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O Bahia deixou o Maracanã com mais uma derrota no Campeonato Brasileiro, mas Cauly preferiu destacar o desempenho coletivo da equipe. Em entrevista logo após o apito final, o meia valorizou a postura dos companheiros diante do Flamengo, mesmo com a dificuldade de jogar fora de casa.
— Acho que a gente fez uma boa partida. Tem uma desvantagem ao tomar um gol logo no início, mas a gente correu atrás do resultado. É muito difícil jogar aqui, todo mundo sabe — afirmou Cauly.
O único gol da partida saiu cedo. Aos sete minutos do primeiro tempo, Michael fez cruzamento na medida e Arrascaeta apareceu livre para testar firme e vencer o goleiro do Bahia. O lance acabou se tornando decisivo para o desfecho do confronto. Mesmo em vantagem, o Flamengo seguiu criando chances. O time teve outras oportunidades claras, principalmente nos minutos finais, mesmo depois da expulsão de Gerson. O volante recebeu cartão vermelho direto e deixou o Rubro-Negro com um a menos.
Apesar do placar magro, o duelo teve intensidade. Tanto o Flamengo quanto o Bahia sofreram com o desgaste físico, e os dois treinadores precisaram fazer mudanças forçadas. Do lado baiano, Rogério Ceni optou por preservar nomes importantes pensando no calendário apertado e nos compromissos pela Libertadores.
No Flamengo, Tite também promoveu alterações. Nomes como Pedro, De La Cruz e Wesley iniciaram no banco de reservas. Além disso, o treinador precisou lidar com duas baixas ainda no primeiro tempo: Allan e Pulgar saíram lesionados. As mudanças, no entanto, não impediram o Rubro-Negro de manter a postura dominante. Com mais posse de bola e controle territorial, a equipe carioca administrou a vantagem e deixou o campo com mais três pontos no Brasileirão.
O triunfo levou o Flamengo à parte de cima da tabela e ampliou a sequência positiva da equipe no Maracanã. Já o Bahia, mesmo com a derrota, demonstrou competitividade e organização diante de um dos favoritos ao título. A análise de Cauly reflete um cenário comum entre clubes que enfrentam o Flamengo em seus domínios: o peso do Maracanã, aliado à qualidade técnica do elenco rubro-negro, impõe desafios desde o início.
O gol que definiu o confronto saiu após um erro na parte defensiva, aproveitada por Pedro, que balançou as redes já na reta final do jogo
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Apesar do placar apertado, o técnico Renato Gaúcho defendeu a atuação do Fluminense, apontando que sua equipe fez um bom jogo do ponto de vista tático. Para ele, o Flamengo teve mais posse de bola, mas criou poucas chances reais — assim como o Tricolor.
Na entrevista coletiva, Renato destacou que sua equipe foi bem organizada, mesmo com limitações no ataque. O técnico ainda voltou a citar que o erro que culminou no gol de Pedro foi semelhante a uma falha cometida na rodada anterior, contra o Cruzeiro.
O único gol da partida nasceu de uma cobrança de escanteio. Léo Ortiz desviou na primeira trave e Pedro apareceu na segunda para empurrar para o fundo do gol. A jogada, segundo Renato Gaúcho, exemplifica uma desatenção coletiva, que já havia se repetido anteriormente.
Renato fala sobre a derrota ao Flamengo: “Essa desatenção que a gente teve também no primeiro tempo do jogo contra o Cruzeiro. E nós pagamos caro.”
Apesar da boa atuação defensiva durante quase todo o confronto, o erro custou pontos preciosos para o Fluminense no Campeonato Brasileiro. Mesmo com a derrota, o treinador ressaltou o equilíbrio da partida. Ele afirmou estar satisfeito com a entrega e posicionamento dos jogadores, apesar de o Flamengo ser um dos postulantes ao título.
O Tricolor adotou uma postura mais conservadora, priorizando a marcação e tentando neutralizar o setor ofensivo do Flamengo, que conta com nomes como Everton Cebolinha, Gerson e Bruno Henrique. Durante o clássico, o Flamengo manteve maior controle da posse de bola, o que não se refletiu em um número expressivo de chances criadas. Ainda assim, o Rubro-Negro foi mais eficiente e aproveitou a falha adversária para garantir os três pontos.
O ex-jogador do Mais Querido foi peça principal da equipe portuguesa, fazendo com que o time tivesse a melhor campanha da história
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Destaque no Santa Clara (POR), o cria do Ninho, Gabriel Batista, renovou seu contrato com a equipe portuguesa. O clube da região dos Açores anunciou neste último domingo (20) a extensão do vínculo com o goleiro até o meio de 2028.
Gabriel Batista é o capitão e titular absoluto do Santa Clara. Além disso, o arqueiro foi peça importante na campanha que garantiu o retorno do clube português à elite da Liga Portuguesa e, na última temporada, liderou o elenco que fez a melhor campanha da história da equipe, se classificando para a Conference League.
"Estou muito feliz por ter renovado. Já são três anos a vestir esta camisola e é uma felicidade imensa continuar neste projeto. Tenho mais responsabilidade e estou muito feliz por continuar a fazer parte deste grupo e deste emblema", disse Gabriel aos canais oficiais do clube.
Gabriel chegou ao Flamengo ainda na adolescência e percorreu todas as categorias de base no Ninho do Urubu. O jovem foi promovido ao elenco profissional em 2017 e fez parte do período vitorioso do clube, conquistando títulos como a Libertadores (2019) e Brasileirão (2019 e 2020).
O arqueiro disputou ao todo 27 partidas oficiais pelo Flamengo antes de se transferir ao Sampaio Corrêa-MA por empréstimo e, logo depois, foi para Portugal. O jovem vive o auge de sua carreira no futebol europeu pelo Santa Clara.
O treinador por sua vez, segue amadurecendo como comandante, encarando de frente os desafios de um clube movido à emoção durante a temporada
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Antes de ser herói do clássico, Pedro enfrentou duras críticas de Filipe Luís. O técnico revelou que o atacante estava com rendimento abaixo dos demais nos treinos e chegou a mencionar dados de GPS que colocavam o jogador atrás dos companheiros em intensidade e desempenho físico.
Apesar das cobranças públicas, Pedro mostrou resiliência. Trabalhou em silêncio, se defendeu internamente e respondeu dentro de campo com o que sabe fazer de melhor: gol. Esse episódio mostra mais uma vez a capacidade de superação do jogador, que já viveu altos e baixos desde que chegou ao Flamengo.
Em um clube onde a pressão é constante, a reação imediata ganha ainda mais relevância. Desde que assumiu o Flamengo, Filipe Luís tem enfrentado os desafios de ser técnico de um dos clubes mais intensos do país. A vitória no Fla-Flu trouxe alívio momentâneo, mas o treinador sabe que o ambiente é volátil.
Em entrevista após o jogo, o ex-lateral afirmou se sentir confortável com a pressão e revelou que já aprendeu a lidar com as críticas. Ele destacou ainda a importância do apoio familiar e da paixão pela profissão como elementos que o mantêm firme, mesmo nos momentos de turbulência.
O Flamengo tem um histórico de viver entre o céu e o inferno em questão de dias. Qualquer tropeço vira crise, enquanto vitórias geram euforia imediata. Filipe Luís reconhece essa realidade e acredita que é necessário saber "viver no meio da loucura" para ter sucesso no clube: “Para trabalhar no Flamengo, você tem que saber lidar com o caos. Tem que saber viver no meio dessa loucura que é esse clube.”- disse Filipe Luís.