Futebol
21 Dez 2024 | 14:14 |
Na última sexta-feira (20), o histórico título da Copa Mercosul de 1999 completou 25 anos. Após vencer o primeiro jogo por 4 a 3, o Flamengo mostrou sua força ao arrancar um empate emocionante por 3 a 3 no confronto de volta, garantindo a conquista do título continental. Rodrigo Mendes, autor de um dos gols na decisão, e Lê, responsável pelo gol do título, relembraram a conquista.
Lê, então com apenas 20 anos, brincou sobre o tempo que passou, destacando a emoção de ter vivido um dos grandes momentos da história do clube.
"Eu tô ficando velho para começar a história (risos), mas é gratificante demais a gente torcer para um time desde criança. Sempre tive coisa do Flamengo. Lençol, bola, tudo era Flamengo. Com 11 anos eu chego na Gávea e tenho uma trajetória legal, muitos gols. Me destaquei bastante na base e chegar com 17, 18 anos no profissional e com 20 anos, naquela época era difícil estar jogando porque eram muitos craques, hoje em dia está mais fácil, a molecada tem que jogar para ser vendida rápido, tem que fazer um certo número de jogo pra aparecer", diz o ex-jogador em entrevista ao portal ‘MundoBola Flamengo’.
"A felicidade maior é saber que fiz história. É um livro grande desse que é o Flamengo que todo dia conta uma história nova e eu tenho a minha página lá, uma página legal de gol em título. Aparece quem faz o gol, a gente fala que pode ter um atacante com 30, 40, 50 passes para gol, mas o que vale é quem bota a bola para dentro. Foi importante para mim nesse momento, o Flamengo vivendo um momento muito ruim de incerteza, sem dinheiro, atraso de salário, uma realidade totalmente diferente do que é hoje", continua Lê.
Rodrigo Mendes também guardou com carinho as lembranças daquela temporada. O jogador destacou a força do elenco rubro-negro e a determinação que levou o Flamengo ao título.
"99, particularmente para mim, foi muito especial. Foi um ano que eu joguei bastante o Flamengo, tive a oportunidade de jogar todos os jogos do Carioca, fazer o gol do título. E apesar da gente não estar indo tão bem no Campeonato Brasileiro, depois engatou uma sequência que nos deixou chegar até a final", comenta o ex-atacante.
A rivalidade com o Palmeiras em 1999
Naquele ano, o Palmeiras vivia um grande momento, tendo conquistado a Libertadores e enfrentado o Manchester United no Mundial de Clubes. Porém, na Mercosul, o Flamengo foi quem se impôs. Rodrigo Mendes destacou a motivação extra gerada pelos confrontos anteriores entre as equipes.
"Palmeiras tinha acabado de ser campeão da Libertadores, né? E tinha desclassificado a gente ali naquela Copa do Brasil. Naquela situação lá daquele jogo no Parque Antártica. Então, na realidade, era muito desejo de revanche mesmo. Principalmente depois do primeiro jogo lá no Maracanã, que a gente ganhou de 4 a 3. A gente ia para São Paulo com um desejo muito grande de revanche", lembra.
A Copa Mercosul de 1999 permanece como um marco na história do Flamengo, celebrando a resiliência e o talento de uma geração que enfrentou desafios e escreveu seu nome na história do futebol sul-americano.
O camisa 10 do Rubro-Negro analisou o revés nos pênaltis na final da Copa Intercontinental, elogiou a qualidade técnica dos franceses
17 Dez 2025 | 19:30 |
Após a dolorosa derrota nos pênaltis para o Paris Saint-Germain na decisão da Copa Intercontinental, o meio-campista Arrascaeta concedeu entrevista na zona mista do Estádio Ahmad Bin Ali. O ídolo uruguaio, peça central na engrenagem do time comandado por Filipe Luís, não escondeu o orgulho pela temporada histórica realizada pelo Flamengo, mas foi sincero ao analisar os fatores que impediram a conquista do bicampeonato mundial no Catar.
Para o jogador, a questão física pesou contra os brasileiros nos momentos decisivos. Arrascaeta fez questão de exaltar a campanha rubro-negra e a competitividade demonstrada diante de uma das potências financeiras do futebol europeu. O jogador reconheceu a qualidade técnica superior do adversário, mas identificou o cansaço acumulado como o fiel da balança.
"Fizemos uma campanha incrível, chegamos na final, competimos contra uma das melhores equipes do mundo. São tecnicamente melhores que nós, sabíamos disso", avaliou o camisa 10. Segundo ele, o desgaste da maratona de jogos foi determinante: "Fisicamente também estamos um pouco desgastados. Acredito que foi isso o diferencial, faltou um pouco no final do jogo para buscar a virada. Mas não tem o que reclamar, quem entrou deu o seu melhor."
