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Atacante do Real Madrid pode ficar livre do mercado, Flamengo observa atentamente bastidores
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Enquanto vários repórteres em coletivas gravam ou digitam, e o microfone circula pelo auditório do Maracanã, César Sampaio tira do bolso uma caneta e um pequeno bloco. É no papel que um dos auxiliares de Tite faz sua "reportagem".
Na verdade, ele vira uma espécie de escriba e anota os tópicos e ideias principais das respostas do treinador. O plano é transformar o conteúdo em algo útil para a comissão técnica e não só para a imprensa. César desenvolveu o hábito porque a coletiva pode virar tema de discussão posterior.
Basicamente por dois motivos: algum aspecto tático sobre o qual seja confrontada e alguma "derrapada" que demande correção do técnico. Já aconteceu neste ano, inclusive, uma correção de Tite, que foi criticado pela forma com a qual se expressou inicialmente sobre a condenação de Daniel Alves por estupro na Espanha. Na coletiva seguinte, o técnico se retratou.
No lado tático, o Flamengo tem um time de analistas que capta os movimentos do jogo e faz a leitura e os relatórios da partida. Segundo membros da comissão técnica, é difícil que algo escape deles. Mas as anotações de César servem também para registrar a forma com a qual Tite expressa os conceitos e se defende de críticas.
Tarefa compartilhada
Todos os auxiliares de Tite acompanham as coletivas do treinador. Ele sempre leva um deles para falar ao seu lado após as partidas. Nos últimos jogos, a incumbência tem sido de Matheus Bachi, filho do técnico. Mas há um rodízio.
Os assistentes e dirigentes do Fla - o diretor Bruno Spindel e o gerente Luiz Carlos Azevedo - gostam de ficar próximos. Marcos Braz não aparece por lá. Só dá as caras eventualmente na zona mista. Nas coletivas, os auxiliares e Spindel são alvos de referências de Tite durante as respostas e também tiram dúvidas eventuais do treinador.
Até porque a comissão técnica tem uma estratégia de dividir o acompanhamento mais próximo dos jogadores entre si. Era algo que funcionava na seleção.
O jogador teria reprovado nos exames, além de outros detalhes que fizeram a diretoria do Mais Querido recuar nas tratativas para contratá-lo
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Após abrir negociações para contratar o atacante Michael Johnston, o Flamengo parece ter recuado nas tratativas. O Mais Querido estava prestes a fechar negócio com o West Bromwich (ING), mas após os últimos detalhes da tratativa, o Rubro-Negro travou as conversas.
Segundo informações do jornalista Julio Miguel Neto, o Flamengo travou as negociações com Michael Johnston pelo jogador ter reprovado nos exames médicos. Além disso, segundo a jornalista Raisa Simplicio, a pressão de torcedores e o histórico físico do atacante pesaram na decisão interna.
Vale lembrar que assim que o nome de Michael foi anunciado, muitos torcedores não gostaram, questionando a diretoria rubro-negra sobre o investimento. O jogador tinha chegada prevista ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira (7), para assinar o contrato e ser oficializado como novo reforço do Flamengo.
Michael Johnston tem contrato com o West Bromwich até junho de 2028. O jogador se destacou pela equipe inglesa na última temporada da Championship, segunda divisão da Inglaterra, com três gols e cinco assistências.
Destacando que Johnston não é centroavante fixo, mas atua como segundo atacante, com liberdade para se movimentar por dentro e participar da construção ofensiva. Assim, o jogador chegaria para disputar vaga com Bruno Henrique e Michael.
Em negociações anteriores, o Rubro-Negro chegou a iniciar conversas avançadas para adquirir o meia formado pelo Vasco da Gama, mas não avançou
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Em negociações anteriores, o Rubro-Negro chegou a iniciar conversas avançadas para adquirir o meia formado pelo Vasco. A diretoria do Flamengo via Evander como um jogador estratégico para o meio-campo, mas o acordo não se concretizou devido a vários fatores, incluindo valores e timing da janela.
A premiação de cerca de R$ 150 milhões recebida pela participação no torneio, somada aos R$ 160 milhões oriundos da venda de Gerson para o Zenit, dá novo fôlego
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Apesar da frustração com a derrota para o Bayern de Munique nas oitavas do Mundial de Clubes, o Flamengo garantiu um retorno financeiro expressivo com sua participação no torneio internacional. Segundo dados oficiais, o clube embolsou aproximadamente R$ 150 milhões da FIFA, um valor que representa um dos maiores recebimentos em premiação internacional na história rubro-negra.
Essa quantia, somada ao valor que será recebido pela transferência de Gerson ao Zenit, da Rússia, reposiciona o Flamengo no mercado e permite movimentações mais ambiciosas na janela do meio do ano. O Zenit optou por não negociar diretamente com o Flamengo e depositou o valor integral da multa rescisória de Gerson, avaliada em R$ 160 milhões.
A operação foi feita de forma unilateral, e, embora não envolva taxas de vitrine ou bônus de performance, garante liquidez imediata ao Rubro-Negro. Com isso, o clube soma cerca de R$ 310 milhões em novas receitas apenas neste mês de junho, algo que muda o patamar das negociações para o restante da temporada.
Até o momento, a janela de transferências de 2025 havia sido discreta. As principais chegadas foram a do atacante Juninho, ex-Qarabag, por 5 milhões de euros (cerca de R$ 31,2 milhões), além do lateral-zagueiro Danilo e do meio-campista Jorginho, ambos contratados sem custos por estarem livres no mercado. Com os novos recursos, a diretoria projeta uma atuação mais agressiva.
A ideia é trazer jogadores com maior capacidade técnica e física para elevar o patamar do elenco nas competições que ainda restam. O nome mais quente neste momento é o do meia Jorge Carrascal, atualmente no Dínamo de Moscou. Segundo apuração do ge, o Flamengo prepara uma proposta de 12 milhões de euros (cerca de R$ 77 milhões) para tentar tirar o colombiano da Rússia.