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A recente eliminação do Corinthians em competições importantes trouxe à tona a frustração do zagueiro André Ramalho, que não hesitou em criticar a conduta do goleiro Rossi, do Flamengo. Após a partida, Ramalho fez duras declarações sobre o tempo gasto pelo arqueiro rubro-negro durante o jogo, acusando-o de fazer cera para retardar a partida e beneficiar sua equipe. A postura do zagueiro refletiu o sentimento de impotência diante da eliminação, mas gerou questionamentos sobre a coerência das críticas.
O ponto levantado por Ramalho, porém, causou reações no meio esportivo, especialmente pela forma como o Corinthians também já utilizou estratégias similares em situações passadas. Um exemplo citado com frequência envolve o próprio Corinthians, que, em um jogo recente contra o Flamengo, chegou a esvaziar bolas para interromper o ritmo do adversário, demonstrando que o uso de artifícios para ganhar tempo não é uma prática exclusiva de um time ou jogador.
JORNALISTA CONFRONTA CORINTHIANS
Essa divergência de discurso no futebol brasileiro levanta um debate mais amplo sobre a ética e a tática no esporte. Muitos especialistas apontam que, em competições de alto nível, é comum que equipes usem de todos os recursos possíveis para alcançar o resultado desejado. A "cera", como é popularmente conhecida, faz parte desse conjunto de estratégias, e times que reclamam de seu uso geralmente também a aplicam quando convém, gerando uma contradição frequente nas críticas.
O QUESTIONAMENTO DOS JORNALISTAS
O programa esportivo "De Placa" também abordou o tema com um tom crítico. Durante o debate, houve a exposição da "cara de pau" presente nas falas de jogadores e dirigentes que, por vezes, ignoram o próprio histórico ao apontar falhas em adversários. A análise dos comentaristas reforçou a ideia de que, no calor da derrota, é comum que os atletas busquem justificar a eliminação com queixas sobre a conduta do oponente, mesmo que tenham agido de forma semelhante em ocasiões anteriores.
Esse cenário coloca em evidência a necessidade de um maior equilíbrio nas críticas e na autocrítica dentro do futebol. Se por um lado, a tática de retardar o jogo é vista como parte da malícia do esporte, por outro, a coerência nas reclamações e nos posicionamentos públicos precisa ser mais bem trabalhada. Afinal, o uso de estratégias como a "cera" não é novidade e, muitas vezes, é adotado por equipes em busca de vantagem competitiva.
Clube tentou avançar com proposta abaixo do esperado, mas diretoria rubro-negra resiste e projeta valorização do lateral, afirma jornalista
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A janela europeia de verão ainda nem abriu oficialmente, mas os bastidores do Flamengo já estão agitados. O lateral Wesley, de 21 anos, é o mais novo alvo de gigantes europeus. O Grupo City, conglomerado dono de clubes como Manchester City e Girona, fez uma oferta que balançou o cenário, mas não foi suficiente para convencer a diretoria rubro-negra.
A proposta inicial foi de 18 milhões de euros, com cláusulas de performance que poderiam elevar o negócio a 25 milhões de euros. Ainda assim, o Flamengo não se animou com os números. A expectativa no clube da Gávea é arrecadar cerca de 35 milhões de euros — valor que, na visão da diretoria, é compatível com o potencial técnico e de mercado do jogador.
O interesse não é de hoje. Pessoas próximas à negociação afirmam que representantes do Grupo City já haviam sondado o estafe de Wesley em outras oportunidades, mas formalizaram uma proposta agora, às vésperas do Mundial de Clubes. O Flamengo, porém, deixou claro que só abrirá conversas por valores superiores.
Segundo o jornalista Fabrício Lopes, que acompanha o dia a dia do clube, o Grupo City “voltou a procurar o estafe do atleta, mas com uma proposta totalmente diferente do que o Flamengo imagina”. A diretoria entende que, com uma boa participação no torneio internacional, o jogador pode se valorizar ainda mais.
Wesley é visto internamente como uma joia do elenco. Revelado no Ninho do Urubu, ganhou espaço em 2023 e se consolidou como titular absoluto na temporada seguinte, sob o comando de Filipe Luís. Sua regularidade, vigor físico e chegada ao ataque chamaram a atenção de olheiros de diversos clubes europeus.
