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No último domingo, o Flamengo foi goleado pelo Botafogo, no estádio Nílton Santos. Na coletiva de imprensa, Tite voltou a citar o calendário do futebol brasileiro, como um dos possíveis motivos para o fracasso rubro-negro para o rival. Nesse sentido, o jornalista do UOL, Rodrigo Mattos, acredita que o técnico do Flamengo ficou devendo algumas explicações quanto ao desempenho do time.
O colunista participou, ao lado do jornalista Bruno Braz, da live do Flamengo e destacou:
"[O calendário] É um fator, só que ele se prendeu para explicar o jogo por um fator só. Ele não explicou os fatores que foram culpa dele, que é o caso das mexidas que ele fez na virada do intervalo e que, taticamente, deixou o jogo mais facilitado para o Botafogo" , disse Mattos.
"Ele pensou em um negócio de ficar marcando, ter mais gente dentro da área. O que aconteceu é que o Botafogo chegava pela ponta, jogava a bola por baixo e não a bola por cima. Aí, não adianta ter um monte de zagueiro encaixotado se o outro time tem muito espaço pelas pontas para cruzar para a chegada de um chute. Eu contei 19 chutes a gol do Botafogo, sendo que nove foram na direção do gol. O Rossi pegou um monte de bola, pênalti. Então, acho que ele tinha que dar explicações também sobre os erros dele", completou.
Rodrigo Mattos aponta que o problema do calendário deve ser colocado à mesa, mas faz ponderações sobre a análise da partida.
"Na época ele era técnico da seleção, não falava nada do calendário, né? Ele tem razão nas críticas, mas não foi só esse fator. Tiveram outros fatores e responsabilidades dele. Acho que ele tá falando pouco sobre essas coisas. Não é uma exclusividade do Tite. Todo técnico brasileiro não gosta de falar dos pontos fracos e falam de outras coisas que, às vezes, têm razão, como é o caso desse calendário, mas em geral dá uma desviada de foco do que são os erros deles".
Bruno Braz lembrou os desfalques, mas acredita que o placar elástico do Alvinegro teve influência das escolhas do treinador. O jornalista citou a mudança no meio de campo que fez o time de Artur Jorge ganhar ainda mais terreno no clássico.
"Eu acho que a goleada em si foi muito na conta do Tite, das mudanças que ele fez. A partir das mudanças que ele fez, principalmente no meio de campo. Ele perdeu o meio de campo para o Botafogo. Tudo bem que eram vários desfalques importantes, e isso contou, mas acho que o placar ficou na conta do Tite", declarou Bruno Braz.
Rodrigo Mattos indicou o que pode ter sido um erro de avaliação da comissão técnica e diretoria. "É uma escolha estratégica. Lá atrás, escolheu escalar todos os titulares na Copa do Brasil contra o Palmeiras, e prejudicar o desempenho no Campeonato Brasileiro, que era a competição mais importante. Você força em uma competição nesses jogos lá atrás, vai estourar aqui."
Clube russo volta à carga pelo camisa 8, mas Rubro-Negro se mantém firme e diz não querer negociar o volante nesta janela
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Com a janela internacional aberta, as sondagens e ofertas sobre jogadores do Flamengo voltam a aquecer. Um dos nomes em pauta é o de Gerson, alvo do Zenit, da Rússia. O clube europeu fez nova investida para contar com o camisa 8, mas encontrou resistência imediata na Gávea. A diretoria do Flamengo respondeu com uma nota oficial alertando sobre a cláusula de rescisão e reiterando que não pretende liberar o jogador.
Mais do que uma postura pública, há convicção interna de que o cenário atual não favorece uma saída. Gerson renovou recentemente seu contrato com o Rubro-Negro. E com isso, o valor da multa rescisória para o exterior passou a ser de 25 milhões de euros (aproximadamente R$ 159 milhões). O valor, segundo o clube, só será aceito se pago à vista — o que restringe significativamente o leque de interessados.
Antes da renovação, a multa para o mercado externo era de € 200 milhões, algo fora da realidade. A redução trouxe o valor para um patamar mais plausível, mas a exigência de pagamento imediato se mantém como barreira. Além do aspecto contratual, o Flamengo não acredita que Gerson seja um alvo fácil para os europeus neste momento. De acordo com informações do jornalista Venê Casagrande, três fatores alimentam essa tranquilidade nos bastidores.
O primeiro deles é a idade. Gerson já tem 28 anos o que, para o mercado europeu, representa um perfil menos atrativo para altos investimentos, principalmente pensando em revenda. Outro ponto é o histórico recente do jogador. Gerson já teve duas passagens pela Europa, ambas com retorno ao Brasil. A primeira no futebol italiano, e a segunda no próprio Olympique de Marseille, antes de retornar ao Flamengo. Isso pesa na avaliação de clubes que evitam apostar em atletas que não se firmaram no exterior.
