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Filipe Luís projeta Flamengo competitivo no Mundial de Clubes e duelo especial contra ex-clube
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O Los Angeles FC já projeta dificuldades no confronto contra o Flamengo, válido pela última rodada do Grupo D do Mundial de Clubes, marcado para o dia 24 de junho, em Orlando. O técnico da equipe norte-americana, Steve Cherundolo, reconheceu que o grande número de torcedores brasileiros na cidade pode transformar o Camping World Stadium em um ambiente favorável ao time comandado por Filipe Luís.
“O Flamengo, em Orlando, onde há uma grande base de torcedores brasileiros, também será difícil”, afirmou Cherundolo em entrevista à Fifa. O treinador norte-americano comentou também sobre os outros integrantes da chave, apontando as características distintas dos adversários. Segundo ele, cada equipe impõe um tipo de desafio:
“O Chelsea é uma das maiores organizações do futebol mundial. Tem jogadores de alto nível e muita qualidade. O Espérance é extremamente talentoso, muito motivado e fisicamente forte. Cada time representa um obstáculo diferente, e vamos precisar de estratégias específicas para cada um”, completou.
O Los Angeles FC estreia no torneio nesta segunda-feira (16), às 16h (de Brasília), diante do Chelsea. Já o Mais Querido entra em campo no mesmo dia, às 22h, para enfrentar o Espérance de Tunis.
A equipe de Filipe Luís encerra a primeira fase no dia 24, contra o Los Angeles FC, justamente na cidade onde há uma das maiores comunidades brasileiras nos Estados Unidos. O embate promete ter arquibancadas dominadas por camisas vermelhas e pretas.
Na rodada anterior, o Flamengo enfrentará o Chelsea (20/6), enquanto o time norte-americano encara o Espérance. Os dois melhores colocados do Grupo D avançam às oitavas de final e cruzam com os classificados da chave C, que tem Bayern de Munique, Benfica e Boca Juniors como favoritos.
Volante ítalo-brasileiro será relacionado para a partida contra o Espérance, da Tunísia, mas deve começar no banco, uruguaio ainda trata lesão e vira dúvida.
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Ainda em processo de adaptação física e tática, Jorginho deve ser opção no banco de reservas. A ideia da comissão técnica é utilizá-lo de forma gradual durante a competição, sem queimar etapas. No treino tático realizado no CT improvisado em Orlando, Filipe Luís testou a manutenção da dupla Erick Pulgar e Gerson, titulares nos últimos compromissos da equipe.
Apesar de seguir entre os titulares, Gerson vive os últimos momentos com a camisa rubro-negra. O volante está em negociações avançadas para ser vendido ao Zenit, da Rússia. O desfecho está previsto para depois da participação do Flamengo no torneio internacional. O camisa 8 tem mantido postura profissional, participa normalmente dos treinos e demonstra foco no título. A diretoria trata a situação com cautela, mas sabe que dificilmente manterá o jogador após junho.
Se Jorginho entra, De La Cruz continua como ausência confirmada. O uruguaio ainda se recupera de lesão muscular e segue na fisioterapia. O clube trabalha com a expectativa de tê-lo disponível para a segunda rodada da fase de grupos, contra o Chelsea, na sexta-feira (20), mas ainda sem garantia.
O jogo contra o Chelsea é encarado como o duelo-chave da fase de grupos. Com elenco numeroso, os ingleses devem vir com força máxima e pressionados após a temporada irregular na Premier League. Filipe Luís sabe da importância de contar com jogadores com bom passe e leitura de jogo, como De La Cruz, em um confronto de alto nível técnico e físico.
O Flamengo encerrará sua participação na fase de grupos no dia 24 de junho, diante do Los Angeles FC. A comissão técnica traçou como meta ter todos os jogadores à disposição até esse jogo. A ideia é não correr riscos de desfalques importantes na reta final. Quem também falou sobre Jorginho foi Olivier Giroud, atacante do LAFC e campeão mundial pela França. Em entrevista nos EUA, o camisa 9 destacou a qualidade do volante:
Ex-zagueiro do Mais Querido e atual jogador do Londrina, Wallace questiona dependência de atletas de fora e aponta falhas na base
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Ex-capitão do Flamengo, o zagueiro Wallace, atualmente no Londrina, time que disputa a Série C do Campeonato Brasileiro, fez duras críticas ao cenário atual do futebol nacional. Em entrevista ao portal Lance!, o defensor expressou preocupação com o que chamou de “perda de identidade” do estilo brasileiro, especialmente pela baixa utilização de talentos formados nas categorias de base e o aumento da presença de atletas estrangeiros.
