
Futebol
Bruno Henrique é julgado pelo STJD em caso de suposta manipulação de apostas pelo Flamengo
04 Set 2025 | 09:28
Futebol
18 Jan 2025 | 09:35 |
Entre os 40 clubes de elite do futebol brasileiro, 32 são patrocinados por casas de apostas. E olha que o número era ainda maior até a sexta-feira, quando o Bahia anunciou o rompimento com o Esportes da Sorte. Ainda assim, a equipe de Salvador manda seus jogos na Arena Fonte Nova, que tem o naming rights da Casa de Aposta.
Na Série A, aliás, o Bahia é o único que fica fora dessa lista. O Palmeiras passou a fazer parte desse grupo a partir essa temporada, com a chegada do Sportingbet, mas também já tinha bet no seu uniforme feminino do ano passado.
Somando todos os valores que já foram divulgados na imprensa com os acordos, esse total chega na casa do R$ 1 bilhão, sendo que o agregado pode ser ainda superior dependendo das metas que serão alcançadas por cada clube. Só Palmeiras, Flamengo e Corinthians são responsáveis por mais de R$ 300 milhões.
Na Série B, dos 20 clubes, oito não estão com patrocínio de casas de apostas. O Amazonas não renovou com a Reals, que estava no seu uniforme no ano passado, enquanto o América-MG não continuou com a Estrela Bet, mas já negocia com outra casa de aposta. O Athletico-PR era parceiro da Esportes da Sorte, mas rompeu o acordo em outubro de 2024 em meio aos escândalos de polícia. Avaí, Athletic, CRB e Cuiabá são os outros quatro da Segundona que não estão envolvidos com apostas.
José Francisco Manssur é sócio do escritório CSMV Advogados e participou como assessor especial da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda em 2023. Ele explica que não há nenhum outro ramo com tanto dinheiro disponível para o futebol.
"Não há outro segmento com capacidade e interesse em aportar recursos de patrocínio no esporte que chegue sequer perto das empresas de apostas", explicou.
Raphael Paçó Barbieri, que é especialista em direito desportivo e sócio do CCLA Advogados, vai em linha parecida e acrescenta que a regularização a partir de 2025 tornam os patrocinadores mais controlados.
"O espaço que as bets exercem aos patrocínios esportivos têm um papel fundamental dentro das receitas dos clubes, e com a regulamentação, a tendência é que esse mercado fique ainda mais segmentado, sério e transparente na relação com todas as partes envolvidas, criando um ambiente ainda mais propício para esses investimentos", acrescentou.
Os donos de casa de apostas também enxergam no futebol a oportunidade perfeita para unir a exposição diretamente com o negócio. Muitos deles entendem que essa grande injeção de dinheiro ajudam nos altos valores que estão sendo movimentados nesta janela.
"O impacto positivo que as empresas de apostas esportivas têm causado no cenário nacional e internacional do futebol é visível. No Brasil, por exemplo, os investimentos dos clubes aumentaram, o nível de contratações está mais elevado, e tudo isso reflete dentro de campo e no relacionamento com o torcedor. Na Europa, o movimento é ainda mais tradicional do que aqui, pois muitos países já estão regulamentados há mais tempo. O futebol é forte por lá também por conta das bets", destaca Vinicius Nogueira, CEO da BETesporte, empresa que patrocina os rivais Vila Nova e Goiás.
Clube do Catar tentou contratar o camisa 9 com oferta milionária, mas diretoria rubro-negra não abriu negociações; jogador segue focado em recuperar prestígio
04 Set 2025 | 10:30 |
Nos últimos dias, o Flamengo recebeu uma oferta do Al Rayyan, do Catar, para contratar Pedro. Os valores apresentados giravam em torno de 20 milhões de dólares (cerca de R$ 110 milhões), mas a diretoria recusou prontamente e não deu continuidade às negociações. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornalista Venê Casagrande.
O interesse do mercado árabe pelo atacante não é recente. Em outras oportunidades, equipes do Oriente Médio já sinalizaram propostas, encaminhadas ao estafe do jogador, mas nenhuma avançou. Desta vez, a investida partiu da equipe comandada por Artur Jorge, ex-treinador do Botafogo.
Apesar do assédio externo, Pedro tem mantido o foco no Flamengo e trabalha para retomar o alto nível. Segundo informações do comunicador Fabrício Lopes, o atacante está empenhado em reconquistar espaço e, principalmente, voltar a ser lembrado pelo técnico Carlo Ancelotti na Seleção Brasileira.
