
Clube
|
Diego Hypólito, um dos grandes atletas revelados pelos esportes olímpicos do Flamengo, comentou sua relação com o clube longa entrevista sobre a carreira. O ginasta bicampeão mundial e medalhista olímpico começou sua trajetória vitoriosa no ginásio da Gávea e revelou nutrir um sentimento de gratidão, mas ainda condena forma como foi mandado embora do clube.
“O Flamengo é o meu formador. Foi ali que me construí, me deu a oportunidade, desde criança, de ter uma aparelhagem que era a melhor na época. Foi quem acreditou na minha história. Fui mandado embora por uma pessoa específica. Então, sou laureado no Flamengo*, eu voto, eu auxilio. Eu vou às vezes no clube quando eu tenho um tempinho”, disse em entrevista ao quadro ‘Abre Aspas’, do ge.
Diego começou a treinar no Flamengo em 1994, assim como sua irmã Daniele Hypólito, e passou por períodos de altos e baixos no clube. Foi na Gávea onde ele se tornou um destaque nacional, chegou até a Seleção Brasileira e conquistou pódios internacionais. Contudo, foi mandado embora entre o fim de 2012 e início de 2013.
Uma das primeiras ações da gestão Bandeira de Mello foi fechar diversas modalidades dos esportes olímpicos como parte do plano de recuperação financeira. O contrato de muitos atletas, entre eles Diego, foi encerrado. À época, Diego deu muitas entrevistas criticando a decisão, mas mostra que não deixou afetar sua relação com o clube.
Mas a saída teve muitas consequências graves na vida de Diego. Em momento que lidava com o fato de começar a ser assumir sexualidade consigo mesmo, o atleta foi mandado embora e passou a lidar com um dos cenários mais conturbados de sua vida. Ele revelou recentemente que ficou internado em clínica psiquiátrica em 2014 para tratar depressão, enquanto conciliava com rotina de treinamentos para disputar as Olimpíadas.
“As Olimpíadas do Rio foram muito difíceis para mim, porque eu tive muitos problemas psicológicos. Fui muito negado. Eu dormia numa clínica, mas eu treinava no outro dia, então eu não ficava internado em tempo integral, mas tomando muitos medicamentos para que controlasse esses meus medos”, disse, antes de completar:
“Tive todo tipo de claustrofobia depois que eu saí do Flamengo. Eu fui mandado embora do Flamengo. Foi o clube que eu treinei por 20 anos. O ginásio pegou fogo com aparelhagens que tinham sido conseguidas pelo meu patrocinador. Eu me senti jogado fora, isso mexeu totalmente comigo. E foi a época que eu comecei a assumir a questão de sexualidade comigo mesmo, comecei a me dar a oportunidade de conhecer alguém pra namorar. Aí decido que quero ter um clube. Parei de ter o treinador que tive durante 20 anos (Renato Araújo). Fechei com o São Bernardo do Campo. Meu treinador (Fernando de Carvalho Lopes) é acusado de pedofilia. Foi uma avalanche de coisas, como se tivesse passado um tsunami. E o Diego no meio daquilo, sem saber o que fazer, fiquei muito perdido, desnorteado.”
* Laureado é o associado que tenha sido campeão individual durante cinco anos consecutivos, competindo pelo Flamengo; ou aquele que tenha sido campeão durante três anos consecutivos ou cinco alternados, desde que o Flamengo também tenha sido campeão na modalidade esportiva disputada nos mesmos anos pelo atleta.
Ginastas do Flamengo nas Olimpíadas de Paris
A geração de Diego Hypólito começou a colocar cada vez mais ginastas para representar o Brasil nas olimpíadas, principalmente homens. Em 2024, o Flamengo mandou a Paris cinco atletas que se apresentarão na ginástica artística.
Além da campeã olímpica Rebeca Andrade, o clube tem Jade Barbosa, Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira e Diogo Soares na equipe brasileira. Os Jogos Olímpicos de Paris começam no dia 26 de julho.
Ao todo, serão 65 clubes que disputarão o tão sonhado troféu da competição mata-mata; o torneio será realizado em sete fases, todas em sistema eliminatório
|
Nesta semana a CBF divulgou detalhes da edição da Copa do Brasil Feminina 2025, que contará com a participação de 65 times de todas as regiões do Brasil. O torneio tem início previsto para o dia 21 de maio e a final será realizada em 19 de novembro.
Entre os times confirmados estão as potências do futebol feminino como Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro e Ferroviária. A Copa do Brasil Feminina será realizada em sete fases, todas em sistema eliminatório (mata-mata), com decisão por pênaltis em caso de empate no tempo normal.
Fase preliminar: Juventude-SE x Paraíso-TO
1ª fase: 31 clubes da Série A3 + vencedor da fase preliminar
2ª fase: 16 classificados + 16 times da Série A2
3ª fase: 16 classificados + 16 times da Série A1
4ª fase: Oitavas de final
5ª fase: Quartas de final
6ª fase: Semifinal
7ª fase: Final
A nova edição da Copa do Brasil Feminina contará com uma fase preliminar entre Juventude-SE e Paraíso-TO. O vencedor se juntará aos 31 times da Série A3 do Brasileirão da categoria na primeira fase.
Na segunda fase, entrarão os times da Série A2. Já as equipes da elite, como o Flamengo, estreiam apenas na terceira fase da competição. Os confrontos e os mandos de campo serão definidos por sorteio.
Série A1 (1ª divisão):
3B (AM), América-MG, Bahia, Bragantino, Corinthians, Cruzeiro, Ferroviária, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Juventude, Palmeiras, Real Brasília, Sport, São Paulo.
