Livre no mercado, ex-Chelsea é oferecido ao Flamengo

O Flamengo finalizou a janela de transferências com quatro novos nomes: Emerson Royal, Saúl, Carascal e Samuel Lino. Apesar de ter monitorado outras posições, a diretoria optou por não avançar em negociações, priorizando setores considerados mais urgentes no momento.

A busca por um substituto para Matheus Cunha, que já tem acordo para atuar pelo Cruzeiro a partir de 2026, fez o clube avaliar a contratação de um novo goleiro. O nome mais próximo foi Gabriel Brazão, do Santos, mas os valores pedidos pela equipe da Vila Belmiro foram considerados fora da realidade para um atleta reserva de Rossi.

A posição de centroavante também foi avaliada, mas sem avanços significativos. Taty Castellanos, da Lazio, chegou a ser monitorado, porém sem qualquer proposta oficial. Outro caso foi o de Lucas Beltrán, da Fiorentina, mas a vontade do argentino e de sua família de permanecer na Europa impediu uma negociação. Internamente, a diretoria não vê a posição como prioridade imediata. A informação é do portal GE. 

DEFESA CONTA COM NOMES DE SELEÇÃO

No setor defensivo, o Flamengo analisou nomes para a zaga, mas optou por não investir. Com Léo Ortiz, Léo Pereira e Danilo à disposição, o entendimento é que o elenco tem qualidade suficiente para o momento. Apesar das lesões recentes de Danilo, a confiança da diretoria e da comissão técnica no zagueiro segue firme.

A saída de Cleiton, que não terá o contrato renovado, abre espaço para jovens da base. João Victor e Iago devem ganhar minutos já no Campeonato Carioca, reforçando o planejamento de valorizar talentos formados no Flamengo.

PLANEJAMENTO SEGUE COM FOCO

Com a janela encerrada, o clube carioca reforça que o foco segue em manter o equilíbrio entre experiência e juventude, sem comprometer o planejamento financeiro. O departamento de futebol trabalha para desenvolver jogadores da base enquanto monitora oportunidades para futuras contratações.

O Flamengo enviou uma notificação à Globo e aos demais clubes da Libra solicitando que o repasse do dinheiro do pay-per-view seja suspenso até que haja um novo acordo sobre a divisão das receitas de televisão. O clube entende que, por ser responsável pela maior audiência, deve receber uma fatia maior — posição que gerou forte reação dos demais integrantes do bloco.

A decisão partiu da atual diretoria rubro-negra, comandada por Luiz Eduardo Baptista (Bap), que discorda dos termos assinados pela gestão anterior. Segundo cálculos internos, o Flamengo teria prejuízo de aproximadamente R$ 100 milhões, enquanto clubes como Bahia, Red Bull Bragantino, Atlético-MG e Vitória seriam beneficiados. A informação foi revelada pelo jornalista Rodrigo Mattos, do UOL.

O PONTO DE ATRITO

Os direitos de transmissão são divididos em três frentes: TV aberta, TV fechada e pay-per-view. O Flamengo não contesta os dois primeiros, mas discorda do modelo aplicado ao último, já que perdeu grande parte do que recebia em acordos anteriores.

No acordo entre Globo e Libra, a previsão é de arrecadar R$ 1,170 bilhão a ser distribuído entre os 20 clubes do Brasileirão. O impasse está no montante variável do pay-per-view, estimado entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões, que hoje considera métricas como o Ibope.

A diretoria rubro-negra defende que a divisão seja proporcional ao número de assinantes. Para o clube, não faz sentido que, em um confronto como Flamengo x Red Bull Bragantino, ambos recebam valores iguais, já que a maioria da audiência acompanha a partida para torcer pelo Flamengo.

DENTRO DE CAMPO

Enquanto a diretoria pressiona nos bastidores, o elenco segue em preparação para a retomada da temporada. Sob o comando de Filipe Luís, os jogadores folgam nesta terça-feira (9) e se reapresentam na quarta (10), de olho no duelo contra o Juventude, no dia 14 de setembro, em Caxias do Sul, pelo Brasileirão.

O Flamengo lançou nesta terça-feira (09/09/2025) uma iniciativa ousada: solicitar à ONU o reconhecimento oficial da Nação Rubro-Negra como a primeira “Nação simbólico-cultural” do mundo. O anúncio foi feito por Zico, ídolo máximo do clube, em pronunciamento transmitido pelo Maracanã por meio da FlamengoTV.

Segundo o ex-jogador, a força da torcida vai além do futebol. “Se fôssemos um país, teríamos a 36ª maior população do mundo. Somos mais de 45 milhões de pessoas unidas por uma mesma bandeira, por uma mesma cultura e por um mesmo sentimento que atravessa gerações”, afirmou o Galinho.

O movimento busca dar caráter simbólico a algo que já é percebido na prática: a torcida rubro-negra não é apenas numerosa, mas carrega símbolos, músicas, tradições, heróis e uma identidade coletiva que ultrapassa fronteiras. A proposta apresentada reforça que a paixão pelo clube já se configura como expressão cultural reconhecida dentro e fora do Brasil.

TORCIDA PODE PARTICIPAR ATRAVÉS DE PETIÇÃO

Como parte da ação, foi criada a plataforma peticao.flamengo.com.br, onde os torcedores podem assinar digitalmente e apoiar o pedido. O engajamento popular é considerado essencial para dar visibilidade ao movimento, que já mobiliza milhões de pessoas em redes sociais e ambientes digitais.

CAMPANHA TEM CRIAÇÃO DA ARTPLAN

A campanha foi idealizada pela agência Artplan, com estratégia da Quintal, e conta com desdobramentos multiplataforma para reforçar a presença cultural do clube. Além de Zico, Adriano Imperador também aderiu à iniciativa, agregando ainda mais simbolismo ao movimento. Como destacou o material de divulgação: poucas nações podem afirmar que possuem um rei e um imperador ao mesmo tempo.