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Na última terça-feira, o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi acordado por oficiais da Polícia Federal em sua casa. Os agentes estavam lá para investigar uma denúncia sobre fraudes em apostas envolvendo um cartão amarelo levado em uma partida do Brasileirão de 2023 (no vídeo acima).
Cartões amarelos já tinham sido o centro da operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás — que ainda está em andamento e já indiciou mais de 30 pessoas por esquemas de apostas, em que jogadores foram pagos para forçar advertências.
Hoje no centro da maioria das investigações policiais envolvendo o mercado de bets, os cartões de amarelo vivem uma explosão no futebol brasileiro. O número das advertências distribuídas na Série A do Campeonato Brasileiro aumentou 17% de 2018 a 2024, segundo informações do Footstats. Esse é o período que compreende o último ano da pré-liberação de apostas esportivas no Brasil e engloba também uma mudança na orientação para os árbitros: menos tolerância com reclamações.
Na edição deste ano, os juízes mostraram, em média, 57,2 amarelos por rodada. Em 2018, o Brasileirão fechou com a média de 48,7 cartões/rodada. Como ainda faltam seis rodadas para o término do Brasileirão 2024, esse número ainda está sujeito a mudanças.
A liberação das apostas esportivas no Brasil veio em dezembro de 2018. Nas duas edições subsequentes do Brasileirão, houve até redução de amarelos — uma queda acumulada na casa dos 10% em 2019 e 2020. Mas a guinada dos amarelos começa em 2021 e se acentua em 2023, quando a comissão de arbitragem pediu para que os árbitros fossem mais rigorosos com as reclamações em campo.
Essa orientação ficou ainda mais rígida em 2024, com o adendo: só quem é o capitão do time pode falar com o árbitro. Houve até a situação inusitada de um rodízio de capitania no jogo do Internacional, para que os jogadores pudessem reclamar sem serem expulsos.
A reportagem consultou alguns árbitros de elite para discutir o fato. Nenhum deles associou o aumento dos cartões às apostas esportivas. "Os jogadores levam cartões porque são chatos e sempre serão. Nosso ambiente futebolístico é conturbado e não vejo solução a curto nem médio prazo", disse um árbitro ao UOL, falando em condição de anonimato.
Como está lá fora?
Em outras ligas da Europa, por exemplo, há pouca variação no período. A única que destoa é a Premier League. No Campeonato Inglês, o número de cartões amarelos aumentou mais do que o dobro do Brasil. De 2019 até 2024, a porcentagem de amarelos distribuídos cresceu 62%.
Pelo grupo do Palmeiras, time de Lionel Messi e Luís Suárez fazem um jogo mopvimentado, mas sem muito perigo para as defesas
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Al Ahly e Inter Miami não saíram do 0 a 0 na partida inaugural da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, neste sábado, em Miami, nos Estados Unidos. Isso não significa, porém, que o jogo foi morno. Muito pelo contrário. Se não fosse as grandes defesas de Ustari e El Shenawy a partida poderia ter sido de muitos gols.
Os dois goleiros foram verdadeiros paredões. No primeiro tempo, Ustari do Inter Miami, defendeu um pênalti de Trézéguet, aos 42 minutos, e foi muito acionado com a bola rolando.
Na etapa final foi a vez de El Shenawy salvar o Al Ahly, principalmente nos minutos finais, com duas defesas espetaculares, uma aos 50 minutos, em finalização de Messi, e outra aos 52, em cabeçada de Falcón. Com o 0 a 0, cada equipe somou um ponto no Grupo A, que ainda tem Palmeiras e Porto.
A partida de abertura da Copa do Mundo de Clubes, neste sábado, teve uma inovação em torneios da Fifa. Os jogadores dos dois times, Al Ahly, do Egito, e Inter Miami, dos EUA, entraram no gramado um de cada vez, com seus nomes anunciados no Hard Rock Stadium, em Miami.
Os egípcios foram os primeiros a entrar, logo depois que terminou a cerimônia de abertura. Jogando em casa, o Inter Miami entrou em seguida: Luis Suárez puxou a fila, que terminou com Lionel Messi, o mais aplaudido. Al Ahly e Inter Miami estão no Grupo A da competição, o mesmo de Palmeiras e Porto, que se enfrentam neste domingo.
Cristiane, Jucinara e Fernanda marcaram os gols rubro-negros na 14ª rodada do Brasileirão Feminino, que levou o time para o quinto lugar
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Na 14ª rodada do Brasileirão Feminino, o Flamengo venceu o América-MG por 3 a 0 na tarde deste sábado (14), no estádio Luso-Brasileiro. Cristiane, Jucinara e Fernanda balançaram as redes para as Meninas da Gávea, que subiram para o quinto lugar com 26 pontos. Já classificado para as quartas de final, o Mengão encara o Grêmio na última rodada.
