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Vivendo um dos melhores momentos desde que chegou ao Flamengo, o lateral uruguaio Guillermo Varela, de 32 anos, tem sido peça importante no elenco comandado por Filipe Luís. Considerado uma espécie de “reserva de luxo” pelo desempenho sólido e pela versatilidade em campo, o atleta tornou-se prioridade nas movimentações internas para renovações contratuais.
Apesar da boa relação entre as partes, o atraso na formalização do novo vínculo causou apreensão entre os torcedores. Isso porque, dentro de um mês, o jogador poderá assinar um pré-contrato com qualquer outro clube, deixando o Rubro-Negro sem custos ao final da temporada. Em entrevista ao "Globo Esporte", Varela minimizou a situação:
“Pode ficar tranquila (torcida) que estou muito feliz aqui. É um processo longo, não é de um dia para o outro que vamos acertar tudo. Mas meu empresário já está vindo semana que vem, e vamos agilizar a papelada”, garantiu.
De acordo com informações apuradas pelo portal “ge”, a diferença financeira que separava o desejo do atleta da proposta inicial já foi resolvida. Agora, a expectativa gira em torno da chegada de Uriel Pérez, empresário de Varela, ao Rio de Janeiro nos próximos dias. A assinatura do novo contrato, que deve vigorar até o final de 2027, é considerada iminente nos bastidores da Gávea.
Desde sua chegada em 2022, o uruguaio disputou 97 partidas e se tornou um nome de confiança na rotação do elenco. Com a possibilidade de perder Wesley na próxima janela de transferências, Varela ganhou ainda mais protagonismo, inclusive sendo utilizado em outras posições sob o comando de Filipe Luís. A atuação tanto na lateral como no meio-campo consolidou o jogador como peça estratégica no planejamento do Mais Querido para os próximos anos.
O Mengão trabalha para evitar uma saída sem custos e manter uma base sólida visando a disputa do novo Mundial de Clubes da Fifa em 2025. O desfecho positivo da negociação com Varela representa mais que uma renovação: é um passo para manter a consistência de um elenco.
O Mais Querido também aparece no top-10 do maior número de adeptos entre todas as partidas do torneio; próximo jogo será em Orlando, contra o LAFC
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O Flamengo se classificou para as oitavas de final do Mundial de Clubes após bater o Chelsea pelo placar de 3 a 1, na última sexta-feira (20). No entanto, a virada sobre os ingleses só foi possível com o apoio da Nação Rubro-Negra, que marcou presença no estádio, fazendo com que o Mais Querido assumisse a ponta do ranking de maior público do torneio.
A vitória do Flamengo sobre o Chelsea sobre o Chelsea contou com cerca de 54.019 torcedores no Lincoln Financial Field, na Filadélfia. Assim, o confronto registrou o maior público em jogos envolvendo os clubes brasileiros. Além disso, considerando todas as partidas do Mundial de Clubes, o jogo é o oitavo com maior número de torcedores.
O Flamengo avançou às oitavas de final do Mundial de Clubes após bater o Chelsea de virada por 3 a 1, com gols de Bruno Henrique, Danilo e Wallace Yan. Os ingleses saíram na frente com Pedro Neto. Já o Espérance se saiu melhor contra o Los Angeles FC, vencendo os norte-americanos por 1 a 0 no grupo D.
Desse modo, antes de encarar o adversário nas oitavas de final, no dia 29 de junho, o Flamengo cumpre tabela contra o Los Angeles FC na terça-feira (24). O confronto entre as equipes será às 22h (horário de Brasília), em Orlando, na Flórida.
O ex-jogador abriu o jogo sobre o momento mais difícil de sua vida, quando seu pai faleceu, e também falou sobre sua passagem pela Inter de Milão
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Elogiado por jogadores, técnicos e até mesmo árbitros, Adriano Imperador foi um grande centroavante. Sua presença em campo já ligava o alerta dos zagueiros, pois sempre saiam gols. Ídolo do Flamengo e da Inter de Milão (ITA), o ex-atleta abriu o coração e falou como os problemas fora das quatro linhas desviaram o curso de sua carreira.
