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Na mira do Flamengo, o português André Franco foi afastado do elenco do Porto após o empate por 2 a 2 contra o Famalicão no último sábado (13). O jogador foi procurado pela diretoria na última janela de transferências, mas não houve acordo. Além do jogador de 26 anos, os espanhóis Ivan Jaime e Toni Martínez e o mexicano Jorge Sánchez também passaram a treinar separado do elenco do Dragão. O clube português estuda uma rescisão com todos os atletas.
Segundo o jornal português “Record”, a decisão foi tomada em conjunto entre a comissão técnica e a diretoria de futebol do Porto. André Franco não estava rendendo o esperado na avaliação portista. Conforme apurou a reportagem, o clube português estuda a rescisão contratual com o meio-campista. Caso isso aconteça, o jogador estaria livre no mercado para assinar com o rubro-negro sem custos.
Quando questionado sobre os motivos da decisão em entrevista coletiva nesta terça-feira (16), Sérgio Conceição, treinador do Porto, demonstrou uma grande irritação pela pergunta dos jornalistas. “Agora tenho que justificar meu trabalho? Falar aqui cria situações em que não há nada a dizer. Posso decidir que seis ou sete jogadores façam um trabalho específico, em horários diferentes. Não há mais a dizer. Para jogar no Porto não basta ter contrato, seja para jogar ou trabalhar”, esbravejou Conceição.
O Flamengo buscou a contratação de André Franco no início do ano, após a saída de Thiago Maia para o Internacional. Na avaliação do clube, o jogador pode fazer mais de uma função do meio para frente. O Rubro-Negro ofereceu uma proposta de 4 milhões de euros (algo em torno de R$ 21,52 milhões na cotação da época) por 80% dos direitos do volante, mas o Porto acabou recusando a proposta.
Na última semana, o Bolavip Brasil informou que existe um acordo entre o Flamengo e o português para a assinatura de um vínculo. As partes alinharam questões salariais e condições de negócio. Restava somente a liberação do clube português, que chegou a pedir algo em torno de R$ 54 milhões para aceitar uma negociação. O CRF chegou a entrar em contato para um empréstimo com opção de compra.
Agora podendo ficar livre, o meia deve ter sua saída facilitada. Algumas equipes portuguesas sondaram a situação do jogador, bem como o mercado asiático, mas uma decisão deve acontecer somente com a abertura da próxima janela.
O time das Laranjeiras até tentou, mas esbarrou no bom jogo feito pelo time Inglês e do jovem João Pedro, cria de Xerém, que marcou os gols da partida
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Antes dos dez minutos de jogo, Enzo Fernández teve duas chances de levar perigo a Fábio. Mas o placar só saiu do zero aos 17, quando João Pedro, revelado pelo Fluminense, aproveitou erro de Cano na saída e tocou para Pedro Neto. O camisa 7 saiu pela esquerda, cruzou na área e Thiago Silva afastou, mas o moleque de Xerém apareceu para finalizar no gol e superar Fábio.
O Fluminense tentou reagir, e Hércules quase empatou após tabela com Cano. O volante invadiu a área e finalizou por baixo das pernas de Sánchez, mas Cucurella tirou em cima da linha. O árbitro ainda marcou um pênalti para o Tricolor, mas voltou atrás após a checagem no monitor, apontando que o braço de Chalobah estava em posição natural.
O segundo tempo começou quente, com chute de Caicedo por cima do gol e tentativa de Cucurella muito próxima à meta de Fábio. Everaldo atendeu aos pedidos da torcida do Fluminense e chutou no gol, mas Sánchez ficou com a bola. Poucos instantes depois, João Pedro reforçou a lei do ex no MetLife Stadium: Bernal errou passe e Palmer ganhou do uruguaio e de Renê em dividida. O camisa 10 do Chelsea passou para Enzo Fernández, que acionou João Pedro em contra-ataque. O ex-Fluminense driblou Ignácio e chutou para marcar um belo gol.
Thiago Silva ainda salvou chute de Nkunku no decorrer da etapa, e Nicolas Jackson quase marcou o terceiro do Chelsea. A melhor chance do Fluminense veio dos pés de Lima, mas o chute saiu por cima do goleiro Sánchez.