Em entrevista à Betfair, Fenômeno elogia a trajetória do Mengão e aposta em boa campanha no torneio internacional, que começa nesta segunda-feira, na Filadélfia
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O Flamengo inicia sua caminhada no Mundial de Clubes 2025 nesta segunda-feira (16), enfrentando o Espérance de Tunis (Tunísia), na cidade da Filadélfia, nos Estados Unidos. Em entrevista concedida à Betfair nesta sexta-feira (13), o ex-atacante Ronaldo comentou sobre as expectativas para o torneio e demonstrou confiança no desempenho da equipe brasileira.
Ronaldo projeta Flamengo no Mundial: "Vai avançar"
Segundo Ronaldo, o Rubro-Negro está em um grupo desafiador, mas possui atletas acostumados com decisões e com bagagem internacional. "O Flamengo vai ter um início complicado dividindo o grupo com o Chelsea. Já será um teste importante para o clube na primeira fase. Mas tenho certeza que o time avança e fará uma boa copa", avaliou o Fenômeno.
A equipe comandada por Filipe Luís integra o Grupo D da competição e tem um calendário apertado logo na primeira fase. Após a estreia contra o Espérance de Tunis, o time encara o Chelsea (Inglaterra), em duelo que promete testar o nível competitivo do elenco. A terceira e última partida desta etapa será contra o Los Angeles FC (EUA), que representa a Major League Soccer no torneio.
A meta é garantir uma das vagas para a fase eliminatória e repetir — ou até superar — a trajetória de sucesso em edições anteriores da competição, na qual o clube carioca já figura como campeão mundial.
A experiência internacional é um dos trunfos do elenco rubro-negro para enfrentar adversários de alto nível. O grupo conta com nomes como Danilo, Alex Sandro, Matías Viña, Jorginho e Gerson — todos com histórico de participação em ligas europeias de peso. Além deles, Erick Pulgar, Everton Cebolinha, Pedro e Gonzalo Plata também acumulam bagagem relevante em clubes da Inglaterra, Itália, França, Espanha e Portugal.
Essa diversidade técnica e vivência em grandes palcos é vista como fundamental para encarar o desafio mundial. "São jogadores acostumados com decisões, experientes, ganhando muitos títulos nos últimos anos", reforçou Ronaldo.
Zagueiro, atacante e volante chegaram em momentos distintos do ano; veja detalhes de valores, contratos e bastidores das negociações
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A movimentação rubro-negra começou logo em janeiro, com a chegada do zagueiro Danilo, ex-Juventus. Após semanas de conversas com representantes do atleta, o defensor que chegou a receber sondagens de clubes da Europa e do Santos optou por retornar ao Brasil Danilo, de 33 anos, viu no Flamengo um ambiente ideal para uma nova etapa na carreira.
Após rescindir contrato com o time italiano, ficou livre no mercado, o que facilitou a tratativa com a diretoria carioca. O jogador acertou sua vinda ainda na pré-temporada e assumiu a camisa 13, ocupando a vaga de defensor experiente que o clube buscava desde o fim de 2024. Apesar de não haver valor de transferência envolvido, o Flamengo precisou abrir o cofre para garantir a assinatura de Danilo.
O clube desembolsou cerca de 5 milhões de euros (R$ 32 milhões) em bônus e luvas, valores pagos diretamente ao jogador e sua equipe. O contrato é válido até o fim de 2026. Ainda em janeiro, o Flamengo anunciou a contratação de Juninho, atacante de 28 anos que estava no Qarabag, do Azerbaijão.
O jogador foi adquirido por 5 milhões de euros (R$ 31 milhões na época) e chegou ao clube com a missão clara: suprir a ausência de Pedro, que estava em recuperação de uma grave lesão no joelho. Juninho foi mapeado pela equipe de scout e chegou com o aval da comissão técnica. Seu perfil de mobilidade, força física e faro de gol chamou a atenção do departamento de futebol, que agiu rápido para evitar a concorrência de outros clubes do Leste Europeu.
A terceira contratação aconteceu apenas em junho. O nome da vez foi Jorginho, ex-Arsenal, que negociava com o Flamengo desde o início do segundo trimestre. A definição só ocorreu após o jogador passar férias no Rio de Janeiro com a esposa, momento em que se aproximou do clube e sinalizou positivamente.