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O Flamengo encontra um obstáculo no planejamento para construir seu novo estádio no Gasômetro, projeto que o clube espera inaugurar em novembro de 2029, em comemoração ao aniversário de fundação. Antes de iniciar as obras, o clube precisa resolver questões com a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio de Janeiro (Agnersa) e a Companhia Distribuidora de Gás (CEG).
A principal questão envolve a remoção das instalações da CEG, que incluem galpões, depósitos, laboratórios, um gasoduto e uma estação de regulação e medição. Esses equipamentos estão localizados no terreno destinado ao estádio, tornando necessária sua retirada antes do início das obras.
Responsabilidade pelo custeio
Um dos pontos centrais do impasse é definir quem será responsável pelos custos de transferência dessas estruturas. Segundo parecer emitido, a CEG não deve arcar com essas despesas, colocando a responsabilidade sobre o Flamengo.
"Administração Pública Municipal atribui ao vencedor do certame e futuro proprietário do imóvel a responsabilidade pelos custos relacionado à eventual desmobilização e transferência das instalações e equipamentos. Portanto, compreende-se que caberá a CEG negociar com o Clube de Regatas do Flamengo a resolução da controvérsia", aponta o documento.
A prefeitura do Rio de Janeiro confirmou que iniciou a limpeza do terreno em 4 de novembro, mas declarou que a remoção das estruturas da CEG é uma responsabilidade do clube, após a compra do espaço.
“Estão me fazendo defender o Flamengo mais do que eu gostaria: que fique claro que esse não é o custo dessa transferência e que, quando ela acontecer, será de responsabilidade da Prefeitura do Rio, que sabe que essa estrutura não pode estar em uma área que já em recebendo tantos edifícios residenciais. Está em nossos planos há tempos! O Flamengo terá seu estádio novo ali no Gasômetro com toda a qualidade e segurança que a região exige e merece. Ponto final”, disse Eduardo Paes, em setembro.
Marcus Vinícius Barbosa, procurador-geral da Agnersa, afirmou que o Flamengo precisa ter ciência das exigências para garantir a segurança e mitigar os impactos da construção no local.
“Necessário recomendar que o Clube de Regatas do Flamengo seja oficiado para que tome ciência da relevância da infraestrutura existente no local e para que seja informado que a construção de qualquer equipamento esportivo no imóvel está condicionada à definição de uma solução relacionada à transferência da referida infraestrutura, a qual deverá ser diretamente negociada com a CEG e mediada pela Agenersa e pelo Estado do Rio de Janeiro”, afirma.
Próximos passos
Com as obras ainda condicionadas à resolução desse impasse, o Flamengo terá que negociar diretamente com a CEG e a Agnersa para estabelecer um cronograma e viabilizar o início do projeto. Mesmo com o apoio da Prefeitura na limpeza do terreno, o clube precisará encontrar uma solução para custear a transferência das instalações e atender às demandas de segurança.
Esse é um passo fundamental para que o sonho de um estádio próprio no Gasômetro, planejado como um marco na história do clube, possa sair do papel e ser concluído dentro do prazo previsto.
O Diretor de Futebol do Mengão, José Boto, entre suas colocações tem sua assinatura violada no documento que é considerado falso
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No último domingo (20), após a vitória do Flamengo por 1 a 0 sobre o Fluminense, um tema inesperado tomou conta dos bastidores do clube: uma suposta proposta pelo atacante Taty Castellanos. A notícia veio à tona por meio do jornalista Thiago Asmar, do canal Pilhado, que divulgou um documento que indicaria a oferta do Flamengo pelo jogador.
Entretanto, o documento levantou dúvidas, e rapidamente o clube veio a público afirmar que se tratava de uma falsificação. O mais grave foi a presença da assinatura de José Boto, diretor de futebol do Flamengo, no papel divulgado. O dirigente nega ter assinado qualquer tipo de proposta e classifica o caso como um crime de falsidade ideológica.