Apesar da crise entre dirigentes, elenco mantém rotina tranquila durante treinos no CT; diretoria segue tentando conter danos após impasse nos bastidores
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O Flamengo vive dias conturbados fora das quatro linhas. Discussões nos bastidores, vazamentos de conversas e repercussões negativas de torcedores marcaram a última semana no clube. Ainda assim, segundo apuração, os jogadores seguem blindados de toda essa turbulência. Apesar da pressão e das incertezas nos corredores da Gávea, o clima no Ninho do Urubu tem sido tranquilo.
A rotina de treinos foi mantida, sem alterações no comportamento dos atletas. O grupo, inclusive, tem demonstrado foco total nas competições, afastando qualquer influência direta da crise institucional. Fontes internas garantem que os atletas sequer comentaram internamente os recentes episódios. Tudo o que se refere a divergências administrativas ficou restrito à direção.
A ideia do clube, nesse momento, é justamente preservar o elenco para não comprometer o rendimento em campo. Treinos seguem com normalidade e, até o momento, não houve qualquer sinal de queda de rendimento, racha ou desconforto no vestiário. A comissão técnica e o departamento de futebol trabalham para manter esse ambiente isolado de ruídos externos.
A instabilidade na cúpula do Flamengo ganhou força a partir do vazamento de prints de conversas envolvendo diretores do clube. Nelas, havia menções sobre uma possível negociação de Pedro, centroavante titular do time. O conteúdo caiu como uma bomba entre torcedores e membros da própria diretoria. Logo após o episódio, surgiu o nome de Michael Johnston, atacante do West Bromwich, da Inglaterra, como possível reforço para a próxima janela de transferências.
A informação foi antecipada pelo Coluna do Fla, mas a repercussão interna do nome foi negativa. Diante da má aceitação da possível contratação de Johnston tanto por parte da torcida quanto de membros da direção ligados a Bap, presidente do clube José Boto, diretor técnico, precisou recuar nas tratativas. O movimento aumentou a tensão dentro do clube e expôs publicamente um racha entre setores da diretoria.
Nome do jogador é citado nos bastidores do clube, mas diretoria tem outras prioridades e custo alto é empecilho imediato para o negócio
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Rodrigo De Paul, volante da seleção argentina e do Atlético de Madrid, voltou a ser pauta entre dirigentes do Flamengo. Mesmo sem uma negociação em curso, o nome do jogador é constantemente debatido nos bastidores da Gávea. A possibilidade, no entanto, esbarra em entraves relevantes: custo elevado, falta de consenso interno e foco da diretoria em outras posições.
De acordo com o jornalista Rodrigo Mattos, do UOL, a contratação de um novo volante, especificamente para substituir Gerson, é motivo de discordância entre os dirigentes rubro-negros. Parte do departamento de futebol considera necessária a chegada de um reforço de peso para a função. Já o diretor José Boto acredita que o elenco atual oferece alternativas suficientes.
A diretoria do Flamengo tem uma verba disponível para investir na janela, com expectativa de fechar três a quatro reforços. Mas o foco imediato está em outras frentes. Um ponta-esquerda, um meia para ser alternativa a Arrascaeta e, dependendo da evolução do mercado, um lateral também entram na lista antes da busca por um volante como De Paul.
Apesar das discussões internas, não houve até agora qualquer contato do Flamengo com o Atlético de Madrid para abrir negociação. De Paul tem contrato até 2026 com o clube espanhol e está avaliado em cerca de R$ 96 milhões — valor considerado alto demais pelo departamento de futebol rubro-negro no momento. Em caso de impasse entre os setores da diretoria, o presidente do clube, Rodolfo Landim (Bap), pode ter papel determinante.
Pessoas próximas ao mandatário afirmam que ele acompanha de perto as tratativas de mercado e pode dar aval para a contratação se houver alinhamento técnico e financeiro. Outro obstáculo que pesa contra a possibilidade de avanço nas tratativas é o salário de De Paul. Segundo informações dos bastidores, o argentino recebe cerca de R$ 41 milhões por ano na Espanha.