O clube tem problema difícil de ser lidado
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0O Flamengo está novamente no centro das atenções, desta vez não apenas pelos seus resultados dentro de campo, mas por questões extracampo que podem gerar consequências financeiras e esportivas. A Conmebol apresentou denúncias contra o clube devido ao comportamento de sua torcida e uma infração cometida pelo técnico Tite, em uma situação que pode parecer trivial, mas que envolve aspectos comerciais importantes para o futebol profissional.
A primeira denúncia diz respeito ao comportamento da torcida rubro-negra no jogo contra o Peñarol, válido pela Libertadores. Durante a partida, sinalizadores e bombas foram acesos e lançados no Setor Norte do Maracanã, setor tradicionalmente ocupado pela torcida organizada do Flamengo. Este tipo de comportamento é proibido pelas normas da Conmebol, e o clube pode ser responsabilizado por não ter controlado adequadamente os atos de sua torcida.
Outro ponto que chamou a atenção da Conmebol foi uma falha do técnico Tite durante a coletiva de imprensa pós-jogo. De acordo com as regras impostas pela entidade, todos os membros das equipes, especialmente técnicos e jogadores, devem respeitar os acordos comerciais firmados pela Conmebol com patrocinadores. Durante a entrevista, Tite foi visto segurando uma garrafa que não pertencia à marca oficial patrocinadora da competição. Essa ação foi rapidamente denunciada à entidade, que registrou a infração.
Embora pareça algo de menor importância à primeira vista, essa questão pode gerar complicações financeiras para o clube. O futebol, especialmente em competições de grande visibilidade como a Libertadores, depende fortemente de acordos comerciais com marcas e patrocinadores. Qualquer atitude que possa prejudicar a imagem dessas empresas, ainda que acidental, pode resultar em punições financeiras significativas para o clube.
A infração cometida por Tite, embora tenha sido provavelmente um descuido, evidencia a necessidade de maior cuidado por parte do Flamengo em relação ao cumprimento dos protocolos estabelecidos pela Conmebol. O clube, que tem até o dia 27 deste mês para apresentar sua defesa, precisará argumentar que a situação foi acidental e que medidas estão sendo tomadas para evitar novos problemas.
Tite não conseguiu fazer com que a equipe demonstre um futebol do mesmo nível da expectativa criada sobre seu trabalho
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0A fase do Flamengo em 2024 está longe de ser a ideal, mas, de acordo com o jornalista Rodrigo Mattos, há motivos que vão além do trabalho de Tite para explicar o desempenho abaixo do esperado. Em sua coluna no UOL, o repórter destacou alguns fatores que estão prejudicando o clube e impedindo que atinja todo o seu potencial na temporada.
Embora Tite tenha sua parcela de responsabilidade, Mattos argumenta que os problemas são mais amplos e não podem ser atribuídos apenas ao treinador. Um dos principais fatores mencionados é o calendário apertado do futebol brasileiro, que afeta todos os clubes. “A partir da Copa América, sem titulares, Tite passou a se dedicar mais a apagar incêndios do que a montar um time”, afirmou o jornalista.
Além disso, os campos ruins em diversos estádios e a baixa qualidade das arbitragens também contribuem para nivelar o jogo por baixo. “Os gramados são ruins e impedem o jogo rápido ou são artificiais, o que muda o ritmo do jogo. Depois, há as arbitragens brasileira e sul-americana que travam o jogo com faltas em excesso, são permissivas com cera e violência”, escreveu Rodrigo Mattos.
Lesões prejudicaram o Flamengo em 2024
Outro ponto importante levantado por Rodrigo Mattos são as lesões, que atingiram o Flamengo de forma significativa em 2024. O atacante Pedro, um dos principais jogadores da equipe, está fora da temporada após uma grave lesão, e outros nomes como Viña e Cebolinha também não voltarão antes de 2025. Michael, que chegou para reforçar o time no segundo semestre, e Luiz Araújo também sofreram lesões em momentos cruciais, comprometendo o desempenho da equipe.
“Tite tem lá sua responsabilidade no BO, mas a temporada lhe tirou cinco dos seus principais jogadores do time. Dois outros, Arrascaeta e De La Cruz, jogam em nível físico bem abaixo do seu real. Não dá nem para imaginar o que seria o time em plena força”.
Rodrigo Mattos conclui sua análise pedindo uma avaliação mais ampla do cenário e critica os pedidos de demissão do treinador, ressaltando que os problemas enfrentados pelo Flamengo vão além de Tite e envolvem uma série de fatores que precisam ser considerados.