Na última Copa do Mundo, o camisa 9 integrou o grupo da Amarelinha e deseja retornar às convocações. Para isso, sabe que precisa manter a regularidade e aumentar sua contribuição em campo. No momento, o camisa 9 da seleção será o jovem João Pedro, do Chelsea.
Na temporada atual, o atacante disputou 28 partidas, marcou 12 gols e deu cinco assistências. Nos últimos quatro jogos, foi titular em três oportunidades, balançando as redes seis vezes e distribuindo dois passes decisivos para companheiros. O desempenho recente reforça a confiança do jogador e amplia suas chances de ser observado novamente pelo comando técnico da Seleção.
Negociação foi considerada positiva pelo clube carioca e pelo atleta, que buscava mais espaço no profissional; contrato na Arábia Saudita vai até 2027
04 Set 2025 | 10:08 |
A saída de Matheus Gonçalves rumo ao Al Ahli, da Arábia Saudita, foi oficializada nesta semana e é considerada vantajosa tanto para o Mais Querido quanto para o jogador. O atacante de 20 anos, revelado no Ninho do Urubu, não vinha recebendo a minutagem que esperava sob o comando de Filipe Luís, o que pesou em sua decisão.
Antes do acordo com o clube árabe, o atleta esteve próximo de defender CSKA, da Rússia, e Cruzeiro, mas as negociações não avançaram. A janela de transferências se aproximava do fim quando o Al Ahli oficializou a proposta de 8 milhões de euros (cerca de R$ 50 milhões na cotação atual). O vínculo assinado terá duração até 2027.
O diretor da base, Alfredo Almeida, comentou em entrevista ao Barbacast, no YouTube, que o próprio atleta demonstrava insatisfação com o espaço limitado na equipe principal. Para ele, a qualidade do elenco rubro-negro também foi um fator determinante.
“O próprio Matheus Gonçalves não estava confortável, na opinião dele, pela falta de oportunidades na equipe profissional. Ele teve oportunidades. Muitas vezes, a pergunta que eu faço quando questionam por que o Matheus Gonçalves não joga mais é: ‘Tiras quem’? O elenco é tão recheado, tão bom, tão qualificado…”, disse o dirigente.
Formado nas categorias de base do clube, Matheus Gonçalves foi um dos destaques do sub-20, mas não conseguiu a sequência desejada no time principal. Apesar das expectativas, acumulou 54 jogos e seis gols, números considerados modestos diante de seu potencial.
Para Alfredo Almeida, a negociação foi positiva: “Se calhar vai ser bom para todas as partes: parte financeira para o Flamengo, para o Matheus Gonçalves e para quem o agencia, que tem uma oportunidade de valorizar mais. A nível de negócio, foi bom para todos, acima de tudo para o Matheus. Acho que ele vai ser feliz onde está.”
Atacante do Mais Querido participa de forma remota da audiência que pode definir seu futuro; julgamento é o primeiro passo na esfera desportiva
04 Set 2025 | 09:44 |
Réu nas Justiças Desportiva e Comum, Bruno Henrique começou a ser julgado nesta quinta-feira (5) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro. O atacante do Flamengo não compareceu presencialmente, mas participa da audiência de maneira remota.
A presença física do jogador não era obrigatória. Além disso, ele está em meio a uma folga de quatro dias concedida pelo clube por conta da Data Fifa. O julgamento, marcado para as 9h, é considerado o primeiro passo para a definição do processo no âmbito esportivo.
Se condenado, o camisa 27 poderá recorrer ao Pleno do STJD, última instância do tribunal, com pedido de efeito suspensivo. Em caso de absolvição, a Procuradoria também pode apresentar recurso. Existe ainda a possibilidade de o julgamento não ser finalizado hoje, caso algum dos auditores peça vistas.
O atacante é acusado de ter repassado informações privilegiadas sobre o cartão amarelo recebido em partida contra o Santos, realizada no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no dia 1º de novembro de 2023. A suspeita é de que esses dados tenham beneficiado apostadores.
Além do atacante, também foram denunciados pelo STJD Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Andryl Reis e Douglas Barcelos. O caso também cita Ludymilla Araújo Lima, esposa de Wander, e Poliana Ester Nunes Cardoso, prima de Bruno Henrique. No entanto, ambas não estão sob análise do tribunal desportivo.