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Flamengo e Corinthians ocuparam a mesma página do noticiário várias vezes nesta janela. Entre nomes especulados, negociações, entrevistas e relação desgastada, o último capítulo é a disputa pelo volante Maycon.O que aconteceu?
O Flamengo tentou, mas Maycon resolveu continuar no Corinthians. O jogador está emprestado pelo Shakhtar Donetsk ao clube paulista, que tem a prioridade para a compra. O Rubro-Negro chegou a um acordo com o Shakhtar, mas Maycon se reuniu com o Timão e resolveu continuar no clube que o revelou. O Corinthians prometeu pagar uma dívida antiga em direito de imagem e negociar a permanência em definitivo.
Esse é o sexto jogador envolvendo os dois clubes a ser citado em negociações nesta janela. Gabigol, Thiago Maia, Fausto Vera, Pablo e Matheuzinho foram os outros nomes com algum tipo de conversa nos últimos tempos.Matheuzinho deu certo, mas não sem uma novela. O lateral-direito, inclusive, foi a gota d'água para o desgaste da relação, que já tinha começado com as declarações sobre Gabigol.
Na época, os dois clubes criticaram nos bastidores o comportamento do rival. O Corinthians pelo fato de o Flamengo não ter cedido o jogador com as cláusulas pedidas e o Rubro-Negro por conta da nota oficial feita pelo Alvinegro. O estafe do lateral também ficou insatisfeito pela maneira como o negócio foi feito. No fim, o jogador foi vendido aos alvinegros.
Desagrado com o Presidente do Corinthians
A postura de Augusto Melo de ir a público falar sobre Gabigol também irritou o Fla. Ele foi desmentido tanto por dirigentes cariocas como pelo empresário do jogador após afirmar que abriu negociações com clube e atleta.
O Corinthians imaginava que a boa relação, principalmente entre Rubão e Marcos Braz, ajudaria na negociação por reforços. Agora, o papo entre os clubes é "apenas profissional", sem facilitações. O vice de futebol do Fla esteve na posse de Melo.
O Flamengo procurou o Shakhtar por Maycon sem avisar o Corinthians, que agora comemora a permanência. O Timão acredita que o episódio mostra a força do clube no mercado.
Treinador italiano destaca qualidade do jogador do Mais Querido em coletiva antes da estreia contra o Equador pelas Eliminatórias
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Carlo Ancelotti, multicampeão por onde passou, começa oficialmente sua trajetória à frente do Brasil nesta quarta-feira (5), contra o Equador, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026. E logo na primeira coletiva oficial como técnico da Seleção, o nome de Gerson apareceu com destaque.
Sem abrir os 11 iniciais, o treinador deixou claro que o meio-campo será uma das áreas mais valorizadas do seu sistema, e Gerson parece estar nos planos. “Essa equipe tem por característica muita qualidade no meio. Gerson tem muita qualidade não só no jogo de construção, mas também no jogo entrelinhas”, disse Ancelotti.
Ancelotti sobre Gerson do Flamengo: "Sabe o momento de acelerar e quando pausar. Isso é raro"
A fala pode parecer protocolar, mas, no contexto do ciclo que se inicia, tem peso. Gerson voltou à Seleção em boa fase pelo Flamengo e, mesmo sem unanimidade entre torcedores e parte da imprensa, tem se mostrado um nome de confiança da nova comissão. Ancelotti citou ainda Bruno Guimarães, outro nome do setor, o que indica que a ideia é montar um meio mais técnico.
Internamente, o Flamengo acompanha com atenção essa movimentação. O clube entende que uma eventual consolidação de Gerson na Seleção pode aquecer o interesse europeu na próxima janela. Mas, ao mesmo tempo, a diretoria vê com bons olhos a valorização de um ativo que já é tratado como líder técnico e comportamental no elenco.
Na Seleção, o ambiente é positivo. A comissão tem elogiado o comportamento do jogador nos treinos e a capacidade de se adaptar a diferentes funções. Na era Tite, Gerson chegou a ser testado como um segundo volante mais fixo. Agora, há expectativa para vê-lo em uma função de meia mais solto, explorando seu potencial de chegada à área e passes entrelinhas — algo que Ancelotti destacou com todas as letras. “Ele entende o jogo de forma inteligente, sabe o momento de acelerar e quando pausar. Isso é raro”, completou o treinador, que teve contato com Gerson ainda na Europa, quando o camisa 8 defendia a Roma.
