Futebol
26 Out 2024 | 13:37 |
A temporada de 2024 destacou uma enorme disparidade financeira entre as competições sul-americanas, evidenciando a diferença de premiações da Copa do Brasil e da Copa Argentina. Enquanto o campeão da Copa do Brasil embolsará expressivos US$ 13 milhões, o vencedor da Copa Argentina ficará com modestos US$ 70 mil. Esta comparação expõe não só a discrepância financeira entre as duas competições, mas também um abismo estrutural entre o futebol brasileiro e argentino.
Para ilustrar melhor, um time argentino teria de vencer a Copa Argentina impressionantes 186 vezes para alcançar o valor pago pela conquista da Copa do Brasil uma única vez. Essa disparidade revela uma série de fatores que influenciam a economia dos clubes de cada país, desde direitos de transmissão e acordos de patrocínio até a valorização das competições e a capacidade de gerar receitas por meio de torcidas e marcas envolvidas.
COMO AS COMPETIÇÕES VEM PAGANDO
A diferença nas premiações das Copas não se limita apenas ao valor absoluto em dólares, mas também reflete no impacto financeiro que cada competição pode ter nos clubes participantes. No Brasil, a Copa do Brasil é amplamente vista como um dos principais torneios do país, o que resulta em patrocínios milionários, ampla cobertura televisiva e grande visibilidade para os clubes. Já na Argentina, embora a Copa Argentina possua seu valor histórico e competitivo, ela não possui a mesma relevância financeira e o mesmo suporte financeiro de sua contraparte brasileira.
OS CLUBES ENTENDEM A DISPARIEDADE?
Além disso, as premiações mais robustas na Copa do Brasil permitem aos clubes brasileiros manterem um alto nível de competitividade, reinvestindo na estrutura, nas categorias de base e, principalmente, na aquisição de jogadores. Enquanto isso, os clubes argentinos enfrentam dificuldades em manter o mesmo nível de investimento, o que gera uma desvantagem competitiva não só nas competições locais, mas também em torneios internacionais, como a Libertadores e a Sul-Americana.
Os reflexos dessa disparidade nas premiações são claros e podem ser observados na própria performance dos clubes brasileiros e argentinos em competições internacionais. Em anos recentes, os clubes do Brasil vêm dominando os torneios sul-americanos, muito por conta de sua capacidade de investimentos em elencos qualificados e infraestruturas modernas. Os valores recebidos pela participação e conquistas de torneios como a Copa do Brasil proporcionam aos clubes brasileiros uma receita significativa, que é revertida em fortalecimento de elencos e na capacidade de competir de igual para igual com grandes equipes mundiais.
Meia fez história com a camisa do Mengão antes de seguir para o Bahia, mas não esconde a identificação com o clube pelo qual foi multicampeão
23 Dez 2025 | 10:55 |
Ídolo da história do Flamengo e atualmente no Bahia, Everton Ribeiro comentou se acompanhou e torceu pelo antigo clube na reta final da temporada. O time carioca encerrou 2025 com uma campanha histórica, conquistando o Campeonato Brasileiro, a Libertadores, o Derby das Américas e a Copa Challenger. Já o Bahia terminou a Série A na sétima colocação, garantindo vaga na fase preliminar da Libertadores.
Everton Ribeiro abre o jogo sobre o Flamengo: "então a gente torce por eles..."
Em entrevista à TNT Sports, o meia admitiu a felicidade pelos títulos rubro-negros e destacou o vínculo construído ao longo dos anos vestindo o Manto Sagrado: “A gente ficou feliz, temos amigos lá. O Flamengo é uma parte gigante da minha história, então a gente torce por eles também. Quando não estamos jogando contra, estamos torcendo por eles, por causa dos amigos e da história que temos lá”, afirmou Everton Ribeiro.
No último dia 13, Everton Ribeiro acertou a renovação de contrato com o Bahia até o fim da próxima temporada. Aos 35 anos, o meia pode estar disputando seu último ano com a camisa do Tricolor Baiano, em busca de um grande título no cenário nacional ou continental.
Contratado em 2017, Everton Ribeiro participou diretamente do processo de reestruturação esportiva e financeira do Flamengo, tornando-se um dos grandes ídolos do clube. Ao longo da passagem, acumulou títulos importantes, como os Campeonatos Brasileiros de 2019 e 2020, os Cariocas de 2019, 2020 e 2021, a Recopa Sul-Americana de 2020, as Supercopas do Brasil de 2020 e 2021, a Copa do Brasil de 2022 e as Libertadores de 2019 e 2022.