Segundo o clube, José Boto está diretamente envolvido na apuração do caso e deve levar a situação à Justiça para identificar quem produziu o material falsificado. A assinatura no documento seria uma reprodução sem autorização, o que agrava ainda mais a infração. A versão do documento divulgada apresentava vários erros básicos, o que aumentou a suspeita sobre sua veracidade:
Nome incompleto de Taty Castellanos, o que não é comum em documentos oficiais.
Data de nascimento errada do atleta.
Uso do escudo antigo do Flamengo, que não é mais utilizado em correspondências formais.
Valor da suposta proposta: 20 milhões de euros, equivalente a cerca de R$ 130 milhões, sem qualquer confirmação oficial de negociações com a Lazio, clube que detém os direitos do jogador.
Logo após o fim da coletiva do técnico Filipe Luís, dirigentes confirmaram aos jornalistas que o documento era falso e que o clube não fez proposta nenhuma por Taty Castellanos no Flamengo. A postura do clube foi firme, apontando o material como fraudulento.
O jogador espanhol, de 30 anos, já atuou com Filipe Luís, na época em que o técnico do Mais Querido ainda jogava pela equipe comandada por Diego Simeone
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O Flamengo segue no mercado de transferências em busca de novos reforços. Desse modo, o Mais Querido chegou a um acordo verbal com o volante Saúl Ñínguez, do Atlético de Madrid (ESP). O atleta, de 30 anos, assinará um contrato de três anos com o Rubro-Negro.
Segundo informações do jornalista Fabrízio Romano, o Flamengo está próximo de fechar a contratação de Saúl. As conversas avançaram na madrugada, onde José Boto trabalhou intensamente durante a madrugada para convencer o jogador espanhol a vir para o Rubro-Negro.
Ainda segundo o jornalista, Saúl esteve próximo de se transferir para o Trabzonspor, da Turquia, mas as negociações acabaram não sendo concretizadas por detalhes nos ajustes finais. Assim, a desistência abriu espaço para o Flamengo avançar nas tratativas.
Saúl tem contrato com o Atlético de Madrid até junho de 2026. O volante foi uma das peças chaves da equipe comandada pelo técnico Diego Simeone. O jogador já tinha encaminhado a rescisão de vínculo com a equipe espanhola e deve chegar de graça ao Rubro-Negro. O seu valor atual no mercado é avaliado em 3 milhões de euros (R$ 19 milhões).
O meia foi revelado nas categorias de base do Atlético de Madrid e nos últimos anos passou por empréstimos: em 2021/22, ele defendeu o Chelsea, e na última temporada, vestiu a camisa do Sevilla (ESP). Em 2024/25, ele somou um gol e seis assistências em 26 partidas.
A equipe disputa títulos em múltiplas frentes e lida com lesões e desgaste físico em diversas posições durante a temporada
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O nome Otávio no Flamengo começou a circular com força nesta semana, após o meio-campista do Al-Nassr ter sido oferecido ao clube carioca. A informação veio do perfil Sou Rubro-Negro de Coração, no X (antigo Twitter), e agitou os bastidores da Gávea.
Apesar de o Flamengo estar satisfeito com o elenco atual, a janela de transferências continua aberta e a diretoria monitora oportunidades de mercado. A possível chegada de Otávio pode ser vista como uma reposição estratégica, diante da saída de jogadores importantes no meio de campo.
Aos 30 anos, o jogador brasileiro naturalizado português busca um novo desafio na carreira, após perder espaço no Al-Nassr, clube que passa por reformulação liderada por Jorge Jesus.
A negociação envolvendo Otávio no Flamengo não é simples. Além do Rubro-Negro, o Palmeiras aparece como outro interessado direto, especialmente após a perda de Richard Ríos para a Seleção Colombiana.
Além dos rivais brasileiros, Al-Ahli e Al-Qadisiyah, também da Arábia Saudita, demonstraram interesse no atleta e já iniciaram conversas. Esse cenário indica que, caso o Flamengo deseje mesmo avançar nas tratativas, terá de agir rapidamente para evitar leilão e aumentar a concorrência salarial.