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Na última segunda-feira (13), a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, fez críticas à decisão de clubes que realizam pré-temporadas no exterior, incluindo o Flamengo. Apesar do tom provocativo, o novo presidente rubro-negro, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, optou por uma abordagem diplomática e entrou em contato com Leila para comentar sua declaração.
De acordo com informações do Uol Esporte, Bap explicou à presidente palmeirense que a atual gestão rubro-negra teve de lidar com um planejamento herdado da administração anterior, liderada por Rodolfo Landim. Ele destacou que a viagem para a Flórida, nos Estados Unidos, já estava contratada e que esforços foram feitos para reduzir os custos e minimizar os impactos da decisão.
Durante a conversa, Bap teria concordado com Leila de que o ideal seria que a pré-temporada do Flamengo fosse realizada no Brasil, alinhada à estrutura do clube. O mandatário Rubro-Negro também deixou claro que, a partir de 2026, a programação deve ser reformulada sob sua gestão.
O QUE DISSE LEILA PEREIRA
Leila Pereira foi enfática em suas críticas à prática de realizar pré-temporadas fora do Brasil.
"Fizemos nossa pré-temporada aqui em São Paulo. Esse negócio de fazer pré-temporada no exterior é para dirigente passear. Não tem nenhum benefício para o atleta, não tem benefício financeiro para o clube, absolutamente nada. Isso é para dirigente passear lá na Disney, e isso eu não admito aqui no Palmeiras."
A mandatária do Palmeiras também ressaltou o impacto do calendário intenso sobre os jogadores:
"O atleta já tem que viajar o ano inteiro nesse calendário insano, aí na pré-temporada, que ele pode ficar na cidade dele, com toda a estrutura do clube, vai para a Disney? Ninguém quer isso, é coisa de dirigente passear."
PRÉ-TEMPORADA DO FLAMENGO NOS EUA
Além do Flamengo, clubes como Cruzeiro, São Paulo e Atlético-MG também estão participando do FC Series, um evento realizado na Flórida e organizado pelo Orlando City (EUA). A programação do Flamengo, que inclui um amistoso contra o São Paulo, foi definida pela gestão anterior, com previsão inicial de retorno ao Brasil no dia 24 de janeiro.
No entanto, com a transição para a gestão de Bap, ajustes foram feitos no cronograma. Agora, o retorno ao Brasil está antecipado para 19 de janeiro, logo após o amistoso contra o São Paulo.
De volta ao Brasil, o time principal do Flamengo assume a disputa do Campeonato Carioca, substituindo a equipe alternativa. A estreia está prevista para o dia 25 de janeiro, contra o Volta Redonda, possivelmente no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
As penas de prisão foram suspensas, no entanto, sob a condição de que os acusados não frequentem estádios de futebol por 3 anos
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Cinco torcedores foram condenados na última segunda-feira (20) pela Justiça espanhola por proferirem insultos racistas contra o atacante brasileiro Vinícius Jr. durante uma partida entre Real Valladolid e Real Madrid, realizada no dia 30 de dezembro de 2022, no estádio José Zorrilla.
A Segunda Seção da Audiência Provincial de Valladolid reconheceu os réus como culpados pela prática de cinco delitos de ódio. Cada um foi sentenciado a um ano de prisão, além da suspensão do direito de votar e de trabalhar em áreas ligadas à educação, esportes ou lazer por um período de quatro anos. Eles também foram multados com valores entre 1.080 e 1.620 euros.
As penas de prisão foram suspensas, no entanto, sob a condição de que os acusados não frequentem estádios de futebol com competições oficiais pelos próximos três anos. Os torcedores apresentaram uma carta de desculpas a Vinícius Jr. e expressaram arrependimento durante o processo.
"O Real Madrid C. F. informa que a Segunda Seção da Audiência Provincial de Valladolid proferiu hoje sentença condenatória, com acordo entre as partes, contra cinco pessoas que, a partir de seus lugares na arquibancada do estádio José Zorrilla, proferiram insultos racistas contra o nosso jogador Vinicius Jr. durante a partida entre Real Valladolid C. F. e Real Madrid C. F., realizada no dia 30 de dezembro de 2022.
Os acusados foram considerados culpados pela prática de cinco crimes de ódio.
