
Futebol
|
Nesta segunda-feira (09), o Flamengo apresentará o atacante Gonzalo Plata, o último dos quatro reforços contratados na janela de transferências do segundo semestre. Plata é apenas o quarto jogador equatoriano a vestir a camisa rubro-negra desde a fundação do clube em 1912. A informação é do portal ‘GE’
Embora o Flamengo tenha grandes ídolos oriundos de países como Argentina, Uruguai e Paraguai, e importantes nomes vindos de Chile, Peru e Bolívia, os equatorianos que passaram pelo clube tiveram trajetórias breves e pouco marcantes.
Frickson Erazo
O último equatoriano a defender o Flamengo foi o zagueiro Frickson Erazo, que chegou ao clube com grande expectativa, mas não conseguiu corresponder. Apelidado de "El Elegante" por sua técnica e estilo de jogo limpo, Erazo, então com 25 anos, veio do Barcelona de Guayaquil e da seleção do Equador. No entanto, sua estreia, em 2 de fevereiro de 2014, foi desastrosa. Durante a vitória por 5 a 2 contra o Macaé, ele foi expulso, deixando uma má primeira impressão.
No clássico seguinte, contra o Fluminense, em 8 de fevereiro, Erazo não foi expulso, mas teve participação negativa nos três gols que culminaram na derrota por 3 a 0. Sua passagem pelo Flamengo chegou ao fim de forma melancólica na final do Campeonato Carioca de 2014, quando cometeu um pênalti aos oito minutos de jogo, permitindo que o Vasco abrisse o placar. Apesar de o Flamengo ter conquistado o título com o empate no fim, a atuação de Erazo consolidou sua saída do clube, totalizando apenas sete partidas disputadas.
Wagner “La Bala” Rivera e Félix Guerrero
Antes de Erazo, outros dois equatorianos tiveram passagens rápidas pelo Flamengo. Em 1996, o clube contratou Wagner Rivera, lateral-direito de 23 anos, após uma boa campanha na Copa Libertadores pelo Espoli. Conhecido como "La Bala" Rivera, o jogador disputou apenas 15 partidas pelo Flamengo e teve um desempenho decepcionante.
Ainda mais curta foi a trajetória de Félix Guerrero, que atuou em apenas uma partida pelo clube. Em 1966, durante uma excursão ao Equador, Guerrero jogou o segundo tempo de um amistoso contra o Emelec, pelo Torneio Internacional de Guayaquil. Ele estava emprestado por uma equipe local.
Somando as participações de Erazo, Rivera e Guerrero, o Flamengo tem menos de 30 jogos com equatorianos em campo.
Agora, Gonzalo Plata chega com a missão de mudar essa história. Embora ainda não possa jogar contra o Bahia na próxima quinta-feira, pela Copa do Brasil, o atacante deve estar apto a estrear no dia 15 de setembro, contra o Vasco, e tentará deixar uma impressão diferente da de seus compatriotas que passaram pelo clube há quase uma década.
Confronto na altitude equatoriana promete equilíbrio, com pressão do lado da LDU após início irregular na temporada 2025, o Mais Querido enfrenta
|
O setor defensivo tem sido o ponto de equilíbrio da LDU. Segundo a jornalista Karol Chamorro, do site Ecuagol, a presença do zagueiro Ricardo Adé é crucial para a consistência do sistema defensivo, enquanto no ataque o destaque fica por conta de Alex Arce, responsável por boa parte dos gols da equipe. “A defesa, quando tem o Adé, é sólida. E na frente, Arce é quem resolve”, destacou.
Outro nome citado por Karol é o do goleiro Gonzalo Valle, que vem sendo titular na Libertadores, enquanto Domínguez atua apenas nos torneios locais. Para a partida contra o Mengão, a expectativa é que Valle esteja entre os onze. “Ele se destacou nas duas primeiras rodadas da competição. É seguro, passa confiança e tem feito boas partidas”, comentou a repórter.
Com essa base formada por Adé, Arce e Valle, a equipe busca manter o equilíbrio em um grupo que ficou ainda mais embolado após a surpreendente derrota do time brasileiro para o Central Córdoba na rodada anterior. O tropeço colocou pressão extra no Mais Querido, que precisa somar pontos fora de casa para não se complicar.
Apesar de ter mantido bons níveis nos últimos anos, conquistando o bicampeonato nacional, a LDU vive um momento de transição em 2025. O time perdeu peças importantes, como o meio-campista Ezequiel Piovi, que exercia papel de liderança e organização tática. “Sem Piovi, o meio-campo ficou sem um cérebro. Ele distribuía o jogo e pensava à frente. Isso ainda não foi substituído”, relatou Karol.
