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A torcida do Vasco costuma se gabar que tem casa própria enquanto o Flamengo jogaria de aluguel no Maracanã. Na realidade, porém, quem vem pagando aluguel há anos para jogar no estádio do Flamengo é o Vasco.
Com a partida de volta contra o Nova Iguaçu, na qual não foi mandante, mas arcou com as despesas por acordo com o clube da Baixada, o Vasco já realizou 14 jogos no Maracanã desde 2019, excluindo aqueles em que foi visitante de Flamengo e Fluminense. No total, pagou R$ 3.090.000 de aluguel ao Consórcio Fla-Flu.
O valor do aluguel já foi reajustado 5 vezes desde 2019, quando o Consórcio Fla-Flu assumiu a gestão do estádio. Na estreia do Vasco contra a Chapecoense, em 2019, o valor cobrado foi de R$ 90 mil, repetido em 2020 contra ABC e o próprio Flamengo.
No Carioca de 2022, para jogar com o próprio Flamengo, esse valor já subiu para R$ 120 mil. Já na Série B do mesmo ano, o Consórcio Fla-Flu cobrou R$ 250 mil para o Vasco enfrentar Cruzeiro e Sport.
Por limitação da Ferj, o valor foi reduzido para R$ 200 mil no clássico entre Vasco e Botafogo na Taça Guanabara de 2023. Mas voltou a R$ 250 mil na semifinal do Carioca contra o Flamengo e nos duelos contra Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG no Brasileiro.
Este ano, mais dois aumentos. O jogo contra o Flamengo pela Taça Guanabara teve aluguel de R$ 300 mil. Já os dois jogos contra o Nova Iguaçu tiveram aluguel de R$ 350 mil.
Vasco pagou R$ 1 mi para mandar jogos contra Flamengo e não ganhou nenhum
Só para jogar cinco vezes como mandante contra o Flamengo no estádio desde 2020, o Vasco desembolsou R$ 1.010.000 no aluguel – e perdeu quatro jogos, inclusive o famoso “jogo do abandono”, e empatou um. Já contra o Fluminense o Vasco só jogou como visitante neste período.
Flamengo e Fluminense dividem o dinheiro do aluguel meio a meio. Ou seja, cada um recebeu do Vasco cerca de R$ 1,5 milhão desde 2019.
O Vasco tenta tirar da dupla o controle do Maracanã na concorrência pela licitação. O Consórcio Maracanã Para Todos, integrado pelo Vasco e pela W/Torre, tentou desqualificar a dupla Fla-Flu na Justiça, mas não teve sucesso até agora.
Enquanto o Vasco briga e paga milhões para jogar no estádio administrado pelo Flamengo, o Mais Querido não manda um jogo em São Januário desde 1996.
Mengão encara os Albos pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores e clube equatoriano poupou titulares antes do confronto
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Enquanto o Flamengo foi a campo com força máxima no clássico contra o Vasco, no último sábado (19), a LDU, adversário na Libertadores nesta terça-feira (22) adotou uma estratégia diferente. Um dia antes, na sexta-feira (18), o time de Quito enfrentou o Aucas, rival local, com uma equipe recheada de reservas. A decisão do técnico Pablo ‘Vitamina’ Sánchez foi tomada com um olho no confronto direto com o Rubro-Negro, pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores.
Pela proximidade do jogo com o Flamengo..."
“Entendemos que era o momento de rodar o elenco pela proximidade do jogo com o Flamengo. Decidimos que jogassem alguns jogadores, fizeram uma grande partida os três jogadores que estrearam e tiveram minutos. Há uma linda disputa no grupo e sinto uma grande satisfação pelo trabalho que fizeram”, explicou o treinador após a vitória por 3 a 1.
Na partida, apenas três titulares que atuaram no último jogo da Libertadores, diante do Deportivo Táchira, estiveram em campo: os meias Villamil e Ramírez, além do atacante Arce, que foi o grande destaque do clássico com três assistências.
A vitória sobre o Aucas chegou em boa hora para a LDU, que vinha de um tropeço contra o Mushuc Runa, fora de casa, quando foi derrotada por 1 a 0. Autor do primeiro gol no triunfo de sexta, o meia Bryan Ramírez destacou a importância do resultado para o moral da equipe.
