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O Flamengo tem adotado uma estratégia cuidadosa para administrar os minutos de Nico de la Cruz nesta temporada. Em 2025, o meia uruguaio atuou em apenas três partidas, somando 196 minutos, sendo 106 pelo Campeonato Carioca. A única vez que jogou os 90 minutos foi na Supercopa do Brasil. Essa gestão tem sido planejada para preservar o atleta fisicamente e garantir que esteja em plenas condições para os momentos mais importantes do ano.

PLANEJAMENTO PARA OS TORNEIOS MAIS IMPORTANTES

De acordo com informações do canal Paparazzo Rubro-Negro, a intenção da comissão técnica é usar De la Cruz apenas nas competições mais relevantes. O Mais Querido está focado no Super Mundial de Clubes e na Copa Libertadores, e a expectativa é que o jogador uruguaio seja peça fundamental nessas disputas. Dessa forma, o clube tem controlado sua carga de treinos e minutos em campo, evitando desgaste desnecessário no início do calendário.

PRESENÇA GARANTIDA NAS PRINCIPAIS COMPETIÇÕES

Caso esteja fisicamente apto, De la Cruz será presença garantida nas competições prioritárias do Mengão. A estratégia é clara: preservar o atleta em jogos de menor relevância para tê-lo 100% nos torneios mais importantes. Esse modelo de rodízio já foi adotado com outros jogadores experientes e agora se aplica ao uruguaio, que é considerado um dos grandes nomes do elenco para a temporada.

Mesmo treinando normalmente após um corte no pé, De la Cruz não entrou em campo contra o Vasco. Em entrevista coletiva, o técnico Filipe Luís justificou sua decisão, explicando que o campo sintético do estádio era um fator de risco. Segundo ele, alguns jogadores necessitam de cuidados específicos para evitar lesões, e o uruguaio se encaixa nesse perfil, o que pesou na escolha de poupá-lo.

A lesão no pé afetou a rotina de treinos de De la Cruz, comprometendo seu ritmo de jogo. O técnico do CRF destacou que o jogador passou dias sem conseguir calçar chuteiras e, consequentemente, ficou sem treinar adequadamente. Esse fator atrasou seu condicionamento físico, tornando necessário um recondicionamento antes de voltar a atuar regularmente.

Desde que assumiu o comando do Mais Querido, Filipe Luís demonstrou um estilo de jogo envolvente e eficiente. Apesar de se tratar de competições estaduais, o treinador já acumula títulos importantes e demonstrou que pode fazer um trabalho de longo prazo. Em sua análise, Conrado Santana reforçou que, além do Campeonato Carioca, o ex-lateral também conquistou a Copa do Brasil de forma expressiva, eliminando equipes como Corinthians e superando o Atlético na grande decisão.  "É um início de carreira muito promissor. É Campeonato Carioca? É Estadual? Sim, é Estadual, mas também já foi campeão da Copa do Brasil. Eliminou o Corinthians, ganhou do Atlético na final, ainda teve a conquista da Supercopa do Brasil. Se quiser contar, ainda tem a Taça Guanabara, são três títulos", disse Conrado.

ANÁLISE COMPARATIVA COM TITE 

Apesar do bom início, o jornalista fez questão de conter a empolgação dos torcedores do Mengão. Conrado relembrou que, no início de 2024, o ex-treinador Tite também era amplamente elogiado por sua performance, mas não conseguiu sustentar os bons resultados ao longo do ano. A lembrança serve como um alerta para que a equipe mantenha a regularidade e não repita erros do passado.

INSPIRAÇÕES DE FILIPE LUÍS NO MUNDO DO FUTEBOL

Filipe Luís já revelou em entrevistas que se inspira em técnicos consagrados do futebol mundial. Entre suas referências, ele menciona Jorge Jesus, que teve passagem vitoriosa pelo clube, e Diego Simeone, com quem trabalhou no Atlético de Madrid. A influência desses treinadores pode ser vista no estilo de jogo dinâmico e agressivo implementado pelo atual comandante do CRF.