O tribunal determinou a pena de um ano de prisão para cada um dos condenados. Também foi decretada a suspensão do direito de voto passivo pelo mesmo período, a proibição de exercer funções em atividades educativas, esportivas ou de lazer por quatro anos, além do pagamento de multas que variam entre 1.080 e 1.620 euros.
A suspensão das penas de prisão está condicionada ao cumprimento da medida que impede os acusados de frequentar estádios de futebol onde se realizem competições esportivas oficiais pelos próximos três anos. Os réus apresentaram um pedido formal de desculpas e demonstraram arrependimento por meio de uma carta enviada a Vinicius Jr.
Essa condenação penal se soma a outras sentenças proferidas nos últimos meses em casos de insultos racistas dirigidos a jogadores do Real Madrid C. F. nos estádios de Mestalla (Valência), Son Moix (Palma de Maiorca) e Vallecas (Madri). Também foram objeto de condenação penal os insultos racistas publicados contra Vinicius Jr. e outros atletas em fóruns digitais. As condenações por crimes de ódio nesta ocasião representam um reconhecimento explícito da gravidade e da ofensividade dessas condutas.
O Real Madrid, que atuou junto com o seu jogador como acusação particular neste processo — e em muitos outros que ainda tramitam por fatos semelhantes —, continuará trabalhando para proteger os valores do nosso clube e erradicar qualquer comportamento racista no futebol e no esporte."
O volante deixou o Panathinaikos, da Grécia, e agora está livre para assinar contrato com outras equipes; jogador foi especulado no Rubro-Negro
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O Panathinaikos, da Grécia, se despediu de William Arão nesta última terça-feira (20). Assim, o volante está livre no mercado e pode assinar com qualquer outra equipe. Desse modo, o jogador foi especulado para retornar ao Flamengo. Porém, segundo um representante do volante, não há negociações em andamento com o Mais Querido.
"O Arão tem um carinho enorme pelo Flamengo, mas até o momento não houve conversas sobre um possível retorno", afirmou o agente ao jornalista Jonas Stelmann.
Arão também está sendo especulado no Bahia, que é comandado por Rogério Ceni, ex-técnico do Flamengo. Dessa forma, o empresário do volante preferiu despistar uma possível ida do jogador à equipe baiana.
"O atleta também tem um carinho enorme pelo treinador Rogério Ceni, e sabemos que essa admiração é mútua", pontuou.
William Arão teve passagem pelo Flamengo entre 2016 e 2022. Pelo Rubro-Negro, o volante conquistou diversos títulos como: quatro Campeonatos Cariocas (2017, 2019, 2020 e 2021), duas Libertadores (2019 e 2022), dois Campeonatos Brasileiros (2019 e 2020), duas Supercopas do Brasil (2020 e 2021), uma Recopa Sul-Americana (2020).
O atacante do Mais Querido é alvo de inquérito, mas os advogados do jogador afirmam que conduta é conhecida no futebol e não configura como crime
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O caso Bruno Henrique segue ganhando novos capítulos. Agora, a defesa do atacante do Flamengo protocolou pedido de arquivamento do inquérito policial que o investiga por suposta fraude ligada à manipulação de apostas esportivas.
De acordo com informações do portal LeoDias, o documento consta que a conduta imputada a Bruno Henrique, supostamente ter forçado um cartão amarelo para beneficiar apostadores, não se enquadra como crime previsto na legislação brasileira atual.
Além disso, a petição afirma que a conduta atribuída a Bruno Henrique não visava alterar o resultado da partida, como exige o artigo 200 da Lei Geral do Esporte. Além disso, não há previsão legal que criminalize o fornecimento de informações privilegiadas sobre esse tipo de ato.
A defesa de Bruno Henrique cita, inclusive, a CPI das Apostas Esportivas do Senado, que concluiu que ações como essa estão fora da moldura penal vigente e recomendou a criação de um novo tipo penal específico para esses casos.
Os advogados do atacante do Flamengo ainda afirmam que a prática de forçar cartões é conhecida no meio esportivo, além de serem incentivadas por técnicos e já admitida por outros atletas em entrevistas: “Não há dolo de fraudar o resultado, mas sim de se poupar fisicamente ou zerar a contagem de cartões para não desfalcar o time em jogos decisivos”, diz um trecho da petição.
Agora, a defesa de Bruno Henrique aguarda se a 7ª Vara Criminal de Brasília acolherá o argumento e arquivar o inquérito, ou se o caso seguirá para o Ministério Público.