ENTENDA AS LESÕES DE GABIGOL E WESLEY EM TREINAMENTO REALIZADO NO CT DO FLAMENGO

Após mais de três anos defendendo o Flamengo, David Luiz encerrou sua passagem pelo clube, mas não sem polêmica. O zagueiro revelou sua insatisfação ao descobrir a não renovação de contrato por meio das redes sociais do clube. Durante o Jogo das Estrelas, organizado por Zico, o ex-jogador rubro-negro externou sua frustração, enquanto o ídolo do Mengão também criticou a postura da diretoria.

Zico critica decisão da diretoria

Para Zico, o Flamengo errou ao não comunicar diretamente o jogador:

“Eu não faria isso. A primeira pessoa a ser comunicada tem que ser o jogador. Temos que falar olho no olho, isso é amizade e respeito. Fico feliz por ele estar aqui hoje e espero que seja muito feliz para onde for”, declarou o eterno camisa 10 da Gávea.

David Luiz desabafa sobre saída

Em entrevista antes de entrar em campo, David Luiz agradeceu o período no Flamengo, mas ressaltou a frustração com a forma como a saída foi conduzida:

“Não me ligaram. Infelizmente soube pelas redes sociais. Essa talvez seja a única vírgula de chateação que eu tenha na minha passagem pelo Flamengo. Sempre prezei por relações francas, leais. Tive e tenho boas relações com a maioria dos funcionários e jogadores. O mínimo que eu merecia era uma ligação de homem para homem, mas, infelizmente, isso não aconteceu”, afirmou o jogador.

Decisão da diretoria

A não renovação foi definida pelo novo diretor de futebol, José Boto, após reunião com o técnico Filipe Luís. Dois fatores pesaram para a decisão: a idade do jogador, 37 anos, e seu alto salário, cerca de R$ 1,5 milhão mensais. Na publicação onde anunciou que não prorrogaria o contrato do zagueiro, o Flamengo informou que havia comunicado David Luiz sobre a decisão.

Propostas de outros clubes

Mesmo fora do Flamengo, David Luiz segue despertando interesse no mercado nacional. Vasco, Corinthians e Fortaleza são alguns dos clubes interessados, e o jogador já recebeu uma proposta oficial de uma das equipes. A definição sobre seu futuro deve ocorrer nos primeiros dias de 2025.

O Maracanã recebeu seu último evento de 2024 no último sábado (28), com o tradicional Jogo das Estrelas organizado por Zico. Agora, o estádio passará por reformas no gramado para receber Flamengo e Fluminense em melhores condições ao longo de 2025.

Segundo o CEO do Maracanã, Severiano Braga, o gramado atual será substituído pelo tipo ‘Bermuda Celebration’, mais resistente e adequado para o intenso calendário. No entanto, a previsão é que o novo campo seja totalmente implantado ao longo da temporada. O ‘Templo Sagrado’ tem reabertura marcada para o dia 25 de janeiro.

Flamengo e Fluminense sem casa fixa

Com a interdição do Maracanã, Flamengo e Fluminense, que venceram a licitação para administrar o estádio pelos próximos 20 anos, precisarão buscar alternativas para seus jogos no início de 2025. O Mengão, em particular, planeja levar algumas partidas para o Nordeste do Brasil.

Flamengo e Fluminense ainda não confirmaram seus primeiros jogos no Maracanã para 2025. A tendência é que o antigo ‘Maior do Mundo’ esteja liberado para receber jogos na sexta rodada do Campeonato Carioca, quando o Mengão encara o Sampaio Corrêa. O Flu pega o Botafogo na mesma jornada, porém, como o mando é do alvinegro, a partida está marcada para o Nilton Santos, o Engenhão.

Alteração de planos: Manaus fora da agenda

Uma das possibilidades era realizar o jogo contra o Volta Redonda, pela quinta rodada do Campeonato Carioca, em Manaus. No entanto, devido à proximidade da final da Supercopa do Brasil, contra o Botafogo, marcada para 2 de fevereiro em Belém, o planejamento foi alterado.

Agora, o embate entre Flamengo e Volta Redonda, programado para o dia 26 de janeiro, deve ocorrer no Estádio Raulino de Oliveira, na cidade do aço, que já é utilizado pelo clube em ocasiões semelhantes.

Com a reforma do Maracanã e as adaptações para o início de 2025, o Flamengo segue ajustando seus planos para manter a logística e a qualidade em seus compromissos.

O modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) tem se popularizado no Brasil nos últimos anos, mas essa ideia não encontra respaldo no Flamengo. Ricardo Lomba, novo presidente do Conselho Deliberativo (CoDe) do clube, deixou claro que o tema está fora de cogitação.

“Esse assunto no Flamengo já está no ‘black book’ (expressão em inglês para algo que as pessoas não querem mais que venha à tona), ninguém quer mais nem olhar para ele. Até quem adorava, em um passado recente, não quer mais saber. Acho que SAF nem pensar. Mas acredito que temos de estudar a SAF, saber sobre e conhecer, até para nos protegermos”, afirmou Ricardo Lomba.

O dirigente reforçou que, apesar do Flamengo não cogitar adotar o modelo, entender a dinâmica da SAF é fundamental para proteger o clube de possíveis impactos futuros:

“Não tenho mais medo da SAF, porque no Flamengo, em hipótese alguma, ela vingaria. Mesmo assim, acho que a gente tem que debater o tema, conhecer melhor e colocar no estatuto para que isso jamais aconteça”, disse o presidente do CoDe.

Landim e a SAF

Diferentemente de Ricardo Lomba, o ex-presidente Rodolfo Landim chegou a considerar a SAF como uma possibilidade para o Flamengo. Landim via o modelo de gestão como uma forma de viabilizar a construção do novo estádio do clube, embora acreditasse que o Mengão poderia arcar com os custos por conta própria. Para ele, a SAF evitaria que o Flamengo aumentasse seu endividamento.

Ricardo Lomba no comando do CoDe

Ricardo Lomba foi eleito presidente do Conselho Deliberativo do Flamengo no dia 16 de dezembro de 2024. Com mandato previsto para o triênio 2025-2027, ele venceu Álvaro Ferreira por ampla margem: 943 votos a 171.

Funções do presidente do Conselho Deliberativo

Nos próximos três anos, Lomba terá a responsabilidade de:

Avaliar o balanço anual do Flamengo;

Garantir o cumprimento do orçamento aprovado;

Promover votações sobre contratos de patrocínio, uniformes e outras questões estratégicas;

Supervisionar alterações no estatuto do clube.

Com essa gestão, o Flamengo segue apostando em um modelo de administração que não contempla a SAF, reafirmando a independência de sua estrutura financeira e organizacional.