Fotos do meia quando criança com a camisa do Peñarol circularam nas redes sociais
|
0O Flamengo foi eliminado da Libertadores pelo Peñarol, na última quinta-feira, em Montevidéu. O Rubro-Negro não conseguiu sair do 0 a 0 e não conseguiu reverter a vantagem que os uruguaios conquistaram no Maracanã. Em uma publicação nas redes sociais, Arrascaeta lamentou a queda na competição e expressou seu amor pelo clube carioca.
“Desde criança sempre sonhei com jogar e ganhar a Libertadores. Esse sonho que parecia impossível foi realizado, mas para chegar até lá foi muito trabalho e muita luta. Na verdade, sempre tive que lutar para conseguir tudo que eu tenho. Desde criança é isso o que meus pais me ensinaram, amor próprio, humildade e gratidão. Mas quando as coisas não acontecem do jeito que a gente quer, e se coloca em dúvida o teu caráter, o único caminho que temos é mostrar o nosso valor. Eu sempre falo: ou tu é Flamengo ou tu é contra o Flamengo. E eu escolhi ser. E será desse jeito até o meu último dia no clube. Obrigado a todos pelo apoio nesse momento difícil”, escreveu o craque uruguaio.
O desabafo do uruguaio também está ligado às recentes críticas que circularam nas redes sociais. Na infância, Arrascaeta era torcedor do Peñarol e, desde que chegou ao Flamengo, nunca escondeu seu desejo de defender o clube.
Arrascaeta foi apenas o terceiro jogador a se pronunciar após a eliminação. Logo após o apito final, Fabrício Bruno conversou com a imprensa. Rossi também participou da coletiva ao lado do técnico Tite. Na zona mista do Campeón del Siglo, nenhum atleta parou para dar entrevista.
O meia foi um dos jogadores mais criticados devido ao seu desempenho na partida diante do Peñarol. A forma física abaixo do esperado para este momento da temporada e o desempenho técnico aquém daquilo que Arrascaeta já demonstrou no Flamengo foram os principais alvos de comentários por parte dos rubro-negros.
O clube tem seus respectivos problemas na temporada
|
0O Flamengo, um dos clubes mais poderosos e com maior torcida no futebol brasileiro, enfrenta uma crise que vai além das quatro linhas. Em meio a resultados inconsistentes e a uma dança constante de treinadores, a raiz do problema parece estar dentro do próprio clube. A frase do ex-treinador Domenec Torrent, que afirma categoricamente que o "problema do Flamengo está dentro do Flamengo", aponta para uma desorganização interna que se reflete no campo. E isso não depende do técnico que esteja no comando — seja ele renomado ou desconhecido. Segundo Torrent, enquanto questões internas não forem resolvidas, o time continuará enfrentando dificuldades, independentemente de quem esteja à frente.
O comentário de Torrent não se limita apenas a um diagnóstico superficial. O técnico, que passou por uma breve e turbulenta passagem pelo clube, teve uma visão de dentro do vestiário e lidou diretamente com problemas que hoje parecem persistir. Quando menciona que as dificuldades continuariam com qualquer nome de peso, como Ancelotti, Klopp ou Guardiola, a mensagem que passa é clara: a situação vai além das táticas ou da filosofia de jogo. É estrutural e está profundamente enraizada no comportamento e nas atitudes internas.
FLAMENGO TEM PROBLEMA INSTITUCIONALA expressão "Enquanto esses dois estiverem no Flamengo, pode vir quem for" também reforça a ideia de que há figuras específicas dentro do clube que dificultam o desenvolvimento de um trabalho consistente. Mesmo sem mencionar nomes, fica subentendido que há uma relação de poder mal resolvida entre os principais atores no comando do clube. Essa influência, aparentemente negativa, atravessa diferentes gestões e impede que qualquer treinador, por mais competente e respeitado que seja, consiga implementar suas ideias e estabelecer um modelo de jogo duradouro.
Para entender melhor o impacto das declarações de Torrent, é importante relembrar o contexto em que ele assumiu o Flamengo. O treinador espanhol chegou ao clube em 2020, logo após a saída de Jorge Jesus, um técnico que havia conquistado quase tudo com o time e deixado um legado difícil de ser superado. A expectativa era alta, mas Torrent teve dificuldade em se adaptar ao futebol brasileiro e foi duramente criticado por suas escolhas e pela falta de resultados expressivos. Sua passagem foi curta e terminou de maneira amarga, mas suas observações deixaram um ponto importante: o ambiente interno do Flamengo não favorece a continuidade de um trabalho, por mais competente que o treinador seja.
