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O Flamengo deu um passo importante no planejamento para a temporada 2025 ao demonstrar interesse em repatriar Lucas Paquetá, cria da base rubro-negra e atualmente jogador do West Ham (ING). O clube inglês, por sua vez, sinalizou disposição para negociar o meio-campista, especialmente se receber uma boa oferta na próxima janela de transferências.

O desejo de Paquetá

Segundo o jornalista Ekrem Konur, o West Ham está aberto a conversas e Lucas Paquetá também manifestou interesse em voltar ao Flamengo. O jogador tem contrato com o clube inglês até junho de 2027, com opção de renovação por mais um ano. Paquetá recebe cerca de R$ 4,3 milhões por mês no West Ham, e seu valor de mercado é estimado em 40 milhões de euros (R$ 255 milhões), de acordo com o Transfermarkt.

Paquetá e o Botafogo

Embora o Botafogo também esteja de olho no meio-campista, Paquetá não tem interesse em atuar no clube alvinegro. A intenção do jogador é retornar ao Flamengo, onde iniciou sua carreira e se destacou antes de se transferir para o futebol europeu.

Vale lembrar que o Botafogo estuda envolver Igor Jesus em uma troca com o West Ham para suprir a ausência do atacante Michail Antonio, que passou por cirurgia após um acidente de carro. No entanto, o cenário atual indica que o destino de Paquetá pode ser mesmo o Mengão.

Histórico no West Ham

Lucas Paquetá chegou ao West Ham em agosto de 2022, em uma transferência de mais de R$ 300 milhões do Lyon (FRA). Desde então, o meio-campista disputou 101 partidas, marcando 15 gols e distribuindo 14 assistências. Além disso, Paquetá se consolidou como um dos melhores jogadores brasileiros atuando na Europa.

O possível retorno de Lucas Paquetá ao Flamengo reacende a conexão entre o clube e sua base, além de elevar o patamar do elenco para as competições de 2025. A próxima janela de transferências será decisiva para definir o desfecho dessa negociação.

O Flamengo teve a melhor média de público do Campeonato Brasileiro em 2024, mas os números do sócio-torcedor não traduzem a força dos rubro-negros. Apenas o sétimo clube com a maior base nacional, o clube vê o programa oferecer poucas vantagens mesmo a quem mora o Rio de Janeiro. A diretoria de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, assume o comando com a missão de mudar esse cenário.

Vale ressaltar que Bap e seus pares começam de fato a fazer a transição entre as diretorias nesta semana. Isso porque o presidente Rodolfo Landim não quis adiantar o processo antes da posse, nesta quarta-feira, na Gávea. Só então a nova direção terá acesso a documentos, gastos e outros dados internos para iniciar possíveis mudanças.

O que pensa Bap?

O Fla hoje tem uma base de 77.577 sócios. A prioridade é de quem paga mais caro, não necessariamente quem frequenta mais jogos. Para finais e duelos importantes, por exemplo, os ingressos sequer chegam em planos mais acessíveis, mesmo que o torcedor vá a todas as partidas do ano.

O plano de Bap é reformular o conceito do programa de sócio do Flamengo. Entre as ideias estão tornar a plataforma uma forma ampla de relacionamento com os clientes, agregar valor com descontos em produtos licenciados ou "CoBranded" desenvolvidos pelo clube, além de melhorar a experiência do usuário com facilidade de interação.

A nova gestão também pretende avaliar a possibilidade da criação de uma categoria popular no sócio. Outra medida será comprar a carga de ingressos como visitante para revender no próprio site, atendendo melhor aos sócios e aos torcedores locais.

Há uma ideia de gerar benefícios para quem, por exemplo, não usufrui dos ingressos. Transformar o programa não só em uma plataforma de venda de bilhetes, mas expandir. Muitas pessoas são sócias de fora do Rio de Janeiro e têm poucas ou nenhuma oportunidade de ver o time jogar presencialmente.

Um dos principais objetivos expostos pela chapa era potencializar os ganhos do Fla no mundo digital. Seja com o sócio, as redes sociais ou a FlaTV. Bap entende que o clube explorou mal a expansão da marca.

