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O presidente da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Seneme, criticou o que chamou uma tentativa de criar um "clima de terrorismo" contra os árbitros nas competições nacionais. Ele se referia a acusações de manipulação feitas por dirigentes, iniciadas pelo dono do Botafogo, John Textor.
"Não vou dar marketing a situações que foram levantadas sem fundamento. Queremos evitar que esse ambiente se contamine, que saia do ambiente esportivo de jogadores e técnicos", disse Seneme ao ser questionado diretamente sobre Textor.
Mas ele deixou claro que chamou jornalistas para uma conversa e entrevista por conta desses ataques. Depois de Textor, vieram dirigentes de Atlético-GO e Flamengo, o técnico Renato Gaúcho e o jogador Felipe Melo, entre outros.
"Houve a transformação do que são decisões esportivas de árbitro, certas ou erradas, de jogadores e técnicos tentando em situações de erros premeditados. Isso não pode acontecer no futebol brasileiro", disse Seneme.
Ao lado do dirigente de arbitragem, Marcelo Van Gasse, presidente da Abrafut (Associação de Árbitros de Futebol do Brasil), afirmou que os árbitros ficam feridos e que têm de ser tratados como seres humanos. Van Gasse é assistente e ainda está na ativa.
"A partir de agora, estamos pensando em ir para a parte civil. Como associação, vamos para a parte civil. É muito fácil jogar isso e não provar nada", disse ele.
É comum que a Abrafut leve ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) notícias de infração para denunciar dirigentes ou jogadores que fazem ataques acima do tom contra os árbitros.
Mesmo com estabilidade interna e respaldo recente, o treinador voltará a ser avaliado no Flamengo após o Super Mundial de Clubes. A decisão de mantê-lo ou busca
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A permanência de Filipe Luís no comando do time principal do Flamengo será tema de discussão no segundo semestre. De acordo com informações apuradas pelo jornalista Fabrício Lopes, o presidente do clube, BAP, decidiu que fará uma análise técnica e institucional do trabalho do treinador logo após o Super Mundial de Clubes, competição que acontecerá entre junho e julho.
Embora Filipe Luís tenha conquistado respaldo com boas atuações ao longo da temporada, especialmente pelo desempenho coletivo do time, a oscilação recente, somada à pressão externa pela presença de Jorge Jesus no mercado, acendeu um sinal de atenção dentro do clube. Segundo Fabrício Lopes, a eventual decisão sobre a saída de Filipe não viria da diretoria de futebol liderada por Bruno Spindel e Marcos Braz, mas sim diretamente de BAP, que passaria a ordem à cúpula executiva.
“Se o Flamengo optar por trocar o Filipe Luís, vai vir de cima do Boto, vai vir do BAP para o Boto, e ele só irá comunicar o Filipe Luís do desligamento”, disse o setorista.
O presidente, que neste momento prefere manter o planejamento traçado no início da temporada, decidiu esperar o término do Super Mundial para fazer a avaliação. Os critérios levarão em conta desempenho tático, ambiente interno, comando de grupo e, naturalmente, resultados. “Se o trabalho for satisfatório, ele fica. Se não for, há grandes chances de sair sim. A avaliação será pós Super Mundial de Clubes”, concluiu Fabrício.
O nome de Jorge Jesus inevitavelmente ronda o Flamengo. Livre no mercado após deixar o Al Hilal, o português segue sendo uma figura que mexe com a torcida e com parte da cúpula rubro-negra. Ainda que neste momento não exista tratativa em curso, a simples disponibilidade do Mister reforça a pressão sobre o atual treinador.
Comentarista vê exagero nas críticas ao técnico rubro-negro e alerta: "Só os resultados vão sustentar". O treinador vem sendo defasado no Mais Querido
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Menos de um ano após ter seu nome celebrado como um símbolo da nova geração de treinadores promissores do país, Filipe Luís convive com um cenário bem diferente no Flamengo. A pressão sobre o ex-lateral cresceu nos bastidores e nas arquibancadas, apesar da conquista de três títulos de base e do desempenho considerado positivo à frente do sub-20 rubro-negro.