Adriano Imperador afirmou que não atingiu seu ápice: "Com a cabeça que eu tenho hoje, eu teria ganhado a Bola de Ouro".
O ponto chave para a virada na vida e carreira de Adriano Imperador aconteceu em 2004. Na época, o atacante vivia seu auge pela Inter de Milão, mas recebeu a notícia da morte de seu pai, Almir Ribeiro. A perda da pessoa mais próxima a ele desmoronou seu mundo e fez com que sua carreira tomasse novos rumos.
"Eu não estava bem mentalmente. Depois que meu pai morreu, o futebol escapou por entre meus dedos", confessou Adriano, que passou a frequentar festas e ter uma vida noturna ativa para escapar do sofrimento.
"Eu saía para não pensar, e no dia seguinte estava pior. Não fiz o que fiz porque queria festejar ou me soltar. Fiz porque estava com o coração pesado", desabafou o ex-Flamengo.
Agora com maturidade, Adriano reconhece sua parcela de responsabilidade: "Sempre disse que poderia ter feito mais, mas não foi o caso. Aconteceram coisas que me impediram de progredir", concluiu.
Mesmo com as entraves, os números de Adriano são grandes feitos. Entre 200 e 2016, quando encerrou a carreira no Miami United, ele atuou em 427 jogos e marcou 201 gols. Pelo Flamengo, ele foi um dos destaques do hexacampeonato em 2009, somando 92 partidas e 45 tentos com o Manto Sagrado.
Após a vitória do Mengão diante do Chelsea, treinador europeu afirma haver similaridades entre a equipe de Filipe Luís e o lendário Barça
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A vitória do Flamengo sobre o Chelsea por 3 a 1 no Mundial de Clubes segue repercutindo fortemente na Europa. Um dos comentários mais instigantes veio do técnico David García, que possui licença A da UEFA e atua como formador de treinadores no continente. Em uma análise profunda publicada nas redes sociais, García elogiou a atuação rubro-negra e comparou o time ao histórico Barcelona de Pep Guardiola, destacando o estilo associativo do futebol brasileiro.
David García sobre Flamengo de Filipe Luís: "É exatamente o que vimos do Barcelona entre 2008 e 2012"
Para García, o triunfo do Flamengo vai além do placar e propõe uma reflexão sobre o modelo dominante no futebol europeu. Em seu comentário, o treinador afirma que a escola europeia muitas vezes venera apenas o espaço e a ruptura das linhas adversárias, mas que o Flamengo mostrou um outro caminho.
“O futebol europeu nos ensinou a venerar o espaço: encontre o homem mais fundo, quebre a linha, estique o campo. Mas talvez o futebol seja mais que isso. O futebol brasileiro está nos lembrando: o futebol é sobre nós. O futebol associativo vive.”
David destacou como ponto central da vitória rubro-negra o posicionamento e a capacidade de gerar espaços por meio de trocas curtas e rápidas, e não apenas pela movimentação do adversário. Segundo ele, o Flamengo não esperou o Chelsea abrir espaços — criou seus próprios caminhos.
“Cinco passes, dois jogadores, nunca mais de 6 metros separados. Eles venceram quatro defensores do Chelsea sem precisar de espaço, trocas ou estrelas. Apenas ritmo, sentimento e confiança na próxima ação. O terceiro gol do Flamengo é puro futebol de rua.”
Em outro trecho da análise, David García afirma que a atuação do Flamengo lembrou em muitos aspectos o auge do Barcelona entre 2008 e 2012, comandado por Guardiola e liderado por Lionel Messi. “Se você está pensando: ‘Isso parece familiar’, você não está errado. É exatamente o que vimos do Barcelona entre 2008 e 2012. Mesmo ritmo, mesma sobrecarga, mesma mágica.”
O treinador ainda faz questão de destacar que aquele Barcelona, frequentemente classificado como símbolo do futebol espanhol, também carregava muito da essência sul-americana, representada por nomes como Dani Alves e Messi. “Todos chamavam de ‘futebol espanhol’. O Barcelona de 2008 parecia o auge de uma nova era, mas olhe mais de perto: Daniel Alves, Messi. Não era apenas a Espanha — era a América do Sul pulsando através do ritmo.”