
Futebol
|
Cebolinha diz que alguns jogadores foram estudados, e no contexto geral, sabem que é um time bom defensivamente e que não perde há alguns jogos. Apesar da adaptação que terá de ser feita frente ao adversário, o jogador diz esperar que a equipe entre num dia iluminado para não ser surpreendido.
"Nesse tipo de jogos, você tem que ter a atenção dobrada porque é uma equipe que não conhecemos. O professor Filipe tem passado coletivamente os pontos fortes da equipe deles. Individualmente, a gente procura estudar um jogador ou outro. Eu vi que é uma equipe que defensivamente é muito forte no campeonato deles e vem de sequência de vitórias. Por isso, a gente tem que ter uma atenção para não ser surpreendido. A gente espera amanhã entrar no nosso dia, e estamos bem concentrados para fazer uma excelente partida", comentou Cebolinha.
Se Cebolinha chamou atenção para o sistema defensivo do Espérance-TUN, Léo Pereira destacou que o time africano tem boas peças no ataque, afirmando que a zaga do Fla terá atenção redobrada, exaltando ainda a influência do adversário em seu continente.
"Bom, cara, a gente tem que ter a atenção redobrada. Aí que mora o perigo, né? A atenção redobrada, com certeza, porque a gente não pode ser surpreendido de maneira alguma. Já demos uma analisada nos atacantes ali. Tem uns caras bons ali na frente, então a gente tem que ter esse cuidado redobrado e, com certeza, a gente está mais preparado para enfrentar essa equipe, que é uma equipe muito positiva lá na Tunísia [...] não dá para brincar, não dá para ter descuido. A gente tem que entrar com a nossa concentração lá em cima, no máximo, e dar o nosso melhor", destacou.
Maior campeão da Tunísia e o quarto clube com mais títulos continentais da África, o Espérance chega na Copa do Mundo de Clubes ostentando a segunda maior sequência de invencibilidade entre os 32 participantes: são 11 jogos sem derrota, atrás apenas do River Plate, que acumula 17 partidas invicto.
Alternando entre time titular e banco, Cebolinha não vive um de seus melhores momentos com o Manto, mas é peça importante para Filipe Luís. Atacante de desafogo, mas que algumas vezes resolve jogos com gols e assistências, Cebolinha não deve ser titular na estreia, porém, tem muitas chances de entrar durante a partida.
Ainda assim, o jogador exaltou a oportunidade que vive, em vestir o Manto, representando o Flamengo numa Copa do Mundo de Clubes. "Emocionante, gratificante, poder representar uma camisa tão pesada como a do Flamengo é motivo de muita alegria para todos nós", disse Cebolinha.
Na temporada, Cebolinha soma 22 jogos, com três gols marcados e duas assistências distribuídas.
A menção à expressão “gelo no sangue” e o trecho de uma música foram interpretados por torcedores como uma crítica direta à atual gestão comandada por Bap
|
O Flamengo vive dias de instabilidade nos bastidores. A gestão de futebol liderada por Luiz Eduardo Baptista, o Bap, passa por críticas e questionamentos, enquanto o nome de José Boto, contratado no início da temporada como diretor técnico, tem sido centro de tensões recentes. No meio do furacão, Marcos Braz, ex-vice-presidente de futebol e figura influente nas conquistas de 2019, voltou à tona nas redes sociais com uma publicação que causou burburinho entre torcedores e bastidores do clube.
A expressão “gelo no sangue”, eternizada por Braz durante o ano mágico de 2019, ressurgiu. Em um story publicado em sua conta no Instagram, o ex-dirigente exibiu uma imagem com a frase, acompanhada por um trecho da música “Deixe a Vida Rolar”, do cantor Clovis Pê: “De boa, de nada. O tempo diz tudo. Faz o que der vontade. Sem medo do mundo.”
A combinação entre a legenda e a imagem não passou despercebida pela torcida, que viu ali um recado direto à cúpula atual do futebol rubro-negro. Torcedores rapidamente repercutiram a postagem. Muitos interpretaram como uma crítica velada à forma como o departamento de futebol vem sendo conduzido após a saída de Braz. Outros, porém, lembraram os maus resultados sob sua gestão nos últimos anos, especialmente em 2023 e 2024, e trataram a publicação como oportunismo.