Apesar do foco no Campeonato Brasileiro, dirigente português destaca que clube está comprometido em buscar todos os títulos de 2025
|
Mesmo com o Campeonato Brasileiro sendo tratado como a principal competição do ano, o Flamengo mantém os olhos atentos em todos os torneios que disputa em 2025. O diretor-técnico José Boto afirmou que o clube está empenhado em lutar por cada taça da temporada. Segundo ele, a estratégia rubro-negra não será influenciada por resultados isolados, sejam eles positivos ou negativos.
Depois da vitória por 6 a 0 sobre o Juventude, Boto reforçou que não haverá espaço para empolgação exagerada no elenco do Mais Querido. Para ele, o Brasileirão exige consistência e foco, independentemente do placar anterior. "Não nos iludimos com o último resultado", declarou o dirigente em entrevista à “Flamengo TV”, destacando a complexidade da competição.
O português também comentou a atuação abaixo do esperado contra o Córdoba, da Argentina, em partida válida por competição internacional. Na ocasião, o Rubro-Negro sofreu dois gols ainda no primeiro tempo e não conseguiu reverter a situação, apesar de um gol de De La Cruz na etapa final. Para Boto, o resultado não reflete o verdadeiro potencial do time.
EQUIPE DE FILIPE LUÍS SEGUE EM BUSCA DE REGULARIDADE
Mesmo diante de tropeços, o planejamento segue inalterado. Boto reiterou que o elenco está ciente do caminho que precisa seguir e que o trabalho continuará sendo feito com seriedade. "Não vai ser fácil, mas estaremos empenhados", afirmou o diretor, destacando a união interna e o comprometimento em alcançar os objetivos estabelecidos no início do ano.
RUBRO-NEGRO BUSCA CONQUISTAS EM TODAS AS FRENTES
Além do Estadual já conquistado, o Flamengo ainda está vivo no Brasileirão, Libertadores, Copa do Brasil e Mundial de Clubes. A fala de Boto contrasta com o discurso de priorização exclusiva do campeonato nacional, indicando que o planejamento contempla todas as frentes de disputa.
Atacante do Mais Querido fala sobre pressão dentro de campo e técnico destaca esforço e importância tática do jogador para o elenco
|
Titular no empate sem gols diante do Vasco, no Maracanã, Michael virou centro das atenções após o clássico. O técnico Filipe Luís, durante entrevista, saiu em defesa do camisa 30, que foi alvo de questionamentos por parte da torcida. O comandante destacou o empenho do jogador e relembrou lances que demonstraram sua utilidade ofensiva. “Ele bota o corpo dele à disposição da equipe”, afirmou Filipe.
Na saída do gramado, Michael falou sobre a dificuldade de atuar sob pressão e avaliou a performance do grupo. “Lá dentro é mais difícil”, declarou o atacante ao comentar as cobranças externas. Para ele, o time teve atitude, pressionou o adversário e criou boas chances, mesmo que o gol não tenha saído. O jogador ainda ressaltou a entrega dos companheiros durante os 90 minutos.
Apesar do resultado frustrante, Michael protagonizou momentos importantes no setor ofensivo do Flamengo. No primeiro tempo, ele deu assistência que deixou Gerson em posição clara de gol, mas o meio-campista finalizou por cima. Filipe Luís destacou essas ações como sinais da evolução do atleta, além de elogiar sua dedicação aos treinamentos, com foco em melhorar fundamentos técnicos.
O Michael faz isso mais do que ninguém..."
— O que a torcida pede e o que Zico fala é que tem que ter raça. Se não dá na bola, dá na raça. O Michael faz isso mais do que ninguém. Ele bota o corpo dele à disposição da equipe, corre por todo mundo. O refino com a bola vão ter dias melhores. Hoje, onde a gente mais criou perigo, mas ele fez passe para o Gerson, para o Arrascaeta. Acredito que o lateral do Vasco sofreu bastante pra defender ele — iniciou Filipe Luís.
— Ok, faltou o último passe. Dá para evoluir em alguma coisa. Como evoluir isso, no meio da temporada? Estamos em constante evolução. No jogo de hoje eu aprendi coisas. A gente evolui todos os dias. O Michael gosta de ficar depois do treino finalizando. Isso vai ser até o último dia de carreira dele. O único caminho que temos é erro e correção — concluiu o comandante.
Em meio às críticas, o atacante do Flamengo foi reconhecido pela atitude e disposição em campo, características exigidas por ídolos e torcida. A expectativa é de que o jogador siga evoluindo, contribuindo de forma decisiva na caminhada do clube pelos objetivos da temporada.