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A Nação Rubro-Negra já pode se preparar para mais um grande duelo no Campeonato Brasileiro. O Flamengo recebe o Bahia no Maracanã no próximo sábado, 10 de maio, às 21h, pela oitava rodada da competição. A venda de ingressos tem início no dia 2 de maio, em etapas escalonadas, com prioridade garantida aos sócios-torcedores do clube. e as compras serão feitas no site do clube.
A comercialização dos bilhetes segue um cronograma específico. No dia 2 de maio, sócios do plano Nação Maraca 1 terão acesso exclusivo a partir das 10h. Às 16h, a venda se amplia dentro do mesmo grupo. Os demais planos (Nação Maraca 2 e 3) entram em sequência no dia 3 de maio, enquanto o público geral terá acesso à compra online a partir de 5 de maio, às 10h. Já os pontos de venda físicos iniciam a comercialização em 8 de maio.
Os valores dos ingressos variam conforme o setor escolhido e o plano de sócio-torcedor. No setor Sul, por exemplo, os preços para associados do plano Nação Maraca 1 partem de R$15, enquanto o público geral pagará R$60 (meia por R$30). Já no Maracanã Mais, os ingressos podem chegar a R$400 (meia R$237,50) para não sócios. O Espaço Fla+ também segue disponível, custando R$200.
Para a torcida do Bahia, o setor destinado será o Sul B, com ingressos no valor de R$60 (meia R$30). O acesso será realizado exclusivamente por meio de identificação biométrica. O sistema visa garantir mais segurança na entrada ao estádio e será aplicado em todas as vendas para o setor visitante.
- Nação Maraca 1: R$20,00
- Nação Maraca 2: R$28,00
- Nação Maraca 3: R$32,00
- Público Geral: R$80,00 (meia R$40,00)
Sul (Flamengo)
- Nação Maraca 1: R$15,00
- Nação Maraca 2: R$21,00
- Nação Maraca 3: R$24,00
- Público Geral: R$60,00 (meia R$30,00)
Leste Superior (Flamengo)
- Nação Maraca 1: R$25,00
- Nação Maraca 2: R$35,00
- Nação Maraca 3: R$40,00
- Público Geral: R$100,00 (meia R$50,00)
Leste Inferior (Flamengo)
- Nação Maraca 1: R$30,00
- Nação Maraca 2: R$42,00
- Nação Maraca 3: R$48,00
- Público Geral: R$120,00 (meia R$60,00)
Espaço Fla+ - Leste Inferior: R$200,00
Oeste inferior (Flamengo)
- Nação Maraca 1: R$35,00
- Nação Maraca 2: R$49,00
- Nação Maraca 3: R$56,00
- Público Geral: R$140,00 (meia R$70,00)
Espaço Fla+ - Oeste Inferior: R$200,00
Maracanã Mais (Flamengo)
- Nação Maraca 1: R$156,25
- Nação Maraca 2: R$188,75
- Nação Maraca 3: R$205,00
- Público Geral: R$400,00 (meia R$237,50)
A menção à expressão “gelo no sangue” e o trecho de uma música foram interpretados por torcedores como uma crítica direta à atual gestão comandada por Bap
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O Flamengo vive dias de instabilidade nos bastidores. A gestão de futebol liderada por Luiz Eduardo Baptista, o Bap, passa por críticas e questionamentos, enquanto o nome de José Boto, contratado no início da temporada como diretor técnico, tem sido centro de tensões recentes. No meio do furacão, Marcos Braz, ex-vice-presidente de futebol e figura influente nas conquistas de 2019, voltou à tona nas redes sociais com uma publicação que causou burburinho entre torcedores e bastidores do clube.
A expressão “gelo no sangue”, eternizada por Braz durante o ano mágico de 2019, ressurgiu. Em um story publicado em sua conta no Instagram, o ex-dirigente exibiu uma imagem com a frase, acompanhada por um trecho da música “Deixe a Vida Rolar”, do cantor Clovis Pê: “De boa, de nada. O tempo diz tudo. Faz o que der vontade. Sem medo do mundo.”
A combinação entre a legenda e a imagem não passou despercebida pela torcida, que viu ali um recado direto à cúpula atual do futebol rubro-negro. Torcedores rapidamente repercutiram a postagem. Muitos interpretaram como uma crítica velada à forma como o departamento de futebol vem sendo conduzido após a saída de Braz. Outros, porém, lembraram os maus resultados sob sua gestão nos últimos anos, especialmente em 2023 e 2024, e trataram a publicação como oportunismo.
