Futebol
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0A aquisição do terreno no Gasômetro, no Rio de Janeiro, aumentou a expectativa dos torcedores por um estádio próprio para o Flamengo. No entanto, os desafios começaram a aparecer. Recentemente, a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico (AGENERSA) determinou que parte da área pertence à Naturgy, antiga Companhia Estadual de Gás (CEG).
Ricardo Lomba, candidato à presidência do Conselho Deliberativo do Flamengo, destacou possíveis complicações em entrevista aos jornalistas Bruno Marques, Luiz Antônio e Matheus Leal. O pleito para a presidência do conselho acontece nesta segunda-feira (16). Lomba concorre pela Chapa 1, enquanto Álvaro Ferreira disputa pela Chapa 2.
"A compra do terreno pode ser analisada por duas óticas. Primeiro, a do torcedor apaixonado. É espetacular. Era tudo que a gente queria. Como vai votar contra isso? Mas o dirigente tem que ter um pouco mais de cuidado na análise", começou Lomba.
"Houve uma precipitação. Havia um momento político do governo do Estado do Rio e uma campanha para presidente do Flamengo. Essas duas coisas se uniram. Aí, aprova de qualquer maneira, porque isso é voto certo. Mas você atropela uma série de questões que foram ignoradas", analisou.
"A gente não sabe o que tem pela frente"
Ex-vice-presidente do Conselho Deliberativo e de Futebol na gestão Eduardo Bandeira de Mello, Lomba ressaltou que a compra do terreno foi uma conquista significativa para os torcedores, mas criticou a falta de planejamento mais aprofundado. Entre os desafios mencionados, o candidato destacou a necessidade de descontaminação da área, para a qual ainda não há um plano estruturado.
"A gente não sabe o que tem pela frente. É claro que a gente quer o estádio, o terreno, mas o que estamos comprando? O que precisa fazer para construir? Essa história de descontaminação: o que é isso? Como é o projeto? É uma série de detalhes que a gente não sabe", admitiu.
"Aprovamos na empolgação"
Segundo Lomba, a decisão dos conselheiros pela compra foi tomada em meio à euforia, mas ele ponderou que a empolgação não diminui o valor estratégico do terreno e reforçou que, apesar dos seus questionamentos sobre o estádio, não se trata de uma crítica a gestão do presidente Rodolfo Landim.
"Não estou julgando a gestão que se encerra no dia 31. Não sei o que eles sabem. Mas nós, conselheiros, ninguém sabe nada. Sem medo de errar: aprovamos na empolgação. Tecnicamente, não havia subsídios suficientes para saber se era bom ou ruim. Acho que valia o risco. Porém, vamos ver o tamanho do risco a partir do dia 2 de janeiro", finalizou.
Com o fim da gestão de Landim em dezembro, caberá à nova diretoria do Flamengo comandada por Bap, que assume em janeiro de 2025, decidir os próximos passos relacionados ao terreno e ao tão sonhado estádio rubro-negro.
Fábio Coelho deve assumir pasta durante o mandato do novo presidente do Mengão e quer usar tecnologia para melhorar scouting e experiência do torcedor
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0A eleição de Luiz Eduardo Baptista (Bap) para a presidência do Flamengo no triênio 2025-2027 trouxe expectativas animadoras entre os rubro-negros, especialmente pela provável chegada de José Boto como diretor de futebol. No entanto, outra grande mudança prevista para a nova gestão está no setor de tecnologia, com a nomeação de Fábio Coelho, CEO do Google Brasil, como futuro vice-presidente de tecnologia do clube.
As ideias inovadoras de Fábio já começaram a circular nas redes sociais e foram compiladas pelo jornalista Fred Soares. A transição de gestão começa oficialmente no dia 18 de dezembro, com a posse de Bap, e promete unir tecnologia e estratégia para alavancar o Flamengo dentro e fora de campo.
"A tecnologia tem um papel fundamental nisso. Melhorar a experiência dos sócios, gerar mais dinheiro com a questão de transmissão de direitos e maximizar o uso de redes sociais. Hoje em dia, as pessoas não querem só ver o jogo. Elas querem ver o antes e depois, consumir esse tipo de conteúdo, que tem a ver com paixão", explicou Fábio.
Tecnologia a serviço do futebol
Entre as principais funções de Fábio Coelho estará o uso da tecnologia para integrar diferentes áreas do clube, gerando vantagens competitivas para o Flamengo como instituição e marca, a médio e longo prazo.
Um dos pilares de sua atuação será o impacto da tecnologia no scout de jogadores e no aprimoramento dos processos internos. A ideia é utilizar ferramentas avançadas para entender não apenas o desempenho físico dos atletas, mas também o momento ideal para realizar contratações ou negociações, aumentando a eficiência no mercado.