A menos de um ano, Filipe Luís se tornava uma unanimidade .." - disse Eric Faria
“A menos de um ano, Filipe Luís se tornava uma unanimidade para dirigir o time profissional do Flamengo, certo? Nesse período, conquistou três títulos, fez a equipe jogar um futebol vistoso e recebeu muitos elogios da opinião pública”, escreveu Eric. No Instagram, Eric Faria — que cobre o clube há mais de duas décadas — destacou o contraste.
Para o jornalista, o técnico não deixou de ser promissor, mas passou a ser tratado com desconfiança à medida que Jorge Jesus ficou novamente livre no mercado. O cenário começou a mudar nas últimas semanas, especialmente após oscilação nas atuações do time sub-20 e a eliminação precoce na Copa do Brasil da categoria.
As críticas nas redes sociais cresceram, e parte da torcida já se mostra contrária a uma futura promoção de Filipe ao elenco principal. Internamente, não há uma ruptura declarada entre diretoria e comissão técnica do sub-20. O clube evita expor qualquer plano sobre o futuro de Filipe, cujo contrato vai até dezembro de 2025. No entanto, também não há conversas em andamento para uma possível renovação.
A análise de Eric sugere que há um movimento de desgaste em curso, ainda que não necessariamente institucional. “De uma hora para outra, o promissor técnico, para alguns, regrediu algumas casas nesse tabuleiro cruel do futebol brasileiro (...) Esse processo de fritura silenciosa que se instalou sorrateiramente nas redes sociais pode até não alcançar o objetivo que é derrubar o treinador”, pontuou.
Ex-auxiliar técnico agradeceu ao clube nas redes sociais após a chegada de Rodrigo Caio como novo integrante da comissão
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A comissão técnica liderada por Filipe Luís no Flamengo teve sua primeira mudança desde que foi formada no fim de 2023. O auxiliar técnico Daniel Alegria não faz mais parte da equipe e se pronunciou de forma pública nesta segunda-feira (19), através das redes sociais. Em um post objetivo, Daniel adotou um tom positivo e de gratidão.
Sem apontar mágoas ou frustrações, ele afirmou que sua saída representa apenas o encerramento de mais um ciclo. Alegria estava no clube desde 2023, quando chegou para atuar no time sub-17. Em seguida, acompanhou Filipe Luís na transição para o elenco profissional. “Encerrar ciclos faz parte da jornada. Após um período marcante, me despeço do Flamengo, onde tive o privilégio de viver intensamente o dia a dia do clube”, escreveu o auxiliar.
Internamente, a decisão foi tomada por Filipe Luís e comunicada à diretoria. A avaliação do treinador foi de que a função exercida por Daniel, voltada principalmente para o setor de bolas paradas, poderia ser distribuída entre os outros membros da comissão técnica. A mudança também abriu espaço para o ingresso de alguém com vivência de campo recente — o que levou à escolha de Rodrigo Caio.
Rodrigo foi anunciado como novo membro da comissão no último final de semana. Ídolo recente do clube e multicampeão com a camisa rubro-negra, ele se junta ao grupo técnico com a missão de contribuir principalmente no aspecto tático e no relacionamento com o elenco. Mesmo fora do cargo, Alegria destacou que viveu momentos intensos e de evolução ao lado de profissionais que “acreditaram nas ideias e confiaram no processo”. Em seu texto, pontuou que entrega e dedicação foram marcas da sua atuação.
“Foram meses de entrega, dedicação e aprendizados valiosos. Trabalhar ao lado de grandes profissionais e atletas que acreditaram nas ideias e confiaram no processo foi, sem dúvida, o maior retorno”, completou. A saída de Daniel foi recebida de forma tranquila no departamento de futebol. Não houve ruptura ou atrito, mas sim um entendimento técnico sobre ajustes no perfil da comissão. A entrada de Rodrigo Caio, nesse cenário, é vista como natural e alinhada à filosofia que Filipe Luís quer implementar.