Futebol
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0José Boto, novo diretor técnico do Flamengo, chega ao Brasil no dia 28 de dezembro para iniciar seu trabalho à frente do futebol do clube. O português já tomou decisões importantes, como não renovar o contrato de David Luiz e vetar a convocação de João Victor para o Sul-Americano Sub-20. Em entrevista ao portal Goal, Nuno Campos, ex-auxiliar no Shakhtar quando Boto era diretor esportivo, revelou alguns dos princípios que guiam o trabalho do novo dirigente rubro-negro.
Futebol ofensivo e valorização do talento técnico
De acordo com Nuno, Boto tem uma visão muito clara do futebol. "O Zé pensa muito o futebol ofensivo e por isso ele pensa no jogador técnico, ele pensa muito no ter a bola, em ter a bola e como atacar. Claro, tem que defender bem, mas ele prioriza o futebol ofensivo, o jogador técnico, que faz a diferença", explicou Nuno Campos.
O novo diretor técnico do Flamengo acredita que jogadores tecnicamente acima da média estão cada vez mais escassos no futebol mundial. Segundo Nuno, Boto valoriza especialmente o talento técnico e a capacidade de tomar boas decisões em campo.
"Há uma característica nele, para ele o importante é o jogador ser bom tecnicamente, tomar boas decisões, ser decisivo do ponto de vista técnico", disse Nuno. Ele também destacou que, no futebol moderno, muitos jogadores são fisicamente fortes, mas poucos são capazes de tomar as decisões técnicas certas.
Conhecimento profundo do futebol brasileiro
Com vasta experiência no futebol europeu, principalmente no Benfica, Boto possui um conhecimento profundo do mercado brasileiro, algo que pode ser fundamental para o Flamengo. Nuno Campos lembra que, no Shakhtar, Boto ajudou a identificar e trazer jovens talentos brasileiros, como o atacante Tetê, que foi contratado com apenas 19 anos, e Alan Patrick, que se destacou no futebol ucraniano.
"Trabalhei com ele no Shakhtar, onde tínhamos muitos jogadores brasileiros. Ele nos trouxe muitos nomes de jovens, como o Tetê. Ele conhece muito bem o mercado brasileiro", concluiu Nuno, ressaltando o papel importante que Boto desempenhou ao trazer promessas do Brasil para o futebol europeu.
José Boto chega com a missão de fortalecer o futebol do Flamengo, com um foco claro no jogo ofensivo e na valorização do talento técnico, ao mesmo tempo em que traz um profundo conhecimento do mercado brasileiro para enriquecer o elenco rubro-negro.
Técnico vira figura consultiva da nova gestão e só não entrou em pauta pelo sucesso de Filipe Luís
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0Se a relação entre Jorge Jesus e Rodolfo Landim desandou nos últimos anos desde a saída do técnico do Flamengo, com a ascensão de Bap como novo presidente o nome do português ressurgiu. Isso porque antes mesmo de vencer a eleição do dia 9 de dezembro, o treinador multicampeão pelo clube entre 2019 e 2020 conversou com a nova diretoria e semeou o caminho para um possível retorno.
Na breve coletiva antes de tomar posse, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, admitiu que conversou com Jesus sobre a reestruturação do futebol do Flamengo. Mas nos bastidores, o papo foi além. Nesse sentido, o "Mister" era plano da chapa vencedora para assumir o clube novamente em 2025. E a depender do desenrolar do trabalho de Filipe Luís, esse planejamento pode ser retomado no futuro.
Troca cogitada
Entre apoiadores de Bap, o nome de Jorge Jesus era o trunfo de campanha, mas não precisou ser acionado. Até por que Filipe Luís se provou um acerto da gestão Landim e segue no cargo. Bap minimizou a participação de Jorge Jesus nas conversas sobre o futebol do Flamengo, mas ele também foi ouvido para a chegada do diretor técnico José Boto, de quem é amigo.
Há quem diga que Bap não teria como reeditar a dupla do Benfica no começo do mandato, mas figuras importantes que apoiaram o novo presidente articularam o retorno. E Jesus não descartou. Livre no Al Hilal a partir do meio do ano que vem, se não renovar, claro, o português tem a pretensão de voltar ao Flamengo para poder reeditar o que fez antes e se credenciar de vez para a seleção brasileira.
A ideia seria, quem sabe, se credenciar para a Copa do Mundo de 2026. Com Filipe Luis no colo da torcida, qualquer mudança pela nova gestão perdeu força. A depender dos próximos capítulos.
Discípulos de Jesus
Vale lembrar que além de Boto, Filipe Luis também tem proximidade enorme com Jorge Jesus, que referendou a efetivação e a sequência do novato no cargo no Flamengo. Inclusive, chegou-se a cogitar uma dobradinha, mas Filipe não admitia retroceder em voo solo. Então, Jesus virou uma espécie de conselheiro. De Bap, de Boto, de Filipe.
"Para todos os rubro-negros, ele (Jorge Jesus) é uma personalidade queridíssima. É uma característica pessoal minha: quanto mais gosto da pessoa, eu mais tenho envolvimento emocional com ela, menos eu considero a sugestão racional dela. Eu acho que ela pode ter algum tipo de contaminação. Se você trabalha dez anos com ela, você se dá bem com ela. A tua relação com essa pessoa se dá dessa forma. Isso quer dizer que no Flamengo será dessa forma? Não", disse Bap.