"O Flamengo faz muito pouco dinheiro no mundo digital. Qualquer influencer hoje que tem um milhão de seguidores faz um valor razoável de faturamento por mês. O Flamengo tem 37 milhões de seguidores únicos de redes sociais e não monetiza isso. O clube não faz nenhuma conexão entre os produtos que licencia e o consumo associado da sua torcida ou dos sócios-torcedores. A gente tem que fazer essa conexão. O Flamengo tem que desenvolver conteúdo dentro de casa, ser como uma Disney. Criar conteúdo em cima do que tem no departamento de futebol e colocar isso na FlaTV. Tem alternativas do que você pode e deve fazer com o clube que podem gerar mais receitas", disse Bap em entrevista ao portal 'UOL' em 5 de novembro

A ideia também é que o clube aproveite o novo estádio para mudar os planos. Isso ainda será estudado com mais calma. Bap, seus pares e potenciais parceiros já conversam sobre as ideias para o programa como um todo há 90 dias.

"Um dos temas mais falados sobre o sócio-torcedor é a possibilidade de ter direito a voto. Bap não quis opinar sobre um aumento do colégio eleitoral do Flamengo. "É um assunto que cabe ao sócio decidir, não sou dono do Flamengo e nem mais importante do que ninguém", disse.

Esse conceito emocional de 45 milhões de caras que são, em tese, donos do Flamengo não é o que reza o estatuto do clube. Ou você tem um argumento muito bom para esses 6, 7 mil sócios que votam, ou isso não vai mudar. A renovação do quadro de associados do Flamengo nos últimos 12 anos foi incrível. Tem um clube muito mais moderno, vibrante, com mais gente nova, novos pensamentos. Já aprendi que a opinião que temos isolada tem pouco valor, ainda mais quando se trata de um assunto tão sensível quanto esse.

Bap foi um dos responsáveis pela criação do programa de sócio-torcedor no início da gestão de Eduardo Bandeira de Mello. Ele era vice-presidente de marketing do Flamengo. Na época, defendeu a política de ingressos mais caros para incentivar a associação e também de mandar jogos fora do Rio para arrecadar mais.

Com o fim da temporada 2024, o Flamengo já inicia os preparativos para mudanças no elenco, e uma das primeiras ações da gestão de Luiz Eduardo Baptista (Bap) pode ser oficializar Arrascaeta como o novo camisa 10 do clube. Segundo informações do portal ‘Coluna do Fla’, membros da chapa de Bap sugeriram que o uruguaio comece 2025 com o número histórico nas costas.

Desejo antigo de Arrascaeta

Desde a saída de Gabigol, que vestiu a camisa 10 até ser punido por ser visto publicamente usando a camisa do Corinthians, Arrascaeta deixou claro seu interesse em assumir o número. Recentemente, o uruguaio revelou ter discutido o tema com Bruno Spindel, então diretor executivo de futebol do Flamengo.

“É um número que simboliza muito. Eu tenho total respeito e carinho com Gabi. Até já tinha falado com o Bruno Spindel (diretor executivo) aqui. Eu não quero falar nada e nem nenhuma coisa enquanto o Gabi estiver conosco porque eu respeito a presença dele. A gente ficou sabendo que o Gabi não vai continuar conosco, vou esperar essa daí (risos)”, disse, em entrevista ao GE.

Apesar de ter construído uma carreira de sucesso com a camisa 14, o meia teria agora a oportunidade de carregar o legado de grandes ídolos do clube com a camisa 10.

Zico aprova a mudança

O maior ídolo da história do Flamengo, Zico, deu sua aprovação para que Arrascaeta assuma o número. Em declaração, o "Galinho de Quintino" destacou que não vê problemas em passar o manto para o uruguaio:

"Eu abençoei todos, comigo não tem esse negócio de número. Foi uma honra ter vestido a camisa 10 do Flamengo, acho que honrei bem aquela camisa, aquele número. E lógico que quem vier, vai estar sempre bem-vindo."

O histórico da camisa 10 nos últimos anos

Desde 2019, o número foi usado por Gabigol, que inicialmente chegou ao Flamengo vestindo a 9. Com atuações decisivas e conquistas importantes, o atacante foi agraciado com a camisa 10 em 2023. Contudo, em meio a punições e desgastes com a diretoria durante a temporada 2024, o clube retirou o número de Gabigol, que passou a usar a 99 até sua saída.

Agora, com o número vago, a expectativa é que Arrascaeta escreva um novo capítulo na história do Flamengo, vestindo o manto 10 a partir de 2025.