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O ataque de Bruno Henrique à profundidade e o passe na medida para Arrascaeta marcar foram fundamentais na vitória por 1 a 0 do Flamengo sobre o Bahia, que classificou os cariocas à semifinal da Copa do Brasil. Mas é impossível falar do lance e do triunfo sem passar por Léo Ortiz, o autor intelectual da jogada e grande destaque do jogo.
- Na verdade, eu vim procurando o Arrasca durante todo o jogo, em todo momento ali entre linhas. Eu sei que ele gosta de jogar muito naquela função ali, a gente sabe o quanto ele complica os adversários naquela posição de campo. Eu tentei buscar, logo ela rebateu, e a gente sabe que agora a gente está com um outro homem de frente ali, com uma outra característica, disse Ortiz, que continuou...
- O Pedro já é um jogador mais de retenção, de segurar a bola, e o Bruno a gente sabe que é um cara que busca atacar sempre o espaço. Logo que ela rebateu, eu já dei o passe para frente, buscando a profundidade. Lógico que tem que valorizar também o movimento do Bruno, que vinha buscando isso no jogo inteiro. Às vezes não dá para pensar muito, mas é mais buscar na ideia sobre o que o atacante gosta de fazer - explicou o camisa 3.
Estudo e repetição fundamentais na adaptação
Léo Ortiz não esconde de ninguém que prefere atuar na posição de origem, a de zagueiro. Já falou isso em entrevistas, mas definitivamente nunca se negou a atuar como volante. Maior prova disso é que dentro dos últimos 12 jogos do Flamengo, o camisa 3 atuou em 11, nove deles como meio-campista. Nesse recorte, até começou como zagueiro diante do Bragantino, porém no decorrer da partida acabou sendo adiantado. Ou seja, a palavra "improviso" não cabe mais quando o assunto é atuar fora da zaga.
- Não dá para chamar muito de improviso, venho fazendo essa função muitas vezes. Não tenho certeza dos dados, mas acredito que eu tenha mais jogado como volante do que como zagueiro desde quando cheguei. Acho que já estou me acostumando com a função. Lógico que mantenho minha função de origem, que é zagueiro, mas hoje estou mais adaptado ali, achando mais espaços e conseguindo desenvolver o meu jogo da forma que eu gosto e da forma que o time precisa também.
Apesar da preferência pela zaga, o "frila" na "volância", como ele próprio se refere à função que vem executando, é a certeza de mais oportunidades no decorrer dos jogos.
- Me apresenta mais oportunidades, né? Acho que a gente tem uma disputa muito boa ali na zaga, na "volância" também, óbvio. Mas surgiu essa oportunidade principalmente na Copa América. Acredito que eu venho aprimorando e crescendo ainda em relação a isso. Acho que a cada jogo, cada treino e cada momento que eu tenho de refletir sobre o que eu fiz dentro do jogo e nos jogos passados. O que eu acertei e o que eu errei para adaptar e crescer o meu jogo, porque, apesar de eu ter feito essa função na base, ainda estou me reinventando e voltando a alguns comportamentos que eu tinha lá como volante. Me adaptando de novo ao que vem sendo pedido pelo professor Tite. E acredito que tenho tudo para crescer ainda mais.
Jovem de 20 anos marca mais uma vez e vira ponto positivo em atuação apagada do time, que parou nas traves e foi chamado de “lento e sem criatividade”
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O Flamengo empatou por 1 a 1 com o Los Angeles FC, na noite desta quarta-feira (28), em amistoso preparatório para a disputa da Copa do Mundo de Clubes. A atuação do time rubro-negro, porém, não agradou. Durante a transmissão, o narrador Galvão Bueno foi direto: apesar do esforço, o time foi travado pela própria lentidão e falta de criatividade.
Galvão sobre Wallace Yan em seu programa: "Garoto bom de bola”
Se o desempenho coletivo decepcionou, individualmente Wallace Yan voltou a se destacar. Com apenas 19 minutos em campo, o camisa 42 marcou o gol de empate e mostrou mais uma vez que pode ser decisivo, mesmo entrando na reta final dos jogos. “Foi buscar o empate com mais um gol de Wallace Yan, garoto bom de bola”, comentou Galvão, reconhecendo o talento do jovem, que novamente foi fundamental para evitar uma derrota rubro-negra.
