o trabalho diário. Não interessa quem é, não entram aqui. Isso vai acabar. Nas viagens, também: pessoas que nada têm a ver com o futebol não estarão no mesmo avião ou no mesmo hotel."
Início de uma nova gestão
As medidas tomadas por Boto são parte do plano de profissionalização e reformulação estrutural prometido pela nova gestão de Luiz Eduardo Baptista (Bap). As mudanças visam otimizar processos, reduzir custos e criar um ambiente mais organizado e eficiente, tanto no futebol profissional quanto na base.
Com essas iniciativas, José Boto busca alinhar o Flamengo aos padrões das grandes equipes europeias, consolidando uma gestão mais técnica e focada em resultados.
Clube rubro-negro apresentou documento técnico sugerindo a padronização dos campos, citando riscos de lesões e exemplos das principais ligas mundiais
08 Dez 2025 | 22:20 |
Flamengo oficializou nesta segunda-feira (08/12) uma ofensiva institucional visando a transformação da infraestrutura do futebol nacional. O clube protocolou junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) uma contribuição técnica robusta destinada ao grupo de trabalho que debaterá a padronização dos campos no país.
Intitulado "Programa de Avaliação e Monitoramento da Qualidade de Gramados do Futebol Brasileiro", o documento propõe, entre outras medidas, o fim do uso de grama artificial nas principais divisões nacionais. A base da argumentação rubro-negra sustenta que superfícies artificiais não oferecem as condições ideais para a prática do futebol de alto rendimento.
O dossiê entregue à CBF destaca que as principais ligas do mundo, tanto na Europa quanto na América do Sul, citando Argentina, Uruguai e Colômbia, não utilizam ou até proíbem esse tipo de piso na primeira divisão. O clube ressalta ainda que nenhuma nação campeã mundial aceita gramados de plástico em sua elite.
Além do aspecto técnico, o Flamengo levantou questões de saúde e integridade física. O documento cita estudos que indicam o aumento do risco de lesões e outros problemas decorrentes do contato com o material sintético. A manifestação pública de jogadores contra esses campos também foi utilizada como argumento, alertando para o risco de o Brasil perder atratividade para atletas de ponta devido à qualidade do piso.
Reconhecendo os investimentos feitos por outros clubes e a utilização das arenas para shows, o Flamengo sugeriu um cronograma de adequação para evitar prejuízos imediatos. A proposta estipula um período de transição: a substituição obrigatória dos gramados artificiais na Série A ocorreria até o final de 2027, e na Série B, até o encerramento de 2028.
Clube francês monitora a situação do colombiano para a próxima janela de transferências e vê no atleta a versatilidade ideal para o ataque
08 Dez 2025 | 21:15 |
O desempenho de Jorge Carrascal com a camisa do Flamengo despertou a atenção do futebol europeu. O Olympique de Marseille, da França, colocou o meia colombiano em sua lista de interesses para a próxima janela de transferências.
A informação, repercutida pelo portal francês Footmarseille.com, indica que o jogador é avaliado positivamente pela diretoria do clube, que busca reforços pontuais para elevar o nível de competitividade do elenco na Ligue 1.
Nos bastidores do clube de Marselha, a principal virtude destacada em Carrascal é sua polivalência. A capacidade do camisa 15 rubro-negro de atuar em diversas faixas do campo ofensivo chamou a atenção do técnico Roberto De Zerbi. Segundo a imprensa local, o treinador italiano já deu o aval para uma possível investida, valorizando características como intensidade, mobilidade e visão de jogo para a construção de jogadas.
O interesse não é aleatório. O Olympique busca no mercado um nome capaz de fazer sombra ou até mesmo substituir o inglês Mason Greenwood. Atualmente, o clube entende que não possui um reserva à altura para o atacante, e Carrascal surge como uma solução viável para preencher essa lacuna, trazendo qualidade técnica imediata ao plantel.
Apesar do interesse francês, tirar Carrascal do Rio de Janeiro não será uma tarefa simples. O jogador desembarcou na Gávea na última janela após uma operação financeira robusta. O Flamengo desembolsou cerca de 12 milhões de euros (aproximadamente R$ 75 milhões) para contratá-lo junto ao futebol russo, uma aposta pessoal do diretor de futebol José Boto.
Mais Querido formaliza oferta por zagueiro do Internacional e dívida de Thiago Maia vira chave do negócio pelo lado canhoto, visando 2026
08 Dez 2025 | 20:49 |
O Flamengo definiu seu alvo número um para reforçar o sistema defensivo na próxima temporada: Vitão, do Internacional. Aproveitando o momento de reformulação no elenco gaúcho, o clube carioca oficializou seu interesse e colocou uma proposta robusta na mesa para tirar o zagueiro de 25 anos do Beira-Rio. No entanto, a negociação promete ser complexa e envolve cifras milionárias e pendências financeiras passadas.
Segundo informações veiculadas pela Band-RS, o Flamengo não economizou na oferta inicial. O Mais Querido propôs pagar 9 milhões de euros (aproximadamente R$ 56 milhões na cotação atual) para contar com o defensor. O valor é considerado elevado para os padrões do mercado interno brasileiro, demonstrando a prioridade que a gestão rubro-negra dá ao atleta.
Apesar da quantia significativa, o Internacional sinaliza que deve recusar a investida inicial. A diretoria colorada entende que Vitão é um dos principais ativos do clube e, mesmo diante de um cenário financeiro delicado, busca maximizar o lucro na operação, tentando valorizar ainda mais o passe do jogador antes de bater o martelo.
Um elemento extra-campo pode ser decisivo nas tratativas: uma dívida antiga. O Internacional possui débitos em aberto com o Flamengo referentes à compra do volante Thiago Maia, negociado em 2024 por cerca de 4 milhões de euros. O clube gaúcho não quitou as primeiras parcelas do acordo, o que gerou desconforto nos bastidores.
A estratégia do Inter para liberar Vitão passa por incluir essa pendência na negociação. A intenção dos gaúchos é aceitar a transferência apenas se o Flamengo mantiver o pagamento dos R$ 56 milhões propostos e, adicionalmente, conceder o "perdão" total da dívida de Thiago Maia. Nesse cenário, o custo total da operação para o Flamengo subiria para cerca de 13 milhões de euros (aproximadamente R$ 82 milhões).