A grande questão entre especialistas e torcedores é se Filipe Luís conseguirá manter o alto nível de desempenho ao longo da temporada. O histórico do futebol brasileiro mostra que um bom início nem sempre é sinônimo de sucesso a longo prazo. Para garantir a permanência no cargo e continuar conquistando títulos, o treinador precisará administrar bem a pressão e lidar com os desafios impostos pelas competições nacionais e internacionais.

O caso de Tite serve de exemplo sobre como o futebol pode ser imprevisível. O treinador chegou ao Flamengo no final de 2023 e rapidamente trouxe resultados positivos, levando o time à briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Contudo, a eliminação na Libertadores de 2024 fez com que a pressão aumentasse consideravelmente, culminando na sua saída do clube.

O inédito Super Mundial de Clubes da Fifa, com 32 equipes, semelhante ao formato da Copa do Mundo (até 2022) está batendo na porta. Sediada nos Estados Unidos entre os dias 14 de junho e 13 de julho deste ano, o torneio dará início a um novo modelo de mundial e o Flamengo, assim como Botafogo, Fluminense e Palmeiras representam o Brasil na competição.

Premiação bilionária

A Fifa pagará um total de 1 bilhão de dólares (cerca de R$ 5,8 bilhões, na cotação atual) em premiação aos participantes do Mundial. Esse valor supera significativamente os prêmios oferecidos tanto na última Copa do Mundo masculina quanto na feminina.

A entidade máxima do futebol mundial forneceu poucos detalhes sobre o financiamento da primeira edição do torneio com 32 equipes, que acontecerá a cada quatro anos. No entanto, nas últimas semanas, assinou contratos com uma emissora e grandes patrocinadores.

A plataforma de streaming britânica DAZN adquiriu, em dezembro, os direitos exclusivos de transmissão global da competição. Segundo uma fonte próxima às negociações, o contrato foi avaliado em cerca de um bilhão de euros (R$ 6,2 bilhões). Além disso, a Fifa fechou acordos de patrocínio com marcas como Coca-Cola, Bank of America, a empresa chinesa de eletrônicos Hisense e a cervejaria belga AB InBev.

Para efeito de comparação, a premiação total da Copa do Mundo masculina de 2022, no Catar, foi de 440 milhões de dólares, enquanto a Copa do Mundo feminina de 2023, realizada na Austrália e na Nova Zelândia, distribuiu 110 milhões de dólares.

Já a Liga dos Campeões da Uefa desta temporada, que adotou um novo formato com 36 clubes, distribuirá um total de 2,47 bilhões de euros (R$ 15,45 bilhões) aos times participantes. A expansão do Mundial de Clubes pela Fifa gerou críticas generalizadas, especialmente na Europa, devido a preocupações com o bem-estar dos jogadores.

A FIFPro, sindicato global dos jogadores de futebol, e a Associação das Ligas Europeias apresentaram uma queixa contra a Fifa à Comissão Europeia em outubro, acusando a entidade de abusar de sua posição dominante ao sobrecarregar o calendário.

A UEFA também expandiu a Liga dos Campeões nesta temporada, e alguns jogadores, como Rodri, vencedor da Bola de Ouro, e Virgil van Dijk, capitão do Liverpool, já manifestaram preocupações sobre o excesso de jogos e até sugeriram uma possível greve.

"Acho que estamos perto disso. Se perguntar a qualquer jogador, ele dirá o mesmo", afirmou Rodri em setembro, pouco antes de sofrer uma lesão no joelho que encerrou sua temporada. "Não é só a minha opinião. Acho que é a opinião geral dos jogadores."

O torneio contará com 12 equipes da Europa, seis da América do Sul e quatro de cada uma das seguintes regiões: Ásia, África e América do Norte e Central. Completam a lista de participantes o Auckland City e o Inter Miami, de Lionel Messi.

Nem todas as reações foram negativas. O técnico do Paris Saint-Germain, Luis Enrique, afirmou que "todos" querem disputar a competição.

"A cada quatro anos, teremos essa nova competição extremamente empolgante. Todos querem jogar o Mundial de Clubes", declarou ele no ano passado.

O torneio será realizado em 12 estádios espalhados por 11 cidades dos Estados Unidos, com a final acontecendo no MetLife Stadium, em Nova Jersey, que também será palco da final da Copa do Mundo de 2026.