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O volante Erick Pulgar tem se destacado no Flamengo não apenas pela sua habilidade em campo, mas também por uma sequência impressionante na titularidade do time. Igualando-se a Pedro, Pulgar se tornou um dos jogadores com a maior sequência na equipe rubro-negra.
Desde a vitória por 3 a 0 sobre o Volta Redonda, em 10 de fevereiro, o chileno não viu o banco de reservas. Com exceção dos confrontos contra Bangu e Boavista, nos quais esteve ausente devido a uma lesão no quadríceps, Pulgar tem sido uma presença constante nos onze iniciais do Flamengo.
UMA "VOLÂNCIA" ESTRUTURADA COM PULGAR
O retorno do atleta aconteceu no clássico contra o Fluminense, pela Taça Guanabara, e desde então, ele participou de todos os 11 jogos disputados pelo time. Seu desempenho em campo o credencia como uma peça imprescindível para o técnico Tite, que destaca as características únicas de Pulgar entre os volantes do plantel.
Uma estatística que chama atenção é o número de substituições que Pulgar sofreu durante essa sequência de jogos. Em apenas quatro ocasiões ele foi substituído, demonstrando sua importância e resistência física dentro de campo. Em uma coletiva de imprensa, o técnico Tite revelou que dos cinco jogadores do time que estavam em sinal amarelo ou vermelho em relação ao risco de lesão, todos tiveram seus merecidos períodos de descanso, exceto Pulgar. Isso ressalta ainda mais a excepcionalidade da sequência do volante chileno.
Entretanto, a maratona de jogos e a proximidade do confronto com o Bolívar, nesta quarta-feira (24), pela Copa Libertadores, levantam questionamentos sobre a possibilidade de Pulgar ser poupado. O desafio em La Paz, na altitude, é conhecido por ser desgastante para os jogadores, e a preservação de Pulgar poderia ser uma estratégia adotada pela comissão técnica.
Meia formado na base do clube está emprestado ao Goztepe, da Turquia, até o fim de junho e pode reforçar o time no segundo semestre, visando o Mundial de Clubes
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O Flamengo pode ter uma novidade caseira para o segundo semestre da temporada. O meia Victor Hugo, revelado pelo próprio clube, está perto de concluir seu período de empréstimo ao Goztepe, da Turquia, e seu retorno ao elenco está sendo avaliado internamente. Quem vê com bons olhos essa volta é o técnico Filipe Luís, que conhece bem o jogador desde os tempos em que ainda atuava como lateral e convivia com o jovem no vestiário rubro-negro.
Victor Hugo teve uma sequência importante com Jorge Sampaoli em 2023, quando se firmou como opção no meio de campo e chegou a ser titular em diversos jogos. A ida para o futebol europeu teve como objetivo ampliar sua experiência, mas os turcos do Goztepe já sinalizaram que não devem exercer a opção de compra, abrindo caminho para sua volta ao Mais Querido. Internamente, o nome do atleta já começou a ser debatido como uma peça útil para o segundo semestre.
Filipe Luís tem acompanhado a evolução de Victor Hugo mesmo à distância. Segundo apuração do Bolavip Brasil, o treinador já elogiava o jovem quando ainda era jogador e mantém a mesma opinião agora no papel de comandante. Para Filipe, o meia tem características que podem agregar ao atual elenco, especialmente na dinâmica do meio-campo, setor em que o Flamengo busca manter um alto nível de intensidade.
O momento no Campeonato Brasileiro exige atenção. Após empatar com o Vasco, o clube viu o Palmeiras abrir dois pontos de vantagem na tabela. Apesar disso, o técnico rubro-negro tem tentado manter a serenidade e já trabalha com uma formação diferente para os próximos compromissos. Mudanças estão sendo testadas nos treinos, inclusive com novidades na linha de defesa e meio-campo.
A agenda do time segue movimentada. A delegação já está em Quito para enfrentar a LDU, pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores. A comissão técnica mudou o planejamento e decidiu chegar com mais antecedência ao Equador, visando minimizar os efeitos da altitude. Para o CRF, o empate já evita complicações no torneio continental, mas a vitória é o objetivo principal.
