Especialista diz que ‘vaquinha’ para estádio do Flamengo é boa ideia, mas não resolve o problema

O Flamengo terá uma ausência importante no início de 2025. O atacante Carlinhos foi suspenso por 30 dias pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e multado em R$ 5 milhões. A decisão ocorreu após o jogador danificar a cabine do VAR durante uma partida contra o Grêmio, no Brasileirão, em setembro deste ano.

A punição foi definida em uma votação apertada, com quatro votos favoráveis e três contrários, após recurso apresentado pela Procuradoria. Carlinhos havia escapado de sanções mais severas em primeira instância, mas o Pleno atendeu ao recurso, enquadrando-o no artigo 219 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

ENTENDA O CASO: INCIDENTE NO JOGO CONTRA O GRÊMIO

O episódio aconteceu no dia 22 de setembro, quando o Mengão enfrentou o Grêmio, sendo derrotado por 3 a 2. Durante a partida, Carlinhos foi expulso após atingir o zagueiro Kannemann com um tapa. Ao deixar o gramado, o atacante, irritado com a decisão da arbitragem, deu um soco na cabine do VAR, quebrando a proteção acrílica.

A Procuradoria denunciou o atleta com base nos artigos 254-A (prática de agressão) e 219 (danos ao patrimônio). Em primeira instância, a denúncia no artigo 254-A foi desclassificada, e a conduta foi enquadrada no artigo 258 (conduta antidesportiva), mas considerada prescrita. O recurso da Procuradoria resultou na condenação pelo artigo 219, que prevê a suspensão mínima de 30 dias.

ARGUMENTOS DA DEFESA E DA PROCURADORIA NO JULGAMENTO

Durante o julgamento, o procurador-geral Paulo Emílio Dantas defendeu a punição, destacando a relevância da cabine do VAR como parte integrante da estrutura do estádio. “A cabine do VAR é citada como elemento da praça de desporto, e o artigo 219 prevê a suspensão de 30 dias como pena mínima para este tipo de dano”, argumentou.

Por outro lado, Michel Assef Filho, advogado do Mais Querido, argumentou que a intenção do jogador não era causar danos, mas sim protestar contra a arbitragem. “Carlinhos agiu de forma imprudente, mas sem dolo de danificar a estrutura. Ele apenas queria demonstrar sua insatisfação com a expulsão”, afirmou.

O atacante Paulinho, atualmente no Atlético-MG, está próximo de ser anunciado como reforço do Palmeiras para 2025. Caso a negociação se concretize, o jogador poderá ultrapassar Arrascaeta, do Flamengo, no ranking de transferências mais caras entre clubes brasileiros.

Desde 2019, o uruguaio lidera essa lista, após o Flamengo pagar R$ 89,4 milhões ao Cruzeiro para contar com o meia. Segundo informações do GE, o Palmeiras planeja desembolsar R$ 117 milhões por Paulinho, além de incluir dois atletas no acordo com o Atlético-MG.

O segundo maior valor pago por um clube brasileiro a outro foi registrado em 2024, quando o Palmeiras investiu R$ 62,1 milhões para contratar Maurício, do Internacional. Na sequência, aparecem Allan (R$ 43 milhões, do Atlético-MG para o Flamengo), Leandro Damião (R$ 41,6 milhões, do Internacional para o Santos) e Bruno Praxedes (R$ 35,9 milhões, do Internacional para o RB Bragantino).

Dominância de Flamengo e Botafogo no Top-5 Geral

Quando se consideram transferências envolvendo jogadores vindos de clubes estrangeiros, Arrascaeta ocupa o quinto lugar no ranking geral. A provável chegada de Paulinho ao Palmeiras, por R$ 117 milhões, o colocaria como segundo colocado e tiraria o uruguaio do Top-5.

No topo da lista está Thiago Almada, contratado pelo Botafogo junto ao Atlanta United (EUA) por R$ 137,4 milhões. O segundo lugar pertence a Carlos Alcaraz, adquirido pelo Flamengo junto ao Southampton (ING) por R$ 110,6 milhões.

Luiz Henrique, que saiu do Betis (ESP) para o Botafogo por R$ 106,6 milhões, ocupa a terceira posição. Logo após, está Gerson, pelo qual o Flamengo pagou R$ 92 milhões ao Olympique de Marseille (FRA).

Além de Arrascaeta, que aparece em quinto, o Flamengo domina as colocações seguintes: Pedro, Gabigol, Nicolás de la Cruz e Everton Cebolinha estão entre os dez mais caros. A única exceção além de Botafogo e Flamengo é Lucho Rodríguez, contratado pelo Bahia junto ao Liverpool (URU) por R$ 65,3 milhões.

Lucas Paquetá, atualmente no West Ham (Inglaterra), tem demonstrado interesse em retornar ao futebol brasileiro. O meia, que já foi cobiçado por Pep Guardiola no Manchester City, considera com bons olhos uma transferência para o Brasil, com o Flamengo como destino preferido. O interesse mútuo entre jogador e clube carioca, no entanto, ainda depende de fatores financeiros e judiciais.

Apesar de ter sido declarado inegociável em janelas anteriores, o West Ham agora estaria disposto a ouvir propostas que atendam suas exigências financeiras. Segundo informações do portal Goal, Paquetá, de 27 anos, já tentou um acordo com o Flamengo recentemente, mas o clube inglês recusou qualquer oferta. O contrato do atleta é válido até junho de 2027, o que significa que qualquer negociação exigirá uma quantia significativa para liberar o camisa 10.

POLÊMICAS ALINHAM SAÍDA DO MEIA 

Uma das principais incertezas envolvendo o futuro de Lucas Paquetá é o julgamento marcado para março de 2025. A Federação Inglesa acusa o jogador de envolvimento em apostas esportivas, uma infração grave que, se confirmada, pode resultar em punições da FIFA e inviabilizar sua atuação nas principais ligas do mundo. Essa situação adiciona um fator de risco para clubes interessados, mas também pode tornar o retorno ao Brasil mais viável, caso ele opte por se afastar dos holofotes internacionais.

PRIORIDADE É O FLAMENGO 

O Flamengo, clube que revelou Lucas Paquetá, surge como principal candidato a repatriar o jogador. Além da identificação com o clube e da relação próxima com a torcida, o meia vê a equipe rubro-negra como uma oportunidade de retomar sua carreira com estabilidade. No entanto, o Botafogo, outro grande do futebol carioca, também monitora a situação de Paquetá e poderia entrar na disputa, dependendo dos valores envolvidos.

Com as portas mais abertas para negociações, o West Ham também estaria analisando alternativas para substituir Paquetá, caso uma saída seja concretizada. A venda do jogador não apenas aliviaria os cofres do clube londrino, mas também possibilitaria a reinvestimento em novos talentos para reforçar o elenco.