Série A2 (2ª divisão):
Atlético-MG, Avaí/Kindermann, Ação, Botafogo, Fortaleza, Itacoatiara, Minas Brasília, Mixto-MT, Paysandu, Remo, Rio Negro-RR, Santos, São José, Taubaté, Vasco, Vitória.
Série A3 (3ª divisão):
Galvez, Guarani de Paripueira, UDA, Tarumã, RCI, Manaus, Ypiranga-AP, Atlético Alagoinhas, Doce Mel, Cresspom, Prosperidade, Vila Nova, IAPE, Itabirito, Operário-MS, Operário-MT, Tuna Luso, Mixto-PB, Ipojuca, Atlético-PI, Coritiba, Toledo, Pérolas Negras, União-RN, Rolim de Moura, São Raimundo-RR, Brasil de Farroupilha, Criciúma, Juventude-SE, Realidade Jovem, Pinda, Paraíso.
Com quatro atletas na categoria adulta, equipe rubro-negra disputa competição em Brasília entre os dias 9 e 11 de maio deste ano
|
O Flamengo estará presente no Troféu Brasil de Ginástica Artística, que acontece entre os dias 9 e 11 de maio, em Brasília. A competição, uma das principais do calendário nacional, será disputada por aparelhos e servirá como importante etapa de preparação para duas das principais promessas da equipe feminina rubro-negra: Júlia Coutinho e Gabriela Bouças.
As duas ginastas foram convocadas para representar o Brasil na próxima etapa da Copa do Mundo, e o Troféu Brasil será fundamental para ganhar ritmo e confiança antes do desafio internacional. “Vamos focar na preparação da Júlia Coutinho e da Gabriela Bouças, que foram convocadas para a Copa do Mundo. Essa competição servirá como um preparativo para elas, já que será a primeira vez que disputarão um evento internacional desse nível”, explicou Georgette Vidor, coordenadora técnica da equipe feminina de ginástica artística do Flamengo.
Além de Júlia e Gabriela, o Flamengo contará com mais duas representantes na categoria adulta: Helen e Maria Eduardo Montesino, que buscam alcançar finais por aparelhos e conquistar medalhas individuais. No entanto, o Clube não estará com força máxima na competição. “Estamos indo com apenas quatro atletas adultas. Nossas ginastas olímpicas não participarão, e a Larissa, que também é da categoria adulta, se machucou. Por isso, optamos por não levar as atletas do juvenil”, disse Georgette.
A estratégia da comissão técnica também leva em conta os objetivos da temporada. “Apesar de muitos clubes tratarem o Troféu como uma competição prioritária, para nós do Flamengo o foco principal continua sendo os Campeonatos Brasileiros por categorias. Mesmo assim, queremos defender nossos títulos por equipe e buscar vitórias individuais”, destacou.
A programação do evento será intensa: treino oficial na quinta-feira (9), classificatória na sexta (10), treino das finalistas no sábado (11) e finais no domingo (12). Gabriela Bouças irá competir nas barras assimétricas e na trave no Troféu e, dependendo do desempenho, poderá ampliar sua participação também para o solo na Copa do Mundo. Já Júlia Coutinho está confirmada no solo e busca fazer uma apresentação sólida.
“Este Troféu é uma boa oportunidade para atletas que precisam de mais experiência em competições. Vamos participar para prestigiar o evento, embora não estejamos com a força máxima. Diferente do ano passado, quando a competição foi no Rio e levamos todas as atletas, incluindo as olímpicas — Lorrane, Jade, Flávia e Rebeca. Neste ano, o contexto é diferente. Vamos mais enxutos, mas com o mesmo espírito de representar bem o Clube e apoiar nossas ginastas nesse momento de preparação”, finalizou Georgette.
Seleção Brasileira Feminina de Vôlei recebe reforços de centrais após retorno de lesão e destaque olímpico, com estreia marcada no Maracanãzinho
|
A Confederação Brasileira de Voleibol confirmou na segunda-feira (28) a convocação de duas novas atletas para integrar o grupo de treinamentos da Seleção Feminina. As centrais Julia Kudiess, do Gerdau Minas, e Diana Duarte, que atua no Türk Hava Yolları, foram selecionadas pelo técnico Zé Roberto Guimarães como parte da preparação para a Liga das Nações 2025. A estreia da equipe acontece no dia 4 de junho, no Maracanãzinho, diante da República Tcheca.
Com histórico de participações na equipe nacional, Julia Kudiess retorna após um longo período afastada por lesão. A central rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito em maio de 2024, durante um confronto contra a Sérvia na edição anterior da Liga das Nações. Após nove meses de recuperação, voltou às quadras em janeiro e teve papel relevante na campanha do Minas na Superliga, sendo uma das peças-chave até a eliminação da equipe na semifinal.
Diana, que atualmente joga na liga turca, também foi chamada para os treinamentos da Seleção. Apesar de uma temporada de poucos jogos pelo clube europeu, a central esteve presente na conquista da medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris, fator que contribuiu para a nova convocação. A experiência internacional da atleta será fundamental para fortalecer o sistema defensivo da equipe nacional.
A pré-lista anunciada pela CBV inclui nomes de diferentes clubes do Brasil e do exterior. Além das centrais convocadas, também integram o grupo as opostas Jheovanna e Tainara, a ponteira Helena e as centrais Lorena e Luzia. A líbero Laís, do Sesc Flamengo, completa a equipe até o momento. A relação final será divulgada após o encerramento da Superliga e de outras competições internacionais.
A estreia da Seleção na Liga das Nações será diante do público carioca, no Maracanãzinho, tradicional palco do voleibol brasileiro. Com atletas em fase de recuperação e outras com bagagem olímpica, a equipe buscará iniciar bem a campanha. Entre os destaques convocados estão nomes do Sesc Flamengo, que mais uma vez marca presença significativa na composição da Seleção Feminina.