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Em meio a um início difícil do time alternativo no Campeonato Carioca, testes da equipe principal na pré-temporada dos Estados Unidos e as inúmeras mudanças feitas no Ninho do Urubu, a gestão Bap também precisa lidar com uma questão central para a torcida do Flamengo: a construção do estádio. E a palavra do momento é "calma".
Essa é a postura que o novo presidente do Flamengo defende sobre o assunto, principalmente depois de um fim de 2024 dominado pelo tópico. Na ocasião, a compra do terreno do Gasômetro virou um dos argumentos para a então situação, encabeçada por Rodolfo Landim e Rodrigo Dunshee, mas a vitória de Bap na eleição deve alterar os planos.
O primeiro deles diz respeito ao próprio prazo de construção. Ainda no ano passado, em estudo de viabilidade apresentado pela gestão Landim, a previsão foi de inauguração para o dia 15 de novembro de 2029, aniversário de 134 anos do Flamengo. O projeto foi feito com a empresa de consultoria Arena Events+Venues.
Além disso, o investimento total ficou em torno de R$ 1,93 bilhão, com uma arrecadação total de R$ 1,5 bilhão com os naming rights. No entanto, Bap deixou claro logo após tomar posse: "Não existe um estudo de viabilidade financeiro-econômica até agora". Ou seja, a nova administração não acredita que o prazo — e os valores — levantados pela gestão Landim sejam viáveis. Para isso, contratou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para um novo estudo de viabilidade.
Neste momento, a previsão é de que o resultado aponte para o atraso da inauguração, segundo o ge. O objetivo de Bap é erguer o estádio sem prejudicar o desempenho esportivo do Flamengo, e adiar a conclusão das obras é uma possibilidade real para alcançar isso.
Prazo para o projeto final
É válido destacar, no entanto, que o Flamengo tem um limite de tempo para apresentar a versão final do projeto. Esse intervalo corresponde a 18 meses após a assinatura do contrato de venda, feito em agosto de 2024. Assim, o prazo ficou estabelecido em fevereiro de 2026.
A partir desta data, um novo prazo entra em cena: o Flamengo terá três anos (ou 36 meses) para iniciar efetivamente a execução do projeto. No entanto, a gestão de Luiz Eduardo Baptista tem ciência de que esses prazos são prorrogáveis e já conversa com a Prefeitura em busca de um alinhamento, informou o ge.
Naturgy
Por fim, ainda há a decisão de que a compra do terreno feita pelo Flamengo não altera a concessão da Naturgy, que usa a área para operar o fornecimento de gás na cidade. A determinação partiu da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio de Janeiro (Agenersa).
De acordo com informação da Prefeitura, no entanto, a decisão se refere a equipamentos da concessionária no local, e não ao terreno em si. Desta forma, o transporte desses equipamentos terá que ser feito para que as obras possam começar, mas sem afetar o fornecimento de gás no Rio. Ainda não está claro sobre quem vai arcar com os custos dessa operação.
O técnico da equipe paulista também pediu aos torcedores e imprensa que valorizem o futebol brasileiro, destacando ser uma liga competitiva
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Na última sexta-feira (5), o Palmeiras foi derrotado pelo Chelsea, por 2 a 1, e deu adeus ao Mundial de Clubes. Após o confronto, o técnico Abel Ferreira analisou a situação das equipes brasileiras no torneio e citou o Flamengo como um dos times preparados para disputar a competição.
Abel Ferreira sobre as equipes brasileiras: "Vejam como o futebol brasileiro é competitivo".
Ele continuou: "Vocês não vão dizer que são Flamengo e Palmeiras que vão disputar? E o Fluminense? Não vale nada? O futebol brasileiro é um dos mais competitivos do mundo. É por isso que essas equipes estão preparadas para competir com qualquer uma", frisou Abel Ferreira.
Assim, de brasileiro competindo ainda no Mundial de Clubes resta apenas o Fluminense. Isso porque, os primeiros a caírem foram Botafogo e Flamengo. Logo depois, a equipe tricolor derrotou o Al-Hilal nas quartas e avançou para a semifinal, onde enfrenta o Chelsea (ING), que bateu o Palmeiras, nesta segunda-feira (7).
Assim, enquanto o Fluminense se prepara para encarar mais uma partida no Mundial de Clubes, o Flamengo segue focado no próximo compromisso da temporada. O elenco rubro-negro se reapresentou no CT Ninho do Urubu neste último sábado (5) e iniciou a preparação para o confronto contra o São Paulo, pelo Brasileirão.