“Creio que a gente vinha um pouco mal-sucedido em Riobamba (cidade do Mushuc Runa). Mas o futebol tem revanche e hoje (sexta) nos recuperamos de uma boa maneira. Isso nos ajuda para o próximo jogo da Libertadores”, afirmou Ramírez.
Agora, o foco total da LDU se volta para o Flamengo. As equipes duelam nesta terça-feira (22), às 19h (horário de Brasília), no Estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito, localizado a quase 2.900 metros de altitude. O confronto é decisivo para a sequência da fase de grupos da Libertadores, com ambos os times buscando a liderança do Grupo C.
Mengão e os albos tem retrospecto parecido nos 2.800m acima do mar de Quito e confronto pela Libertadores pode tirar a igualdade
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O Flamengo finaliza a preparação para um confronto decisivo nesta terça-feira (22), contra a LDU, em Quito, pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores. Além da importância dos três pontos para a classificação, o duelo marca mais um capítulo no equilibrado histórico entre as duas equipes na altitude da capital equatoriana.
Até aqui, Flamengo e LDU se enfrentaram duas vezes no Estádio Rodrigo Paz Delgado, que fica a 2.850 metros acima do nível do mar. Cada clube venceu uma: a LDU levou a melhor em 2019 (2 a 1), enquanto o Rubro-Negro saiu vitorioso em 2021 (3 a 2), em ambos os casos pela fase de grupos da competição continental.
Além dos duelos em Quito, os times também se enfrentaram no Maracanã em duas oportunidades recentes. Em 2019, sob o comando de Abel Braga, o Flamengo venceu por 3 a 1 com gols de Gabigol, Everton Ribeiro e Uribe. Já em 2021, as equipes empataram em 2 a 2, com Pedro e Gustavo Henrique marcando para o time carioca. Rogério Ceni era o treinador do Mais Querido.
Apesar do bom retrospecto geral contra os equatorianos, o Flamengo chega pressionado para o confronto. Após duas rodadas no Grupo C, o time soma apenas três pontos — venceu o Deportivo Táchira fora de casa por 1 a 0, mas foi surpreendido no Maracanã ao perder para o Central Córdoba por 2 a 1. Com o resultado negativo na última rodada, o Rubro-Negro ocupa a terceira colocação e precisa de um bom resultado para seguir firme na briga pela classificação às oitavas de final.
O duelo entre LDU e Flamengo acontece nesta terça-feira (22), às 19h (horário de Brasília), no Estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito. Uma vitória pode recolocar o clube carioca na liderança do Grupo C e, de quebra, quebrar o equilíbrio no histórico contra os equatorianos na altitude.
A rodada teve aplicação de uma nova orientação da comissão de arbitragem da CBF, relacionada à iniciativa do próprio árbitro de campo pedir o VAR ou não.
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Entre erros e acertos, o VAR teve papel de destaque na quinta rodada do Brasileirão. Por mais que motivado por um lance muito discutível, rendeu debate até com uma definição inusitada por parte do técnico Renato Gaúcho, do Fluminense.
A CBF dá uma Ferrari para o Stevie Wonder pilotar.
A comparação entre a tecnologia e o lado humano que a opera envolve carrão esportivo e um famoso cantor cego. Mas tem gente de olhos e ouvidos abertos ao que acontece na cabine. A rodada teve aplicação de uma nova orientação da comissão de arbitragem da CBF, relacionada à iniciativa do próprio árbitro de campo de pedir para ver o monitor à beira do campo.
De todo modo, a arbitragem gerou reclamações — algumas comedidas e outras desmedidas. A contestação do Grêmio por um pênalti não marcado diante do Internacional é a mais forte.
A CBF não promete erro zero, mas vem de uma semana na qual treinou presencialmente os árbitros (de vídeo, inclusive). A política da entidade é que o VAR seja menos interventor e mais assistente nos jogos.
Segundo informações do UOL, o que a comissão de arbitragem quer é que os árbitros não cheguem à área de revisão obrigados a mudar a decisão, mas que possam interpretar corretamente as jogadas. Ainda que contrariem a cabine. A questão é que a polêmica não some.
Há também outra conduta sublinhada por quem comanda a arbitragem: os árbitros podem ver o lance à beira do campo caso queiram e seja uma questão que eles não tenham percebido. Isso ficou explícito na dinâmica com o VAR no lance do gol do Atlético-MG sobre o Botafogo.