Futebol
04 Mai 2024 | 13:19 |
Entre os dias 10 e 17 de maio, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai escrever mais um capítulo da novela sobre o Campeonato Brasileiro (Copa União) de 1987 e da "Taça das Bolinhas". O Flamengo pleiteia os títulos há anos. Desta vez, o julgamento será virtual. Os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Edson Fachin, Nunes Marques e André Mendonça irão votar. Qualquer recurso que as partes interponham após o julgamento poderá levar a ação ao plenário do STF.
Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal, em decisão do ministro Dias Toffoli, negou seguimento ao recurso extraordinário interposto pelo Flamengo, que contestava a declaração do Sport como único campeão brasileiro de 1987. A disputa judicial envolve a conhecida “Taça das Bolinhas”, que reconhece o primeiro clube a conquistar cinco títulos do Campeonato Brasileiro. A decisão respeita os julgamentos anteriores que já haviam reconhecido o Sport como campeão. A decisão reafirma a ainda a autonomia da CBF em suas decisões técnicas.
O Flamengo solicitou o reconhecimento como campeão brasileiro de 1987, argumentando que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) possui a prerrogativa de interpretar os regulamentos desportivos que ela própria institui. O clube alegou que, segundo os critérios estabelecidos nos regulamentos de 1975 a 1992, teria direito à posse definitiva da “Taça das Bolinhas”. Este troféu era concedido ao primeiro clube que conquistasse o Brasileiro cinco vezes (três consecutivas ou cinco alternadas). O Flamengo defendia que, com base em seus méritos técnicos e decisões administrativas internas da CBF, preenchia os requisitos para ser declarado campeão, independentemente das controvérsias sobre a legitimidade de outros campeonatos.
O Sport defendeu sua posição como o único campeão legítimo de 1987, respaldado por decisões judiciais anteriores que haviam transitado em julgado. O clube pernambucano argumentou que qualquer tentativa de alterar esse reconhecimento violaria a coisa julgada, uma garantia constitucional que protege decisões judiciais contra reexames posteriores. Esta posição foi reforçada por uma sentença da Justiça Federal, que proibiu a CBF de modificar o resultado do campeonato de 1987 sem uma deliberação unânime de seus membros.
Várias instâncias judiciais, incluindo o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), mantiveram a decisão de que o Sport é o legítimo campeão de 1987. Em particular, o STF, em decisão anterior no RE 881.864, destacou a importância da coisa julgada e afirmou que a autonomia da CBF não pode sobrepor-se à autoridade de uma decisão judicial definitiva. Esta postura foi reiterada em múltiplas ocasiões, solidificando o status do Sport como o único campeão reconhecido.
O São Paulo, outro clube na disputa pela “Taça das Bolinhas”, foi mencionado no contexto das decisões que impactaram sua reivindicação ao troféu. As decisões judiciais que afirmaram a legitimidade do Sport como campeão de 1987 indiretamente influenciaram as possibilidades do São Paulo de reivindicar o troféu, baseando-se em seus próprios títulos conquistados em anos alternados.
O ministro Dias Toffoli decidiu não dar seguimento ao recurso. Ele reafirmou que a matéria já estava decidida e que a coisa julgada deveria ser respeitada. A decisão destacou que a autonomia desportiva da CBF não inclui a capacidade de revisar decisões judiciais firmes, e que as controvérsias sobre títulos e regulamentos não podem ser reavaliadas pelo judiciário sem violar a coisa julgada.
Campeão brasileiro com o Mengão vê grandes avanços na parte diretiva do clube em termos financeiros, mas ainda há necessidade de melhorar gestão do futebol
06 Nov 2025 | 16:00 |
Em análise sobre o atual momento do Flamengo, o ex-lateral Leonardo, campeão brasileiro em 1987, destacou o sucesso da transformação administrativa e financeira do clube. Segundo ele, a base do domínio rubro-negro na última década está na solidez da gestão, embora ainda haja espaço para evolução no campo esportivo — especialmente na formação de atletas.
Leonardo sobre organização do Flamengo: "virou uma potência no Brasil"
Para Leonardo, o Mais Querido está “vivendo o outro lado” da gestão, colhendo os frutos de um longo processo de reestruturação: “O Flamengo se organiza, isso é uma demonstração. A partir do momento que o time se organizou, conseguiu se moralizar, estabilizar e virou uma potência no Brasil”, afirmou o ex-jogador em entrevista a ESPN.
Leonardo ressaltou que o clube alcançou esse patamar mantendo seu modelo associativo, sem recorrer à transformação em SAF (Sociedade Anônima do Futebol): “É uma organização sem fins lucrativos, no final das contas, não é uma SAF, não é uma empresa, é isso que sempre foi e conseguiu se organizar”, explicou. Segundo ele, o Flamengo serve de exemplo de que é possível equilibrar sucesso esportivo e saúde financeira sem abrir mão de sua identidade institucional.
Apesar dos elogios, Leonardo ponderou que o modelo esportivo do clube ainda não acompanha o nível de excelência administrativa: Eu acho que o lado esportivo poderia ser um pouquinho mais organizado”, observou. O ex-jogador apontou que o excesso de contratações pode ter afastado o Mengão de um caminho mais sustentável, com maior valorização das categorias de base: “Nessa parte esportiva, principalmente na formação. O Flamengo tem comprado muitos jogadores de fora, mas poderia formar muitos outros no próprio clube”, destacou.
