
Famosos
|
Após afirmar que o samba-enredo atual "virou música de Chico Buarque", Neguinho da Beija-Flor pediu desculpas ao renomado compositor, uma das grandes figuras da música brasileira. Na ocasião, o intérprete da agremiação de Nilópolis havia comentado que os sambas se tornaram mais elitizados, utilizando a expressão "samba de escritório" para ilustrar seu ponto de vista.
“Os compositores, pra mostrar que sabem fazer, e sabem, então eles procuram cada vez mais sofisticar os sambas de enredo, pra agradar os jurados. Por exemplo: quem tá julgando normalmente é pessoas de faculdade, são formados em letras, em maestros, então pra agradar os jurados, os compositores tavam procurando fazer músicas”, explicou o músico em entrevista ao Holofote.
Em seguida, Neguinho enalteceu o compositor e justificou sua fala afirmando que era uma tentativa dos autores de impressionar a banca do Carnaval:
“Inclusive, eu até queria pedir desculpa ao Chico Buarque porque é um dos maiores compositores que nós temos. Então as pessoas procuravam chegar até o Chico Buarque pra impressionar os jurados. Tá bom. Agrada os jurados, mas e o povo?”
Para o intérprete da escola de Nilópolis, o samba de verdade é raiz, feito e consumido pela grande massa. “O samba-enredo virou música de Chico Buarque, e a diretoria, na minha concepção, embarca pra dizer que ela é intelectual também. O samba é pé no chão, é Aroldo Melodia, é Didi”, opinou ele, que foi além: “Intelectual não curte samba”.
Os desfiles e até mesmo os ensaios não são mais como antigamente, quando não dava nem pra andar dentro da quadra da Beija-Flor.
“Na minha época, que quem ganhava o samba era compositor, aquele cara que parava no botequim e tomava um goró, as quadras eram mais lotadas, você não se mexia numa Beija-Flor numa época dessa, numa União da Ilha, numa Portela”.
Próxima etapa no ATP Tour é nos gramados, que culmina com o Grand Slam de Wimbledon e brasileiro já está confirmado após eliminação de Paris
|
A derrota na terceira rodada de Roland Garros, no último sábado, marcou o fim da temporada de saibro para João Fonseca. A participação no Grand Slam francês foi positiva: o jovem brasileiro venceu dois jogos antes de ser eliminado por Jack Draper, atual número 5 do mundo. Agora, o foco se volta para a desafiadora temporada na grama, um piso mais rápido e com características bem diferentes do saibro.
Fonseca inicia sua preparação para Wimbledon disputando o ATP 500 de Halle, na Alemanha, a partir do dia 16 de junho. Na sequência, estará presente no ATP 250 de Eastbourne, na Inglaterra, que antecede o Grand Slam britânico. A chave principal de Wimbledon começa no dia 30 de junho. O carioca de 18 anos chegou a ser convidado para o ATP 250 de Stuttgart, que começa em 9 de junho, mas recusou o convite ainda antes de Roland Garros.
Em 2023, João Fonseca participou do qualifying de Wimbledon, mas foi eliminado logo na estreia por Alejandro Moro Canas, em uma partida equilibrada decidida no tie-break: 6/4, 3/6 e 6/7 (10). No mesmo ano, entrou direto na chave principal do ATP 500 de Halle, mas foi derrotado por James Duckworth, parciais de 6/4 e 6/4.
Até o momento, o brasileiro ainda não venceu partidas em torneios da ATP disputados na grama. Suas únicas vitórias no piso aconteceram em torneios Challenger, de menor expressão. Ele chegou à segunda rodada tanto em Nottingham quanto em Surbiton, ambos no ano passado.
A temporada na grama representa um novo teste para Fonseca, que segue ganhando rodagem no circuito profissional. Apesar dos desafios, o jovem tenista busca seu primeiro triunfo em nível ATP no piso mais tradicional do tênis.
O funkeiro foi levado algemado e detido por suspeita de associação e apologia ao tráfico na última quinta-feira (29); o cantor se encontra recluso em Bangu
|
Na última quinta-feira (29), MC Poze foi detido pela Polícia Civil do Rio. Assim, o funkeiro entrou com pedido de Habeas Corpus para sua soltura imediata. Ele recorre ao Tribunal de Justiça após ser preso em casa, no Recreio dos Bandeirantes, e levado algemado para a delegacia, com as acusações de associação e apologia ao tráfico de drogas.
Na petição, protocolada na última sexta-feira (30), pelo advogado Alexandre Manoel Augusto Dias Júnior, a prisão se baseou em vídeos e fotos de apresentações de MC Poze em comunidades, e letras que mencionavam traficantes, além da exibição de homens armados alegando que são "frágeis e subjetivas".
O advogado também alega que a prisão seria motivada pelo gênero cantado por Poze, o funk, sustentando que existe uma 'perseguição cultural' contra o artista: "Representa uma violação à liberdade de expressão e ao exercício da arte, especialmente quando se trata de manifestações oriundas de comunidades periféricas".
Segundo o advogado no documento: “imputar ao artista a responsabilidade pelo tráfico de drogas nas regiões onde se apresenta abre um precedente perigoso”, e questiona a atuação policial, que teria caráter seletivo.
A solicitação do Habeas Corpus toca no ponto crucial para muitas críticas que surgiram de outros funkeiros, influenciadores e fãs, por conta do uso indevido de algemas durante a detenção, já que não houve resistência por parte de Poze, e que teria contrariado a Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal Federal, que "limita o uso de algemas a situações de resistência ou risco à segurança da equipe policial". A Justiça do Rio informou que "O referido HC foi protocolado em 30/5 e ainda será julgado".
Desde a prisão de Marlon Brendon Coelho, na manhã de quinta-feira (29/5), o amigo tem publicado relatos frequentes sobre o funkeiro nas suas redes
|
Desde a prisão de Marlon Brendon Coelho, o MC Poze do Rodo, na manhã da última quinta-feira (29/5), o rapper Oruam tem publicado relatos frequentes sobre o funkeiro em suas redes sociais. Nesta sexta-feira (30/5), Oruam detalhou a rotina de Poze na Penitenciária Dr. Serrano Neves (Bangu 3A), contando que o cantor tem sido tietado por outros detentos e virou motivo de festa na unidade.
Vagabundo não quer deixar o pai nem respirar"
Em vídeo, Oruam afirmou: “Vagabundo está fazendo festa. A cadeia toda, todo mundo felizão, nego tá até esquecendo que tá preso”, relatou, mencionando o clima no presídio desde a chegada do artista.
Segundo Oruam, Poze do Rodo foi recebido com entusiasmo pelos outros presos, com direito a pedidos de autógrafos. “Quando o PZ chegou lá, pra tu ver como que é as coisas, mano, o cara falou pra mim que nego tá pedindo autógrafo pro PZ. Pra tu ver como o Estado é, coloca o cara lá dentro e vagabundo não quer deixar nem o pai respirar”, contou.
No registro oficial de entrada do cantor na penitenciária, o campo “ideologia declarada” foi marcado com “CV”, sigla para Comando Vermelho — facção criminosa que domina parte das comunidades do Rio de Janeiro. No sistema prisional fluminense, esse termo se refere à identificação voluntária de pertencimento ou ligação do preso com alguma facção, procedimento adotado para evitar confrontos e para orientar a alocação em unidades sob controle ou influência do grupo declarado, conforme protocolos da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
Segundo a Seap, questionar sobre a “ideologia declarada” é praxe em todas as novas entradas no sistema, com o objetivo de garantir a segurança interna das unidades, prevenindo disputas entre grupos rivais.