Dados foram apresentados nesta sexta-feira pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol
|
0Os registros de casos de racismo no futebol cresceram cerca de 39% em um ano, segundo o 10º Relatório da Discriminação Racial no Futebol, divulgado nesta quinta-feira (26), na sede da CBF, no Rio de Janeiro. A edição 2023 do documento foi divulgada nesta quinta-feira (26), no auditório da CBF, pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol. O trabalho foi feito em parceria com a CBF e o Grupo de Estudos sobre Esporte e Discriminação da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
De acordo com o Observatório, 136 casos de racismo foram registrados em 2023, um aumento de 38,77% em relação ao ano anterior, quando foram anotados 98 incidentes. Desde 2016, observa-se um avanço anual, à exceção em 2020, em função da pandemia do novo coronavírus. Em relação a 2014, primeiro ano do monitoramento realizado pelo Observatório, os incidentes aumentaram em 444% (de 25 para 136).
"O aumento dos casos reportados em relação à temporada anterior reforça a gravidade do problema e os desafios persistentes, que urgem, mais do que nunca, ações inovadoras, efetivas e continuadas, de forma a romper com a passividade e a cumplicidade histórica com o racismo", afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o primeiro negro a comandar a CBF em mais de 100 anos de história da instituição.
“Acreditamos que a batalha contra o racismo, em suas diferentes formas, não pode ser vencida de forma isolada. Somente a cooperação entre os diferentes agentes que integram nossa sociedade poderá assegurar às futuras gerações um mundo em que o respeito e a dignidade sejam valores universais, e não exceções”, acrescentou Ednaldo Rodrigues.
“Esse dado não é só ruim. Também apresenta uma evolução importante, que é uma maior conscientização dos torcedores e dos jogadores. Se a gente tem mais denúncias, é porque a sociedade brasileira está mais atenta a entender o que é racismo e as suas diversas formas de expressão”, completou o fundador e diretor executivo do Observatório, Marcelo Carvalho.
O relatório oferece também descrição e desdobramentos de cada caso e destaca outros relacionados a demais tipos de discriminação e violência, como abuso sexual, assédio, gordofobia, apologia ao nazismo e política.
AUMENTO DO RECORTECom o passar dos anos, o Relatório aumentou seu recorte de análise para outras ordens de discriminação, como LBGTfobia, machismo e xenofobia, para outros esportes e para incidentes com atletas brasileiros no exterior.
No total, o documento da Discriminação Racial no Futebomostra também aumento de quase 7% nos casos de discriminação reportados em relação à temporada anterior.
Identificou-se, a partir desse escopo ampliado, 250 incidentes discriminatórios, sendo 222 ocorridos no Brasil e 28 com atletas brasileiros no exterior. 222 aconteceram no futebol e 28, em outros esportes.
Arrascaeta e De La Cruz tiveram péssimas atuações na noite de ontem
|
0O Flamengo lutou até o fim, mas não conseguiu marcar gols contra o Peñarol nesta quinta-feira, no Estádio Campeón del Siglo, resultando em sua eliminação da Copa Libertadores. O jogo, que encerrou a participação do Mengão na competição, deixou a equipe em busca de novos objetivos, agora focando no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil.
PRESIDENTE DO PEÑAROL MANIFESTA INTERESSE
Após o término da partida, o presidente do Peñarol, Ignacio Ruglio, expressou o desejo de contar com os jogadores Arrascaeta, De La Cruz e Varela em seu elenco. Durante uma entrevista à rádio Carve Deportiva, Ruglio destacou a boa relação que mantém com os três atletas: “Estamos em contato constante há 15 dias. Suas famílias estiveram presentes em um camarote ontem, especialmente atendidas pelo Peñarol. São jogadores excepcionais que, em algum momento, vão querer voltar.”
Após o jogo, o elenco do Flamengo, acompanhado pela diretoria, passou pela zona mista do estádio. No entanto, o meia Arrascaeta decidiu não conceder entrevistas à imprensa brasileira, falando apenas com jornalistas uruguaios antes de deixar rapidamente o local. O presidente Rodolfo Landim também optou por evitar a imprensa, seguindo direto para o ônibus sem prestar declarações. Essa atitude gerou críticas entre os torcedores nas redes sociais, que expressaram descontentamento com a falta de comunicação da diretoria.
Com a eliminação na Libertadores, o Flamengo agora direciona sua atenção para o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil, buscando melhorar seu desempenho nas competições restantes. A Nação rubro-negra espera que o time se reestruture e volte a brilhar em busca de novos títulos.
SUBSCREVER NEWSLETTER