Wallace destacou que, embora não seja contra a presença de estrangeiros nos clubes brasileiros, acredita que muitos dos que chegam ao país não apresentam nível técnico superior ao dos jogadores formados localmente. Para ele, isso revela um desequilíbrio preocupante.
Ex-Flamengo, Wallace desabafa sobre gringos: "Não são superiores"
“O Brasil está se distanciando das suas características principais. Vejo poucas equipes valorizando suas categorias de base. Temos buscado atletas no exterior que, sinceramente, não são superiores aos nossos. Talvez sejam do mesmo nível ou até inferiores”, afirmou. O zagueiro ainda citou países como Venezuela e Uruguai como exemplos da contradição que enxerga no mercado:
“É estranho termos que buscar reforços em lugares com populações bem menores que a nossa. O Brasil tem 220 milhões de habitantes. Não encontrar talentos suficientes aqui é um sinal de que algo está errado. A conta não fecha”, completou.
Com passagem pelo Mais Querido entre 2013 e 2016, Wallace conhece de perto a pressão e a exigência das grandes torcidas. Apesar de ter sido capitão em boa parte do período no Rubro-Negro, sua passagem dividiu opiniões entre os torcedores. Após deixar o clube da Gávea, acumulou passagens por Vitória, Corinthians, Grêmio e Brusque, antes de chegar ao Londrina.
Diretor de futebol do clube, em entrevista recente: “Hoje, buscamos atletas mais jovens, com lastro físico para aguentar a temporada” seguindo a pedida
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Em entrevista ao jornal O Globo, o diretor de futebol do Flamengo, José Boto, falou abertamente sobre a política de contratações adotada pelo clube em 2025 e usou o atacante Juninho como exemplo para explicar a nova linha de pensamento. O dirigente reconheceu que o ex-jogador do Qarabag ainda não atingiu seu melhor momento, mas tratou a chegada como parte de um projeto mais amplo que visa reforçar o elenco com nomes mais jovens, com capacidade física elevada e margem para desenvolvimento.
Juninho chegou ao Flamengo no início do ano por 5 milhões de euros, valor considerado acessível diante do mercado atual. A contratação foi vista internamente como uma alternativa à saída de Gabigol, que deixou o clube na virada da temporada. Segundo Boto, o planejamento era claro: trazer um nome que pudesse oferecer mobilidade e versatilidade ofensiva, mesmo que ainda precisasse se ajustar à realidade do futebol brasileiro em alto nível.
“Juninho veio para ser o segundo avançado, atrás do Bruno Henrique, enquanto o Pedro não voltava. Cumpriu bem. Está em adaptação a uma realidade diferente da que vivenciou em sua carreira, e isso leva mais tempo”, explicou Boto.
No Qarabag, Juninho atuava em um contexto competitivo muito abaixo do que encontrou no Flamengo. Apesar da experiência europeia, o atacante chegou sem grande alarde, mas com a expectativa de ser útil no curto prazo. A comissão técnica, porém, ainda aguarda que ele se firme no elenco, algo que não aconteceu até o momento.
Boto fez questão de frisar que o modelo de contratação atual do clube valoriza não apenas o talento técnico, mas, principalmente, o aspecto físico dos jogadores. Ele citou a intensidade do calendário brasileiro e a exigência por atletas com capacidade de recuperação rápida e alto desempenho físico.
A fala de Boto vai ao encontro da postura adotada pelo departamento de futebol na atual temporada, que priorizou nomes com menor desgaste acumulado e maior margem de entrega física. Essa mudança de critério é reflexo também do histórico recente do Flamengo com atletas que chegaram com status elevado, mas não corresponderam fisicamente.