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Jornalista destaca que Flamengo foi superior ao Vasco e aponta: "Jogo poderia ser em Marte"
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A janela de transferências do futebol brasileiro foi encerrada na última sexta-feira (28), com um total de R$ 1,8 bilhão investido pelos clubes do país. Apesar de ser um dos times com maior poder de compra, o Flamengo teve uma participação modesta nesse montante, ocupando apenas a 13ª posição entre os que mais gastaram na Série A do Campeonato Brasileiro.
De acordo com o perfil "Data Futebol", especializado em estatísticas do esporte, o Rubro-Negro desembolsou R$ 31,2 milhões, valor referente exclusivamente à compra do atacante Juninho. A negociação com o Qarabag-AZE foi fechada em € 5 milhões, podendo sofrer variações devido à cotação do câmbio.
A outra contratação do Flamengo para 2025, o zagueiro Danilo, não envolveu custos, já que o jogador rescindiu seu contrato com a Juventus.
Botafogo e Palmeiras dominam gastos na janela
O grande destaque da janela foi o Botafogo, que liderou os investimentos com R$ 415,8 milhões, seguido de perto pelo Palmeiras, que desembolsou R$ 412 milhões.
Os valores incluem compras de jogadores já presentes nos elencos e consideram o montante total das negociações, mesmo que os pagamentos sejam parcelados para o futuro.
O Botafogo reforçou o elenco com Léo Linck, Marçal, Jair, David Ricardo, Wendel, Santiago Rodríguez, Artur, Nathan Fernandes, Rwan Cruz, Elias Manoel e Jeffinho.
Já o Palmeiras focou em contratações de impacto, trazendo Micael, Bruno Fuchs, Emiliano Martínez, Facundo Torres, Paulinho e Vitor Roque.
Posição dos clubes cariocas
Entre os rivais do Flamengo, o Fluminense aparece em quinto, com R$ 127,8 milhões gastos, enquanto o Vasco ocupa a décima posição, com R$ 74,6 milhões investidos.
No outro extremo da lista, São Paulo e Juventude foram os únicos clubes que não gastaram nada em transferências.
Ranking completo de gastos na janela
1- Botafogo – R$ 415,8 milhões
2- Palmeiras – R$ 412 milhões
3- Atlético-MG – R$ 155,4 milhões
4- Bahia – R$ 137,5 milhões
5- Fluminense – R$ 127,8 milhões
6- Santos – R$ 108 milhões
7- Red Bull Bragantino – R$ 89,5 milhões
8- Grêmio – R$ 83 milhões
9- Cruzeiro – R$ 76,5 milhões
10- Vasco – R$ 74,6 milhões
11- Sport – R$ 57,8 milhões
12- Internacional – R$ 53,2 milhões
13- Flamengo – R$ 31,2 milhões
14- Corinthians – R$ 29 milhões
15- Vitória – R$ 20 milhões
16- Fortaleza – R$ 5,7 milhões
17- Ceará – R$ 4,1 milhões
18- Mirassol – R$ 3,9 milhões
19- São Paulo e Juventude – R$ 0
Botafogo e Palmeiras concentram quase metade dos gastos
Um dado impressionante do levantamento é que Botafogo e Palmeiras juntos representaram 45% do total investido na janela. Somados, os dois clubes gastaram R$ 827,8 milhões, enquanto os outros 18 times da Série A investiram pouco mais de R$ 1 bilhão.
Mengão venceu o Cruzmaltino no primeiro jogo da semifinal e o uruguaio voltou a estar à disposição do técnico Filipe Luís, mas não entrou em campo
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Após se recuperar de um corte no pé, Nico de la Cruz voltou a ser relacionado pelo Flamengo, mas permaneceu no banco durante os 90 minutos da vitória sobre o Vasco, no jogo de ida da semifinal do Carioca, neste sábado (1). Questionado sobre a ausência do meia, Filipe Luís revelou que a decisão foi motivada pelo gramado sintético do Engenhão.
O treinador explicou que o uruguaio perdeu ritmo de jogo enquanto esteve lesionado, já que não conseguiu treinar por não poder calçar chuteiras. Em processo de recondicionamento físico, De La Cruz poderia atuar alguns minutos caso o campo fosse natural, mas Filipe optou por preservá-lo devido à superfície artificial.
"Ele teve um corte no pé, não conseguia usar chuteira nem tênis, o que impediu de correr e treinar. Perdeu ritmo e está se recondicionando. No campo artificial, alguns jogadores precisam de cuidados especiais, e o De La Cruz é um deles. Se o gramado fosse natural, ele jogaria", explicou o técnico.
Preocupação com o gramado sintético
Outro jogador que também não deveria atuar no Engenhão era Luiz Araújo, que se recupera de uma lesão no joelho. No entanto, devido às poucas opções ofensivas, Filipe optou por escalá-lo, mas o substituiu aos 60 minutos para evitar riscos. O técnico reforçou que, por experiência própria, sabe que atletas com problemas articulares precisam de atenção especial.
"Não colocaria o Luiz Araújo, mas precisei e tirei com 60 minutos. Estamos rodando o elenco porque vamos precisar de todos os jogadores quarta e domingo. Tomei a decisão de não colocar o De La Cruz, e daqui a uns anos ele vai me agradecer por causa do joelho dele", completou.
Jogadores preservados no clássico
Filipe Luís não detalhou se a grama sintética foi o principal motivo para outras substituições, mas nenhum atleta com histórico de lesões sérias no joelho permaneceu em campo até o fim. Além disso, Alex Sandro e Juninho, que já treinam com o grupo, sequer foram relacionados.