A partida começou com as Meninas da Gávea partindo para o ataque. No primeiro minuto de bola rolando, Ju Ferreira arriscou o chute de fora da área, mas saiu em tiro de meta. Dois minutos depois, Fernanda bateu colocado para defesa de Tainá Borges.
Aos 12', o América-MG respondeu com Iara, que recebeu na frente e bateu colocado. A bola bateu na trave. Com o passar do tempo, o Flamengo tentava ficar mais com a posse de bola.
Na reta final da primeira etapa, Jucinara cruzou para Cristiane, que mandou no travessão. Em um bom jogo, com chances para ambos os lados, as equipes por pouco não conseguiram balancar as redes antes do intervalo.
No início do segundo tempo, Ju Ferreira quase abriu o placar. A volante rubro-negra levou pra canhota e bateu. A goleira fez boa defesa e salvou o time mineiro.
Melhor na partida, as Meninas da Gávea balançaram as redes aos 15' com Cristiane! Valéria Cantuário cruzou na marca do pênalti e a centroavante cabeceou firme. Tainá Borges ainda tocou na bola, mas não conseguiu salvar o gol: 1 a 0.
Após inaugurar o marcador, o Mengão continuou no ataque e ampliou aos 32' com um golaço de Jucinara. A lateral dominou na entrada da área, ajeitou com a canhota e bateu com categoria no ângulo da goleira: 2 a 0.
Nos minutos finais, a equipe rubro-negra marcou o terceiro. Glaucia fez boa jogada pela direita e encontrou Fernanda dentro da área. Ela driblou a marcação e bateu sem chance para a goleira, decretando a vitória rubro-negra por 3 a 0 no Luso-Brasileiro.
Vivi Holzel; Monalisa (Fabi Simões), Flávia Mota, Agustina (Núbia) e Jucinara; Djeni (Letícia), Ju Ferreira e Glaucia; Fernanda, Mariana (Valéria Cantuário) e Cristiane (VitóriaAlmeida).
Técnica: Rosana Augusto.
Tainá Borges; Laís Giacomel (Thayná Camilly), Maiara, Mimi e Ilana (Jajá); Sassá, Iara e Rafa Levis (Mari Andrade); Radija, Soraya (Emily Arias) e Pimenta (Gadu).
Técnico: Jorge Victor.
As Meninas da Gávea voltam a campo na próxima quarta-feira (18) para enfrentar o Grêmio, às 15h, no estádio Airton Ferreira da Silva, na última rodada do Brasileirão Feminino.
Enquanto aguarda definição do Zenit, clube observa alternativas de diferentes custos para suprir eventual perda do camisa 8 do Mais Querido
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Enquanto Gerson segue treinando normalmente no Ninho do Urubu, a diretoria do Flamengo já começa a se preparar para o cenário em que ele não esteja mais disponível. O Zenit ainda não quitou a multa rescisória, mas circula a informação de que o próprio jogador pediu para que a transação só se concretize após a disputa do Mundial de Clubes, em dezembro.
Mesmo com a indefinição, há o entendimento de que o Flamengo não será pego de surpresa. O clube sabe que pode perder seu “Coringa”, como ficou conhecido pela versatilidade em campo, e por isso já observa possíveis nomes para a reposição. O analista tático Victor Nicolau, do canal Falso 9, reuniu três opções de reposição para Gerson, considerando diferentes níveis de investimento: alto, médio e baixo custo.
Os nomes variam em estilo, mas compartilham características similares às do camisa 8, especialmente no aspecto de participação ofensiva e presença em diferentes zonas do campo. No topo da lista, aparece Antony, ex-São Paulo, que teve uma boa temporada emprestado ao Real Betis, da Espanha.
Segundo informações da imprensa europeia, o Manchester United estaria disposto a negociar o atacante por cerca de 25 milhões de euros exatamente o valor que o Flamengo receberia com a venda de Gerson. “É um jogador mais jovem, que se recuperou bem e teve um bom rendimento no Betis. Tecnicamente, ele entrega até mais do que o Gerson em algumas fases do jogo, principalmente no terço final”, explicou Victor.
Antony tem características ofensivas mais agudas do que Gerson. Mais artilheiro, mais incisivo, o ponta poderia funcionar em uma função híbrida, atuando como meia pelo lado direito uma das posições ocupadas por Gerson em 2024, especialmente após a chegada de Jorginho ao elenco. Em um segundo patamar financeiro, a sugestão é o ex-Grêmio Tetê, atualmente no Panathinaikos, da Grécia. Com passagem por Shakhtar Donetsk, Lyon e Leicester, Tetê é um nome conhecido do diretor de futebol Bruno Spindel.