O alvo da crise é José Boto, português com passagem por clubes como Shakhtar Donetsk e Benfica. Desde que assumiu o cargo no Flamengo, no início de 2024, o dirigente luso tem encontrado dificuldade para aplicar sua filosofia de trabalho no Ninho do Urubu. Relatos de bastidores indicam desgaste com o presidente Bap, principalmente após o veto da contratação do atacante irlandês Mikey Johnston, indicado por Boto.
A situação acendeu o alerta vermelho dentro do clube e pode culminar em uma eventual saída do profissional. Fontes próximas ao departamento de futebol indicam que uma reunião entre as partes deve acontecer nos próximos dias para discutir o futuro de José Boto. A relação entre ele e Bap se deteriorou ao longo das últimas semanas, e o veto a Johnston foi apenas a gota d’água.
A decisão do Mengão de recuar nas negociações por Mikey Johnston continua repercutindo internamente e nas redes sociais, entre dirigentes e influencias
|
O assunto dividiu opiniões entre torcedores e reacendeu críticas à postura da diretoria, especialmente em relação ao compromisso com o profissionalismo prometido por Bap. De um lado, parte da torcida entendeu que o recuo foi sensato. A avaliação interna, conforme apurado, considerou o histórico de minutagem do jogador, a intensidade exigida pelo calendário brasileiro e o estilo de jogo do elenco atual. Esses fatores, somados, indicaram risco alto para uma contratação que exigiria imediatismo.
Entretanto, a ala mais crítica da torcida vê a desistência como um sinal de fraqueza. Na visão desses torcedores, a diretoria cedeu à pressão externa, contrariando justamente o discurso de profissionalismo e autonomia técnica que foi um dos pilares da eleição de Bap. Em meio ao impasse, uma entrevista antiga de Bap ao Flow Sport Club, dada ainda durante a campanha presidencial, ganhou destaque novamente.
O trecho, viral nas redes sociais, traz o dirigente falando sobre a importância dos scouts e criticando o peso excessivo da opinião popular. A declaração mais comentada e compartilhada foi direta: “Mas a gente acha que, porque assistimos a 500 horas de futebol, que enxergamos e conhecemos mais do que os caras. A gente não conhece.” A frase sintetiza o ponto de vista da diretoria sobre como decisões devem ser tomadas — com dados, análise e critério, não com base em clamor popular.
Durante a entrevista, Bap detalhou como o departamento de scout trabalha, revelando processos que vão muito além da simples observação de partidas. São cruzamentos de dados, análises de comportamento físico e psicológico e adaptação ao estilo de jogo da equipe. Sem citar nomes, Bap contou que o Flamengo analisava a contratação de um atleta, mas que os analistas identificaram que o jogador só conseguia manter intensidade por dois blocos de 30 minutos. Após esse período, tornava-se lento e vulnerável — algo que inviabilizaria seu uso em jogos de alta exigência.
Embora o presidente não tenha ligado diretamente esse caso ao nome de Mikey Johnston, a explicação é interpretada por muitos como uma justificativa embasada para a decisão recente. O clube analisou, ponderou e concluiu que a contratação não se encaixava no perfil necessário. O dirigente ainda destacou a evolução tecnológica no futebol, com softwares que comparam desempenhos e projetam cenários. Para Bap, isso permite ao scout ver mais do que os olhos captam ao vivo — e, por isso, devem ter autonomia.
A empresa havia adquirido o mando de campo do confronto, transferindo o jogo para o Maranhão, com a promessa de arcar com todos os custos logísticos do Flamengo
|
O Flamengo decidiu recorrer à Justiça para cobrar uma dívida de R$ 587.354,00 da empresa JJ Produções Eventos, responsável pela organização da partida contra o Botafogo-PB, realizada no dia 1º de maio, pela terceira fase da Copa do Brasil. Nesse sentido, a empresa quitou metade do valor ao rubro-negro.
A empresa havia adquirido o mando de campo do confronto, transferindo o jogo para o Maranhão, com a promessa de arcar com todos os custos logísticos do Flamengo, incluindo transporte, hospedagem e demais despesas operacionais.
O objetivo da negociação era potencializar a arrecadação com bilheteria, já que o jogo, originalmente marcado para João Pessoa (PB), foi transferido para o Estádio Castelão, em São Luís (MA). No entanto, o acordo não foi cumprido integralmente. Segundo o Flamengo, o clube tinha gasto R$ 887 mil com a operação da partida, mas recebeu apenas R$ 300 mil de reembolso até então. Restando, portanto, mais de meio milhão de reais.