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Futebol
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Entre os 40 clubes de elite do futebol brasileiro, 32 são patrocinados por casas de apostas. E olha que o número era ainda maior até a sexta-feira, quando o Bahia anunciou o rompimento com o Esportes da Sorte. Ainda assim, a equipe de Salvador manda seus jogos na Arena Fonte Nova, que tem o naming rights da Casa de Aposta.
Na Série A, aliás, o Bahia é o único que fica fora dessa lista. O Palmeiras passou a fazer parte desse grupo a partir essa temporada, com a chegada do Sportingbet, mas também já tinha bet no seu uniforme feminino do ano passado.
Somando todos os valores que já foram divulgados na imprensa com os acordos, esse total chega na casa do R$ 1 bilhão, sendo que o agregado pode ser ainda superior dependendo das metas que serão alcançadas por cada clube. Só Palmeiras, Flamengo e Corinthians são responsáveis por mais de R$ 300 milhões.
Na Série B, dos 20 clubes, oito não estão com patrocínio de casas de apostas. O Amazonas não renovou com a Reals, que estava no seu uniforme no ano passado, enquanto o América-MG não continuou com a Estrela Bet, mas já negocia com outra casa de aposta. O Athletico-PR era parceiro da Esportes da Sorte, mas rompeu o acordo em outubro de 2024 em meio aos escândalos de polícia. Avaí, Athletic, CRB e Cuiabá são os outros quatro da Segundona que não estão envolvidos com apostas.
José Francisco Manssur é sócio do escritório CSMV Advogados e participou como assessor especial da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda em 2023. Ele explica que não há nenhum outro ramo com tanto dinheiro disponível para o futebol.
"Não há outro segmento com capacidade e interesse em aportar recursos de patrocínio no esporte que chegue sequer perto das empresas de apostas", explicou.
Raphael Paçó Barbieri, que é especialista em direito desportivo e sócio do CCLA Advogados, vai em linha parecida e acrescenta que a regularização a partir de 2025 tornam os patrocinadores mais controlados.
"O espaço que as bets exercem aos patrocínios esportivos têm um papel fundamental dentro das receitas dos clubes, e com a regulamentação, a tendência é que esse mercado fique ainda mais segmentado, sério e transparente na relação com todas as partes envolvidas, criando um ambiente ainda mais propício para esses investimentos", acrescentou.
Os donos de casa de apostas também enxergam no futebol a oportunidade perfeita para unir a exposição diretamente com o negócio. Muitos deles entendem que essa grande injeção de dinheiro ajudam nos altos valores que estão sendo movimentados nesta janela.
"O impacto positivo que as empresas de apostas esportivas têm causado no cenário nacional e internacional do futebol é visível. No Brasil, por exemplo, os investimentos dos clubes aumentaram, o nível de contratações está mais elevado, e tudo isso reflete dentro de campo e no relacionamento com o torcedor. Na Europa, o movimento é ainda mais tradicional do que aqui, pois muitos países já estão regulamentados há mais tempo. O futebol é forte por lá também por conta das bets", destaca Vinicius Nogueira, CEO da BETesporte, empresa que patrocina os rivais Vila Nova e Goiás.
O ex-jogador do Mais Querido concluiu a licença B de treinador da CBF e planeja seguir no futebol, mas agora na beira de campo
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Considerado uma das grandes promessas do futebol, Jean Chera não conseguiu vingar no futebol profissional. Assim, aos 29 anos, o ex-Flamengo evita se definir como ex-jogador, mas já se prepara para o futuro. Isso porque, o meia atacante concluiu a licença B de treinador da CBF e planeja seguir no esporte, mas na beira do campo.
Jean é quatro anos mais novo que Neymar e foi uma das primeiras promessas apontadas como sucessor do camisa 10 da seleção brasileira. Porém, o meia deixou o Santos em 2011 por divergências financeiras antes mesmo de assinar seu primeiro contrato profissional.
CARREIRA COMO JOGADOR
Após passagens frustradas por Genoa (ITA), Flamengo, Athletico-PR e Cruzeiro, Jean Chera retornou ao Santos em 2015, ainda com esperanças de decolar na carreira, mas isso não aconteceu.
Isso porque, o meia ficou apenas alguns meses na equipe paulista até ser emprestado à Portuguesa-SP e, logo depois, ter uma breve passagem pelo Sinop, após rescindir o contrato com o clube alvinegro.
Já em 2023, após seis anos longe dos gramados e sem treinar, Jean tentou retomar a carreira no São Bernardo. Porém, permaneceu no clube por poucos meses e jogou apenas 25 minutos antes de uma tragédia familiar interromper seu retorno ao futebol.