"A tecnologia precisa ser usada para várias outras coisas que vão aumentar a assertividade dos processos. Um scout mais profissional, contratação de jogadores no 'timing' correto, fisiologia, temos várias frentes em que podemos trabalhar. É claro, respeitando o que foi feito, mas aproveitando a oportunidade de trazer a tecnologia para dentro do clube e seguir nessa jornada de melhoramento", explicou.
Expansão da marca e base de dados para torcedores
Outro ponto destacado por Fábio Coelho é a criação de uma base de dados para mapear o comportamento de consumo dos torcedores, especialmente aqueles que vivem fora do Rio de Janeiro. Essa estratégia permitirá ao clube personalizar ofertas e aprimorar programas como o sócio-torcedor. Como exemplo, o dirigente citou o aplicativo do Eintracht Frankfurt, que utiliza tecnologia semelhante para conectar fãs e fomentar engajamento.
Fábio também enfatizou a importância de aproveitar a tecnologia para internacionalizar a marca Flamengo. Entre as estratégias está a contratação de jogadores oriundos de comunidades específicas e a realização de partidas ou eventos em polos menos tradicionais, replicando práticas adotadas por grandes clubes europeus.
Expectativa para o futuro
Com a posse de Bap e o início da nova gestão, as ideias de Fábio Coelho prometem modernizar o Flamengo e ampliar sua influência global. A combinação de tecnologia e inovação surge como uma oportunidade de levar o clube a um patamar ainda mais elevado, tanto no futebol quanto no mercado internacional.
Jogador já teve seu nome ligado ao Mengão em outras janelas e teve seu nome novamente ventilado no clube, mas o rubro-negro não demonstrou interesse
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0O meio-campista venezuelano Yeferson Soteldo foi oferecido ao Flamengo nas últimas horas. No entanto, de acordo com o jornalista Leandro Vieira, o Rubro-Negro não demonstrou interesse na contratação. Atualmente emprestado ao Grêmio pelo Santos até 31 de dezembro, o jogador tem uma opção de compra fixada em 5 milhões de dólares (cerca de R$ 30 milhões), valor que também não deve ser investido pelo clube gaúcho.
Recentemente, o novo vice de futebol do Grêmio, Alexandre Rossato, evitou confirmar a permanência de Soteldo:
“A gente não quer individualizar a questão dos atletas. Vamos analisar tudo com o novo treinador. Só posso dizer que ele é um grande jogador”, comentou Rossato.
Disputa por posição no Flamengo
Caso fosse contratado pelo Flamengo, Soteldo precisaria disputar espaço em um elenco estrelado. Como meio-campista, concorreria com Arrascaeta, Nicolás de la Cruz, Gerson e Carlos Alcaraz. Além disso, poderia atuar como ponta, brigando por vaga com Everton Cebolinha, Luiz Araújo, Bruno Henrique e Michael.
Flamengo e Soteldo: tentativa em 2022
O nome de Soteldo não é novidade no radar do Flamengo. No início de 2022, o jogador também foi oferecido ao clube, que chegou a abrir conversas para avaliar a situação. Contudo, os valores envolvidos acabaram travando a negociação. Na época, Soteldo recebia 1,7 milhão de dólares por temporada (cerca de R$ 9,38 milhões), e o Flamengo, então comandado por Paulo Sousa, decidiu não avançar.
Com a camisa do Grêmio, Soteldo disputou 40 jogos, marcou sete gols e deu quatro assistências. Soteldo tem contrato com o Santos até dezembro de 2027.
O atacante, que tem futuro indefinido desde que saiu do Flamengo, já atuou com a camisa da equipe de Campinas
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0Muitos torcedores que acompanham futebol sabem que Gabigol iniciou sua carreira no Santos. No entanto, uma foto do jogador com a camisa do Guarani, ainda criança, causou dúvidas sobre os primeiros passos do jogador.
Gabigol atuou no Santos, Inter de Milão (ITA), Benfica (POR), e fez história no Flamengo, mas também defendeu o Guarani. No entanto, o jogador nunca chegou a atuar nas categorias de base da equipe de Campinas. Nascido e criado em São Bernardo, Gabriel foi matriculado em uma escolinha da equipe do interior de São Paulo quando tinha seis anos.
Com a camisa do Guarani, o máximo que Gabigol disputou foram amistosos e campeonatos de futebol de seis jogadores de cada lado do campo, modalidade oferecida na rede parceira do time de Campinas. Desse modo, o atleta nunca chegou a ser registrado nas competições da Federação Paulista de Futebol pelo clube.
PASSAGEM PELO SANTOS
Após a escolinha do Guarani em São Bernardo do Campo, Gabigol atuou em um time de futsal da cidade, chegando a vestir a camisa do São Paulo do município. Logo depois, ele chamou a atenção do Santos, se transferiu para o campo e aí começou a se destacar nas categorias de base.
Em 2013, Gabigol estreou no profissional do Santos. Logo depois o jogador foi para a Europa, mas acabou não dando certo, e seguiu para o Flamengo, marcando seu nome na história do clube, com 13 títulos em seis anos.