Atacante titular nas últimas partidas com Filipe Luís, o atacante desperta interesse de clubes do Brasil e pode ser negociado caso o Mais Querido veja vantagem
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Apesar das movimentações nos bastidores, o Rubro-Negro adota cautela. A prioridade, neste momento, é encontrar uma reposição viável antes de tomar qualquer decisão definitiva sobre a possível liberação do atacante. A diretoria entende que abrir mão de Michael sem ter uma alternativa pronta pode enfraquecer o elenco em uma fase decisiva da temporada. A busca por um novo ponta não é recente. Trata-se de um desejo antigo da diretoria, que já monitora opções no mercado para reforçar o setor. A possível saída de Michael pode, inclusive, acelerar essas conversas e movimentações.
Com a chegada de Filipe Luís ao comando técnico, Michael voltou a ganhar protagonismo. O atacante foi titular nas últimas três partidas e tem sido uma das peças importantes no esquema do novo treinador. Sua velocidade e capacidade de desequilíbrio no um contra um são características valorizadas pela comissão técnica.
Esse bom momento, no entanto, não impede que o clube avalie possíveis propostas. A ideia da diretoria é manter o equilíbrio financeiro e estrutural do elenco, evitando acúmulo de jogadores com contratos pesados e buscando manter a competitividade no grupo. Michael voltou ao Rubro-Negro cercado de expectativas após passagem pelo futebol árabe. Embora não tenha o mesmo impacto inicial da sua primeira passagem, o atacante tem demonstrado comprometimento e vem crescendo de produção sob a nova comissão técnica.
A presença constante entre os titulares mostra que, pelo menos neste momento, ele tem a confiança de Filipe Luís. Contudo, o futuro do jogador segue indefinido e deve depender das próximas movimentações do clube no mercado. Os clubes interessados não tiveram seus nomes divulgados até o momento, mas o mercado interno está atento à situação de Michael. Com características cada vez mais escassas no futebol brasileiro, o jogador se torna uma peça atrativa para equipes que buscam um ponta com velocidade e poder de decisão.
Só o capitão do Mengão é mais valioso em comparação ao elenco dos Albos, adversário nesta terça-feira (22) pela Libertadores
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Peça-chave no time de Filipe Luís, Gerson é, hoje, o jogador mais valioso do elenco rubro-negro. Segundo dados do site Transfermarkt, o “Coringa” do Flamengo está avaliado em 25 milhões de euros, valor que, sozinho, supera o do elenco inteiro da LDU, próximo adversário do Mais Querido na Libertadores.
De acordo com a mesma fonte, os 25 jogadores do time equatoriano juntos somam 20,8 milhões de euros, valor inferior ao do camisa 8 rubro-negro. A comparação deixa clara a distância financeira entre as equipes que se enfrentam nesta terça-feira (22), às 19h, em Quito.
O Flamengo tem seu grupo avaliado em 219,15 milhões de euros, o que representa uma quantia cerca de 10,5 vezes superior à da equipe de Quito. E Gerson não é o único que, individualmente, supera o valor da LDU. O atacante Pedro, por exemplo, está avaliado em 23 milhões de euros, quase 3 milhões a mais do que os equatorianos como um todo.
O jogador mais caro da LDU é o atacante paraguaio Álex Arce, avaliado em 4,8 milhões de euros. Esse número é inferior até mesmo ao valor de Matheus Gonçalves, jovem promessa do Mengão, que custa 5 milhões.
Além dele, outros nomes como Allan, Luiz Araújo, Evertton Araújo, Erick Pulgar, Michael, Gonzalo Plata e até o goleiro Rossi têm valores superiores ao de Arce. Ao todo, 18 jogadores do elenco rubro-negro superam o paraguaio em valor de mercado.
Arce vale mais apenas do que os seguintes atletas do Flamengo: Danilo, Matheus Cunha, Wallace Yan, Juninho, Alex Sandro, Varela, Bruno Henrique, Pablo, Cleiton, Dyogo Alves, Zé Welinton e Caio Garcia.
Apesar da diferença financeira, o confronto em Quito exige cautela. O Flamengo já foi surpreendido nesta edição da Libertadores por um adversário de elenco muito mais modesto: o Central Córdoba, que venceu o time carioca por 2 a 1 no Maracanã, em sua estreia internacional.
Portanto, se por um lado a disparidade de valores mostra o que o clube construiu nos últimos anos, por outro, também aumenta a pressão e a responsabilidade por uma boa atuação. Afinal, em campo, o dinheiro não joga, mas é impossível ignorar o peso do investimento quando a bola rola.