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Extra Flamengo
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Após ser derrotado pelo Liverpool em Anfield, o Wolverhampton se recuperou na Premier League ao vencer o Bournemouth por 1 a 0 neste sábado (26), em jogo válido pela 26ª rodada do Campeonato Inglês. O resultado foi fundamental para a equipe treinada por Vítor Pereira, ex-Flamengo, que conseguiu abrir cinco pontos de vantagem sobre a zona de rebaixamento.
O confronto ficou mais favorável para os visitantes ainda no primeiro tempo, quando o Bournemouth teve o zagueiro Ilya Zabarnyi expulso após uma entrada dura em Rayan Ait-Nouri, aos 30 minutos.
Pouco depois, aos 35, o brasileiro Matheus Cunha, que está em alta na temporada, aproveitou cruzamento do português Nélson Semedo para marcar o único gol da partida, garantindo os três pontos para os Wolves.
JOSÉ SÁ E COMPANHIA SE DESTACAM NA SOLIDEZ DEFENSIVA
Além do gol de Matheus Cunha, o Wolverhampton contou com uma defesa sólida para segurar a vantagem. O goleiro José Sá teve participação segura, enquanto Nélson Semedo e Toti Gomes foram fundamentais para impedir as investidas do Bournemouth. O jovem Forbs permaneceu no banco de reservas, assim como o atacante Evanilson, ex-FC Porto, que retornou de lesão mas não chegou a entrar em campo.
A vitória dá fôlego ao Wolverhampton, que agora ocupa a 17ª posição na tabela, somando 22 pontos. A equipe estava na penúltima colocação quando Vítor Pereira assumiu o comando, e a reação na competição tem sido gradual. O Bournemouth, por sua vez, pode perder a quinta colocação para o Chelsea nesta rodada, caso os Blues consigam um resultado positivo.
Duelo movimentado no Goodison Park termina em 2 a 2, com o United reagindo no segundo tempo e pênalti anulado nos acréscimos
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No confronto disputado no Goodison Park, Everton e Manchester United empataram por 2 a 2, em um duelo marcado por viradas de roteiro e intervenção do VAR. O resultado não foi o ideal para nenhuma das equipes, mas deixou um gosto melhor para os visitantes, que buscaram o empate após sair perdendo por dois gols.
O Everton dominou as ações na primeira etapa e abriu o placar aos 18 minutos. Após confusão na área do United, Beto aproveitou a chance e finalizou sem chances para Onana. O segundo gol veio aos 32, quando Harrison encontrou espaço na defesa adversária e chutou forte. Onana defendeu, mas Maguire falhou ao afastar e Doucouré aproveitou para ampliar de cabeça.
REAÇÃO DO UNITED VEM NO SEGUNDO TEMPO
Na segunda etapa, quando o ex-Flamengo entrou, Carlos Alcaraz, o Everton teve a oportunidade de liquidar a partida aos 20 minutos, quando Doucouré finalizou para grande defesa de Onana. A resposta dos visitantes veio em uma bola parada. Aos 25 minutos, Bruno Fernandes cobrou falta com perfeição e diminuiu a desvantagem.
Aos 34, o Manchester United alcançou o empate. Bruno Fernandes cobrou falta na intermediária, a defesa afastou parcialmente, mas Ugarte apareceu bem posicionado na área para finalizar e deixar tudo igual. Nos minutos finais, os visitantes cresceram na partida e quase chegaram à virada.
PÊNALTI ANULADO PELO VAR NOS ACRÉSCIMOS
Nos acréscimos, o Everton teve um pênalti marcado a seu favor após falta sobre Ashley Young. No entanto, o árbitro revisou o lance com auxílio do VAR e cancelou a penalidade, gerando revolta dos torcedores da equipe da casa. O empate manteve o Everton na 12ª posição, com 31 pontos, enquanto o United segue em 15º, com 30.
PRÓXIMOS COMPROMISSOS
O Everton volta a campo na próxima quarta-feira (26), enfrentando o Brentford fora de casa. Já o Manchester United recebe o Ipswich Town em Old Trafford no mesmo dia, buscando reencontrar o caminho das vitórias.
Nesta semana, nomes como Neymar, Gabigol, Lucas e Thiago Silva se posicionaram contra seu uso, argumentando que a dinâmica de jogo é afetada.
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Nos últimos anos, a discussão sobre o uso de gramado sintético no futebol tem se intensificado, gerando um debate entre clubes, jogadores e especialistas. A rejeição ao gramado sintético persiste entre jogadores de elite. Nesta semana, nomes como Neymar, Gabigol, Lucas e Thiago Silva se posicionaram contra seu uso, argumentando que a dinâmica de jogo é afetada.
Enquanto alguns defendem a superfície artificial por sua durabilidade e baixa manutenção, outros questionam seus impactos na incidência de lesões. Para entender melhor essa relação, diversos estudos científicos têm investigado as diferenças entre os dois tipos de gramado, com destaque para a frequência e o tipo de lesões observadas.
— Deixando claro, reforçando, é um ponto totalmente técnico, jogabilidade, dinâmica de jogo, não tem nada a ver com questão de lesão. Eu sei que tem vários estudos, alguns que dizem que aumenta o risco de lesão, outros dizem que não tem nada a ver. Enfim, o nosso ponto é técnico, a dinâmica de jogo, o gramado natural, o jogo é diferente do gramado sintético — falou Lucas, um dos idealizadores do movimento.