Leonardo encerrou destacando que o sucesso do Rubro-Negro é um exemplo de que planejamento e gestão eficiente são determinantes para alcançar estabilidade e títulos. “O sucesso da organização é a prova de que, se você fizer a coisa bem feita, as coisas acontecem”, concluiu. Cria do Flamengo, Leonardo foi peça importante do time campeão brasileiro de 1987 e também da Copa do Brasil de 1990, marcando época com a geração que revelou nomes como Zico, Jorginho e Bebeto.
Mengão tem a extensão contratual de seu treinador como prioridade, mas empresário vê abertura do mercado europeu como uma possibilidade
06 Nov 2025 | 15:00 |
O técnico Filipe Luís ainda não definiu seu futuro no Flamengo. O contrato do treinador vai até dezembro, e a renovação está travada por divergências salariais. O ex-jogador recebe cerca de R$ 300 mil mensais, mas deseja uma valorização significativa para permanecer no cargo.
Segundo informações apuradas, Filipe Luís pede um novo salário na casa dos R$ 2 milhões por mês. O impasse faz com que as negociações estejam paralisadas, e a tendência é que uma definição ocorra apenas após o término do Brasileirão e da Libertadores.
Em entrevista recente, o presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, destacou que qualquer renovação contratual precisa ser uma via de mão dupla. A declaração foi interpretada internamente como um recado direto ao treinador, que tem mantido postura cautelosa sobre o tema. De acordo com o jornalista Diogo Dantas, do O Globo, a diretoria ainda não formalizou nova proposta, aguardando o desfecho da temporada antes de avançar.
O empresário português Jorge Mendes, responsável pela carreira de Filipe Luís, tem atuado nos bastidores e mantido contato com clubes europeus. O treinador é bem visto em países como Espanha, Portugal, França e Inglaterra, e seu nome é constantemente associado a projetos de médio prazo no Velho Continente.
Ídolo do Atlético de Madrid, Filipe Luís é lembrado como possível substituto de Diego Simeone em um cenário futuro. Em setembro, o técnico chegou a recusar uma oferta do Fenerbahçe, da Turquia, para permanecer no comando do Flamengo.
Internamente, o Flamengo tenta acelerar as conversas para garantir a continuidade do ídolo, sobretudo após a classificação para a final da Libertadores. Filipe Luís, por sua vez, prefere adiar qualquer decisão até o fim da temporada, mantendo total foco nos compromissos decisivos. O treinador tem sido elogiado pelo elenco e pela diretoria pela postura serena e pelo estilo tático equilibrado, que recolocou o Mais Queridoem alto nível competitivo.
O Flamengo volta a campo neste domingo (09) para enfrentar o Santos, no Maracanã, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. A bola rola às 18h30 (horário de Brasília), com transmissão do Premiere (pay-per-view) para todo o Brasil.
Atacante foi punido com cartão vermelho na partida diante do tricolor, mas conjunto recente de erros do atacante pode selar a penalização no Mengão
06 Nov 2025 | 13:25 |
A expulsão de Gonzalo Plata durante o empate entre Flamengo e São Paulo, pela 32ª rodada do Brasileirão, pode gerar consequências além do campo. A diretoria rubro-negra avalia aplicar uma multa disciplinar ao atacante, irritada com a sucessão de erros recentes do jogador.
Diretor do Flamengo sobre multa a Plata: "é por um conjunto de coisas que tem acontecido"
Segundo informações apuradas pelo Gazeta do Urubu, embora a decisão final ainda não esteja definida, a paciência interna chegou ao limite após a terceira expulsão do equatoriano em poucas semanas. Dirigentes avaliam que o caso ultrapassa o episódio na Vila Belmiro e reflete um padrão de imprudência que vem prejudicando o time em momentos decisivos.
"Se multar o Plata não é por ontem, é por um conjunto de coisas que tem acontecido dentro de campo, principalmente a expulsão contra o Racing. Ontem, ele não é vítima, mas é uma situação de jogo, chegou fora do tempo. Mas não é uma questão de indisciplina. O conjunto (de expulsões) pode ser, mas a diretoria ainda não definiu", disse um dirigente do clube a reportagem do Gazeta do Urubu.
A diretoria do Flamengo concorda com a análise do técnico Filipe Luís, que classificou o lance como “imprudente” e não como um ato de agressão deliberada. No entanto, o histórico recente pesa contra o jogador. A possível punição não será aplicada apenas pelo cartão vermelho diante do São Paulo, mas pelo acúmulo de episódios, incluindo a expulsão por agressão (tapa em adversário) na partida contra o Racing, pela Libertadores.
O lance ocorreu aos 21 minutos do segundo tempo, quando Plata acertou o zagueiro Arboleda em uma dividida. O árbitro Rodrigo Pereira de Lima mostrou o cartão vermelho direto sem recorrer ao VAR. Com isso, o equatoriano será desfalque certo contra o Santos, no Maracanã, pela próxima rodada do Brasileirão.
A partida entre São Paulo e Flamengo terminou empatada em 2 a 2, na noite de quarta-feira (5), na Vila Belmiro. Os gols do Tricolor foram marcados por Luciano e Ferreira, enquanto Arrascaeta, de pênalti, e Samuel Lino balançaram as redes para o Rubro-Negro. O jogo foi equilibrado, mas a expulsão de Plata na etapa final mudou o ritmo da partida e impediu o Flamengo de conquistar três pontos importantes.
O Flamengo volta a campo neste domingo (09) para enfrentar o Santos, no Maracanã, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. A bola rola às 18h30 (de Brasília), com transmissão do Premiere (pay-per-view) para todo o Brasil.