Segundo dados do Sofascore, Wallace teve aproveitamento de 89% nos passes, venceu três duelos, acertou um cruzamento e cometeu duas faltas. Mesmo com pouco tempo em campo, o meia demonstrou eficiência e objetividade nas ações. O gol marcado mostra mais uma vez que Wallace Yan não se esconde. A presença ofensiva, a leitura de espaço e a frieza na finalização reforçam o argumento de que o jovem merece mais minutos com a camisa rubro-negra.
Wallace tem contrato com o Flamengo até dezembro de 2027. A multa rescisória para clubes do exterior está fixada em R$ 33 milhões. Mesmo sendo reserva, o meia já desperta atenção e pode se valorizar ainda mais caso mantenha o nível nas próximas partidas. O contraste entre o desempenho de Wallace e o do restante do time foi visível. Enquanto o jovem entrou com intensidade e movimentação, o time mostrou lentidão na transição e pouca variação ofensiva.
Capitão da equipe elogia postura do elenco e alerta sobre intensidade exigida diante da equipe alemã, pelas oitavas do torneio internacional em Miami
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Na terceira e última rodada da fase de grupos, o técnico Filipe Luís optou por escalar um time alternativo, promovendo mudanças na formação inicial. Mesmo criando boas oportunidades, o Flamengo encontrou dificuldades para balançar as redes e saiu atrás no placar em Orlando. Foi o jovem Wallace Yan quem garantiu o empate e manteve a equipe invicta na competição.
Após a partida, Danilo, um dos líderes do elenco e peça fundamental no meio-campo, valorizou a reação da equipe e aproveitou para projetar o próximo compromisso contra o Bayern de Munique. Ele destacou a exigência tática do treinador adversário, com quem já atuou no Manchester City.
"Uma equipe acostumada a vencer, acostumada aos grandes duelos. Encarei eles algumas vezes na vida, sei bem que tipo de jogo nos espera. Um treinador que joguei com ele no Manchester City, foi meu capitão, e é um cara que cobra empenho e intensidade dos seus jogadores", disse antes de completar.
"Era assim quando ele era capitão do Manchester City e é assim como treinador. Cuida de cada detalhe. Para a gente passar a eliminatória, a gente vai precisar estar no nosso melhor dia, jogando com sinergia, mas, como demonstramos, a gente tem capacidade de passar — avaliou Danilo.
Com duas vitórias e um empate, o Flamengo fechou a fase de grupos na liderança do Grupo D. O bom desempenho garantiu classificação direta às oitavas de final, onde medirá forças com o Bayern de Munique, segundo colocado do Grupo C.
Treinador segue livre no mercado e é o favorito para assumir o comando do Al-Nassr, do craque português, após a saída de Stefano Pioli
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Livre desde sua saída do Al-Hilal em maio, Jorge Jesus, ex-Flamengo, pode ter encontrado um novo cargo ainda na Arábia Saudita. Mencionado anteriormente como possível técnico da seleção brasileira antes da escolha por Carlo Ancelotti, o treinador português agora é alvo do Al-Nassr, de Cristiano Ronaldo.
Segundo o jornalista Santi Aouna, o Al-Nassr está negociando com o técnico de 70 anos nas últimas horas. Vale lembrar que Stefano Pioli anunciou a saída do clube saudita e deve assumir o comando da Fiorentina. Por isso, o clube de Cristiano Ronaldo decidiu apostar no experiente ex-técnico do Flamengo.
Cristiano Ronaldo sobre Stefano Pioli: "Obrigado por tudo"
Em publicação nas redes sociais, o Al-Nassr agradeceu ao treinador pelo período à frente do time: “O Al-Nassr informa que Stefano Pioli e sua comissão técnica não fazem mais parte do time principal. Agradecemos pelo trabalho dedicado durante a última temporada.”
Cristiano Ronaldo, principal estrela da equipe saudita, reagiu à notícia com uma mensagem breve, mas respeitosa ao ex-comandante: “Obrigado por tudo!”, escreveu o camisa 7 em seus stories no Instagram. A saída de Pioli marca mais uma mudança importante na estrutura do clube saudita, que encerrou a temporada sem títulos e busca uma reformulação para o próximo ciclo.
A torcida do Flamengo ainda lembra com muito carinho de Jorge Jesus devido a histórica campanha de 2019 quando, sob seu comando, o clube foi campeão da Libertadores e do Brasileirão com recorde de pontos na competição. JJ ainda venceu o Carioca, a Supercopa do Brasil e a Recopa, deixando o rubro-negro com mais títulos (cinco) do que derrotas (quatro).