Flamengo pode voltar a ter negociações por Pulgar na reta final da temporada

Ednaldo Rodrigues é o atual presidente da CBF. No entanto, o cargo está sendo cobiçado por Ronaldo Fenômeno. Ídolo com a Amarelinha, o ex-jogador reforçou o desejo de assumir o posto em breve e garantiu estar "extremamente preparado" para a função.

"Há muitos anos falo sobre a minha ideia de, um dia, ser presidente da CBF – e isso não mudou. Vamos aguardar o momento certo e fazer isso acontecer. Estou extremamente preparado para esse momento e, obviamente, o futebol brasileiro precisa de mudanças grandes. Mas não quer dizer absolutamente nada, não sou candidato, não tem eleição. Apenas minha vontade que não mudou", disse Ronaldo.

ATUAL PRESIDÊNCIA GERA CRÍTICAS

Um dos principais desafios que Ronaldo Fenômeno terá que enfrentar caso vire presidente da CBF, é ajustar o tão criticado calendário do futebol brasileiro. Além disso, o "possível mandatário" terá que melhorar muitas questões internas da entidade.

ENQUANTO ISSO...

Assim, enquanto Ronaldo Fenômeno não se candidato à presidência da CBF, o calendário do futebol brasileiro segue sem ajustes, inclusive, a entidade divulgou as datas das partidas de 2025 e nãoa gradou boa parte dos clubes.

Os estaduais, por exemplo, terão início no dia 12 de janeiro. Por outro lado, o Brasileirão será estendido, com fim no dia 21 de dezembro. Em comparação, em 2024, o Rubro-Negro estreou no Carioca em 17/01, e faz o último jogo do ano no dia 08/12.

O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, apresentou recentemente detalhes do plano financeiro para o novo estádio do clube. Em uma declaração marcada pela transparência e compromisso, Landim destacou a meta de devolver ao Flamengo o valor investido na aquisição do terreno onde o estádio será construído. A estratégia inclui a venda de cadeiras cativas e a rejeição de alternativas que poderiam comprometer o patrimônio do clube. A iniciativa visa assegurar a sustentabilidade do projeto e fortalecer as finanças do Rubro-Negro.

Um dos principais pilares do plano apresentado por Landim é a comercialização de 1 mil cadeiras cativas. Segundo o dirigente, essa ação garantirá a recuperação do montante desembolsado pelo clube na compra do terreno, sem depender de outras fontes de receita. A venda dessas cadeiras é considerada um movimento estratégico para garantir recursos imediatos e criar uma base sólida para os futuros investimentos no estádio. Além disso, Landim reforçou que essa iniciativa será fundamental para manter o estádio financeiramente autossustentável.

PROJETOS E ALTERNATIVAS FINANCEIRAS 

Landim também abordou o uso potencial dos apartamentos do Morro da Viúva como fonte de financiamento para o estádio. Embora essa proposta já tenha sido aprovada anteriormente, ele destacou que não é o caminho preferido pela diretoria. "Não queremos utilizar isso", afirmou. A rejeição dessa alternativa demonstra o foco da gestão em preservar os bens históricos do clube e priorizar soluções que não envolvam a alienação de patrimônios importantes para o Flamengo.

Outro ponto destacado pelo presidente foi a importância de um estádio autossustentável. A visão de Landim é de que o estádio deve ser capaz de gerar recursos suficientes para sua manutenção e operação, sem sobrecarregar as finanças do clube. A venda de cadeiras cativas, junto com outras receitas potenciais como naming rights e eventos, formam a base para um modelo sustentável. Essa abordagem reflete a preocupação em garantir que o projeto não apenas seja um marco na história do Flamengo, mas também um ativo financeiro sólido.

IMPACTO DA TORCIDA 

O plano de Landim não impacta apenas as finanças do clube, mas também promete influenciar positivamente a experiência dos torcedores. A construção de um estádio próprio representa um sonho antigo da torcida rubro-negra e a chance de transformar jogos em eventos ainda mais memoráveis. Além disso, a transparência na gestão do projeto reforça a confiança dos torcedores na administração atual. A expectativa é de que o estádio se torne um símbolo de modernidade e autossuficiência para o Flamengo.

Na manhã desta segunda-feira (25), Eduardo Paes, Rodolfo Landim e membros da Prefeitura do Rio de Janeiro e da diretoria do Flamengo participaram de uma cerimônia na Gávea para a assinatura do termo de compromisso que viabiliza a construção do novo estádio do clube. Durante o evento, o vice-presidente de Patrimônio do clube, Marcos Bodin, destacou que o projeto vai além do futebol, incluindo estrutura para sediar jogos de futebol americano da NFL.

O interesse do Flamengo em atrair a NFL já havia sido mencionado por Landim em uma entrevista em outubro, e os detalhes apresentados por Bodin confirmam a intenção. Segundo ele, os vestiários serão projetados para acomodar equipes de futebol americano, que possuem elencos com mais de 30 jogadores, além de outras especificidades. O estádio contará com tecnologia de ponta, como um telão de LED em 360º e um lounge exclusivo para acompanhar a entrada dos times em campo.

“Fazer um estádio que seja para o Rio, seguindo novos conceitos do Porto Maravilha. A gente tem um perfil bem ‘gosto de Maracanã com acesso popular’. Tem uma praça, o telão de frente. Um túnel lounge, tem lugares que você poderá ver a entrada dos jogadores em campo. Bem moderno. Um skywalk em cima do estádio. Todo preparado para trazer a NFL para cá. Vestiário do tamanho que eles precisam, distância que eles precisam. Uma tentativa de trazer mais um negócio para o Rio”, iniciou Bodin.

O Brasil é o terceiro maior mercado de futebol americano no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e México. Um exemplo do potencial desse esporte no país foi o jogo entre Green Bay Packers e Philadelphia Eagles, realizado em setembro na Neo Química Arena, que gerou uma movimentação econômica de mais de R$ 300 milhões.

“Preocupação muito grande com gramado e enorme com acústica. 1 km de led, telão. Eu acho que o estádio tem que ter muita tecnologia. Já tivemos esse debate com a prefeitura e vamos continuar tendo. Um led 360º, encaixa com a NFL também, estilo deles”, finalizou Marcos Bodin.

Contribuição econômica e usos diversificados do estádio

Marcos Bodin também comentou sobre o impacto econômico do projeto. A praça do estádio, que contará com um grande telão e capacidade para até 15 mil pessoas, será um espaço multiuso, preparado para receber eventos culturais e gerar receita adicional. A proposta segue as diretrizes do edital, que prevê que o estádio sirva como palco para diversos tipos de eventos além do futebol.

“A praça terá capacidade para 15 mil pessoas. Ou seja, para a Flafest quando a gente estiver em outros lugares ou para diversos eventos culturais, como vocês pediram. Portas abertas para eventos culturais, restaurantes abertos também. A intenção é fazer funcionar 24/7, levar sempre atividade para a região”, disse o dirigente, antes de completar:

“Expectativa de receita de R$ 650 milhões com o novo estádio. Isso é imposto que a gente está gerando diretamente com os matchdays.”, comentou, antes de Rodolfo Landim completar: “O Maracanã dá mais ou menos R$ 330 milhões por ano. Estamos falando aqui de dobrar essa receita” finalizou.