Camisa 10 rubro-negro diz que tem planos definidos para sua carreira após o torneio global realizado pela FIFA em junho nos EUA
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A entrevista foi publicada no canal do Baixinho no YouTube e trouxe declarações sinceras do camisa 10, que é frequentemente apontado como um dos estrangeiros mais importantes a vestir a camisa do clube. Em tom direto, Arrascaeta explicou que a Europa fez parte de um sonho antigo, mas que hoje esse desejo já não pulsa da mesma forma.
Arrascaeta sobre sair do Flamengo: "A Europa era um sonho que eu tinha mais vigente quando eu era mais novo"
Apesar de não ter feito carreira no Velho Continente, o meia construiu no Brasil uma trajetória de respeito. Desde que chegou ao Flamengo, em 2019, vindo do Cruzeiro, acumula títulos importantes e uma relação profunda com a torcida. Com a camisa rubro-negra, Arrascaeta já conquistou duas Libertadores, dois Brasileiros, uma Copa do Brasil e várias taças regionais, além de protagonizar momentos decisivos.
A identificação com o clube é tamanha que ele é um dos jogadores mais aplaudidos no Maracanã a cada escalação. Além disso, o jogador deixou claro que a escolha de permanecer no futebol brasileiro é também motivada pelo ambiente competitivo e pelas oportunidades de disputar grandes títulos com frequência.
O Flamengo, nesse sentido, oferece exatamente isso. "A Europa era um sonho que eu tinha mais vigente quando eu era mais novo. Hoje em dia, eu sei que com a minha idade é muito difícil que um grande clube vá vir me buscar". A fala vem num momento em que jogadores sul-americanos ainda veem o futebol europeu como destino final.
A opção de Arrascaeta por permanecer no Brasil, especialmente num clube com a estrutura e projeção internacional do Flamengo, sinaliza também uma mudança de mentalidade entre os grandes nomes do continente. A entrevista também teve um tom de gratidão. O camisa 10 reconheceu que atingiu um patamar de relevância no futebol atuando no Brasil e que isso foi decisivo para sua carreira na seleção uruguaia, da qual é peça importante há anos.
Mesmo convocado por Ancelotti para a Amarelinha, zagueiro do Mengão não esconde a insatisfação com a gestão da CBF após 2022
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Capitão da Seleção Brasileira e zagueiro do Flamengo, Danilo fez duras críticas à atual fase da equipe nacional. Em entrevista ao ex-jogador Romário, onde também falou do técnico Filipe Luís, o defensor afirmou que o Brasil está "uma bagunça" desde a Copa do Mundo de 2022 e que, neste momento, não acredita em chances reais de título no próximo Mundial — embora veja esperanças com a chegada de Carlo Ancelotti.
Danilo, zagueiro do Flamengo: "Hoje, do jeito que está, se você olhar para a seleção brasileira, é uma bagunça"
“Hoje, hoje não (acredito que o Brasil tenha condição de ser campeão mundial). Quer dizer, no futebol acredito em tudo. É até difícil falar isso, porque vão falar que o capitão da seleção brasileira vai falar que o Brasil não pode ganhar a Copa do Mundo. Hoje, do jeito que está, se você olhar para a seleção brasileira, é uma bagunça. Nós vamos ter um treinador novo agora, administrativamente nós estamos entregues a não sei o quê”, declarou o zagueiro do Flamengo.
Danilo também destacou como o ambiente de críticas constantes afeta o grupo. Para ele, é essencial que os atletas se fortaleçam emocionalmente e que as atuações em campo deixem de ser julgadas apenas pelo desempenho estético, mas também pelos resultados conquistados.
Apesar das críticas, o lateral se mostrou confiante de que a chegada de Ancelotti pode marcar um novo momento para a Seleção. Para Danilo, a experiência e a autoridade do técnico italiano podem aliviar a pressão sobre os jogadores e estimular uma mudança interna.
“Ter uma figura como o Ancelotti com certeza te dá um respaldo maior, um respeito maior. Acredito que vai haver pressão por resultados, mas talvez isso tire um pouco das costas dos jogadores. E nós, como atletas, também temos que assumir: ‘O treinador é top, precisamos dar um jeito, porque já trocaram o técnico várias vezes e nada melhorou.’”
A Seleção Brasileira volta a campo nesta quinta-feira (06), às 20h (de Brasília), contra o Equador, em Guayaquil, pelas Eliminatórias da Copa. Na terça-feira (11), o time encara o Paraguai, às 21h45, encerrando a data FIFA.
Gerson relembra momentos gloriosos pelo Flamengo e revela bastidores do título: "Nunca vou esquecer"