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O projeto do Flamengo para construir seu estádio no terreno do antigo Gasômetro, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, sofrerá um atraso significativo. Segundo o arquiteto Fabrício Chicca, do canal “Mundo na Bola”, será necessário um período mínimo de dois anos para a descontaminação total do solo — impedindo qualquer avanço nas obras nesse intervalo.
Fabrício Chicca sobre estádio do Flamengo no Gasômetro: A gestão anterior não levou a contaminação a sério
A informação representa um entrave importante ao cronograma inicial, que previa a inauguração do estádio em 2029, conforme estimativa da antiga gestão do clube, presidida por Rodolfo Landim. Chicca destacou que a contaminação do terreno já era conhecida, mas foi subestimada pelos antigos dirigentes.
“A gestão anterior não levou a contaminação a sério, apesar de informações públicas já indicarem um risco maior do que o divulgado na época”, afirmou o arquiteto. Enquanto o processo de limpeza estiver em andamento, nenhuma outra intervenção poderá ser realizada na área.
Apesar do impacto no cronograma, o especialista vê uma oportunidade positiva. Para Chicca, os 24 meses de espera permitirão ao Flamengo aperfeiçoar o projeto, realizar concursos de arquitetura e organizar uma concorrência mais eficiente para a execução da obra.
“O Flamengo terá mais tempo para aprimorar o projeto, realizar concursos de arquitetura e concorrências de construção, o que pode diminuir o custo final da obra”, completou Fabrício Chicca. O tempo extra, segundo a análise, também pode ser determinante para o clube alcançar um objetivo ambicioso: construir o estádio mais impactante do mundo em termos de atmosfera e identidade — o chamado “maior caldeirão do planeta”.
Enquanto nos bastidores o Flamengo se move pelo projeto do estádio, no campo, o time se prepara para a estreia no Mundial de Clubes da FIFA. O Mengão terá seu primeiro compromisso pela competição nesta segunda-feira (16) às 22h (horário de Brasília) diante do Espérance de Tunis, da Tunísia.
Técnico terá de lidar com possíveis desfalques para a primeira partida do Mengão no torneio da FIFA e procura soluções para problemas
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O Flamengo segue em preparação para enfrentar o Espérance de Tunis (TUN), na próxima segunda-feira (16), pela primeira rodada da fase de grupos do Mundial de Clubes. No entanto, o técnico Filipe Luís ainda tem duas dúvidas importantes para definir a escalação: o meia De La Cruz e o atacante Gonzalo Plata.
Recuperando-se de um edema ósseo no joelho direito, Plata já realiza atividades no campo e está em fase final de tratamento. A expectativa do departamento médico é de que o atacante equatoriano retorne aos treinos com o grupo entre esta sexta-feira (13) e sábado (14). Caso evolua bem, o camisa 50 poderá ser relacionado para a estreia no Mundial.
Situação diferente vive o meio-campista uruguaio. De La Cruz trata uma lesão no joelho esquerdo e, embora apresente boa evolução, ainda está em trabalho de fisioterapia. A previsão é que inicie atividades no gramado nos próximos dias, mas sua presença diante do Espérance é improvável. A tendência é que esteja disponível apenas para o confronto contra o Chelsea (ING), na segunda rodada.
A preparação rubro-negra para o Mundial está sendo realizada nas instalações da Universidade de Stockton, em Atlantic City. Filipe Luís comandará quatro sessões de treino, entre quinta-feira (12) e domingo (15), período em que definirá quais atletas estarão aptos para o primeiro jogo.
Além da fase dos rivais da fase de grupos, Mengão pode ter um outro desafio para a disputa da competição, mas este interno
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O Flamengo chega ao Mundial de Clubes com moral dos últimos anos, mas não apenas com a responsabilidade de encarar adversários de peso, mas também com o desafio físico de uma temporada desgastante. Isso porque, entre os 32 times classificados para o torneio, nenhum atuou mais vezes nos últimos 12 meses do que o Rubro-Negro.
Segundo levantamento do Sofascore, o Flamengo disputou 78 partidas no último ano, número superior ao de qualquer outro participante da competição — inclusive os europeus. O acúmulo de jogos se explica pela tradição dos clubes brasileiros em disputar os campeonatos estaduais, além da participação constante nas fases finais das principais competições nacionais e continentais.
A diferença de ritmo chama atenção: o Real Madrid, por exemplo, atuou 16 vezes a menos que o Flamengo no mesmo período. O Chelsea, que divide o grupo D com o Rubro-Negro, soma 57 partidas — 21 a menos. O Espérance de Tunis, adversário da estreia, disputou apenas 48 partidas, ocupando a 25ª posição no ranking.
A carga de jogos dos clubes brasileiros é uma consequência direta do calendário nacional, que além das 38 rodadas do Brasileirão, inclui a disputa de campeonatos estaduais e a participação recorrente nas fases finais da Copa do Brasil e da Libertadores. Com protagonismo em todas essas frentes, o Flamengo acumula desgaste físico que pode pesar ao longo do Mundial.
O Flamengo estreia na próxima segunda-feira (16), às 22h (horário de Brasília), contra o Espérance de Tunis, no Lincoln Financial Field, na Filadélfia. A partida marca o início da trajetória rubro-negra na competição, onde também pode encontrar o Bayern de Munique nas oitavas de final.
O ex-jogador do Mais Querido destacou que os clubes não olham para os talentos da base e acabam procurando outras joias no mercado sul-americano
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O ex-zagueiro do Flamengo, Wallace Reis, atualmente no Londrina, analisou o cenário do futebol brasileiro e criticou a política de contratações dos clubes. Isso porque, o defensor destacou que o país tem deixado de lado sua principal característica ao não priorizar os talentos formados nas categorias de base.
Eu vejo muito jogador estrangeiro vindo para o país. Não que eu seja contra, pelo contrário, mas eu acho que não é do nosso nível", disse Wallace.
O ex-Flamengo completou: "Talvez a gente tenha o mesmo nível, ou melhor", declarou Wallace em entrevista ao "Lance!". Wallace também questionou a lógica das equipes brasileiras ao buscar reforços em mercados sul-americanos.
"Me preocupa muito o fato de que a gente está tendo que buscar atletas para nos suprir aqui na Venezuela, ou no próprio Uruguai, com uma população de 3 milhões. A gente tem uma população de 220 milhões e não consegue achar peças capacitadas dentro do nosso mercado. Tem algum equívoco aí, a conta para mim não fecha", concluiu o defensor.
Apesar da crítica de Wallace, os clubes seguem contratando estrangeiros para reforçar suas equipes. Inclusive, o Flamengo possui seis jogadores sul-americanos no elenco. São eles: Arrascaeta, Nico De La Cruz, Varela e Matías Viña (Uruguai); Erick Pulgar (Chile) e Gonzalo Plata (Equador).
Wallace chegou ao Flamengo em 2013 e ficou por três anos no Mais Querido. No período, o zagueiro disputou 177 partidas, marcou sete gols e foi peça-chave na conquista da Copa do Brasil de 2013 e do Campeonato Carioca de 2014. Após sua saída, o ex-defensor rubro-negro pediu valorização no clube.