Por fim, o terceiro fator é financeiro. O pagamento da cláusula só pode ser feito à vista, sem parcelamentos. Na visão da cúpula rubro-negra, poucos clubes no cenário europeu atual têm condições de desembolsar um valor dessa magnitude de forma imediata. O Zenit, que recentemente perdeu peças no meio-campo e busca reforços, é um dos poucos clubes fora das cinco principais ligas que tem estrutura financeira para esse tipo de investida. Mas, até o momento, não houve formalização de proposta que atendesse às exigências do Flamengo.
Lateral rubro-negro segue fora do time titular da Seleção e decisão repercute negativamente entre os flamenguistas nas redes sociais
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A situação de Wesley na Seleção Brasileira segue incômoda e tem gerado cada vez mais desconforto entre os torcedores do Flamengo. Após ser cortado até do banco de reservas no jogo contra o Equador, o lateral-direito deve permanecer como opção e fora dos 11 iniciais para o duelo contra o Paraguai. A escolha de Carlo Ancelotti não passou despercebida pela torcida rubro-negra, que voltou a expressar revolta nas redes sociais.
O técnico italiano já deixou claro que pretende manter Vanderson como titular na lateral-direita. Mesmo com a possibilidade de mudanças no setor ofensivo da equipe, a ala segue sem alterações, frustrando as expectativas por uma chance ao jovem lateral do Flamengo, que está entre os cinco jogadores do clube convocados para a Seleção.
Segundo o ge, a tendência é que a equipe que enfrenta o Paraguai seja formada por: Alisson; Vanderson, Marquinhos, Alex, Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães, Gerson; Raphinha, Matheus Cunha e Vinicius Jr. A manutenção de Vanderson na equipe principal e a ausência de Wesley entre os titulares e, anteriormente, até mesmo do banco têm causado reações duras entre os flamenguistas. As críticas nas redes sociais se intensificaram nas últimas horas, sobretudo pelo entendimento de que o lateral rubro-negro vive boa fase no clube e merecia ao menos uma oportunidade.
A situação de Wesley também levanta uma discussão sobre o papel de convocar jovens talentos se não há intenção clara de usá-los. No Flamengo, o lateral é presença constante na equipe de Filipe Luís , e inclusive vinha sendo observado por clubes europeus antes de se juntar à Seleção. A ausência de minutos na Copa América pode inclusive afetar a vitrine internacional do jogador. O Flamengo acompanha de perto a situação, embora o clube tenha ciência de que a decisão técnica cabe exclusivamente ao treinador da Seleção.
Entre os cinco convocados do Flamengo, Wesley é o único que não entrou em campo no primeiro jogo. Gerson, por outro lado, esteve entre os titulares, o que também gerou questionamentos entre parte da torcida. “Gerson tá morto, não dá mais. Wesley deveria ter jogado”, afirmou outro internauta.
Dupla avança na recuperação e pode reforçar time na estreia contra o Espérance; expectativa no Ninho é positiva, apesar de tensão com seleção do Equador
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A reta final de preparação para o Mundial de Clubes tem sido marcada por cuidados e expectativa no Flamengo. Dois dos nomes considerados vitais para a engrenagem do técnico Sebastián Beccacece Nicolás De La Cruz e Gonzalo Plata avançaram na recuperação de suas respectivas lesões e têm chance real de ficarem à disposição já na estreia contra o Espérance, da Tunísia.
De La Cruz, que sofreu uma entorse no joelho esquerdo durante o clássico contra o Botafogo, no dia 18 de maio, segue em processo intenso de fortalecimento muscular e mobilidade. O meia uruguaio está fora há três semanas e perdeu quatro jogos nesse período, mas o clube não considera o problema grave e trabalha com a expectativa de reintegração ao grupo ainda nesta semana.
A situação de Gonzalo Plata, embora mais longa, também evoluiu de forma significativa. O equatoriano se lesionou no início de maio, em partida válida pela Copa do Brasil, e desde então vinha em tratamento por conta de uma entorse no joelho direito. A ausência durou mais de um mês, mas exames recentes demonstraram avanço no quadro clínico. Plata já se encontra na fase de transição entre a fisioterapia e a preparação física.
O atacante, inclusive, já está no Rio de Janeiro, após ter se apresentado à seleção equatoriana. A visita dos médicos da Federação Equatoriana ao Ninho do Urubu, durante a recuperação, causou desconforto na cúpula rubro-negra. Apesar da tensão, o foco total está na recuperação do atleta, que é visto como peça importante na recomposição ofensiva.
Segundo Fernando Sassaki, chefe do departamento médico do Flamengo, tanto Plata quanto De La Cruz apresentaram respostas clínicas satisfatórias, o que anima a comissão técnica. A ideia é que ambos voltem a treinar com o grupo nos próximos dias, respeitando os cronogramas físicos individuais.