Sobre a dinâmica da partida, o uruguaio detalhou a mudança de comportamento da equipe após o intervalo. O Flamengo, que sofreu no primeiro tempo, conseguiu equilibrar as ações na etapa complementar. Foi de Arrascaeta a jogada individual que resultou no pênalti sofrido e posteriormente convertido por Jorginho.
"A gente tentou encaixar melhor a marcação, mas ainda é uma equipe que movimenta muito. No segundo tempo fomos bem melhor, no primeiro tivemos dificuldade", explicou. Mesmo com a reação, ele reiterou que a exaustão impediu uma pressão maior no fim: "Conseguimos o empate e acredito que faltou um pouquinho de perna para tentar a virada."
Meio-campista, que marcou o gol de empate no tempo normal, lamenta falta de lucidez nas cobranças de pênalti e analisa o impacto da exaustão após maratona
17 Dez 2025 | 18:30 |
Flamengo encerrou o sonho do bicampeonato mundial nesta quarta-feira (17) ao ser superado pelo Paris Saint-Germain nos pênaltis, após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar e na prorrogação. Logo após o apito final em Doha, o volante Jorginho, um dos destaques da equipe carioca na partida, concedeu entrevista e apontou o cansaço extremo como o principal adversário do Rubro-Negro nos momentos decisivos da final.
Autor do gol de pênalti que garantiu a igualdade no placar aos 16 minutos do segundo tempo, Jorginho analisou a performance coletiva. Para o camisa 5, a entrega do time foi total, mas o desgaste acumulado ao longo dos 120 minutos pesou na hora das cobranças alternadas.
"Pode ter sido um reflexo disso também [cansaço]. Você chega depois de ter corrido tanto. O time entregou muito, tanto que eu falei para os meninos que era hora de tentar recuperar o máximo de energia possível. É um momento que precisa ter lucidez e infelizmente não saímos com a vitória que desejávamos tanto", desabafou o jogador, que foi substituído na reta final da partida e assistiu à disputa do banco de reservas.
A disputa de pênaltis foi marcada por tensão e erros técnicos. O goleiro Rossi chegou a manter o Flamengo vivo ao defender duas cobranças dos franceses. No entanto, o aproveitamento dos batedores do time de Filipe Luís foi abaixo da crítica. Saúl, Pedro, Léo Pereira e Luiz Araújo desperdiçaram suas oportunidades, permitindo que a equipe de Luis Enrique conquistasse o título inédito do Mundial.
Apesar da frustração com o vice-campeonato mundial, o balanço da temporada de 2025 permanece extremamente positivo para a Gávea. O elenco rubro-negro encerra o calendário com quatro troféus na bagagem: Campeonato Carioca, Supercopa do Brasil, Conmebol Libertadores e o Campeonato Brasileiro. A derrota no Catar impede a "quíntupla coroa", mas não apaga o ano dominante do time comandado por Filipe Luís.
Derrota nos pênaltis para o PSG rende 4 milhões de dólares aos cofres rubro-negros; clube encerra temporada mágica com mais de R$ 440 milhões acumulados
17 Dez 2025 | 17:33 |
O Flamengo encerrou sua participação na Copa Intercontinental com o vice-campeonato após ser superado pelo Paris Saint-Germain (PSG) na disputa de pênaltis, nesta quarta-feira (17). Apesar da frustração esportiva por não conquistar o bicampeonato mundial, o resultado garantiu um aporte financeiro significativo para o clube.
A segunda colocação no torneio realizado no Catar rendeu aos cofres da Gávea a quantia de 4 milhões de dólares, o que corresponde a aproximadamente R$ 22 milhões na cotação atual. O título ficou com o clube francês, que, além da taça inédita, levou para casa o prêmio máximo de 5 milhões de dólares (cerca de R$ 27,5 milhões).
A campanha do time comandado por Filipe Luís até a final foi financeiramente recompensadora. O Rubro-Negro iniciou sua trajetória vencendo o Cruz Azul (MEX) por 2 a 1, com brilho de Arrascaeta, e garantiu vaga na decisão ao bater o Pyramids por 2 a 0, com gols de Léo Pereira e Danilo.
Com o encerramento do calendário, o Flamengo contabiliza um ano histórico também no aspecto financeiro. Somando o valor recebido pelo vice na Copa Intercontinental, o clube atingiu a marca de R$ 444,3 milhões arrecadados apenas com premiações na temporada de 2025.
A maior fatia desse montante veio da conquista do tetracampeonato da Libertadores, que injetou R$ 178,8 milhões no orçamento. Outro destaque foi a participação no Mundial de Clubes (formato anterior/expandido), que rendeu R$ 150,6 milhões.