Uma das pesquisas mais relevantes foi publicada na revista The Lancet em 2023. Nessa meta-análise, pesquisadores examinaram 1.447 estudos e selecionaram 22 que atendiam aos critérios de inclusão. A conclusão do estudo indicou que a incidência geral de lesões no futebol é menor na grama sintética do que na natural. Conforme os dados, o risco de lesão não pode ser usado como argumento contra o gramado artificial (The Lancet, 2023).
Outro estudo significativo, realizado na Major League Soccer (MLS) entre 2013 e 2016, comparou a incidência de lesões em grama natural e sintética. A análise revelou que a taxa média de lesões por jogo foi semelhante entre as duas superfícies, com uma leve variação (1,54 lesões por jogo em gramado sintético e 1,49 em grama natural). No entanto, foi identificada uma maior incidência de lesões no tornozelo e no tendão de Aquiles no sintético, enquanto outras categorias de lesões não apresentaram diferenças significativas (MLS Injury Surveillance, 2013-2016).
No futebol universitário, um estudo baseado nos dados do Sistema de Vigilância de Lesões da NCAA (2004-2014) analisou a ocorrência de lesões do ligamento cruzado anterior (LCA) em diferentes superfícies. Os resultados indicaram que jogadores que treinavam em grama natural apresentavam um risco 26% maior de lesão do LCA em comparação com aqueles que treinavam em gramado sintético. Já em partidas oficiais, a diferença entre as superfícies não foi estatisticamente significativa (NCAA Injury Surveillance, 2004-2014).
O estudo de Jan Ekstrand para a Aspetar (que segundo especialistas é um dos maiores centros de medicina esportiva do mundo), sobre lesões na coxa também trouxe contribuições importantes para a compreensão das diferenças entre os gramados. Ekstrand analisou a incidência e os padrões de lesões musculares em jogadores de elite, concluindo que a superfície de jogo pode influenciar o tipo de lesão, embora os riscos gerais permaneçam semelhantes. No entanto, podem existir diferenças nos padrões de lesões em cada uma dessas superfícies. Há indícios de um menor risco de distensões musculares ao jogar na nova geração de gramados artificiais, embora também haja sugestões de um maior risco de entorses no tornozelo em gramados artificiais.
Por fim, um estudo sobre o futebol americano e futebol masculino e feminino no esporte colegial americano apontou que as lesões do LCA foram mais comuns em gramado sintético do que em grama natural, tanto no futebol americano quanto no futebol feminino. No entanto, no futebol masculino, essa associação não foi estatisticamente significativa. Entre as lesões nos membros inferiores, o LCA teve maior probabilidade de ocorrer em gramado sintético no futebol masculino e feminino, mas no futebol americano, a diferença não foi significativa (High School Reporting Information Online, 2007-2019).
— Nas principais ligas da Europa não se usa gramado sintético. A Fifa não usa gramado sintético nas competições que ela organiza. O nosso futebol é visto como o melhor futebol, o futebol que produz mais jogadores, e a gente não pode ter gramado sintético aqui — explicou Lucas.
Diante desses estudos, percebe-se que a relação entre gramado sintético e incidência de lesões não é tão direta quanto muitos acreditam. Enquanto alguns padrões de lesões podem variar entre as superfícies, a diferença geral na taxa de lesões não é significativa. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ciente dessa controvérsia, produziu um estudo para avaliar a incidência de lesões no Campeonato Brasileiro de 2024, cujo resultado pode influenciar mudanças futuras nas regras do torneio.
Meio-campista brasileiro do West Ham, sofre entorse no tornozelo durante treino e precisará de cerca de um mês para recuperação
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O meio-campista Lucas Paquetá, peça fundamental no esquema do West Ham, enfrenta um novo obstáculo na temporada. O jogador, revelado pelo Flamengo, sofreu uma lesão no tornozelo durante um treinamento na última terça-feira (18) no CT Rush Green e deverá ficar afastado dos gramados por cerca de um mês.
A informação foi divulgada pelo jornalista Jacob Steinberg, que apontou que Paquetá pode perder pelo menos quatro partidas do Campeonato Inglês. O brasileiro teria ficado abatido com a situação, conforme relatado pelo jornal britânico Standard Sport.
JOGADOR BRASILEIRO DEVE DESFALCAR O WEST HAM EM QUATRO JOGOS
Com a lesão, Lucas Paquetá será ausência em partidas cruciais para o West Ham. O primeiro compromisso sem o brasileiro será contra o Arsenal, neste sábado (22). Em seguida, o clube londrino enfrentará Leicester, Newcastle e Everton, todos os confrontos válidos pela Premier League.
Antes do diagnóstico final, Paquetá passou por avaliações médicas para determinar a gravidade da lesão. Agora, a expectativa é de que ele cumpra um período de recuperação de quatro semanas, retornando no próximo mês.
TEMPORADA MARCADA POR PROBLEMAS FÍSICOS
Esta não é a primeira vez que Lucas Paquetá enfrenta dificuldades físicas na temporada. Em janeiro, o jogador já havia sofrido uma lesão na virilha, que o afastou temporariamente dos gramados. Agora, o novo problema no tornozelo adiciona mais um desafio para o camisa 10 do West Ham.