A saída do meia aconteceu ao fim da temporada de 2023. Na ocasião, o jogador buscava um contrato mais longo para renovar, enquanto a diretoria ofereceu apenas mais um ano de vínculo. O técnico do time naquele momento era Tite, responsável por convocá-lo para a Copa do Mundo de 2022, no Catar.
O diretor de futebol rubro-negro abriu o jogo sobre os bastidores do mercado, reconheceu falha de timing na quase chegada do irlandês e demonstrou preocupação
23 Dez 2025 | 10:50 |
Em entrevista concedida nesta segunda-feira (22), o diretor de futebol do Flamengo, José Boto, abordou temas sensíveis sobre o planejamento do clube e fez um balanço sincero de sua gestão. Com foco especial no calendário, e revisitou polêmicas do mercado da bola, incluindo uma autocrítica sobre a negociação frustrada com o atacante Mikey Johnston e comentários sobre a cultura de contratações no Brasil.
Um dos pontos altos da conversa foi a admissão de um erro estratégico na janela de transferências do meio do ano. Antes de fechar com nomes de peso como Samuel Lino, Carrascal e Emerson Royal, o Flamengo esteve a detalhes de anunciar Mikey Johnston, do West Bromwich. O recuo no negócio, segundo Boto, foi influenciado pela repercussão negativa.
"Foi um caso que, talvez, meu erro tenha sido de timing. Se eu o tivesse trazido no meio das contratações mais 'tsunamis', talvez não houvesse esse burburinho", explicou. O diretor revelou que a pressão midiática pesou na decisão final da diretoria executiva. "É um caso que a pressão da mídia acabou por influenciar na decisão do presidente. Houve mais casos que a pressão externa tentou entrar, mas foi a única vez que ele cedeu."
Boto também aproveitou para refletir sobre a dificuldade de implementar um modelo de scout focado em jovens promessas desconhecidas no Brasil, traçando um paralelo que soou como uma alfinetada na forma como rivais, como o Palmeiras, conseguem utilizar a base, enquanto no Flamengo a exigência é diferente.
Para o dirigente, a busca incessante por contratações midiáticas dificulta apostas de alto potencial. "Se eu dissesse assim: ‘Vou buscar o Nuno Mendes no Sporting, aos 18 anos, e pagar 75 milhões’, era impossível. Eles querem nomes", desabafou. Boto concluiu criticando a visão de curto prazo: "Essa questão de trazer jogadores jovens, desconhecidos e depois ganhar bem com eles no Brasil... É ganhar no imediato para os jornais".
Com aval do técnico Tite, Raposa avança nas tratativas e chega a um entendimento financeiro com o Colorado; clube carioca tentou abater dívida de Thiago Maia
23 Dez 2025 | 10:34 |
Tratado como prioridade pela diretoria do Cruzeiro, o zagueiro Vitão, do Internacional, tem sua transferência para a Toca da Raposa encaminhada. O clube mineiro superou a concorrência de gigantes como Palmeiras e Flamengo e chegou a um denominador comum com a equipe gaúcha sobre os valores da transação.
Segundo informações divulgadas pelos jornalistas André Hernán e Bruno Andrade, o acordo está praticamente selado. A contratação conta com a aprovação direta do técnico Tite, que vê no defensor de 25 anos as características ideais para qualificar a zaga cruzeirense em 2026.
Embora a negociação fosse considerada complexa devido à alta valorização do atleta, a diretoria do Cruzeiro conseguiu destravar as conversas. Inicialmente, o Internacional sinalizava que só liberaria o jogador mediante o pagamento de 10 milhões de euros (aproximadamente R$ 65 milhões).
Antes do avanço cruzeirense, o Flamengo tentou uma cartada estratégica para levar o zagueiro. Conforme apurado pelo jornalista Venê Casagrande e pela rádio Itatiaia, o Rubro-Negro apresentou uma oferta complexa avaliada em 8,7 milhões de euros.
A proposta carioca consistia no pagamento de 4 milhões de euros em dinheiro, somados ao perdão de uma dívida de 4,7 milhões de euros (incluindo juros) que o Inter possui referente à compra do volante Thiago Maia. O objetivo da diretoria da Gávea era resolver duas pendências em uma única operação: reforçar o elenco e liquidar um crédito difícil de receber.
No entanto, a cúpula do Internacional recusou os termos. A direção colorada avaliou que o valor de mercado de Vitão é superior ao montante oferecido e preferiu não misturar as negociações, abrindo caminho para o desfecho positivo com o Cruzeiro.