Ayrton Lucas, que voltou após sentir dores no tornozelo, começou no banco e entrou apenas nos acréscimos. Arrascaeta também foi substituído pouco depois dos 20 minutos do segundo tempo, enquanto Bruno Henrique, autor do gol da vitória, foi o único que ficou até os minutos finais, quando deu lugar a Wallace Yan.
De La Cruz deve voltar no Maracanã
As declarações de Filipe Luís indicam que De La Cruz deve retornar no próximo sábado (8), no jogo de volta contra o Vasco, no Maracanã, às 17h45. O Flamengo pode perder por até um gol de diferença para garantir a vaga na decisão do Carioca.
A expectativa é que De La Cruz, Alex Sandro e Juninho estejam à disposição do técnico, com os dois primeiros podendo até retornar como titulares. Por outro lado, Michael e Cebolinha seguem como dúvidas devido a problemas musculares, enquanto Pedro e Viña são desfalques confirmados por conta das cirurgias no joelho.
O dirigente do Mais Querido também falou sobre a situação do Palmeiras e destacou que os clubes português também disputariam títulos no Brasil
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Experiente com as questões do futebol europeu, o diretor técnico do Flamengo, José Boto, destacou que o Mais Querido lutaria por títulos em Portugal. Vale lembrar que o dirigente rubro-negro já participou de duas conquistas do clube na atual temporada, com pouco mais de dois meses no cargo.
Em entrevista ao jornal português 'A Bola', José Boto exaltou o Flamengo. Lembrado que o dirigente rubro-negro trabalhou no Benfica (POR), entre 2007 e 2018, chegando a ser chefe de scout.
“Não gosto muito dessas comparações porque podem soar ridículas, mas diria que, por exemplo, este Flamengo lutaria pelo título em Portugal”, disse. Na sequência, José Boto complementou: “Este Flamengo, que nem foi construído por mim, mas onde eu estou hoje, lutaria pelo título em Portugal”, disse José Boto.
JOSÉ BOTO FALA SOBRE OS ADVERSÁRIOS DO FLAMENGO
José Boto também foi perguntado se o Palmeiras disputaria títulos em Portugal. A equipe alviverde tem dividido o cenário com o Mais Querido no continente Sul-Americano. Assim, Boto ponderou:
"O Palmeiras de Abel também. De uma forma diferente, teria que se adaptar a jogar em gramado natural (o gramado do Palmeiras é sintético), mas acredito que essas duas ou três equipes disputariam o título em Portugal e noutros países. Não ficariam para trás, até porque há uma questão de ritmo de jogo que se adquire na Europa, mas certamente estariam entre os primeiros colocados em muitas ligas europeias", disse.
TIMES PORTUGUÊSES DISPUTARIAM TÍTULOS NO BRASIL?
A Série A do Campeonato Brasileiro foi considerada pela empresa Opta, especializada em estatísticas esportivas, a sexta liga mais forte do mundo. Assim, José Boto também disse acreditar que os times portugueses, como Benfica e Porto, lutariam por títulos no Brasil.
"Há uma ideia errada, até pela imprensa aqui, de que o Benfica ou o Porto não lutariam pelo título no Brasil. Não digo as equipes atuais, mas o melhor Benfica, o melhor Sporting, o melhor Porto, sim, lutariam pelo título no Brasil sem dúvidas", opinou.
Palco da vitória do Mengão sobre o cruzmaltino, estádio tem problemas e comentarista revela o porquê do campo não ter caído nas graças do torcedor carioca
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Escolhido pelo Vasco como palco do jogo de ida da semifinal do Carioca contra o Flamengo, o Engenhão foi alvo de críticas do jornalista Victor Canedo, que explicou os motivos do estádio não ter caído nas graças do torcedor carioca.
Em suas redes sociais, Canedo apontou diversos problemas que, em sua visão, fazem do estádio um dos mais criticados do país.
Falta de identidade com as torcidas
O primeiro ponto levantado pelo jornalista foi a falta de identificação do Engenhão com as torcidas cariocas. Segundo ele, flamenguistas, vascaínos e tricolores não se sentem à vontade no estádio — e nem mesmo o fato de pertencer ao Botafogo é a principal questão. Muitos botafoguenses também não gostam de frequentar o local, destacou Canedo.
Experiência ruim para o torcedor
Outro aspecto criticado foi a experiência dentro do estádio para assistir aos jogos. De acordo com Canedo, a visão das arquibancadas atrás dos gols é prejudicada pela distância do campo e pela presença de barras no setor superior, que atrapalham ainda mais a visibilidade.
Além disso, torcedores nos comentários reforçaram outro problema citado pelo jornalista: a acústica do estádio, que fica atrás de outros palcos do futebol carioca nesse quesito.
Baixo público no clássico
Com essas limitações, Canedo questionou o fato de apenas 10 mil torcedores terem comparecido ao jogo entre Vasco e Flamengo neste sábado (1º). Para ele, esse número é inaceitável para uma semifinal de estadual, mas os problemas estruturais do Engenhão justificam a baixa presença.
A escolha do estádio foi do Vasco, que não pôde mandar a partida em São Januário e considerou o Maracanã como um campo favorável ao Flamengo. No fim, a estratégia não funcionou: o Rubro-Negro venceu e deixou sua classificação para mais uma final do Carioca bem encaminhada.