LIBERADO PARA TREINAR TIMES DE BASE
"Em um primeiro momento penso muito em trabalhar com profissional. Se surgisse algo para a categoria de base, não iria recusar, mas a minha primeira ideia é trabalhar com profissional. Começar de auxiliar técnico de alguém que já esteja trabalhando no profissional para ir aprendendo, pegando experiência, conhecendo o dia a dia de uma comissão técnica, porque pelo pouco que fiz na CBF, pelo curso, vi que é totalmente diferente do que imaginava", disse o ex-Flamengo.
O cria do Ninho foi titular na partida contra o Real Sociedad (ESP), realizado nesta última quarta-feira (26), válida pela Copa do Rei
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Nesta última quarta-feira (26), Vinícius Júnior, ex-Flamengo, celebrou em suas redes sociais a marca alcançada pelo Real Madrid (ESP): 299 jogos com a camisa do clube merengue. Além disso, o jovem também portou a braçadeira de capitão pela primeira vez.
Após iniciar a partida como titular e capitão da equipe, Vini Jr celebrou em suas redes sociais a marca de 299 jogos com a camisa do Real Madrid e o fato de poder usar a braçadeira de capitão pela primeira vez.
"É algo diferente porque nunca imaginamos que nos vai acontecer. E estou feliz por poder jogar uma semifinal da Taça como capitão do melhor clube do mundo. Estou a viver isso. É algo que nunca imaginei. No próximo jogo chego aos 300 jogos, mas quero chegar aos 400 e aos 500 e fazer história neste clube", disse Vini à Real Madrid TV.
Dentro de campo, o Real Madrid contou com um gol de Endrick, ainda aos 19 minutos do primeiro tempo. A partida foi contra o Real Sociedad (ESP), válida pela Copa do Rei. Assim, o confronto de volta entre os times será no dia 1º de abril, no Santiago Bernabéu.
NÚMEROS DE VINI PELO REAL MADRID
Desde que estreou pelo Real Madrid, em um clássico contra o Atlético de Madrid (ESP), no dia 29 de setembro de 2018, Vini Jr marcou 102 gols e distribuiu 69 assistências. Sua evolução foi tanto que o fez ganhar o The Best da Fifa, além de se tornar um dos maiores artilheiros da Champions League.
Apesar das críticas à escolha do Nilton Santos para a semifinal do Carioca, o Mais Querido tem bom retrospecto no estádio contra os rivais
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A escolha do Estádio Nilton Santos para sediar o jogo de ida da semifinal do Campeonato Carioca entre Flamengo e Vasco causou polêmica. O Rubro-Negro demonstrou desconforto, principalmente em relação ao gramado sintético e à capacidade reduzida de público, desejando que ambos os jogos fossem realizados no Maracanã. Contudo, o Flamengo não pode reclamar totalmente do seu desempenho no estádio administrado pelo Botafogo, já que tem um bom retrospecto por lá.
RETROSPECTO DO FLAMENGO NO NILTON SANTOS
Apesar das queixas, o Flamengo possui uma vantagem histórica considerável quando joga no Nilton Santos. O time Rubro-Negro tem um aproveitamento de 65,6% no estádio, com 57 vitórias, 35 empates e 16 derrotas em 108 jogos realizados. Esse retrospecto inclui clássicos contra o Vasco, onde o Flamengo venceu seis vezes e perdeu apenas duas.
JOGO DECISIVO PARA O MENGÃO
O clássico entre Flamengo e Vasco promete ser um desafio para o Mais Querido, que entrará em campo com a vantagem de ter feito a melhor campanha na Taça Guanabara. A vitória no primeiro jogo pode garantir ao Flamengo a classificação para a final do Campeonato Carioca. O time de Filipe Luís tem um bom histórico, mas enfrentará o Vasco, que sempre complica em confrontos decisivos.
O campo sintético foi um ponto de discordância, especialmente após um movimento recente que uniu jogadores em prol da utilização de gramados naturais. Philippe Coutinho, do Vasco, também expressou sua preferência por campos naturais, o que gerou um debate sobre as condições ideais para a prática do futebol. Para o lateral-direito do Flamengo, Varela, o campo sintético pode prejudicar ambos os times, criando um fator de desequilíbrio.
Mesmo com o desconforto, o Flamengo tem total condição de superar os desafios impostos pelo estádio e conquistar um bom resultado. No entanto, a equipe precisará se adaptar às características do gramado e ao clima tenso de um clássico. A expectativa é que a experiência do elenco do Mengão faça a diferença e que o time consiga manter o controle da partida.