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A declaração de Flávio Willeman, vice-presidente eleito ao lado de Luiz Eduardo Baptista (Bap), após a vitória nas urnas na última segunda-feira (09), sintetiza o pensamento da nova administração rubro-negra:
“A gente não vai virar SAF, mas queremos profissionalizar o clube.”
A palavra-chave para o próximo triênio na Gávea é profissionalização, e o objetivo é transformar o Flamengo em um modelo de gestão mais eficiente, embora sem se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Modelo inspirado na SAF, mas sem abrir mão do controle
Bap pretende estruturar o clube como uma SAF no que diz respeito à gestão profissional, contratando especialistas para gerenciar cada área. Porém, esses profissionais estarão subordinados diretamente ao presidente, reduzindo a influência dos vice-presidentes na administração.
Uma das primeiras medidas será trazer Rodrigo Tostes, que já atuou como vice-presidente de finanças do Flamengo e foi uma figura crucial na reestruturação financeira durante a gestão de Eduardo Bandeira de Mello. Tostes, ativo na campanha de Bap, deve assumir o cargo de CEO rubro-negro e já participa do processo de transição.
Mudança no Estatuto é essencial
Para implementar essa visão, Bap precisará alterar o Estatuto do Flamengo, que atualmente exige a nomeação de 19 vice-presidentes para áreas como finanças, esportes olímpicos, futebol, remo, marketing, jurídico, e outras.
Bap classifica esse modelo como uma "gestão amadora" e pretende apresentar ao Conselho Deliberativo, nos primeiros meses de 2025, uma proposta para eliminar essa obrigatoriedade. Enquanto a mudança não ocorre, o plano é acumular funções nas principais vice-presidências, formando um conselho consultivo para as decisões estratégicas do clube.
José Boto liderará o futebol rubro-negro
Na área do futebol, o português José Boto já foi confirmado como o principal responsável pela reformulação do departamento. Ele terá autonomia para montar sua equipe, que incluirá diretores de comunicação e de estratégia. Com essas medidas, Bap espera inaugurar uma nova era no Flamengo, marcada pela profissionalização e pela eficiência administrativa.
“Não há mais espaço para amadorismo no clube. Uma SAF nada mais é do que uma estrutura profissional de gestão”, completou Willeman após a vitória na eleição.
Duelo na Argentina pode definir os rumos do Grupo C; equipe brasileira precisa pontuar para manter chances de classificação no Maracanã
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Nesta quarta-feira (7), o Flamengo visita o Central Córdoba, da Argentina, em confronto válido pela quarta rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. A partida será realizada no Estadio Único Madre de Ciudades, em Santiago del Estero, a partir das 21h30 (horário de Brasília). O jogo terá transmissão ao vivo pela TV Globo e pela plataforma Paramount+.
O Flamengo ocupa atualmente a terceira colocação do Grupo C, com quatro pontos somados. Já o Central Córdoba lidera com sete pontos e entra em campo embalado por duas vitórias em três jogos na competição. A equipe comandada por Filipe Luís não contará com Plata e Cebolinha, ambos fora por questões físicas. O Flamengo precisa de um bom resultado fora de casa para buscar a classificação nos dois compromissos restantes, que serão disputados no Maracanã.
Dirigido por Omar de Felippe, o Central Córdoba poupou titulares na última rodada do campeonato nacional, quando foi superado por 3 a 1 pelo Banfield. A expectativa é de força máxima diante do Flamengo. No primeiro confronto entre os clubes, em solo brasileiro, a equipe argentina surpreendeu e venceu por 2 a 1, resultado que deseja repetir para encaminhar a classificação à próxima fase da Libertadores.
O provável time titular do Central Córdoba deve contar com: Alan Aguerre; Santiago Moyano, Lucas Abascia, Lautaro Rivero e Braian Cufré; Jonathan Galván, Quagliata e José Florentín; Matías Parello, Leonardo Heredia e Luis Miguel Angulo.
Já o Flamengo deve iniciar com: Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira (ou Danilo) e Ayrton Lucas (ou Alex Sandro); Pulgar, De la Cruz e Arrascaeta; Gerson, Bruno Henrique (ou Michael) e Pedro.
Com seis gols marcados em sete rodadas, meia uruguaio lidera a artilharia e conquista premiação de destaque do mês no campeonato nacional
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Giorgian De Arrascaeta foi eleito o melhor jogador do Brasileirão no mês de abril, em votação realizada por jornalistas esportivos de diferentes regiões do país. O meio-campista do Flamengo marcou seis gols nas sete rodadas iniciais da competição e atualmente lidera a artilharia. O jogador uruguaio não atuou na estreia do campeonato, contra o Internacional, mas teve impacto imediato desde sua primeira partida.
