Futebol
09 Out 2024 | 18:44 |
O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quarta-feira (9) o julgamento do caso que envolve a permanência de Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF.
O caso não foi concluído. Depois das sustentações orais de três advogados, inclusive o da CBF, só houve o voto do ministro Gilmar Mendes, relator do caso. Como era esperado, Gilmar defendeu os termos da decisão liminar dada por ele mesmo, que está em vigor atualmente. Ou seja, a permanência de Ednaldo no cargo.
O ministro Flávio Dino pediu vistas, e com isso não é possível prever quando o caso voltará ao Plenário. Os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux se declararam impedidos. Inicialmente, o julgamento serviria para referendar ou não a liminar que Gilmar deu em janeiro. Mas o voto do ministro foi pela análise final do mérito do caso, o que traz uma perspectiva mais ampla à matéria.
Qual foi a discussão?
O centro da questão está a legitimidade do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) de assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a CBF. Esse TAC foi alicerce para a realização da eleição que levou Ednaldo Rodrigues ao poder.
A Justiça do Rio tinha derrubado a validade do TAC e da atuação do MP no caso. Com isso, chacoalhou as estruturas da CBF, nomeando o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) como gestor temporário da entidade. Só que o caso foi parar no STF, após ação do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Então, veio a liminar de Gilmar.
O relator Gilmar Mendes defendeu que, sim, o MP poderia ter assinado o TAC com a CBF. No voto, ele ainda criticou a condução do processo por parte do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
"São coisas extravagantes nos processos e que precisam ser anotados", disse ele, no momento em que descrevia o trâmite e os fatos ocorridos enquanto o processo estava a caminho da 19ª Câmara Cível.
Uma das "extravagâncias" citadas por Gilmar foi:
"As apelações da CBF permaneceram pendentes de julgamento até novembro de 2023, quando o processo foi incluído em pauta na sessão da 19ª Câmara Cível, em 28/11. Pouco menos de uma semana da sessão de julgamento, o desembargador que era relator determinou a retirada de pauta. E assinou a suspeição por razões de foro íntimo. É isso mesmo o que os senhores ouviram. Dois dias depois, o novo relator do feito, de forma particularmente expedita, determinou reinclusão de pauta. Estava pronto para julgar. O processo estava incluído na sessão de 7/12/23".
Gilmar ainda pontuou que as decisões do TJ-RJ é que caracterizaram intervenção na CBF.
"A persistência de soluções como a que chegou o TJ-RJ inequivocamente implicará em violação ainda mais acentuada à autonomia da entidade. Um tribunal designando interventor, que designa diretores que passam a fazer a gestão da entidade desportiva".
Como a CBF se posicionou?
A CBF foi uma das partes que fizeram sustentação no processo. Ela foi representada pelo advogado Floriano Azevedo Marques.
"Venho aqui reiterando a necessidade de se ratificar a cautelar para evitar que, uma vez havendo a intervenção, a entidade é retirada da ordem esportiva internacional. O MP entrou com ação discutindo uma questão de governança. Criou-se uma incerteza que pode trazer danos. Diante da incerteza, o ente autônomo, resolve pacificar a questão travando um TAC com o MP. No exercício de competência constitucional. Fazia com que o conflito fosse resolvido em definitivo", disse ele, defendendo a validade do termo assinado pela entidade com o MP.
A questão técnica sobre o MP
A linha de raciocínio do voto do relator Gilmar Mendes foi apontar que o esporte é um direito social, previsto na constituição. Por isso, é legítimo que o MP atue em matérias ligadas a entidades esportivas.
"A atuação do MP o coloca em uma zona de comunicação entre o sistema de Estado e o sistema social. Há uma relação dúplice no desempenho de suas funções. (...) A legitimidade deve ser reconhecida de forma ampla", disse Gilmar, citando posteriormente a atividade da própria CBF:
"É dever do estado o fomento de prática esportiva formais e não formais. O que bem demonstra o interesse social subjacente às atividades da CBF. E, portanto, a presença do interesse público necessário a legitimar a atuação fiscalizatória".