O ex-jogador do Mais Querido está nos Estados Unidos para acompanhar in loco o torneio e observar o desempenho do Fluminense
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O Flamengo foi derrotado pelo Bayern de Munique e deu adeus ao Mundial de Clubes. A intensidade da equipe alemã impressionou aos jogadores e torcedores do Mais Querido. Assim, na visão do ex-zagueiro Juan, esse 'intercâmbio" de culturas no futebol pode ser um ganho para todos os brasileiros participantes do torneio.
Juan fala sobre o Mundial: "Acompanhamos todos os jogos da primeira fase pela televisão e agora ao vivo, in loco".
Ele continuou: "É importante observar mais de perto os jogadores, o confronto das culturas, até para ver tudo que tem sido feito nos grandes clubes que estão participando da Copa”, disse Juan, ao site da CBF.
Quem também falou sobre a participação dos brasileiros no Mundial de Clubes foi o outro ex-Flamengo, Rodrigo Caetano. O agora dirigente da CBF valorizou as campanhas de Flamengo, Fluminense, Palmeiras e Botafogo e destacou estar de olho nos atletas, visando a Copa do Mundo de 2026.
“É motivo de orgulho para nós as grandes campanhas que os clubes brasileiros fizeram, o que comprova que temos não apenas grandes talentos dentro de campo, mas também trabalho, bons profissionais e boas estruturas, que puderam competir com os gigantes europeus, principalmente”, iniciou Caetano.
“Além das observações com os atletas brasileiros, é cada vez mais uma aproximação e um intercâmbio com a Fifa, já visando a Copa do Mundo do ano que vem, entendendo a competição nos Estados Unidos”, destacou.
Assim, de brasileiro competindo ainda no Mundial de Clubes resta apenas o Fluminense. Isso porque, os primeiros a caírem foram Botafogo e Flamengo. Logo depois, a equipe tricolor derrotou o Palmeiras nas quartas de final e avançou às semis do torneio, onde encara o Chelsea (ING), nesta segunda-feira (7).
Mesmo após sondagem do Flamengo, atacante enfrenta rejeição pública na Arábia Saudita e vive clima tenso com a torcida do clube árabe
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Malcom, destaque brasileiro no futebol saudita, vive seu momento mais conturbado desde que chegou ao Al-Hilal. A eliminação do clube diante do Fluminense na Copa do Mundo de Clubes desencadeou uma série de protestos de torcedores, que apontam o atacante como um dos principais culpados pelo fracasso.
O episódio que elevou a tensão aconteceu na saída do gramado, quando Malcom discutiu com torcedores nas arquibancadas. A atitude do camisa 77 não foi bem recebida pela torcida local, que rapidamente passou a usar as redes sociais para pedir sua saída do clube. As críticas a Malcom ultrapassaram o tom aceitável. Nas redes sociais, houve manifestações que, segundo denúncias locais, chegaram ao ponto de ataques racistas contra o jogador.
A repercussão negativa dentro e fora da Arábia Saudita expôs a gravidade do episódio. Entre os comentários mais recorrentes, estão frases como: "Não quero mais vê-lo no time" e "Se tornou um fardo". Mesmo tendo tido bom desempenho técnico em sua primeira temporada, parte da torcida considera que Malcom não contribui mais ao elenco.
A crise vivida por Malcom no Al-Hilal não passou despercebida pelo Flamengo. Em meados de junho, o clube rubro-negro fez uma sondagem sobre a situação do atacante. O nome era visto com bons olhos por parte da diretoria, mas o cenário econômico rapidamente impôs limites. De acordo com o jornalista Jorge Nicola, Malcom recebe aproximadamente R$ 8 milhões por mês.
O valor é considerado impagável pelo Flamengo e por qualquer clube do futebol brasileiro no atual momento do mercado. Diante da discrepância financeira, o Flamengo recuou. A sondagem foi apenas inicial e serviu para mapear o cenário, mas não houve proposta formal. Mesmo com a crise no Al-Hilal, a direção entende que não há margem para avançar.
Outro ponto que trava uma possível saída de Malcom do Al-Hilal é seu contrato. O jogador tem vínculo longo e com garantias robustas. Para deixar o clube, mesmo diante de pressão, teria que abrir mão de parte significativa de seus rendimentos.