Futebol
12 Nov 2024 | 15:14 |
As movimentações da Liga Forte União e Libra com os contratos de TV's já têm alterado os cenários financeiros para os clubes. Um grande exemplo é que o Vasco pode fazer os atuais R$ 159 milhões de diferença de arrecadação para o Flamengo simplesmente "zerarem" casos os clubes fiquem numa mesma colocação na tabela do Campeonato Brasileiro de 2025.
Entenda o caso
No recorte atual, o Vasco possui uma arrecadação de R$ 112 milhões e o Flamengo de R$ 271 milhões. Estes números são em relação ao contrato em vigor com a TV Globo. Com esta divisão, por exemplo, nem mesmo se o Cruzmaltino fosse campeão e o Rubro-Negro rebaixado, o clube de São Januário arrecadaria mais.
Agora, com Vasco na LFU e Flamengo na Libra, um hipotético quarto lugar para os dois faria os clubes terem uma arrecadação de cerca de R$ 185 milhões, o que geraria um ganho de mais de R$ 70 milhões ao Cruzmaltino em comparação com a atualidade.
No contrato atual da TV Globo, o Flamengo tinha uma garantia mínima relativa ao pay-per-view. Porém, ela não existirá mais, o que irá gerar um déficit de cerca de R$ 80 milhões ao Rubro-Negro ano que vem.
Na Libra, a divisão de cotas é feita da seguinte forma: 40% de forma igualitária, 30% de performance e outros 30% de audiência. Já na Liga Forte União é: 45% de forma igualitária, 30% de performance e 25% de audiência. Enquanto isso, a LFU estima arrecadar R$ 1,7 bi; Libra pode ter queda para R$ 1 bi.
A LFU estima uma arrecadação de R$ 1,7 bilhão para serem divididos entre seus clubes. Atualmente, já há pacotes vendidos para Record, Amazon e Youtube, o que soma entre R$ 750 milhões a R$ 800 milhões. Há propostas na mesa de mais empresas, o que faz a liga já ter tal previsão máxima.
A Libra havia fechado um pacote de R$ 1,3 bilhão com a TV Globo. Porém, esse valor já foi reduzido para R$ 1,17 bilhão. A queda foi em função da saída do Corinthians para a LFU, o que abriu brecha para uma cláusula que estava prevista em contrato.
O valor da Libra, inclusive, pode cair ainda mais, para R$ 1 bilhão, se ela tiver menos que nove clubes na Série A em 2025. Este ano, por exemplo, ela possui oito.
Na Série A de 2024 a LFU tem 12 clubes: Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo, Corinthians, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude e Vasco da Gama. Já a Libra tem oito: Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Flamengo, Palmeiras, Red Bull Bragantino, São Paulo e Vitória.
Jogador uruguaio perdeu espaço com Filipe Luís e está liberado para buscar novos ares para garantir vaga na Copa do Mundo; Tite pede contratação
30 Dez 2025 | 12:07 |
Com pouco espaço na temporada e fora das prioridades do técnico Filipe Luís, que renovou recentemente seu vínculo com o clube, o Matías Viña deve buscar novos rumos em 2026. A hierarquia na posição ficou bem definida, com o treinador optando preferencialmente por Alex Sandro e Ayrton Lucas, o que relegou o uruguaio ao banco de reservas e a uma minutagem muito abaixo do esperado.
Diante da falta de oportunidades, o estafe do jogador e a diretoria rubro-negra trabalham para encontrar uma solução no mercado. O Flamengo, no entanto, já estabeleceu uma condição clara para liberar o atleta: a negociação deve ser em definitivo, descartando, neste momento, modelos de empréstimo.
O cenário de indefinição atraiu interessados no Brasil e no exterior. O Cruzeiro surge como um forte candidato, impulsionado pela chegada do técnico Tite. O treinador, que comandou Viña no próprio Flamengo em 2024, aprecia o futebol do lateral e gostaria de contar com ele na Toca da Raposa.
No cenário internacional, o River Plate, da Argentina, formalizou uma proposta de empréstimo para contar com o jogador. Contudo, o clube carioca recusou as condições apresentadas, mantendo a postura de negociar apenas a venda dos direitos econômicos. Além dos sul-americanos, clubes do futebol europeu também monitoram a situação e podem formalizar ofertas em breve.
