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O clima competitivo do futebol brasileiro muitas vezes ultrapassa os limites do esporte e acaba se tornando palco de atos racistas. Foi o que aconteceu na partida entre Athletico-PR e Flamengo, no dia 7 de maio, pelo Brasileirão. Durante a derrota do Fla por 1 a 2, um torcedor do time sulista imitou um macaco para a torcida rubro-negra. O caso repercutiu e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu denunciar o clube paranaense.
Apesar de grave, o Athletico-PR não corre o risco de perder pontos no Campeonato Brasileiro. Em regra, a pena de pontos de demérito só é aplicada quando o ato racista é cometido “por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade”. Dessa forma, o clube não será prejudicado na classificação, mas poderá sofrer consequências financeiras, com multas de até R$ 100 mil. Segundo informações do Globo Esporte.
Além da penalidade financeira, os torcedores responsáveis por condutas racistas também enfrentarão sérias consequências pela má conduta. Se condenado, o torcedor pode ser banido dos estádios por 720 dias ou até 2 anos, segundo a Polícia Civil.
Recentemente, outro caso de racismo também virou foco do futebol mundial. Cria do Ninho, Vinicius Júnior foi atacado pela torcida do Valencia (ESP), com ofensas racistas, durante a 35ª rodada do Campeonato Espanhol (La Liga). A partida teve uma atmosfera pesada dentro e fora de campo e o ex-Flamengo foi expulso ao tentar escapar de um “mata-leão” que recebeu do rival Hugo Duro. Com o cartão vermelho, Vini Jr foi privado do direito de jogar a próxima partida, só podendo retornar na 37ª rodada do campeonato.
Atacante diz que adversários tinham sensação parecida ao encarar o alvinegro campeão da Libertadores ao histórico Mengão de Jorge Jesus
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O Flamengo de 2019, comandado por Jorge Jesus, segue como referência no futebol brasileiro. Com uma temporada histórica, marcada por títulos e recordes, aquela equipe rubro-negra ainda serve como parâmetro para outras gerações. Em entrevista ao podcast PodPah, o ex-atacante do Botafogo, Luiz Henrique, comparou o Alvinegro de 2024 ao Mengão liderado por Gabigol, Bruno Henrique e Diego Ribas. O jogador falou, ainda, o que faltou para jogar no Mais Querido.
Luiz Henrique compara Botafogo 2024 ao Flamengo 2019: "Os adversários já entravam com medo"
“A gente tinha um treinador excelente. Esse cara (Artur Jorge) blindou muito o nosso grupo. Era um time muito fechado. Por isso, dentro de campo, fazíamos o que fazíamos. Os adversários já entravam com medo, não queriam jogar. Era tipo o Flamengo de 2019: os caras já ficavam com medo. Tentavam fazer cera, entrar na nossa mente, fazer graça… Só que a gente era muito blindado”, afirmou Luiz Henrique.
Em 2019, o Flamengo conquistou Campeonato Carioca, Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores, além de estabelecer o recorde de pontos na era dos pontos corridos, com 90. Já o Botafogo de 2024 também teve uma temporada memorável, levantando os troféus do Brasileirão e da Copa Sul-Americana.
Nos números, no entanto, o Flamengo ainda tem vantagem. A equipe de Jorge Jesus disputou 74 partidas, com 49 vitórias, 16 empates e apenas nove derrotas. O Botafogo, por sua vez, fez 75 jogos em 2024, conquistando 43 vitórias, 19 empates e sofrendo 13 derrotas.
Agora, os dois clubes voltam suas atenções para o Mundial de Clubes da FIFA. O Flamengo estreia nesta segunda-feira (16), às 22h (horário de Brasília), diante do Espérance de Tunis (TUN), no Lincoln Financial Field, na Filadélfia.
Já o Botafogo entra em campo neste domingo (15), às 23h (de Brasília), contra o Seattle Sounders (EUA), em Washington. O Alvinegro está no chamado “grupo da morte”, ao lado de Paris Saint-Germain (FRA) e Atlético de Madrid (ESP), e terá grandes desafios pela frente na competição internacional.
