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Aos 23 anos, o meia Reinier, revelado nas categorias de base do Flamengo, vive um momento de indefinição na carreira. Com contrato com o Real Madrid até junho de 2026, o jogador não conseguiu se firmar na Europa e avalia um retorno ao futebol brasileiro.
O Atlético-MG já iniciou conversas para contratar o atleta, mas pode enfrentar a concorrência do Internacional. Segundo informações do portal Revista Colorada, o clube gaúcho acompanha a situação de Reinier e estuda apresentar uma proposta ao time espanhol nos próximos dias.
Em 2024, a antiga diretoria do Flamengo chegou a negociar com o Real Madrid um possível empréstimo do meia, mas os merengues optaram por mantê-lo na Europa. Agora, em 2025, o clube carioca descartou um retorno do jogador.
Além do Flamengo, Bahia e Fortaleza também tentaram a contratação do jovem na última temporada, pensando em reforçar o elenco para a disputa da Libertadores. Contudo, as conversas não avançaram. O jovem tinha, ainda, o interesse de permanecer no futebol europeu, mas já vê o Brasil como uma nova oportunidade na carreira.
Reinier teve destaque na equipe profissional do Flamengo durante a temporada 2019, quando fez parte do elenco campeão do Brasileirão e da Libertadores, sob o comando de Jorge Jesus. Mesmo como reserva, teve atuações de impacto que o credenciaram a uma transferência para o Real Madrid por 35 milhões de euros.
Na Espanha, entretanto, o meia não teve espaço no time principal. Passou pelo Real Madrid Castilla (time B) e foi emprestado a clubes como Borussia Dortmund e Granada, sem grande destaque. Agora, com mercado em baixa na Europa, Reinier busca um novo capítulo na carreira — desta vez, de volta ao Brasil.
Apesar da crise entre dirigentes, elenco mantém rotina tranquila durante treinos no CT; diretoria segue tentando conter danos após impasse nos bastidores
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O Flamengo vive dias conturbados fora das quatro linhas. Discussões nos bastidores, vazamentos de conversas e repercussões negativas de torcedores marcaram a última semana no clube. Ainda assim, segundo apuração, os jogadores seguem blindados de toda essa turbulência. Apesar da pressão e das incertezas nos corredores da Gávea, o clima no Ninho do Urubu tem sido tranquilo.
A rotina de treinos foi mantida, sem alterações no comportamento dos atletas. O grupo, inclusive, tem demonstrado foco total nas competições, afastando qualquer influência direta da crise institucional. Fontes internas garantem que os atletas sequer comentaram internamente os recentes episódios. Tudo o que se refere a divergências administrativas ficou restrito à direção.
A ideia do clube, nesse momento, é justamente preservar o elenco para não comprometer o rendimento em campo. Treinos seguem com normalidade e, até o momento, não houve qualquer sinal de queda de rendimento, racha ou desconforto no vestiário. A comissão técnica e o departamento de futebol trabalham para manter esse ambiente isolado de ruídos externos.
A instabilidade na cúpula do Flamengo ganhou força a partir do vazamento de prints de conversas envolvendo diretores do clube. Nelas, havia menções sobre uma possível negociação de Pedro, centroavante titular do time. O conteúdo caiu como uma bomba entre torcedores e membros da própria diretoria. Logo após o episódio, surgiu o nome de Michael Johnston, atacante do West Bromwich, da Inglaterra, como possível reforço para a próxima janela de transferências.
A informação foi antecipada pelo Coluna do Fla, mas a repercussão interna do nome foi negativa. Diante da má aceitação da possível contratação de Johnston tanto por parte da torcida quanto de membros da direção ligados a Bap, presidente do clube José Boto, diretor técnico, precisou recuar nas tratativas. O movimento aumentou a tensão dentro do clube e expôs publicamente um racha entre setores da diretoria.
Nome do jogador é citado nos bastidores do clube, mas diretoria tem outras prioridades e custo alto é empecilho imediato para o negócio
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Rodrigo De Paul, volante da seleção argentina e do Atlético de Madrid, voltou a ser pauta entre dirigentes do Flamengo. Mesmo sem uma negociação em curso, o nome do jogador é constantemente debatido nos bastidores da Gávea. A possibilidade, no entanto, esbarra em entraves relevantes: custo elevado, falta de consenso interno e foco da diretoria em outras posições.