O alvo da crise é José Boto, português com passagem por clubes como Shakhtar Donetsk e Benfica. Desde que assumiu o cargo no Flamengo, no início de 2024, o dirigente luso tem encontrado dificuldade para aplicar sua filosofia de trabalho no Ninho do Urubu. Relatos de bastidores indicam desgaste com o presidente Bap, principalmente após o veto da contratação do atacante irlandês Mikey Johnston, indicado por Boto.
A situação acendeu o alerta vermelho dentro do clube e pode culminar em uma eventual saída do profissional. Fontes próximas ao departamento de futebol indicam que uma reunião entre as partes deve acontecer nos próximos dias para discutir o futuro de José Boto. A relação entre ele e Bap se deteriorou ao longo das últimas semanas, e o veto a Johnston foi apenas a gota d’água.
A decisão do Mengão de recuar nas negociações por Mikey Johnston continua repercutindo internamente e nas redes sociais, entre dirigentes e influencias
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O assunto dividiu opiniões entre torcedores e reacendeu críticas à postura da diretoria, especialmente em relação ao compromisso com o profissionalismo prometido por Bap. De um lado, parte da torcida entendeu que o recuo foi sensato. A avaliação interna, conforme apurado, considerou o histórico de minutagem do jogador, a intensidade exigida pelo calendário brasileiro e o estilo de jogo do elenco atual. Esses fatores, somados, indicaram risco alto para uma contratação que exigiria imediatismo.
Entretanto, a ala mais crítica da torcida vê a desistência como um sinal de fraqueza. Na visão desses torcedores, a diretoria cedeu à pressão externa, contrariando justamente o discurso de profissionalismo e autonomia técnica que foi um dos pilares da eleição de Bap. Em meio ao impasse, uma entrevista antiga de Bap ao Flow Sport Club, dada ainda durante a campanha presidencial, ganhou destaque novamente.
O trecho, viral nas redes sociais, traz o dirigente falando sobre a importância dos scouts e criticando o peso excessivo da opinião popular. A declaração mais comentada e compartilhada foi direta: “Mas a gente acha que, porque assistimos a 500 horas de futebol, que enxergamos e conhecemos mais do que os caras. A gente não conhece.” A frase sintetiza o ponto de vista da diretoria sobre como decisões devem ser tomadas — com dados, análise e critério, não com base em clamor popular.
Durante a entrevista, Bap detalhou como o departamento de scout trabalha, revelando processos que vão muito além da simples observação de partidas. São cruzamentos de dados, análises de comportamento físico e psicológico e adaptação ao estilo de jogo da equipe. Sem citar nomes, Bap contou que o Flamengo analisava a contratação de um atleta, mas que os analistas identificaram que o jogador só conseguia manter intensidade por dois blocos de 30 minutos. Após esse período, tornava-se lento e vulnerável — algo que inviabilizaria seu uso em jogos de alta exigência.
Embora o presidente não tenha ligado diretamente esse caso ao nome de Mikey Johnston, a explicação é interpretada por muitos como uma justificativa embasada para a decisão recente. O clube analisou, ponderou e concluiu que a contratação não se encaixava no perfil necessário. O dirigente ainda destacou a evolução tecnológica no futebol, com softwares que comparam desempenhos e projetam cenários. Para Bap, isso permite ao scout ver mais do que os olhos captam ao vivo — e, por isso, devem ter autonomia.
A empresa havia adquirido o mando de campo do confronto, transferindo o jogo para o Maranhão, com a promessa de arcar com todos os custos logísticos do Flamengo
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O Flamengo decidiu recorrer à Justiça para cobrar uma dívida de R$ 587.354,00 da empresa JJ Produções Eventos, responsável pela organização da partida contra o Botafogo-PB, realizada no dia 1º de maio, pela terceira fase da Copa do Brasil. Nesse sentido, a empresa quitou metade do valor ao rubro-negro.
A empresa havia adquirido o mando de campo do confronto, transferindo o jogo para o Maranhão, com a promessa de arcar com todos os custos logísticos do Flamengo, incluindo transporte, hospedagem e demais despesas operacionais.
O objetivo da negociação era potencializar a arrecadação com bilheteria, já que o jogo, originalmente marcado para João Pessoa (PB), foi transferido para o Estádio Castelão, em São Luís (MA). No entanto, o acordo não foi cumprido integralmente. Segundo o Flamengo, o clube tinha gasto R$ 887 mil com a operação da partida, mas recebeu apenas R$ 300 mil de reembolso até então. Restando, portanto, mais de meio milhão de reais.