Goleiro é um dos principais destaques do Mengão na temporada e uma parte de seu jogo vem chamando cada vez mais a atenção
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Em entrevista coletiva realizada neste sábado (14), nos Estados Unidos, o goleiro Agustín Rossi falou sobre a preparação do Flamengo para o Mundial de Clubes da FIFA 2025 e comentou aspectos do sistema defensivo rubro-negro, especialmente sua atuação com os pés, algo que tem chamado a atenção.
Rossi sobre jogo com os pés no Flamengo: "Gosto desse estilo e me sinto parte dessa proposta"
Questionado sobre sua evolução nesse fundamento, Rossi destacou que a prática não é novidade em sua carreira, embora não fosse prioridade durante sua passagem pelo Boca Juniors, já havia tido oportunidades de mostrar sua qualidade em outros clubes.
“Não era uma característica do Boca tentar muito jogar assim. Mas antes disso, atuei no Estudiantes com o Milito, no Defensa y Justicia com o Holán, onde era proibido dar chutões, e também com o Beccacece. No Lanús joguei da mesma forma. No Flamengo, tanto com o Sampaoli quanto agora com o Filipe Luís, a ideia é parecida. Gosto desse estilo e me sinto parte dessa proposta”, afirmou o goleiro.
Rossi também foi questionado sobre os números defensivos do Flamengo, que lidera o Campeonato Brasileiro em ações de pressão no campo ofensivo. Para ele, o bom desempenho coletivo na marcação avançada tem sido fundamental para a solidez da equipe na defesa.
“O Filipe (Luís) deixou claro desde o início que queria um time seguro, com qualidade ofensiva, mas também sólido defensivamente. Sabemos que a defesa começa no ataque. Somos o time que mais pressiona no Brasileirão, e isso influencia diretamente na nossa solidez lá atrás. Eu sou o último homem da defesa e preciso estar pronto para agir quando a bola chegar. Esse é o meu papel”, explicou o argentino.
O Flamengo encerra a preparação em Atlantic City, Nova Jersey, e viaja neste domingo (15) para a Filadélfia, onde estreia no Mundial de Clubes contra o Espérance de Tunis, na segunda-feira (16). O segundo compromisso será na sexta (20), contra o Chelsea, também na Filadélfia. A cidade é famosa por ser o cenário das icônicas escadarias do filme Rocky — inspiração para a superação rubro-negra em busca do título mundial.
Pelo grupo do Palmeiras, time de Lionel Messi e Luís Suárez fazem um jogo mopvimentado, mas sem muito perigo para as defesas
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Al Ahly e Inter Miami não saíram do 0 a 0 na partida inaugural da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, neste sábado, em Miami, nos Estados Unidos. Isso não significa, porém, que o jogo foi morno. Muito pelo contrário. Se não fosse as grandes defesas de Ustari e El Shenawy a partida poderia ter sido de muitos gols.
Os dois goleiros foram verdadeiros paredões. No primeiro tempo, Ustari do Inter Miami, defendeu um pênalti de Trézéguet, aos 42 minutos, e foi muito acionado com a bola rolando.
Na etapa final foi a vez de El Shenawy salvar o Al Ahly, principalmente nos minutos finais, com duas defesas espetaculares, uma aos 50 minutos, em finalização de Messi, e outra aos 52, em cabeçada de Falcón. Com o 0 a 0, cada equipe somou um ponto no Grupo A, que ainda tem Palmeiras e Porto.
A partida de abertura da Copa do Mundo de Clubes, neste sábado, teve uma inovação em torneios da Fifa. Os jogadores dos dois times, Al Ahly, do Egito, e Inter Miami, dos EUA, entraram no gramado um de cada vez, com seus nomes anunciados no Hard Rock Stadium, em Miami.
Os egípcios foram os primeiros a entrar, logo depois que terminou a cerimônia de abertura. Jogando em casa, o Inter Miami entrou em seguida: Luis Suárez puxou a fila, que terminou com Lionel Messi, o mais aplaudido. Al Ahly e Inter Miami estão no Grupo A da competição, o mesmo de Palmeiras e Porto, que se enfrentam neste domingo.