A estreia de Arrascaeta ocorreu na segunda rodada, na partida contra o Vitória, em Salvador, onde anotou um dos gols no triunfo por 2 a 1. No duelo seguinte, contra o Grêmio, em Porto Alegre, o camisa 10 marcou duas vezes e foi decisivo na vitória por 2 a 0. Três dias depois, foi protagonista na goleada por 6 a 0 sobre o Juventude, no Maracanã, com um gol e duas assistências.
Fechando o mês com chave de ouro, De Arrascaeta voltou a se destacar na goleada por 4 a 0 contra o Corinthians, também no Maracanã, contribuindo com um gol e uma assistência. Já em maio, o uruguaio balançou as redes na derrota para o Cruzeiro por 2 a 1, no Mineirão, mantendo a média de participações ofensivas mesmo em resultado negativo.
Nesta quarta-feira (7), o Flamengo entra em campo pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores. O adversário será o Central Córdoba, da Argentina, com início às 21h30 (horário de Brasília), no estádio Único Madre de Ciudades, em Santiago del Estero. A equipe carioca ocupa a terceira colocação do Grupo C e busca a vitória para se aproximar da zona de classificação às oitavas de final.
Após o compromisso internacional, o Flamengo voltará a disputar o Campeonato Brasileiro no sábado (10), às 21h, no Maracanã, diante do Bahia. Com De Arrascaeta em boa fase, a equipe tentará manter o bom desempenho ofensivo também no cenário nacional.
Tudo começou com a informação de que a CBF tinha R$ 2,4 bilhões em caixa no fechamento de 2024, número R$ 1,4 bilhão superior a um ano antes
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Um debate na edição desta terça-feira (6) do "Redação sportv" abordou a situação financeira da CBF e gerou até uma comparação com o Flamengo, gerada pelo jornalista Rodrigo Capelo. Tudo começou com a informação de que a CBF tinha R$ 2,4 bilhões em caixa no fechamento de 2024, número R$ 1,4 bilhão superior a um ano antes. Neste momento, a entidade segue buscando um técnico para a Seleção.
Naturalmente, Marcelo Barreto e Belle Suárez, que faziam parte da bancada, começaram a debater possíveis formas de se usar o dinheiro para melhorar o futebol brasileiro.
Um aumento de R$ 1,4 bilhão
"Ao fim de 2023, a CBF tinha R$ 1 bilhão em caixa, o que já era muita coisa. Ao fim de 2024, a CBF tinha R$ 2,4 bilhões em caixa, um aumento de R$ 1,4 bilhão. Profissionalizar arbitragem, quanto custa? Tanto faz, né, porque dinheiro a CBF tem", disse.
Conhecido pela saúde financeira, o Flamengo foi citado na conversa como uma forma de dar um parâmetro mais conhecido da fortuna acumulada pela CBF.
"Só para fazer uma comparação, para ter um parâmetro. O Flamengo, que é um dos clubes que mais tem dinheiro em caixa, porque esse não é um hábito dos clubes, terminou 2024 com R$ 92 milhões em caixa", analisou.
Na comparação entre os dois caixas, o Rubro-Negro nem se compara ao acumulado pela CBF, o que deixa claro: o problema do futebol brasileiro, ao menos neste momento, não é a falta de dinheiro para investir.
"R$ 92 milhões, o que significa que a poupança da CBF equivale a 26 Flamengos. O Flamengo tem que pagar salário de jogador, a própria atividade do futebol — com viagem, hospedagem, uma série de custos. A CBF não tem que pagar nada disso", explicou.
Capelo, então, destrinchou um pouco mais sobre o destino do dinheiro da CBF, que se divide entre seleções, a estrutura do futebol brasileiro em si e as federações de cada estado.
"A CBF tem que pagar os próprios salários e os cartolas, né? Fazer os repasses para os presidentes das federações. Além de, obviamente, sustentar a Seleção masculina, a feminina, e as de base. Tem uma série de custos ali, mas muito baixos", destacou.
Segundo o analista, o principal motivo para a explosão de caixa foi a renovação com a Nike, que prevê o tradicional pagamento anual e outros bônus.
"A CBF vinha acumulando caixa há muitos anos. Mas há uma explicação adicional nesse caso, que é a renovação com a Nike. A Nike fechou, em novembro do ano passado, uma extensão do seu contrato, que vai agora até 2038", comentou.
Mundial: Playoff entre América-MEX e LAFC por vaga no grupo do Flamengo é confirmado pela FIFA