"Eu não tive uma conversa com o Jorge sobre o Boto, mas tivemos outras conversas sobre planejamento, estruturação, como está sendo no Mundo Árabe. Mas hoje, com a internet, a gente consegue ter acesso sobre qualquer pessoa. No caso do Boto e desses caras, tem farto material para avaliação. Ou seja, esse tipo de indicação personalista não é tão relevante", acrescentou.
No meio de uma possível reformulação, o aval de Jesus deve pesar até para a permanência de Márcio Tannure como chefe do departamento médico do Flamengo. A chegada de Boto no próximo dia 28 vai deixar todo o departamento em período de avaliação, mas internamente, apesar da apreensão, há esperança de manutenção da maioria dos profissionais.
Em função da dificuldade de mudar com a temporada em andamento, em janeiro, a tendência é que haja uma progressiva qualificação em algumas áreas, mas sem caça às bruxas.
Boto gosta de ter a autonomia em relação às questões políticas do clube no qual trabalha
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0Um dos primeiros nomes confirmados na nova diretoria do Flamengo foi de José Boto. O português, conhecido no futebol europeu, chega ao Brasil no próximo sábado (28). Para conhecê-lo melhor, é necessário entender quais são os pontos cruciais da filosofia de trabalho do dirigente.
Isso porque, segundo o GE, um dos pontos centrais da filosofia de trabalho de José Boto é ter autonomia no departamento de futebol. Dessa forma, o dirigente gosta de ter poder de decidir até fatores relacionados às questões políticas do clube no qual trabalha.
Não à toa, durante a passagem de José Boto pelo Shakhtar Donetsk (UCR), ele ficou conhecido por tomar decisões arrojadas, como a indicação de treinadores pouco conhecidos na época. Exemplos disso foram os técnicos Roberto De Zerbi e Luís Castro que, atualmente, são reconhecidos no mercado.
Conhecendo Boto
Em resumo, José Boto é um português com grande experiência em cargos de direção em clubes como Benfica (POR), Shakhtar Donetsk (UCR), PAOK (GRE) e NK Osijek (CRO). Cabe lembrar que o dirigente é um dos mais influentes do futebol europeu.
Quando chega?
Por fim, vale ressaltar que José Boto já despediu do clube que dirigia até o último domingo (22): o NK Osijek. Dessa forma, o time croata emitiu nota confirmando a saída do dirigente de forma amigável para acertar com o Flamengo. Agora, José Boto é aguardado no Brasil no próximo sábado (28). O combinado do dirigente com o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, é desembarcar no Rio de Janeiro logo após do Natal, comemorado de terça (24) para quarta (25).
Jogador deixou o Mengão após títulos importantes conquistados e atualmente está no futebol greco, mas recebeu contatos para retornar ao país natal
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0Atualmente no Panathinaikos FC, da Grécia, o volante Willian Arão, ex-Flamengo, está aberto à possibilidade de retornar ao Brasil na próxima temporada. A informação foi divulgada pelo jornalista Pedro Neto, do portal ‘Agora RN’. Após saber da disponibilidade do jogador, o Bahia demonstrou interesse em contar com o atleta, mas enfrenta desafios financeiros para viabilizar a negociação.
Salário elevado é um obstáculo
De acordo com o portal ‘RTI Esporte’, Arão tem o maior salário da equipe grega, recebendo cerca de R$ 1,2 milhão por mês — valor superior ao que ganhava no Flamengo. O alto custo está sendo analisado pelo Grupo City, proprietário da SAF do Bahia, antes de avançar com a proposta.
Situação contratual
O contrato de Willian Arão com o Panathinaikos vai até junho de 2025. Isso significa que, a partir de janeiro, ele poderá assinar um pré-contrato com qualquer outro clube, caso decida não permanecer no futebol europeu.
Arão deixou o Flamengo em 2022, quando foi vendido ao Fenerbahçe por três milhões de euros (aproximadamente R$ 16 milhões na época). A transação foi quitada em parcelas, com o último pagamento efetuado em outubro de 2023.
Histórico marcante no Flamengo
Willian Arão teve uma passagem de destaque pelo Flamengo, onde disputou 377 jogos e marcou 35 gols. O volante conquistou 10 títulos importantes com o clube, incluindo:
Campeonatos Cariocas (2017, 2019, 2020 e 2021)
Libertadores (2019 e 2022)
Copa do Brasil (2022)
Brasileiros (2019 e 2020)
Supercopas do Brasil (2020 e 2021)
Recopa Sul-Americana (2020)
Sua despedida do Rubro-Negro aconteceu nas oitavas de final da Libertadores de 2022, em uma vitória histórica por 7 a 1 contra o Tolima, no Maracanã.
Possível futuro no Brasil
Se o Bahia ou outro clube brasileiro decidir avançar na contratação, Arão trará experiência e um histórico vitorioso, mas será necessário um ajuste financeiro para adequar o salário ao padrão do futebol brasileiro. A definição sobre o futuro do jogador deve ocorrer nos próximos meses.