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“Só falta eu terminar preso por causa do Flamengo” - Eduardo Paes brinca sobre leilão

Prefeito do Rio de Janeiro revelou que Caixa o acusa de fraude e rebate: Se alguém cometeu fraude, foram eles”

O leilão do terreno do Gasômetro, arrematado pelo Flamengo para construção de seu estádio, segue com incertezas após a Caixa Econômica Federal, que gere o Fundo de Investimentos Imobiliário Porto Maravilha (FII PM), pedir a anulação do mesmo na Justiça. Segundo o banco, houve desvio de finalidade durante o processo e favorecimento de uma única entidade privada.

Na última terça-feira (13), o Prefeito do Rio, Eduardo Paes, se reuniu com Eduardo Bandeira de Mello, ex-Presidente do Flamengo, Maurício Gomes de Mattos, pré-candidato à presidência, e com sócios ligados a oposição rubro-negra, para discutir o leilão e o processo de desapropriação do terreno a conversa foi gravada e o áudio foi divulgado pelo portal ‘Mundo Rubro-Negro’.

Na conversa, Eduardo Paes revela que o banco o acusa de fraude no processo e chega a brincar com a situação. “A Caixa tem vindo, depois de fazer tanta média, agora eles estão botando as manguinhas de fora. Tem me descido um cacete em várias ações, dizendo que eu fraudei, que eu cometi fraude à licitação. Para vocês terem uma ideia, só falta eu terminar preso por causa do Flamengo. Aí é sacanagem completa. Já pensou o desespero? Tá preso por quê? Ajudou o Flamengo. P… não dá, melhor logo o fuzilamento”, disse o prefeito, declarado torcedor do Vasco da Gama.

Em seguida, Paes acusa a Caixa de cometer fraude ao criar um número “artificial” do metro quadrado, supervalorizando o terreno.

“Eu espero que a Caixa Econômica não tente mentir, porque esse prefeito aqui não é bobo nem nada. E a gente tem vários contratos de compra e venda do fundo imobiliário pelo valor. Um belo dia, a Caixa negociava os terrenos e a CEPAC para o privado, para tentar vender para fazer prédios. E aí, o preço do CEPAC do imóvel era muito equilibrado. O metro quadrado dos terrenos lá era muito equilibrado. Daqui a pouco, quando começa a história do Flamengo, a Caixa joga o preço do metro quadrado para a Lua, e baixa o preço do CEPAC. Por isso que eu falei já, se alguém quiser vazar isso pode vazar, não é à toa que eu estou falando o que eu estou falando aqui. Mas na verdade eles é que estavam cometendo uma fraude. Eles estavam transformando um número artificial do metro quadrado ali para tentar supervalorizar e viabilizar essa compra do terreno pelo Flamengo”, afirmou o prefeito.

Na última terça-feira (13) o Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou um seguro-fiança no valor de R$ 41,4 milhões, para se proteger caso a Justiça eleve o valor do terreno do Gasômetro, arrematado pelo rubro-negro para realização do sonho do estádio próprio por R$ 138,2 milhões em 31 de julho de 2024. A garantia foi celebrada com o Banco XP.