De acordo com o jornalista Rodrigo Mattos, do UOL, a contratação de um novo volante, especificamente para substituir Gerson, é motivo de discordância entre os dirigentes rubro-negros. Parte do departamento de futebol considera necessária a chegada de um reforço de peso para a função. Já o diretor José Boto acredita que o elenco atual oferece alternativas suficientes.
A diretoria do Flamengo tem uma verba disponível para investir na janela, com expectativa de fechar três a quatro reforços. Mas o foco imediato está em outras frentes. Um ponta-esquerda, um meia para ser alternativa a Arrascaeta e, dependendo da evolução do mercado, um lateral também entram na lista antes da busca por um volante como De Paul.
Apesar das discussões internas, não houve até agora qualquer contato do Flamengo com o Atlético de Madrid para abrir negociação. De Paul tem contrato até 2026 com o clube espanhol e está avaliado em cerca de R$ 96 milhões — valor considerado alto demais pelo departamento de futebol rubro-negro no momento. Em caso de impasse entre os setores da diretoria, o presidente do clube, Rodolfo Landim (Bap), pode ter papel determinante.
Pessoas próximas ao mandatário afirmam que ele acompanha de perto as tratativas de mercado e pode dar aval para a contratação se houver alinhamento técnico e financeiro. Outro obstáculo que pesa contra a possibilidade de avanço nas tratativas é o salário de De Paul. Segundo informações dos bastidores, o argentino recebe cerca de R$ 41 milhões por ano na Espanha.
Com laços meio que estremecidos com a diretoria do rubro-negro, o diretor técnico pode deixar o clube e isso impactaria direto na renovação de Filipe Luís
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O Flamengo chegou a ensaiar a renovação do contrato de José Boto e iniciou conversas para ampliar a permanência do diretor de futebol no comando da pasta. No entanto, algumas coisas podem ter atrasado ou até mesmo, cancelado tal medida.
A negociação previa a retirada de uma cláusula vigente hoje que permite a Boto rescindir o vínculo ao fim do primeiro ano sem multa, desde que não assuma outro clube sul-americano. Em caso de demissão por parte do Flamengo ou pedido do dirigente, o contrato vigente ainda prevê o pagamento de um valor dos dois lados pela ruptura.
Apesar do movimento da diretoria para garantir sua continuidade antes do Mundial de Clubes, Boto avalia a possibilidade de deixar o Flamengo. O dirigente português está incomodado com o veto à contratação do atacante irlandês Mikey Johnston, nome aprovado por ele e pelo técnico Filipe Luís. O jogador já estava com viagem marcada para o Rio, mas por decisão do presidente Bap foi vetado.
O episódio intensificou um processo de desgaste iniciado após a eliminação no Mundial de Clubes, com críticas internas ao trabalho de Boto e do técnico Filipe Luis, vindas inclusive dos jogadores. O ambiente no departamento de futebol ficou mais tenso, e a insatisfação, que antes se restringia aos bastidores, ganhou eco.
Mesmo com respaldo da cúpula, Boto já vinha adotando uma postura de cautela sobre a permanência. Após oito anos seguidos vivendo fora de Portugal e longe da família, o dirigente queria fazer um balanço ao fim da temporada para decidir se seguiria no clube. E se deparou com uma realidade desgastante no futebol brasileiro.
A indefinição também atinge o futuro do técnico Filipe Luís, com quem Boto já tinha acordo para renovação por mais uma temporada. A oferta porém, ainda aguarda aprovação final da diretoria. Em meio ao impasse, o nome de Jorge Jesus voltou a ser citado nos bastidores da Gávea como opção, o que aumentou a tensão no núcleo do futebol.
A crise expõe novamente as dificuldades do Flamengo em sustentar um modelo de gestão profissional diante das pressões políticas internas. A permanência de José Boto agora está condicionada à retomada da confiança, da autonomia e da estabilidade no comando do futebol.