“Deveria, sim, haver uma discussão sobre esse cenário impostos a todos os times e como ele empobrece o futebol nacional. Mas é mais fácil pedir a demissão do técnico de plantão”, finaliza.
O clube tem tentado se manter vivo nas três competições
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0Treinar o Flamengo é o sonho de muitos jogadores e, fora das quatro linhas, o mesmo desejo existe entre os técnicos de futebol. Entre esses treinadores, um nome de destaque é o de Geninho, campeão brasileiro com o Athletico-PR em 2001. Em recente entrevista no programa ‘Mesa Redonda’, da TV Gazeta, o técnico revelou que, se tivesse a oportunidade de comandar o Flamengo, sua carreira estaria completa.
Mesmo com seu extenso currículo e passagens por grandes clubes do futebol brasileiro, como Corinthians, Botafogo, Vasco, Santos e Atlético-MG, Geninho nunca teve a chance de treinar o Flamengo. Ainda assim, o treinador guarda com carinho a lembrança de ter trabalhado com um dos maiores ídolos da torcida rubro-negra: Dejan Petkovic. O sérvio, que é uma figura importante na história do clube, foi comandado por Geninho em três momentos diferentes: Vitória (1998), Vasco (2004) e Atlético-MG (2008).
Além de suas conquistas no Athletico-PR e no Corinthians, Geninho acumulou diversos títulos estaduais por clubes do Nordeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil. Apesar disso, o Flamengo segue como um “desejo não realizado” na carreira do veterano técnico, que está sem clube desde 2022, quando deixou o Vitória.
Enquanto Geninho reflete sobre sua trajetória e o sonho de treinar o Flamengo, o clube vive uma nova era sob o comando de Tite, técnico consagrado por seus trabalhos na Seleção Brasileira e em grandes clubes como Corinthians, onde conquistou títulos de expressão como a Libertadores e o Mundial de Clubes. Tite assumiu o Flamengo em um momento decisivo da temporada, com o clube ainda disputando o Campeonato Brasileiro e competições internacionais.
Atualmente, o Flamengo está dividido entre duas frentes. Neste domingo (22), os reservas rubro-negros, comandados pelo auxiliar técnico Matheus Bachi, enfrentam o Grêmio, em Porto Alegre, pela 27ª rodada do Brasileirão. Tite, por sua vez, se encontra focado nos preparativos para o confronto contra o Peñarol (URU), que acontece na quinta-feira (26), pela Sul-Americana. Essa divisão de atenções reflete o alto nível de exigência e a necessidade de um planejamento estratégico cuidadoso para dar conta de todas as competições.
O Mais Querido perdeu para o Peñarol na última quinta (19)
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0O Flamengo foi derrotado pelo Peñarol na última quinta-feira (19), por 1 a 0. No entanto, o lance do tento dos uruguaios gerou polêmica, pois Erick Pulgar chutou a bola na própria mão ao tentar afastá-la. Desse modo, a Conmebol divulgou o áudio da análise do VAR.
Aos cinco minutos do segundo tempo, em um cruzamento do Peñarol na área do Mais Querido, um jogador da equipe uruguaia desvia a bola para o meio da pequena área e Pulgar, ao tentar afastar de costas, a chuta em seu próprio braço. O lance gerou muita reclamação por parte dos jogadores do adversário, mas o juiz não checou no VAR.
Assim, nesta última sexta-feira (20), a Conmebol divulgou a análise do lance, e o áudio oficial da cabine do VAR, em comunicação com o árbitro de campo, Jésus Valenzuela, na hora do lance.
ÁUDIO DO VAR“No minuto 50, um defensor de vermelho e preto acaba jogando involuntariamente a bola no seu braço, que se encontrava ali em consequência de seu movimento, justificável, pela ação que realiza. Isso não se configura como infração por mão, pois o jogador joga a bola contra seu próprio braço de forma indeliberada”, explicou a análise do lance.
“O arbitro observou a ação, e veja que o jogo continua. O VAR fez sua revisão protocolar, analisou com seus devidos ângulos, velocidades e considerações corretas quanto a ação. E confirma a decisão original de campo”, completou.
Já na cabine do VAR, a decisão foi tomada de forma rápida e a análise do lance feita de forma veloz.
“Checagem completa, pega na mão, mas vem do seu próprio pé, de dentro para fora”, apontou o VAR numero um, Juan Soto.
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