A pressa para definir o futuro não é apenas do Flamengo, mas principalmente do atleta. Com o desejo de disputar a próxima Copa do Mundo pela Seleção Uruguaia, Viña sabe que precisa estar em campo regularmente para ser convocado. A permanência na Gávea, na atual conjuntura, colocaria esse objetivo em risco.
Clube argentino quer a contratação do lateral do Mengão como parte da reformulação de seu elenco e já sabe quanto terá que pagar
30 Dez 2025 | 12:05 |
O Flamengo recebeu sondagens do River Plate (ARG) pelo lateral esquerdo Matías Viña, mas recusou a primeira investida da equipe argentina. Segundo o jornalista Paparazzo Rubro-Negro, o clube carioca estipulou que só abrirá negociações se a proposta atingir pelo menos 5 milhões de euros (R$ 32,3 milhões).
Além do River Plate, o Besiktas (TUR) também manifestou interesse no uruguaio, visando reforçar seu elenco para o restante da temporada 2025/2026. A concorrência internacional aumenta a pressão por uma definição, mas o Flamengo mantém postura firme quanto ao valor do jogador.
O lateral passou por um longo processo de recuperação após romper o ligamento do joelho no fim de 2024, durante o Campeonato Brasileiro. Com isso, perdeu espaço no elenco para Alex Sandro, titular, e Ayrton Lucas, reserva imediato, o que tem limitado sua presença em campo.
Com vínculo vigente até dezembro de 2028, Matías Viña segue protegido contratualmente pelo Flamengo. Apesar do interesse estrangeiro e da aproximação da Copa do Mundo de 2026, o clube rubro-negro não pretende facilitar a negociação, mantendo controle sobre o futuro do lateral uruguaio.
A diretoria rubro-negra já definiu as prioridades para a janela de transferências que se inicia no dia 5 de janeiro. O planejamento prevê a contratação de cinco reforços: um goleiro, um zagueiro, um meia, um ponta e um centroavante. Além disso, o clube está próximo de anunciar a chegada de Vitão, do Internacional. Após o aceite da proposta pelo time gaúcho, as negociações avançaram para os ajustes finais com os representantes do defensor.
Diretor de futebol do Mengão diz que jogo em pisos artificiais é diferente do natural, modelo utilizado pelas principais ligas do mundo
30 Dez 2025 | 11:37 |
Após completar um ano de trabalho no clube, o diretor de futebol José Boto avaliou que o futebol brasileiro possui enorme potencial de crescimento, mas destacou que problemas estruturais seguem limitando a evolução do produto. Em entrevista ao Canal 11, o dirigente português citou o calendário excessivo e o uso de gramados sintéticos como pontos inaceitáveis.
Outro ponto enfatizado por José Boto foi a presença de gramados artificiais no futebol brasileiro. Segundo ele, a Confederação Brasileira de Futebol precisa agir caso queira elevar o nível da competição. “Se querem que o espetáculo melhore, vão ter que reduzir o número de jogos e proibir campos artificiais. Isso é ruim para o produto. Não é a mesma coisa assistir a um jogo em gramado sintético ou em campo natural”, avaliou.
O dirigente acredita que, com ajustes estruturais, a liga brasileira pode ganhar projeção internacional: “Com alguns acertos, será realmente uma liga a ser observada até pela Europa. As distâncias vão encurtar, haverá mais dinheiro e mais competitividade. É preciso cuidar do produto, do espetáculo e da densidade competitiva. Não podemos terminar uma temporada com 78 jogos”, completou.
A crítica se reflete nos números da última temporada. O Flamengo encerrou 2025 com 78 partidas disputadas. Entre os jogadores do elenco principal, Luiz Araújo e Agustín Rossi lideraram o ranking de participações, com 68 jogos cada. O último compromisso oficial aconteceu apenas no dia 17 deste mês, evidenciando a extensão do calendário.
A oposição aos gramados artificiais não é novidade. Internamente, o Flamengo entende que esse tipo de piso gera vantagem esportiva a quem o utiliza, além de aumentar os riscos físicos aos atletas. Embora a manutenção do campo natural seja mais onerosa, a avaliação é de que o custo se justifica pela qualidade do jogo.
Por isso, a diretoria lidera o movimento por padronização dos gramados no país. No início de dezembro, foi protocolada junto à CBF uma contribuição técnica para o grupo de trabalho que discute melhorias nos pisos utilizados nas competições nacionais.