Diretoria rubro-negra mantém o argentino da Lazio como prioridade, mas avalia investida no jovem atacante do Shakhtar Donetsk que vive grande fase na Ucrânia
29 Dez 2025 | 21:40 |
O Flamengo segue ativo no mercado em busca de um reforço de peso para o ataque em 2026. A prioridade da diretoria continua sendo Kaio Jorge, do Cruzeiro, mas as dificuldades na negociação fizeram o clube trabalhar com alternativas.
Segundo o jornalista Ekrem Konur, o plano B rubro-negro é Kauã Elias, atacante do Shakhtar. O jovem brasileiro passou a ser monitorado como opção concreta caso o negócio com o clube italiano não avance.
Kauã Elias foi negociado pelo Fluminense no início do ano por 17 milhões de euros fixos, além de bônus, totalizando cerca de 19 milhões de euros. A venda foi uma das maiores da história recente do clube carioca.
Na Ucrânia, o atacante rapidamente justificou o investimento. Em 26 jogos pelo Shakhtar, marcou 11 gols e deu três assistências, números que chamaram a atenção do Flamengo para uma possível repatriação.
Antes da ida à Europa, Kauã foi peça importante na recuperação do Fluminense no Brasileirão, ajudando o clube a evitar o rebaixamento. A boa fase atual e o histórico recente o colocam como alvo forte do Rubro-Negro.
Atacante do Cruzeiro recebe novas sondagens do exterior, mas deseja permanecer no país de olho na Copa do Mundo; Peixe estuda modelo de empréstimo
29 Dez 2025 | 21:10 |
Enquanto o Cruzeiro avalia a possível venda de Kaio Jorge ao Flamengo, outro nome do ataque pode deixar a Toca da Raposa. Gabriel Barbosa, o Gabigol, entrou no radar do mercado internacional, com sondagens de clubes da MLS e do Oriente Médio nesta janela.
Segundo a Rádio Itatiaia, o interesse não é novidade. No meio da temporada, equipes dessas regiões já haviam apresentado propostas, que não avançaram. Com o encerramento do calendário, os contatos foram retomados em busca de um acordo.
Apesar das cifras elevadas, Gabigol não se anima com a saída. O atacante prioriza seguir no futebol brasileiro, entendendo que atuar no Brasileirão aumenta suas chances de voltar à Seleção e disputar a próxima Copa do Mundo.
Com a negativa ao exterior, clubes do Brasil se movimentam. Corinthians e Santos monitoram a situação, mas o Peixe lidera a corrida. A diretoria santista estuda um empréstimo, devido ao alto custo do jogador. A ideia é o camsa 9 fazer dupla de ataque com Neymar.
Enquanto negociações seguem nos bastidores, Gabigol aproveita os últimos dias de férias. A reapresentação ao Cruzeiro está marcada para sexta-feira (02), quando o atacante iniciará a pré-temporada aguardando a definição do seu futuro.
Volante rubro-negro dá sinal verde para atuar no Morumbi, mas diretoria carioca planeja contraproposta para incluir destaque tricolor no negócio definitivo
29 Dez 2025 | 20:41 |
O volante Allan está perto de deixar o Flamengo. Alvo do São Paulo para a próxima temporada, o jogador de 27 anos aprovou o projeto esportivo apresentado pelo clube paulista. A negociação, porém, ganhou novos contornos nos bastidores da Gávea.
Ciente do interesse tricolor, o Flamengo pretende usar Allan como peça estratégica. A ideia da diretoria é transformar a saída do volante em oportunidade para tentar a contratação de Marcos Antônio, desejo antigo do clube.
Segundo o jornalista Alexsander Vieira, o Rubro-Negro planeja oferecer Allan em definitivo, além de uma compensação financeira, para convencer o São Paulo a liberar Marcos Antônio. O objetivo é uma troca que beneficie tecnicamente os dois elencos.
O negócio, no entanto, é complexo. Marcos Antônio pertence à Lazio e está emprestado ao São Paulo, que tem prioridade de compra fixada em 4 milhões de euros. Qualquer acordo exigiria um ajuste financeiro para viabilizar a liberação do atleta.
O nome de Marcos Antônio é bem avaliado por José Boto e Filipe Luís. Com passagem por clubes da Europa e aos 25 anos, o meia é visto como peça importante para 2026, mas o São Paulo deve endurecer as negociações por considerá-lo um ativo valioso.