Governo Federal emite nota repudiando fala de presidente da Conmebol: "Inaceitável..."

Após a conquista do Campeonato Carioca, o Flamengo aproveita o intervalo gerado pela Data-FIFA para focar em ajustes internos. Além dos treinamentos visando os próximos desafios da temporada, a diretoria trabalha nos bastidores para avançar nas negociações de renovação contratual de quatro jogadores do elenco principal.

Segundo informações da imprensa esportiva, o Mais Querido tem como prioridade a renovação do contrato do meio-campista Gerson e do lateral-direito Guillermo Varela. Além disso, o clube estuda as melhores possibilidades para a extensão dos vínculos do zagueiro Cleiton e do goleiro Matheus Cunha. A intenção é garantir a permanência desses atletas no elenco e evitar perdas no mercado da bola.

PULGAR JÁ RENOVOU ATÉ 2027 COM AUMENTO SALARIAL 

Antes de avançar nas negociações com esses quatro atletas, o clube já havia selado a permanência de um dos seus principais jogadores. O volante chileno Erick Pulgar teve seu contrato estendido até o fim de 2027. Além da renovação, o jogador recebeu um reajuste salarial e um aumento em sua multa rescisória, reforçando seu compromisso com o Flamengo.

Atualmente, os contratos de Varela, Cleiton e Matheus Cunha têm validade até dezembro de 2025. Isso significa que, a partir do meio deste ano, os três atletas estarão aptos a assinar um pré-contrato com outro clube. Já Gerson possui um vínculo mais longo com o Rubro-Negro, válido até o final de 2027, mas a diretoria já se movimenta para garantir sua permanência no clube com melhorias salariais.

CLUBE BUSCA PROTEGER SEUS PRINCIPAIS ATLETAS

Mesmo com tempo considerável de contrato pela frente, a diretoria do Flamengo quer se resguardar contra possíveis propostas do futebol europeu por Gerson. Considerado um dos principais jogadores do elenco, o meio-campista desperta interesse internacional, e o clube busca fortalecer seu compromisso financeiro para evitar uma saída precoce.

Wesley tem sido um dos maiores destaques do Flamengo desde a temporada passada. Desse modo, o jovem lateral-direito ganhou uma vaga na seleção brasileira e espera poder receber a primeira oportunidade na equipe titular. Assim, o atleta do Mais Querido revelou alguns conselhos do técnico Filipe Luís.

"Filipe Luis, como falei, é meu treinador, mas também um amigo. Antes era companheiro de equipe, jogamos juntos. Eu o via como referência para mim, apesar de ser lateral do lado oposto. Falava: ele é muito bom. Tentava fazer alguma coisa parecida. Ele virou meu treinador e eu peço ajuda", disse Wesley antes de completar.

"Tudo o que ele fala para mim: "Ah, tem que melhorar isso" ou chega no final do treino e fala "filho, vamos treinar esse negócio aqui, lançamento, cruzamento", essas coisas. Tudo o que ele fala nos vídeos para mim eu peço para treinar com ele no final, posicionamento de corpo, por exemplo. Sobre seleção, ele não falou nada. Teve até uma entrevista que ele só falou "tá bom, vai lá", quem está aqui é o Dorival, quem tem que me dar conselho é o Dorival", completou o jovem lateral do Flamengo.

DATA FIFA

Ao todo, o Flamengo teve oito jogadores convocados nesta Data Fifa. São eles, Léo Ortiz, Wesley, Gerson e Alex Sandro para a Seleção Brasileira; Arrascaeta, Varela e De La Cruz para o Uruguai e Gonzalo Plata para o Equador.

O Brasil entra em campo nesta quinta-feira (20), em confronto contra a Colômbia, no estádio Mané Garrincha. O jogo será válido pela 13ª rodada das Eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2026.

O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, se manifestou favoravelmente ao pronunciamento do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, sobre racismo no futebol. A declaração ocorreu antes do sorteio dos grupos da Libertadores, realizado na última segunda-feira (17), em Luque, Paraguai. Em entrevista ao SporTV, Baptista classificou o discurso como "adequado" e "ponderado", destacando as dificuldades de aplicação de sanções em um contexto cultural variado.

Durante a entrevista, o mandatário rubro-negro abordou a complexidade das penalizações a clubes em casos de racismo cometidos por torcedores. Segundo ele, a criminalização do racismo no Brasil difere da legislação vigente em outros países da Conmebol, tornando a questão um desafio para a entidade sul-americana.

"Achei o discurso adequado e ponderado. É sempre importante lembrar que, em que pese o racismo ser algo odioso e que no Brasil é crime, nos outros 10 países da Conmebol não é. Eu entendo o desafio da Conmebol de lidar com 10 governos que não têm a visão que o brasileiro teve. Ele colocou muito bem que é um aspecto cultural. Para nós no Brasil é crime e para eles não", afirmou Baptista.

FLAMENGO PROPÕE REFLEXÃO SOBRE O IMPACTO DAS PUNIÇÕES 

Baptista argumentou que a aplicação de sanções pode afetar injustamente clubes que se dedicam ao longo do ano para conquistar uma vaga em torneios continentais. Para ele, é necessário discutir ativamente a proporcionalidade das punições sem comprometer a integridade esportiva das equipes.

"Sobre as penalidades, é sempre importante pensar o quanto você deve punir um clube pela atitude de uma ou outra pessoa que faz parte da sociedade e está ali no estádio. É uma situação bastante delicada. Tem de haver o repúdio e o combate, mas a coisa da punição... você se prepara o ano inteiro, disputa um campeonato inteiro. Chega lá e porque uma pessoa é racista pune seu clube e você cai de uma Libertadores? É uma coisa delicada. Há de se discutir o tamanho da punição porque punir o clube é complicado", completou.

CRF ANUNCIA MEDIDAS PARA COMBATER O RACISMO

Além de apoiar o discurso da Conmebol, Luiz Eduardo Baptista revelou que pretende levar ao Conselho Deliberativo do clube uma proposta para que o Mengão fortaleça institucionalmente o combate ao racismo. Segundo ele, a ideia é tornar a bandeira antirracista uma causa permanente em todas as modalidades esportivas do clube.

"No Flamengo nós vamos empunhar a bandeira contra o racismo, há outros lugares onde isso acontece. Devo encaminhar ao Conselho Deliberativo uma moção nesse sentido para que a gente inclua a bandeira contra o racismo de maneira permanente em todos os esportes que a gente participe de forma institucional", finalizou.