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Após a vitória do Flamengo por 1 a 0 sobre o Internacional, pela Libertadores, Emerson Royal concedeu entrevista para explicar o momento em que foi vaiado pela torcida no Maracanã. O lateral-direito, substituído no segundo tempo devido a uma entorse no tornozelo esquerdo, justificou a queda de rendimento dizendo que tentou permanecer em campo para ajudar a equipe, mesmo com dores, e pediu desculpas aos torcedores que entenderam que isso acabou prejudicando o time.

Emerson Royal sobre vaias em Flamengo x Internacional: "eu não sou um robô"

“A torcida está no direito dela. Se eu não puder render 100%, eles têm o direito de cobrar. No começo do jogo, tive uma entorse que acabou condicionando meu desempenho. Não conseguia arrancar, saltar ou mudar de direção, e isso complicou um pouco” explicou.

CONFIANÇA INTACTA

O jogador reforçou que a situação não abalou sua confiança, mas que entende a reação vinda das arquibancadas: “Eu entendo o lado deles e espero que entendam o meu também, porque eu não sou um robô. Tentei o máximo para ajudar o Flamengo. Se, de alguma forma, isso não foi aceito ou acabou prejudicando, peço desculpas. Meu objetivo sempre foi contribuir com o time”, completou.

Apesar do choque no tornozelo logo no início, Emerson foi participativo nos primeiros minutos e uma das principais armas ofensivas até os 10 minutos de jogo. Após um segundo trauma no local, seu desempenho caiu. Ele encerrou a partida com uma interceptação, um desarme e três duelos defensivos vencidos. Com a bola, acertou 30 de 33 passes e não teve sucesso nas duas tentativas de cruzamento. O fator determinante para a queda de ritmo, segundo o atleta, foi a limitação física.

‘FOGE DOS MEUS PRINCÍPIOS’, DIZ EMERSON SOBRE PEDIR SUBSTITUIÇÃO

O lateral destacou que não costuma pedir para sair de campo logo no início de uma partida, pois prefere “lutar até o fim”. Emerson contou que, no intervalo, chegou a pedir uma infiltração para tentar retornar ao segundo tempo, mas a possibilidade de piora no desempenho levou Filipe Luís a optar pela entrada de Guillermo Varela.

“Dois minutos de jogo e levantar a mão para pedir substituição não é minha personalidade. Isso foge dos meus princípios, vou tentar até o final. Pedi ao doutor no intervalo para fazer algo, uma injeção, qualquer coisa, porque queria ajudar o Flamengo no segundo tempo. Mas decidimos que não era o melhor, já que minha performance poderia cair ainda mais. No início eu estava bem, mas a dor foi aumentando, e começou a me limitar na mudança de direção, na arrancada e até para saltar”, concluiu.

O técnico Roger Machado deixou o Maracanã com uma visão distinta da vitória do Flamengo por 1 a 0 sobre o Internacional, no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. Apesar da ampla posse de bola e das várias chances criadas pelo Rubro-Negro, o treinador afirmou que o Colorado controlou a partida e já projetou um duelo de volta diferente, apostando no fator casa e na postura da equipe.

Roger Machado sobre jogo no Beira-Rio: "O Flamengo vai usar a vantagem, negando nosso campo"

“Vou analisar o jogo ainda, não consigo um diagnóstico tão rápido. A estratégia no primeiro tempo funcionou em partes, porque não cuidamos bem da bola. Vamos corrigir a bola parada, fazer ajustes. Em casa, jogando como atuamos, teremos outra condição. O Flamengo vai usar a vantagem, negando nosso campo e buscando as costas da defesa. Precisaremos estar com o processo defensivo e o controle de transição muito bem ajustados para evitar contra-ataques”, disse Roger Machado.

SEGUNDO TEMPO PODE SER INDÍCIO

O treinador espera um jogo mais parecido com o segundo tempo no Maracanã, quando o Inter teve mais posse de bola e finalizou mais que o Flamengo (4 a 2), embora sem criar grandes oportunidades. A recuperação rápida da bola nos primeiros 20 minutos da etapa final foi favorecida pelos erros de passe do adversário, mas o Colorado não conseguiu repetir o domínio rubro-negro da primeira metade. O Fla, inclusive, teve chance clara com Luiz Araújo, defendida por Rochet, e equilibrou as ações no fim.

RETROSPECTO INDICA O OPOSTO

Apesar da leitura de Roger, é improvável que o Flamengo adote uma estratégia de esperar atrás e explorar contra-ataques no Beira-Rio, ao menos no início. A equipe tem como marca impor seu jogo também fora de casa. Nos últimos três compromissos como visitante — contra Atlético-MG, Ceará e Red Bull Bragantino —, o Rubro-Negro teve mais posse de bola e finalizações, conquistando duas vitórias e um empate no tempo normal, mesmo com a eliminação na Copa do Brasil.

O retrospecto da temporada reforça essa tendência: 13 vitórias, seis empates e apenas duas derrotas fora de casa, com 33 gols marcados e 10 sofridos. A primeira prova deste teste vem neste domingo (17) quando o Flamengo vai à Porto Alegre para encarar o próprio Internacional, mas desta vez pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida será às 18h30 (horário de Brasília) no Beira-Rio.

O Flamengo dominou completamente o primeiro tempo, mas apresentou queda de desempenho na segunda etapa na vitória por 1 a 0 sobre o Internacional, nesta quarta-feira (13), no Maracanã, pelo jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. Para o técnico Filipe Luís, a explicação é simples: erros técnicos individuais.

Filipe Luís sobre o segundo tempo do Flamengo: "Não voltamos diferentes, mas o Inter voltou"

“No primeiro tempo, foi excelente. O plano de jogo funcionou perfeitamente, tivemos muito volume para marcar. Infelizmente, ou felizmente, só fizemos um gol e mantivemos a vantagem. Não voltamos diferentes, mas o Inter voltou. Acredito que muito se deve a erros técnicos individuais, que nos tiraram o domínio e o controle”, avaliou o treinador.

Filipe detalhou que as falhas fizeram o time se desorganizar e se abrir mais do que o necessário: “Esses erros nos obrigaram a correr mais, a sair em transições e deixar o time espaçado. A cada recuperação de bola, fomos extremamente verticais, sem paciência para montar nossa estrutura. Não conseguimos nos reorganizar e isso se arrastou até o fim. Mesmo assim, criamos chances claras de gol”, completou.

Apesar da queda de rendimento, o técnico ressaltou que o adversário pouco ameaçou e que a vantagem, embora mínima, mantém a eliminatória aberta: “O Inter não criou chances, nós tivemos mais oportunidades. Fizemos 1 a 0 e vamos com essa pequena vantagem. Nada está definido, está totalmente aberto. Vamos para o segundo jogo para vencer”, concluiu.

COMO FOI O JOGO

O Flamengo sufocou o Internacional no primeiro tempo, abrindo o placar aos 27 minutos, quando Bruno Henrique cabeceou após escanteio cobrado por Luiz Araújo. A vantagem poderia ter sido maior, já que o time finalizou oito vezes antes do intervalo. Na segunda etapa, o número caiu para apenas dois chutes.

PRÓXIMO COMPROMISSO

Antes da volta pela Libertadores, Flamengo e Internacional se reencontram pelo Brasileirão. O duelo acontece neste domingo (17), às 18h30 (horário de Brasília), no Beira-Rio, em Porto Alegre, pela 20ª rodada. O Mengão é o líder da competição com 40 pontos. Já o Colorado está na 11ª colocação.