Inter de Milão tem interesse na contratação de meia do Flamengo, afirma jornal

Nesta quarta-feira (4), Gabigol lançou o primeiro episódio de sua série no YouTube, marcando oficialmente sua despedida do Flamengo. O conteúdo conta com participações especiais de amigos, ex-jogadores e ídolos do clube, entre eles Romário, que não poupou elogios ao camisa 99.

Romário destacou o nível de idolatria que Gabigol atingiu junto à Nação Rubro-Negra, considerando isso um reflexo do merecimento do atacante. Para o Baixinho, a relação da torcida com Gabi é marcada por gratidão, dada a relevância do jogador nos momentos históricos do clube.

"Pelo que a gente sente e vê nas ruas, as pessoas sempre o idolatram. Ele merece, é um cara que deu tudo pelo Flamengo, tenho certeza que ama o Flamengo. No fundo, ele chegou a pensar em terminar a carreira no clube, por tudo que o Flamengo o proporcionou. Acredito que o torcedor seja um torcedor muito grato por tudo que o Gabriel fez ao longo de seis anos", disse Romário em trecho do documentário.

Apesar de comparar sua própria passagem pelo Flamengo com a de Gabigol, Romário garante que não conseguiu alcançar os mesmos níveis que o camisa 99 pelo Mengão.

"Gabriel teve um momento que poucos que passaram tiveram. Eu passei lá e não tive esses momentos que o Gabriel passou", avaliou o ex-atacante.

GABIGOL ENTRE OS MAIORES ÍDOLOS DO FLAMENGO

Romário foi além nos elogios e colocou Gabigol no Top-3 dos maiores ídolos da história do Flamengo. O ex-atacante também analisou os últimos dois anos de Gabigol, que, segundo ele, ficaram aquém do que o jogador poderia render, mas não apagaram sua grandiosidade no clube.

"O Flamengo tem vários ídolos, mas o Gabriel está entre os três maiores ídolos que vestiram essa camisa. O que aconteceu nesses dois últimos anos é que as coisas dentro de campo não deram certo como deram nos quatro anos. A cobrança é sempre maior para cima de quem é o grande nome, que é o Gabriel", disparou Romário.

Por fim, Romário destacou que Gabigol sai do Flamengo de cabeça erguida, mesmo com as circunstâncias que envolvem sua saída. Demonstrando confiança, o Baixinho ainda afirmou que, conhecendo a personalidade de Gabi, o atacante deve retornar ao Rubro-Negro no futuro.

"Fez sua história, fez seu nome e independentemente se está saindo do Flamengo, por mais que tenha tido uns tipos de problemas nos últimos meses, ele sai pela porta da frente, de cabeça erguida. E se eu o conheço bem, ele daqui a pouco está de volta", concluiu Romário.

Nesta quarta-feira (4), Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, participou do debate entre os candidatos à presidência do Flamengo e apresentou suas propostas para o departamento de futebol. O candidato enfatizou o compromisso com a profissionalização da gestão e garantiu o fim da influência de dirigentes amadores na pasta.

Bap pretende nomear um diretor técnico para liderar o futebol do clube, profissional responsável por implementar um DNA unificado desde as categorias de base até o time principal. Ele afirmou que busca inspiração na filosofia de 'La Masia', o modelo de formação do Barcelona, que prepara atletas desde jovens para se adaptarem ao estilo de jogo, à personalidade em campo e até à postura fora dos gramados. Esse sistema, segundo Bap, seria essencial para garantir a renovação constante do elenco sem perder a identidade do Flamengo.

"Com essa visão que eu tenho, teremos um diretor técnico para cuidar totalmente do futebol de cima a baixo como tem no Barcelona em La Masia. Uma escola que será tocada da mesma maneira, preceitos que tem a ver com o DNA do clube e que não terá influência de um diretor amador para tomar conta. Esse profissional vai responder diretamente a mim. Vamos fazer um trabalho como está sendo feito em outros clubes. Atingimos um pico e caímos. É só olhar o orçamento de Fluminense e Botafogo, que somados não dão o do Flamengo, para ver o que é obvio: o Flamengo caiu muito porque não privilegia o profissionalismo. Vamos mudar isso no momento zero, não vamos insistir nos erros cometidos até agora. Vamos profissionalizar o Flamengo de forma definitiva", disse Bap durante o debate do jornal 'O Globo'.

MUDANÇAS ESTATUTÁRIAS

Outro ponto abordado por Bap foi a necessidade de alterações no estatuto do clube. Caso eleito, ele promete propor a redução no número de vice-presidentes nos primeiros 100 dias de gestão. Inicialmente, os dirigentes acumulariam funções para cumprir as exigências estatutárias, mas sem interferir no cotidiano do futebol, reforçando a profissionalização da área.

"O estatuto do Flamengo define que deve ter alguns vice-presidentes em pastas específicas. Isso é ruim. Meu compromisso é ter menos vices e eles não vão ter pastas carimbadas. Para atender o preceito estatutário, eles vão acumular pastas em um primeiro momento. E nós vamos encaminhas nos primeiros 100 dias uma proposta para eliminarmos o que entendermos ser um dos principais da causa raiz do Flamengo: o amadorismo. Amadorismo transvestido de amor pelo clube. É nesse contexto que foi criado por exemplo o conselinho, uma tentativa de blindar o futebol. 

ELEIÇÕES NO FLAMENGO

Os sócios do Flamengo irão às urnas no próximo dia 9 de dezembro, na Gávea, para escolher entre Rodrigo Dunshee, Bap e Maurício Gomes de Mattos o presidente que comandará o clube no triênio 2025-2027. A eleição é apontada como uma das mais acirradas e significativas da história do Rubro-Negro.

Nesta quarta-feira (4), os candidatos à presidência do Flamengo participaram de um debate promovido pelo jornal O Globo para apresentar propostas para o próximo triênio. Um dos temas centrais foi o projeto do estádio próprio, e Rodrigo Dunshee revelou que há mais de 380 torcedores aguardando para adquirir cadeiras cativas no futuro equipamento esportivo.

ARRECADAÇÃO COM CADEIRAS CATIVAS

Durante o debate, Maurício Gomes de Mattos questionou Dunshee sobre a projeção de arrecadar mais de R$ 150 milhões com cadeiras cativas, mesmo sem o projeto definitivo concluído. Em resposta, Dunshee explicou que as vendas ainda não começaram, pois é necessário aguardar o resultado da eleição.

"Vamos vender só 1.000 cadeiras premium. Temos mais de 380 reservas de pessoas querendo comprar as cadeiras. Só não vendemos essas cadeiras ainda por uma situação chata: existem candidatos e pessoas ligadas aos candidatos que não querem fazer o estádio. Então, sem estar eleito, eu não tenho coragem de colocar essas cadeiras à venda. Mas assim que eu for, e espero ser, eu vou colocar essas cadeiras em um banco e ele vai fazer essa venda fácil. Porque assim, são 1.000 cadeiras e a gente tem 45 milhões de torcedores dispostos a ajudar o Flamengo nesse desafio", disse Rodrigo Dunshee.

A proposta orçamentária da gestão Rodolfo Landim prevê arrecadar R$ 154,5 milhões com a comercialização das cadeiras cativas, valor que deve entrar nos cofres do clube em janeiro de 2025, representando a primeira receita gerada pelo estádio próprio do Flamengo.